Quanto mais rápido e prático for o meio de pagamento, também o será para o criminoso. Por isso o Pix ganhou espaço no golpe do WhatsApp
Uma vez esvaziada a conta de destino, o estrago está feito. Vítimas ouvidas pelo UOL relatam que os bancos se recusam a devolver o dinheiro, já que a própria pessoa autorizou a transferência depois de cair na artimanha dos criminosos
Os bancos afirmam que a análise da devolução é feita caso a caso, mas não esclarecem como. Especialista em direito do consumidor diz que não existe uma obrigação legal de o banco ressarcir a vítima, mas que há decisões judiciais que favorecem tanto instituições financeiras quanto os usuários do serviço bancário.
Como é o golpe do WhatsApp
O golpe tem duas etapas. A primeira depende de conseguir sequestrar (ou clonar) a conta de alguém no WhatsApp, o aplicativo de mensagens mais popular no Brasil
Isso geralmente não é feito com vírus ou programa invasor, mas pela chamada engenharia social.
O golpista entra em contato e simula uma pesquisa ou atendimento. Depois de conquistar a confiança da vítima, pede a confirmação de um código enviado para o celular dela. Este código permite que o golpista acesse a conta do WhatsApp em outro aplicativo.
Três vítimas ouvidas pelo UOL relataram que receberam uma ligação em que a pessoa dizia fazer uma pesquisa do Ministério da Saúde sobre covid-19. Essa estratégia tem sido usada com frequência como isca para o golpe.
Uma vez que os criminosos sequestram a conta do WhatsApp, eles mandam mensagens para os contatos da primeira vítima, pedindo algum tipo de pagamento ou transferência.
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