PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

12 janeiro 2021

Maioria dos pacientes com Covid-19 tem ao menos um sintoma seis meses depois da internação, diz estudo

 

Pesquisa acompanhou mais de mil pessoas que foram hospitalizadas com a doença em Wuhan, cidade chinesa onde o coronavírus foi identificado pela primeira vez. Fadiga ou fraqueza muscular foram os sintomas mais comuns.


Mais de três quartos das pessoas hospitalizadas por decorrência da Covid-19 em Wuhan, na China, tiveram pelo menos um sintoma da doença seis meses depois da internação, segundo um estudo publicado neste sábado (9) na revista científica "The Lancet" que acompanhou pacientes da cidade onde o coronavírus foi identificado pela primeira vez, no fim de 2019.

Fadiga ou fraqueza muscular foram os sintomas mais comuns. Distúrbios do sono, ansiedade ou depressão também foram diagnosticados. E alguns pacientes desenvolveram problemas renais após receberem alta do hospital.

Já os pacientes que estiveram internados em estado grave apresentaram alterações na função pulmonar e anormalidades nas tomografias de tórax.

"Como a Covid-19 é uma doença nova, estamos começando a entender alguns de seus efeitos de longo prazo na saúde dos pacientes", afirmou o autor principal do estudo, Bin Cao, do National Center for Respiratory Medicine.

O trabalho destaca a necessidade de acompanhamento médico após a alta hospitalar, principalmente por pacientes que foram internados com sintomas graves da doença.

"Nosso trabalho também destaca a importância de conduzir estudos de acompanhamento mais longos em populações maiores para compreender todo a séria de sequelas que a Covid-19 pode ter nas pessoas", acrescentou.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o coronavírus pode provocar sequelas graves persistentes em alguns pessoas infectadas, mesmo que sejam saudáveis e que não tenham sido hospitalizadas.

O estudo acompanhou 1.733 pacientes que tiveram Covid-19, com idade média de 57 anos, que receberam alta do Hospital Jin Yin-tan, em Wuhan, entre janeiro e maio de 2020.

A pesquisa concluiu que:

  • 76% dos pacientes continuavam com sintomas.
  • 63% se queixaravam de fadiga muscular ou fraqueza.
  • 26% enfrentavam problemas de sono.

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