O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse na madrugada deste sábado (16) que a situação do país está sob controle após horas de caos provocado pela tentativa de golpe feita pelas Forças Armadas. O ministro da Justiça, Bekir Bozdag, disse que 60 pessoas morreram e mais de mil pessoas ficaram feridas devido à tentativa de golpe. Dentre elas, 29 pessoas mortas em dois ataques dos golpistas em Ancara, cinco abatidas pelos militares nas pontes do estreito de Bósforo, em Istambul, e mais 16 policiais golpistas —as circunstâncias das mortes das outras dez ainda não são conhecidas.
A agência de notícias Anadolu informou que o governo turco prendeu 754 militares e policiais suspeitos de envolvimento no golpe. As autoridades ainda expurgaram 29 coronéis e cinco generais que supostamente teriam conspirado contra Erdogan.
Por volta das 7h30 locais (1h30 em Brasília) a situação começava a reverter para o lado do governo após forças aliadas e partidários do mandatário tentarem retomar as ruas ocupadas pelos militares golpistas. Porém, ainda era possível ouvir explosões em Ancara e Istambul.
Às 5h (23h de sexta em Brasília) Erdogan chegou ao aeroporto internacional Mustafa Kemal Atatürk, em Istambul, vindo de Marmaris, no mar Mediterrâneo. No terminal —alvo de um atentado que deixou 45 mortos em 28 de junho—, e foi recebido por milhares de seguidores.
No saguão, voltou a dizer que uma minoria das tropas esteve por trás do plano e afirmou que os participantes serão severamente punidos por seu governo. "Uma minoria dentro das Forças Armadas felizmente foi incapaz de fomentar a unidade turca. O que foi feito é uma rebelião e uma traição. Eles vão pagar muito caro por sua traição à Turquia."
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