PREFEITURA MUNICIPAL DE TRINDADE

23 setembro 2013

Sufoco nas paradas de ônibus da Boa Vista

Usuários sofrem com as más condições de corredor viário, que possui 2 quilômetros

As condições das paradas de ônibus da avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife, tem preocupado os usuários do transporte público que passam pela via. A questão voltou a figurar nas conversas após um acidente ocorrido no sábado da semana passada. Na ocasião uma mulher morreu atropelada por um ônibus, após passar mal e cair de um dos pontos de espera dos coletivos. A fatalidade não teve relação direta com a estrutura da parada, mas serviu para chamar a atenção sobre o assunto.
Leo Motta/Folha de Pernambuco
Em horários de pico o sufoco e o risco de acidentes aumenta, pois as paradas ficam entupidas de gente
Com cerca de dois quilômetros, a Conde da Boa Vista conta com 20 paradas, distribuídas nos dois sentidos. Pela avenida, que é um dos principais corredores viários da Capital, trafegam 625 ônibus, distribuídos em 85 linhas. Sempre que preciso a dona de casa Nanci Vieira, 48 anos, e sua filha Lenildiane Oliveira, 23, passam por lá. Portadora de deficiência física, a jovem usa a cadeira de rodas para se locomover. Se para pessoas sem deficiência já é difícil circular pelas paradas, para Lenildiane a dificuldade é ainda maior.
“Sempre que venho no Centro e preciso passar pelas paradas me sinto insegura. O espaço para circular nos pontos é pequeno. Quando tem muita gente o sufoco é ainda maior”, reclama a jovem. Compartilhando desse sentimento, a mãe dela confessa que não se sente confiante em deixar a filha sair sozinha. “Por conta do pouco espaço das paradas as pessoas costumam empurrar a cadeira de rodas”, ressalta. Alguns usam a pressa para entrar no coletivo para justificar a falta de respeito e educação.
INSEGURANÇA
Em horários de pico o sufoco e o risco de acidentes aumenta, pois as paradas ficam entupidas de gente. É comum ver muitas pessoas, inclusive crianças, fora do espaço destinado à espera dos coletivos, correndo o risco de serem atropeladas. Fica difícil até respeitar a área de segurança existente. Para a dona de casa Enilda Freire, 24, esta situação é lamentável. Ontem, junto com as filhas de 6 meses e 5 anos, ela disse que não se sente á vontade para soltar a mão da filha mais velha em nenhum momento. “Tento me proteger e proteger elas como posso, mas é complicado”, lamentou.

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