Hylda Cavalcanti
Da Rede Brasil Atual
Da Rede Brasil Atual
Mais do que representar progresso no trabalho de inclusão social desenvolvido desde 2003, o programa Bolsa Família, ao longo de dez anos de existência, permitiu que o Brasil saísse de uma visão higienista – termo usado para definir a percepção de que a população pobre era culpada pela própria pobreza – para uma visão incorporada e compartilhada pelos brasileiros, com a expansão do mercado de trabalho e de atividades como economia solidária (aquelas que não possuem caráter mercantil).
A avaliação de tal mudança de comportamento e paradigma foi feita ontem (13) pelo economista Marcio Pochmann, diretor da Fundação Perseu Abramo, durante seminário que deu início a uma roda de estudos sequenciados para avaliar os pontos positivos e negativos do programa do Governo Federal. “A ampliação dos programas de transferência de renda é uma experiência inegável de mudança de rumo da política social brasileira”, afirmou Pochmann.
O grupo de estudos, que terá continuidade nos próximos meses, consiste numa parceria da Organização Internacional do Trabalho (OIT), do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Posição semelhante a do economista foi apresentada pelo estudioso José Ribeiro, da OIT, responsável por pesquisas sobre oferta de trabalho para a população incluída no Bolsa Família. Ribeiro mostrou dados do último relatório da instituição, no qual indicadores monitorados mostram que o Brasil deu um salto na redução da desigualdade, por meio de políticas de valorização do emprego.
Conforme esse estudo, de 2004 a 2011, a taxa de desemprego caiu de 9% para 6,7%; a taxa de formalidade cresceu de 46,6% para 57,2% e o rendimento médio real do trabalho cresceu 30% – com destaque ao recorte das mulheres negras, em que esse aumento foi de 47%.
A avaliação de tal mudança de comportamento e paradigma foi feita ontem (13) pelo economista Marcio Pochmann, diretor da Fundação Perseu Abramo, durante seminário que deu início a uma roda de estudos sequenciados para avaliar os pontos positivos e negativos do programa do Governo Federal. “A ampliação dos programas de transferência de renda é uma experiência inegável de mudança de rumo da política social brasileira”, afirmou Pochmann.
O grupo de estudos, que terá continuidade nos próximos meses, consiste numa parceria da Organização Internacional do Trabalho (OIT), do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Posição semelhante a do economista foi apresentada pelo estudioso José Ribeiro, da OIT, responsável por pesquisas sobre oferta de trabalho para a população incluída no Bolsa Família. Ribeiro mostrou dados do último relatório da instituição, no qual indicadores monitorados mostram que o Brasil deu um salto na redução da desigualdade, por meio de políticas de valorização do emprego.
Conforme esse estudo, de 2004 a 2011, a taxa de desemprego caiu de 9% para 6,7%; a taxa de formalidade cresceu de 46,6% para 57,2% e o rendimento médio real do trabalho cresceu 30% – com destaque ao recorte das mulheres negras, em que esse aumento foi de 47%.
O crescimento já começou a ser observado entre 2003 e 2009, quando a pobreza caiu 36,5% no país, o que significa que 27,9 milhões de pessoas melhoraram suas condições de vida. “A evolução socioeconômica inclusiva foi o grande diferencial, com a política de combate à pobreza, de ações afirmativas e de valorização do salário mínimo”, destacou.
Um ponto ressaltado pelo pesquisador – para a realização de novos trabalhos de avaliação sobre o impacto e análise do Bolsa Família – foram os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2011, que mostrou que 62% do rendimento das famílias com renda per capita mensal de até 25% do salário mínimo, em sua maioria beneficiárias do programa, foi constituída pelo trabalho, formal ou informal. “Esse dado reforça o que o Cadastro Único do MDS já identificou que a população mais pobre trabalha”, acentuou.
Um ponto ressaltado pelo pesquisador – para a realização de novos trabalhos de avaliação sobre o impacto e análise do Bolsa Família – foram os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2011, que mostrou que 62% do rendimento das famílias com renda per capita mensal de até 25% do salário mínimo, em sua maioria beneficiárias do programa, foi constituída pelo trabalho, formal ou informal. “Esse dado reforça o que o Cadastro Único do MDS já identificou que a população mais pobre trabalha”, acentuou.
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