Coincidências acontecem.
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Por Carlos Brickmann
No próprio Governo Bolsonaro já se cria uma tradição: toda vez que há indícios de melhora da situação econômica, o próprio Governo faz enorme esforço para gerar uma crise política que anule os bons sinais econômicos. E estamos numa fase dessas: por incrível que pareça (já que o desemprego é imenso e o fato econômico mais visível não é a chegada de investimentos estrangeiros, mas a transferência de empreendimentos brasileiros para outros países), há vagalumes de boa luz amenizando a escuridão reinante.
A taxa de juros Selic, pela qual o Governo paga seus empréstimos, caiu para 5,5%, o menor valor na história – houve até bancos que, por isso, baixaram as taxas que cobram de seus clientes de estratosféricas para apenas inacreditáveis. A inflação se mantém baixa, o que permite imaginar novas quedas de juros. A expectativa é de que o Brasil feche o ano com taxa Selic de 5% ao ano.
Não há hora melhor para surgir uma nova crise artificial, que ponha esses bons resultados a perder.
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