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SARGENTO EDYMAR

10 setembro 2019

Após censura, impressão de livros LGBT é acelerada

Avaliação do mercado é que polêmica atiçou interesse pelo assunto.
Fonte: Poliarquia
Folha de S. Paulo - Painel S. A
Por Joana Cunha

Após a tentativa de censura à Bienal do Livro do Rio de Janeiro, editoras decidiram acelerar a impressão de títulos com temática LGBT. A avaliação é que se abriu uma oportunidade de mercado porque o barulho do final de semana atiçou a demanda. Entre as primeiras iniciativas, o selo juvenil Galera Record vai antecipar a publicação de dois novos livros, e a Faro Editorial vai dobrar para 16 o número de lançamentos que estavam previstos para os próximos dois anos sobre o tema.
O romance “O Amor Não É Óbvio”, de Elayne Baeta, sobre relação entre duas mulheres, que ficaria para o começo de 2020, chega nas livrarias ainda neste ano, segundo Rafaella Machado, editora da Galera Record. 
A obra de Débora Thomé sobre 50 personalidades LGBT de destaque, como Cazuza e Pabllo Vittar, também será antecipada. “O assunto virá para o debate e a venda vai aumentar. Agora é a hora”, afirma Machado.
Além de aproveitar a onda provocada pela polêmica da censura, Pedro Almeida, sócio da Faro Editorial, diz que o objetivo é oferecer informação para enfrentar o preconceito. “Quero ter livros que tratem de meninas, de bissexuais, da experiência trans”, afirma ele. 
Na Companhia das Letras, a ordem é manter os planos sem se intimidar com a censura, diz o publisher Otavio Costa. O selo juvenil Seguinte lança 15 livros por ano, 5 deles sobre LGBT. Em outubro, a Intrínseca publica  a continuação de “Me Chame Pelo Seu Nome”, que aborda a descoberta da sexualidade por um adolescente.

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