Conselho de Ética da sigla
avalia nesta segunda-feira (15) processos contra o ministro e os deputados
federais Danilo Forte, Fábio Garcia e Tereza Cristina, líder do partido na
Câmara
Ministro
de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB)Foto: Arthur de Souza/Folha de
Pernambuco
O futuro do ministro de Minas e
Energia, Fernando Filho, e mais três dissidentes do PSB será selado em reunião
do Diretório Nacional da agremiação, nesta segunda-feira (16), às 19h, em
Brasília.
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Alvos de processo disciplinar no Conselho
de Ética, desde maio deste ano, as lideranças negociam seus passes há meses com
PMDB e DEM, mas se recusam a deixar as hostes socialistas antes do prazo final
para desfiliação em março do ano que vem, por receio de perder o mandato por
infidelidade partidária. O processo disciplinar contra os parlamentares foi
aberto por provocação dos movimentos sociais da legenda, com base no voto dos
legisladores em desacordo com a posição partidária na reforma trabalhista.
Além de decidir o destino do auxiliar
ministerial, os socialistas vão deliberar sobre os processos disciplinares dos
deputados federais Danilo Forte (CE), Fábio Garcia (MT) e da líder da sigla na
Câmara Federal, Tereza Cristina (MS).
Os quatro casos avaliados nesta segunda são
os primeiros das 15 ações disciplinares analisadas no Conselho de Ética do PSB.
Eles são considerados os mais graves pela cúpula partidária. A situação das
lideranças foi agravada devido à proximidade do julgamento da segunda denúncia
contra o presidente Michel Temer (PMDB) no Congresso Nacional.
Os parlamentares estão alinhados ao Palácio
do Planalto, contrariando a posição do PSB Nacional de oposição ao Executivo.
Por ocupar cargos estratégicos na Câmara Federal, os dissidentes podem fazer a
diferença na votação. Garcia e Forte são membros da Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) que julgará o parecer da denúncia contra Temer e tendem a votar
contra a abertura do inquérito investigativo.
A líder Tereza Cristina tem o poder de
interferir nos rumos da bancada e vem sendo pressionada a deixar o posto.
Já a situação do ministro Fernando Filho é
um caso a parte, agravado pelas circunstâncias das eleições de 2018.
Pai do auxiliar ministerial, o senador
Fernando Bezerra Coelho (PSB) deixou o PSB, no mês passado, para abrir uma nova
frente de oposição ao Governo Paulo Câmara. O movimento ampliou o incômodo
interno do PSB com os dissidentes e reforçou a necessidade de reação do comando
partidário.
Antes, o chefe do Executivo estadual e seus
aliados trabalhavam para manter os Coelhos no PSB, em um esforço para evitar
atropelos ao seu projeto de reeleição.
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