A Argentina tornou muito próxima, durante a reta final das Eliminatórias Sul-Americana, o desejo de alguns rivais brasileiros em vê-la fora da Copa do Mundo de 2018. Uma derrota do Brasil, nesta terça-feira, diante do Chile, no Allianz Parque, em São Paulo, inclusive, faria tal sacrilégio futebolístico se tornar realidade. Mas a invencibilidade da Seleção, sob o comando de Tite, se manteve intacta, com o 3x0 construído. Agradeçam, argentinos! Felicitem também seu craque, Messi. O grande nome, com três gols, da vitória por 3x1 sobre o Equador, em Quito. A rivalidade continental seguirá, assim, viva em território russo. A nossa ajuda foi fundamental, sim, mas não entrem em nosso caminho... dessa vez, vocês ficarão.
Os dedos cruzados dos torcedores argentinos direcionavam boas vibrações a vários jogos protagonizados ao mesmo tempo nesta última rodada das Eliminatórias Sul-Americanas. Mas calma... Antes de passar a lista dos resultados que interessavam aos hermanos, é possível imaginar que todas as mãos, suadas pelo nervosismo diante de uma iminente eliminação, se abriram e foram levadas à cabeça, logo no primeiro minuto do jogo contra o Equador. Isso porque coube a Romário Ibarra tabelar com Ordoñez, na frente da grande área, e abrir o marcador. Àquele resultado parcial foi degustado com o sabor da tragédia. Apenas a vitória interessava, e era a derrota que estava acontecendo.
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Ou seja, de nada adiantava, naquele momento, o Brasil vencer o Chile, adversário direto argentino. Oportunidade para tal cenário, inclusive, foram vividos pela seleção comandada por Tite. Mas elas foram desperdiçadas por Neymar, quando dominou uma bola na grande área e bateu na saída de Bravo, e também por Gabriel Jesus, em cabeceio livre, porém fraco, em direção à meta chilena. O 0x0 entre Peru e Colômbia, levada até o intervalo – assim como aconteceu no jogo brasileiro -, pouco interessava também. Precisou, então, entrar em cena justamente aquele de quem todos esperariam transformar o caos em tranquilidade. Messi.
Aos 11 minutos, de uma tabela entre o camisa 10 e Di María, a finalização de Messi, na saída do goleiro Banguera, gerou o empate. Aos 19, uma roubada de bola na entrada na área, fez o meia-atacante entrar na defesa equatoriana e soltar a bomba no ângulo adversário. Era o 2x1 do alívio. Mas ainda não era o suficiente. Mesmo que seu dever estivesse sendo conduzido com êxito, outros resultados ainda assustavam. Uma vitória do Chile sobre o Brasil poderiam fazer os hermanos irem para a repescagem. Seria então os, até então invictos brasileiros, capazes de estender o sofrimento rival? No segundo tempo, as mãos nacionais foram lavadas.
Logo na volta do intervalo, aos nove minutos, Paulinho aproveitou um rebote na pequena área e abriu o placar contra os chilenos. Dois minutos depois, o 2x0 foi construído com Gabriel Jesus, que não teve muito trabalho em anotar o gol, após passe de Neymar, na pequena área. Entre um gol brasileiro e outro, no duelo Jamez Rodríguez fazia a Colômbia ir superando o Peru, fora de casa. O placar de 2x1 para a Argentina, no entanto, ainda era perigoso. E o Equador parecia estar ciente que poderia aproveitar o nervosismo adversário, com boa presença ofensiva no início do segundo tempo. Haviam esquecido que Messi continuava em campo.
Mágico, após domínio de bola na intermediária, o camisa 10 percebeu Banguera adiantado e chutou por cobertura para colocar a Argentina, aos 16 minutos, com os dois pés na Copa do Mundo na Rússia 2018. Em São Paulo, nos minutos finais de um jogo que o Chile precisava de apenas um gol para entrar, pelo menos, na repescagem, por conta do 1x1 entre Colômbia e Peru, foi o Brasil quem balançou as redes. Gabriel Jesus fechou a goleada. 3x0. Agora, até a Copa!
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