PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

13 dezembro 2013

Trio de "canibais" participa de nova audiência

Durante sessão, acusados preferiram adotar a lei do silêncio e não falaram nada

Defesa dos canibais terão que fazer um resumo das alegações e apresentá-las em até cinco dias
Os “canibais” de Garanhuns, Jorge Beltão Negromonte da Silveira, 50, Isabel Cristina Pires da Silveira, 51, e Bruna Cristina Oliveira da Silva, 25, estiveram, no início da tarde desta quinta-feira (12), no Fórum de Olinda, onde foram interrogados pelo júri sobre a morte e ocultação do cadáver de Jéssica Camila da Silva Pereira, 17. Na audiência, que estava suspensa desde outubro do ano passado, quando a defesa pediu exames sobre a capacidade mental dos acusados, o trio preferiu ficar calado.
O laudo foi entregue à Justiça no dia 22 de novembro e atestou que os três não possuem nenhum tipo de patologia psíquica, ou seja, tinham pleno gozo das faculdades mentais quando cometeram os crimes. Os advogados dos réus já informaram que vão pedir nova perícia. Eles aguardam a intimação sobre o resultado dos laudos dos clientes para entrarem com o requerimento.
Além disso, a defesa vai pedir a transferência dos acusados, que estão em unidades carcerárias da Região Metropolitana do Recife (RMR), para penitenciárias do Interior de Pernambuco.
A juíza titular da Vara, Maria Segunda, só vai se manifestar sobre o pedido de transferência, após as alegações finais da Promotoria e dos advogados de defesa. Ela estipulou um prazo de cinco dias, a contar desta quinta-feira, para que eles apresentem as alegações por meio de um memorial. A partir disso, a juíza terá 10 dias para decidir se os acusados vão para júri popular ou se serão absolvidos.
Os acusados respondem por ocultação de cadáver e homicídio quadruplamente qualificado - por motivo fútil, meio cruel, sem chance de dar defesa à vítima e para assegurar a execução, ocultação e impunidade de outro crime.
Crime
Jéssica Camila da Silva Pereira, 17, foi morta em 2008 por Jorge, com uma facada no pescoço e, em seguida, seu sangue foi retirado do corpo utilizando um garrote para acelerar o sangramento.O assassino chegou a cortar partes do cadáver e acondicioná-los na geladeira para posterior consumo, após despelar o corpo. Tudo aconteceu na residência da família, localizada em Olinda. No quintal da casa, eles esconderam partes do corpo e em um das paredes da residência encimentaram a falange da vítima. Todo o ritual, que faria parte de uma seita criada por Jorge chamada “Cartel”, foi descrito no livro escrito por ele, “O diário de um Esquizofrênico”. Outras duas mulheres também foram vítimas do trio.

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