PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

23 dezembro 2013

“Bom que o Brasil poderá ter um presidente pernambucano”

Governador destaca conquistas sociais e econômicas e faz críticas à Dilma

Campos garante não ter dúvida de que ganhou 2013
Prestes a se desincompatibilizar do cargo, o governador Eduardo Campos (PSB) concedeu, na última quinta-feira (19), a sua última entrevista de balanço anual como gestor do Estado. De olho na disputa de 2014, ele entrou numa maratona de tirar o fôlego. Na manhã daquele dia, foi a Salvador acompanhar o lançamento da chapa do PSB ao governo estadual. À tarde, já de volta ao Recife, deu sucessivas entrevistas à imprensa local. Sua agenda avançou pela noite: ele foi o anfitrião de uma confraternização com empresários.
Eduardo Campos é um homem determinado. Na busca pelo seu objetivo, não poupa críticas à administração da presidente Dilma Rousseff (PT), sua provável adversária. O socialista faz questão de deixar claro que há uma descontinuidade entre os avanços conquistados no Governo Lula e a administração atual. Por outro lado, aposta nos números positivos do Estado porque sabe que Pernambuco é a vitrine do seu projeto presidencial.
Mas, se a conjuntura nacional está definida, o mesmo não se pode dizer do cenário local, onde ele se esquiva dos questionamentos sobre o candidato à sua sucessão e das críticas feitas pelos ex-aliados do PT e PTB. A fita verde do Senhor do Bonfim, que trouxe da Bahia atada ao seu pulso esquerdo, guarda seus mais profundos desejos. Alguém arrisca apontá-los?
Do balanço do seu governo, que áreas deixaram a desejar e onde poderia ter feito mais?
Eu acho que o ano deixa a desejar ao Brasil e à economia nacional. Ela (Dilma) poderia ter nos propiciado um ano melhor, até porque o mundo está melhorando e o Brasil, não. Isso terminou por impactar a vida de estados e municípios que tiveram perdas de receitas porque a atividade econômica não respondeu. Por outro lado, somos sócios de uma renúncia de receitas feitas pelo Governo Federal. Mas Pernambuco se antecipou. Somos o único Estado que fez uma política transversal transparente, clara e republicana, seja qual for o partido ou região. Graças ao Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM), foram feitas obras nos diversos municípios. Essa é que é a pedra de toque hoje do futuro do País. É poder recolocar o País numa narrativa de longo prazo que também legue ao Brasil a retomada do crescimento econômico. Tivemos um crescimento na casa dos 4% em 2010 e crescimento na casa dos 2%, nos últimos três anos e o mundo aqui do lado crescendo na casa dos 3,5%. Nós estamos meio que andando de lado. Precisamos que o Brasil se reencontre. Nós somos a 10ª economia, mas depois de São Paulo, Minas e Rio quem mais investe é Pernambuco. Então, nosso legado e contribuição estão aí.
O investimento foi maior que o da Bahia onde o governador é do PT?
De janeiro a agosto, são os dados oficiais, Pernambuco teve R$ 2 bilhões, a Bahia teve R$ 700 milhões. Investimos três vezes mais.
Faltaram projetos na Bahia?

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