PREFEITURA MUNICIPAL DE TRINDADE

16 fevereiro 2018

O nosso: deputados abastecem com colega Abel Galinha

Metade da bancada de Roraima gastou R$ 70 mil em rede depostos de Abel Mesquita (DEM), o Abel Galinha.
Thais Bilenky – Folha de S.Paulo
Quatro dos oito deputados federais de Roraima abastecem no posto de gasolina Abel Galinha, do colega da bancada na Câmara Abel Mesquita Jr. (DEM). No último mandato, até dezembro de 2017, os quatro gastaram R$ 70 mil da cota parlamentar na empresa do conterrâneo, sendo que Shéridan Oliveira (PSDB) respondeu por R$ 50 mil do total.
Hiran Gonçalves (PP) gastou R$ 13 mil, Maria Helena (PSB), R$ 1.500 e Edio Lopes (PR), R$ 4.000. Os valores foram corrigidos pela inflação. As normas da Câmara proíbem que um deputado use recursos da Casa em empresas próprias ou de familiares, mas não há menção a situações como a de Roraima.
O preço cobrado pelo litro de gasolina no posto Abel Galinha é mais caro que o praticado na cidade de Boa Vista. Segundo a ANP (Agência Nacional de Petróleo), a média municipal no final de janeiro era de R$ 4,086 e o estabelecimento do deputado cobra R$ 4,10. Mas, quando a Folha esteve um dos postos da rede, na avenida Ville Roy, no dia 17 de janeiro, havia uma placa anunciando "promoção de gasolina comum" a R$ 4,20. Órgãos do governo federal em Roraima também usam o posto do deputado.
Segundo a base de dados Datascópio (dados.org), o montante repassado pelo governo federal ao posto do deputado soma R$ 7,6 milhões desde 2015, quando assumiu a cadeira na Câmara.
A rede Abel Galinha foi importante financiadora de campanhas do deputado em 2014. Repassou R$ 140 mil de um total de R$ 237 mil.
Mesquita não abastece em seu próprio posto, mas, quando era vereador, gastou R$ 80 mil da Câmara na rede, segundo o "Fantástico" (TV Globo). "E eu ia comprar de quem?", reagiu na ocasião.
Titular até dezembro da comissão especial de regulamentação de postos de combustível, o deputado não tem proposição legislativa aprovada. Seus dois projetos versam sobre o setor elétrico. Ele gastou, em 2017, R$ 42 mil em postos de combustível --média mensal de R$ 3.500.

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