PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

17 outubro 2024

Raquel retira dinheiro da Secretaria do Turismo para colocar no próprio gabinete

EXCLUSIVO

A governadora Raquel Lyra (PSDB), por decreto, retirou dinheiro que estava previsto para investimentos no turismo do Estado e repassou a verba para despesas no seu gabinete pessoal.

Os recursos estavam previstos no orçamento da Secretaria Estadual de Turismo pela rubrica “4.4.20.00 – Investimentos”, e agora irão para “04.122.0452.4364 – Gestão das Atividades do Gabinete da Governadora”.

O valor remanejado alcança R$ 443.000,00 (quatrocentos e quarenta e três mil reais). Chega para despesas no gabinete da governadora para crédito suplementar.

No decreto, Raquel justifica que o dinheiro vai para “reforço das dotações orçamentárias”. O documento foi assinado pela governadora em 16 de outubro e já foi até publicado no Diário Oficial. Os secretários da Casa Civil, Túlio Vilaça, e da Fazenda, Wilson de Paula, concordaram com o texto.

FIEPE do Araripe apresenta os resultados do Panorama da Indústria

O Conselho Empresarial da FIEPE na região do Araripe reuniu-se nesta quarta-feira (16) para mais um encontro em que os empresários e entidades debatem temas e ações voltadas para o desenvolvimento das indústrias regionais. 

O principal assunto foi a apresentação dos resultados da quarta edição do Panorama da Indústria Sertão do Araripe, que mostrou os dados referentes ao primeiro semestre de 2024.

A pesquisa é realizada com dezenas de empresários dos mais variados segmentos industriais do Araripe e mede sete conceitos específicos que ajudam a avaliar o cenário de mercado e a percepção dos empresários em temas como volume de produção, evolução do número de empregados, utilização da capacidade instalada, condições financeiras, margem de lucro, evolução dos preços das matérias-primas e acesso ao crédito. 

O levantamento também busca entender os principais problemas enfrentados pelos empresários que apontam, livremente, três problemas que mais prejudicam as empresas. Neste aspecto, foram apontados problemas de competição desleal (informalidade), elevada carga tributária, falta ou alto custo de trabalhador qualificado, inadimplência dos clientes, falta ou alto custo da matéria-prima, falta de financiamento a longo prazo, falta de capital de giro e burocracia excessiva por parte dos governos municipal, estadual e federal.

De acordo com o coordenador da FIEPE no Araripe, Hélio Rocha, o Panorama da Indústria é um estudo importante para avaliar como está a expectativa dos empresários com relação aos seus negócios e ao mercado. “O índice que mede a facilidade de acesso ao crédito apontou 43,4 pontos, indicando que no primeiro semestre as indústrias do sertão do Araripe tiveram muitas dificuldades de acessar o crédito seja por não atingirem os critérios exigidos pelos bancos seja por falta de conhecimento. Por isto, estamos promovendo encontros dos empresários com diversas instituições de crédito, como hoje, por exemplo, o Banco do Brasil”, afirmou.

A comitiva do Banco do Brasil, composta por Washington Vivaldi de Melo, gerente de Negócios Pessoa Jurídica da Superintendência do Banco do Brasil, e pelos gerentes gerais das agências de Araripina, Francisco Junior, e de Trindade, Helder, apresentaram o portfólio da instituição financeira em todas as áreas, especialmente para financiamentos de máquinas e equipamentos. Também esteve presente o analista do SEBRAE-PE da Unidade de Araripina Hugo Gonçalves, que apresentou as ações desenvolvidas pela unidade durante o ano de 2024.


União Brasil em Pernambuco vai para o comando de Miguel Coelho

 A Direção Nacional do União Brasil aprovou por unanimidade, nesta semana, uma intervenção no diretório do partido em Pernambuco, atualmente sob o comando do grupo de Luciano Bivar. 

O pedido de intervenção foi feito pelo deputado federal Fernando Filho, com a expectativa de que o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, assuma o comando da legenda no estado.

Essa mudança pode trazer impactos significativos na política local. Miguel Coelho, que tem consolidado sua influência no Sertão pernambucano e é considerado uma liderança em ascensão no estado, deverá reestruturar o partido com vistas às eleições municipais de 2026 e às próximas disputas estaduais.

Com a intervenção, a tendência é que o União Brasil adote uma postura mais alinhada com as pautas e projetos defendidos por Coelho, que tem buscado fortalecer sua base de apoio, especialmente em municípios estratégicos. A mudança de comando também marca o fim de um ciclo do grupo de Luciano Bivar, que esteve à frente do partido no estado desde sua fundação.

Essa movimentação no União Brasil deve redesenhar o cenário político de Pernambuco, principalmente com relação às alianças para as eleições de 2026.

Bancos pedem a Lula e Haddad que governo insista em ajuste

 A reunião de ontem foi a primeira entre Lula e os representantes dos grandes bancos privados do País

Com a necessidade de cortar gastos para cumprir o arcabouço fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 16, antes de se encontrar com representantes de bancos em Brasília, que o ajuste fiscal é "prioridade" do governo neste ano. Das instituições financeiras, Haddad e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ouviram durante a reunião o pedido para que o governo insista na agenda para reduzir despesas.

Após o encontro, representantes dos maiores bancos privados do País disseram ter saído convencidos de que Lula estará alinhado com Haddad na condução do ajuste fiscal. Durante a reunião, o ministro disse ao presidente que o equilíbrio fiscal é o que vai assegurar um crescimento sustentável e equilibrado da economia. Os presentes afirmaram que a sensação é de que Lula confia no ministro e que deve arbitrar a favor dele em decisões de governo, ainda que em público se manifeste contra os cortes de gastos.

Ontem, de novo, Lula se queixou da cobrança por contenção de despesas. Pouco antes do encontro com os representantes das instituições financeiras, Lula afirmara que "toda vez que a gente está cuidando de fazer política social é tratado como gasto".

"Isso não é à toa. Essa foi uma doutrina de palavras criadas para induzir a gente a determinados erros", disse o presidente na cerimônia de lançamento do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica.

A reunião de ontem foi a primeira entre Lula e os representantes dos grandes bancos privados do País. Estiveram presentes os presidentes de Itaú Unibanco, Bradesco, Santander Brasil, BTG Pactual e Safra, além do presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney.

"Vida longa"
Após a reunião, Haddad disse que o arcabouço fiscal terá "vida longa". "As pessoas ficam cobrando anúncios. Nós faremos isso quando o governo estiver todo alinhado em relação aos propósitos É até injusto pedir para a Simone (Tebet, ministra do Planejamento) anunciar uma coisa que ainda tem de (ser finalizada). Agora, o que está traçado daqui para o final do ano é que essa agenda seja prioritária", afirmou.

Na saída do encontro, o presdiente da Febraban, Isaac Sidney, disse que tanto Lula quanto Haddad reforçaram o compromisso de manter o arcabouço fiscal, "para que as despesas possam não só caber no Orçamento, mas também possam se equilibrar". Ele relatou ainda que os bancos teriam pedido que o governo aproveitasse a janela de bom crescimento e inflação controlada para atacar pontos estruturais da economia, inclusive insistindo no ajuste fiscal. Lula teria reiterado o compromisso de que o governo vai "acertar" nesses temas.

"O presidente (Lula) estava muito aberto ao diálogo, nos assegurou que não há assunto que não possa tratar conosco", disse Sidney, em uma entrevista no Palácio do Planalto. Segundo ele, o encontro foi pedido há cerca de dois meses para debater a conjuntura econômica do País.

Juros
Sidney afirmou que os spreads (a diferença entre os juros que o banco cobra ao emprestar e a taxa que paga ao captar dinheiro) brasileiros são altos e disse que não interessa aos bancos a manutenção das taxas em nível elevado

"Ansiamos que o Banco Central possa, assim que possível, iniciar um ciclo de queda dos juros", disse Sidney, ressaltando que houve razões técnicas para a retomada do ciclo de aperto da Selic. Segundo ele, Lula não fez um pedido específico sobre juros aos bancos.

As instituições financeiras mantinham canais de interlocução com o governo principalmente por meio de Haddad. A reunião foi pedida pelos bancos ao ministro logo depois que Haddad enfrentou uma crise com o Congresso por causa da medida provisória que tratava da desoneração da folha de pagamentos. Naquele momento, a Febraban apoiou o ministro publicamente, o que ajudou a acalmar o mercado.

Bets
Os presidentes dos bancos também debateram com Lula a questão das bets, disse Sidney, sem dar detalhes. Ele relatou que existe uma preocupação com o endividamento das famílias e destacou a importância da criação de um grupo de trabalho no Conselhão para tratar desse tema.


Lira e Pacheco se reúnem em meio a discussão sobre emendas e regulamentação da tributária

 A reunião durou cerca de uma hora e foi realizada na residência oficial do Senado

Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reuniram no início da tarde desta quarta-feira, 16, apurou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado). 

O encontro acontece em meio ao impasse entre Congresso e Palácio do Planalto envolvendo as regras de execução das emendas parlamentares.

A reunião de Lira e Pacheco durou cerca de uma hora e foi realizada na residência oficial do Senado.

O presidente da Câmara indicou a interlocutores nos últimos dias um incômodo com a decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, que manteve as emendas parlamentares bloqueadas. Indicou que procuraria Pacheco nesta quarta para buscar uma solução para o impasse.

As sugestões apresentadas pela cúpula do Congresso, até o momento, não foram aceitas pelo Planalto, o que inviabilizou um acordo. Os principais impasses envolvem as emendas Pix e as emendas de comissão.

Outro ponto de atenção envolvendo as duas Casas do Congresso Nacional é a tramitação do projeto de regulamentação da reforma tributária. Como mostrou o Broadcast Político, Lira só pautará a conclusão do segundo projeto de regulamentação da reforma tributária após o Senado votar a primeira proposta, diante do incômodo com o que ele considera demora dos senadores em apreciar o texto enviado pelos deputados em julho.

Em conversas reservadas, Lira tem dito que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comprometeu-se a votar em novembro na Casa o primeiro projeto da tributária e enviá-lo de volta à Câmara, com alterações.

A promessa do senador, segundo o entorno do deputado, foi feita em Nova York, durante a 79ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro. Os dois parlamentares viajaram para o evento junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O relator da regulamentação da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), adiou a apresentação de seu cronograma, o que ocorreria nesta quarta. Mesmo assim, segundo interlocutores do emedebista, o calendário acertado com Pacheco está mantido. Os dois estimam que a proposta seja votada, no mais tardar, na primeira semana de dezembro no Senado.

Feminicídios em Pernambuco caem 72,7% em setembro, diz SDS

 Mortes violentas apresentaram redução de 19,3% no mesmo mês

Delegacia da Mulher de Olinda - Foto: Janaína Pepeu/Secom

Pernambuco registrou, em setembro, queda de 72,7% no número de feminicídios, segundo divulgou a Secretaria de Defesa Social (SDS).

Os dados divulgados nessa terça-feira (15) pela SDS mostram que, em setembro deste ano, foram contabilizados três feminicídios no Estado ante 11 ocorrências no mesmo mês do ano passado. 

"Essa redução no número de feminicídios registrados no mês passado mostra o compromisso das forças de segurança do Estado na proteção de todas as pernambucanas, de todas as regiões. Não podemos admitir que mais nenhuma filha deste chão seja assassinada pelo fato de ser mulher", afirmou a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, ao comentar a queda nos índices. 


No começo do mês, Raquel Lyra já havia anunciado redução de 19,3% no número de Mortes Violentas Intencionais (MVI). Os casos passaram de 321 em setembro de 2023 para 259 em setembro de 2024.


Urgente | Executiva do União Brasil faz intervenção no diretório de Pernambuco

 

A executiva nacional do União Brasil, por unanimidade, decidiu realizar uma intervenção no diretório do partido em Pernambuco. A decisão foi formalizada nesta quarta-feira (16), em reunião em Brasília. Os novos rumos da legenda no estado serão anunciados em breve.

O pedido de intervenção foi solicitado pelo deputado federal Fernando Filho. O parlamentar acredita que a mudança oxigenará e fortalecerá o União Brasil nos próximos anos.

"Importante decisão da executiva que sinaliza um novo momento em Pernambuco. Foi uma decisão por unanimidade, que reforça que nosso pedido tinha motivo justo. Agora é trabalhar pela construção para reestruturar o União em Pernambuco e buscar um entendimento comum para se criar um ambiente de paz e fortalecimento político”, avaliou Fernando Filho. 

O ex-prefeito Miguel Coelho também comemorou a decisão. Para ele, o partido vive um momento de crescimento, mas existia uma insegurança ainda em nível estadual, que agora será superada. 

“É um novo tempo para o União Brasil. O partido passou por grandes mudanças recentes sob a liderança do presidente Rueda. Mas ainda era necessário trazer segurança politica e jurídica para o diretório pernambucano. Tenho certeza que, agora, o União sai fortalecido e se tornará um dos principais protagonistas da política pernambucana”, destacou Miguel.

16 outubro 2024

Socorro Pimentel: “Problema de água no Araripe se deve à falta de investimentos dos governos anteriores”


 A deputada estadual Socorro Pimentel (União) defendeu a construção da Adutora de Negreiros, em Salgueiro (Sertão Central) para solucionar o problema da falta de água no Sertão do Araripe.

De acordo com a parlamentar, o Araripe hoje é abastecido principalmente pela Adutora do Oeste, uma obra da década de 1990, atualmente sobrecarregada. Para ela, o problema se deve à falta de investimentos dos governos anteriores.

Segundo a deputada, com a construção da Adutora de Negreiros, a vazão do Sistema Adutor do Oeste poderia aumentar para 500 litros por segundo, o suficiente para abastecer os 11 municípios do Araripe e garantir o desenvolvimento do polo gesseiro da região.A parlamentar afirmou que confia no compromisso da governadora Raquel Lyra pela realização do investimento.

Alepe: Manifestação religiosa em escolas públicas é debatida pelos parlamentares

 


O deputado Joel da Harpa (PL) criticou, nesta terça (15), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) por ter manifestado preocupação com os chamados “intervalos bíblicos” nas escolas públicas estaduais. Segundo o parlamentar, a entidade sindical abordou o assunto durante uma reunião no Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que tratava do ensino religioso.

De acordo com o integrante do PL, entretanto, uma possível proibição ao “intervalo bíblico” iria de encontro ao direito dos cidadãos à liberdade religiosa. Isso porque, conforme explicou, “essa prática é o encontro voluntário de jovens para expressar sua fé, durante o recreio”. “É bem melhor que esses adolescentes estejam se reunindo para cultuar do que para consumir drogas”, argumentou.

Ao apartear Joel da Harpa, Dani Portela (PSOL) ponderou que “o Sintepe somente compartilhou denúncia recebida pela entidade, não tendo se posicionado no sentido de que sejam proibidas as práticas”.

O deputado Adalto Santos (PP), por sua vez, endossou as palavras de Joel da Harpa, mas disse crer “na prudência e na isenção do Ministério Público”. Para Abimael Santos (PL), a preocupação do sindicato representaria “preconceito religioso”.

Já o deputado e presidente estadual do PT, Doriel Barros, criticou o discurso do deputado do PL.  “Lamento que ele tenha feito uma acusação ao sindicato dos professores que não tem sustentação e nem base legal. Ele usa a tribuna com o intuito de falar para um eleitorado e se promover em cima de um fato que não é aquele que ele destacou aqui”, disse o petista

Desaprovação ao governo Lula volta a avançar e empata com aprovação

 

Por Jonathan Karter
Do Poder 360


Foi de 43% para 46% a taxa de eleitores que declaram desaprovar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O percentual oscilou 3 pontos percentuais para cima desde o final de julho e, agora, é o mesmo do grupo que diz aprovar a gestão petista. Os dados são de pesquisa PoderData realizada de 12 a 14 de outubro de 2024.

O gráfico a seguir mostra a curva longa, desde o início do mandato, em janeiro de 2023. Na largada, com 1 mês no Palácio do Planalto, a curva de aprovação estava 13 pontos acima da de desaprovação. Agora, não há diferença

A pesquisa cujos dados são relatados neste texto foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 12 a 14 de outubro de 2024, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 181 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.

RECORTES DEMOGRÁFICOS
O Poder360 estratifica os dados por demografia (sexo, idade, escolaridade e renda). Eis os destaques:

  • Mais aprova: o governo é mais bem avaliado por jovens de 16 a 24 anos (60%) e por idosos de 60 anos ou mais (55%);
  • Mais desaprova: os percentuais de desaprovação são maiores dentre os que cursaram o ensino superior (54%) e os que ganham mais de 5 salários mínimos (53%).

NORDESTINOS FIÉIS A LULA
A região é a única em que mais de 50% da população declara aprovar a gestão petista. No Sudeste, 46% se dizem satisfeitos e 44% insatisfeitos com o governo. Nas demais regiões, a taxa de desaprovação à administração de Lula supera a de aprovação.

CATÓLICOS E EVANGÉLICOS
Os fiéis das duas religiões com mais seguidores no país se mantêm em posições antagônicas quanto à avaliação do governo: 55% dos católicos dizem aprovar a gestão de Lula, enquanto 60% dos evangélicos declaram desaprovar.

É importante notar nos 2 gráficos acima que a aprovação e desaprovação ao governo Lula entre evangélicos têm se mantido relativamente estáveis depois de quase 22 meses de governo. Já no caso de católicos, a situação mudou um pouco: a administração petista começou em janeiro de 2023 com aprovação de 62%, taxa que agora recuou para 55%.

TRABALHO PESSOAL DE LULA
O percentual dos que consideram o trabalho pessoal de Lula “ótimo/bom” oscilou 1 ponto para baixo em 2 meses. Eram 31% ao final de julho. Agora, são 30%. A taxa dos que consideram “ruim/péssimo” não mudou no período: 31%. Já a taxa daqueles que consideram o trabalho do petista “regular” subiu 21 pontos percentuais desde a posse e 13 pontos percentuais desde o início de 2024. Indica cautela ao petista, pois é considerado um pit stop antes de os eleitores migrarem para uma avaliação mais firme, seja positiva ou negativa.

ESTRATIFICAÇÃO
O Poder360 estratifica os dados por demografia (sexo, idade, escolaridade e renda). Eis os resultados:

POR QUE ISSO IMPORTA
Porque os resultados desta rodada do PoderData indicam que foi modesto o efeito do esforço intensivo de marketing de Lula em função das eleições municipais. O presidente se engajou menos do que o PT desejaria, mas foi a comícios e carreatas.

Em julho, quando foi realizada a última pesquisa, Lula havia tido uma melhora tímida nas suas taxas de aprovação. Agora, a desaprovação avançou 3 p.p. e as taxas de avaliação pessoal do presidente se mantiveram sem oscilações significativas, retomando tendências desfavoráveis ao petista que vinham sendo registradas anteriormente.

Em suma, o que importa é a curva completa que a pesquisa mostra desde janeiro de 2023. A rigor, hoje, o governo Lula e o desempenho pessoal do petistas estão com avaliações piores do que no início do mandato.

Lula foi eleito em 2022 com 50,90% dos votos no 2º turno contra Bolsonaro. De lá pra cá, fala para um mesmo público e não consegue ampliar sua base de apoio, que dá sinais de afastamento.

Nunca foi tão ruim a relação de Lula com o Congresso

 

De tempos em tempos, o site Congresso em Foco realiza uma pesquisa com os principais líderes do Congresso Nacional, deputados e senadores, na qual mede os humores dos parlamentares sobre diversas questões relevantes.

Divulgada agora, a última rodada do Painel do Poder, essa pesquisa, traz um dado preocupante: nunca foi tão ruim a relação entre o governo e o parlamento.

No caso, a pesquisa pede aos parlamentares que deem uma nota de 1 a 5 para classificar esse relacionamento. A média das respostas dadas pelos 70 deputados e senadores ouvidos foi 2,41. É a menor em todas as pesquisas feitas desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse em janeiro de 2023. Na rodada anterior, essa média tinha sido 2,81.

Bolsonaro
O alento para Lula é que essa avaliação era pior durante o governo Jair Bolsonaro, quando essa nota média chegou a ser de apenas 1.99. Mesmo a nota mais alta então foi menor que agora: 2,68. De qualquer modo, pode haver um fim de lua de mel de governo e Congresso.

Lua de mel
“Lua de mel” é o termo utilizado pelo economista e cientista político Ricardo de João Braga, um dos responsáveis pelo Painel do Poder. Ele avalia que o quadro pode representar um certo desgaste na relação, diante das disputas e de eventuais expectativas frustradas.

Quadro não é, porém, estático. E pode melhorar
Ricardo de João Braga observa, porém, que o quadro não é estático. E ele mesmo não acredita que venha a representar um novo marco nessa relação Executivo/Legislativo. A pesquisa foi coleta em setembro, antes, portanto, do primeiro turno das eleições municipais.

“O quadro é volátil”, observa o cientista político. “E já aconteceram coisas, efeito das eleições, que poderão vir a estabelecer uma mudança nessa relação”. De um modo geral, tais coisas estão relacionadas à sucessão no Congresso, especialmente na Câmara, onde o quadro tornou-se completamente incerto. O avanço do PSD nas eleições municipais mexeu as peças no tabuleiro.

Lira
Arthur Lira imaginava que iria conduzir seu processo sucessório e que, dessa forma, manteria seu naco de poder depois que deixasse de ser presidente. A aliança PSD/União, ou Antônio Brito/Elmar Nascimento, pode frustrar esses planos de Lira. E melhorar para o governo.

Vice
Mostra dessa nova situação é o fato de PSD e União estarem nos bastidores negociando a vice-presidência da Câmara com o PT. Antes meros espectadores do processo, PT e governo podem vir a ter uma posição decisiva na definição de quem irá suceder a Arthur Lira.

Orçamento
Como o Correio Político mostrou na terça-feira (15), o governo meio que patrocina a trava do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino no chamado orçamento secreto. Ele é a chave do poder de Lira. Sem esse domínio, o governo volta para o jogo.

Arrumação
“Não é provável, portanto, que essa relação piore num futuro próximo”, observa Ricardo de João Braga. “Os dados, portanto, não parecem indicar a existência de uma crise nesse relacionamento”, considera. “Não são o fim do mundo. Parecem mais um freio de arrumação”.

Família Bolsonaro receberá R$ 271 mil mensais de recursos públicos em 2025

 

A família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) receberá, a partir de 2025, ao menos R$ 213 mil mensais em salários e mais R$ 58 mil em aposentadorias — R$ 271 mil no total, pagos integralmente com recursos públicos.

Entenda:

Bolsonaro recebe R$ 42 mil mensais do PL. Ocupa o cargo de presidente de honra do partido.

Michelle Bolsonaro também recebe R$ 42 mil mensais do PL. Ex-primeira-dama ocupa o cargo de presidente do PL Mulher.

A partir do ano que vem, Bolsonaro e Michelle podem passar a receber R$ 46 mil mensais cada um. O presidente da sigla, Valdemar da Costa Neto, havia se comprometido a pagar ao casal Bolsonaro o mesmo salário de um deputado federal, que será reajustado para R$ 46 mil no próximo ano.

Pagamentos do PL para Bolsonaro e Michelle são feitos com dinheiro público. O partido usa recursos do Fundo Partidário para custear os salários.

Ex-presidente também recebe R$ 58 mil em duas aposentadorias públicas. Como capitão reformado do Exército tem direito a R$ 12 mil mensais. Como deputado federal, R$ 46 mil — valor previsto para 2025.

Salário e aposentadorias de Bolsonaro somam R$ 100 mil mensais. Juntando o valor recebido por Michelle do PL, os rendimentos públicos do casal chegam a R$ 142 mil.

Flavio e Eduardo recebem o teto da administração pública — R$ 46 mil cada, a partir de 2025. Esse é o valor que membros do Congresso Nacional terão direito a partir de fevereiro de 2025. O salário é o mesmo dos ministros do STF e do presidente da República. Flavio é senador pelo PL. Eduardo, deputado federal, também pelo PL.

Carlos Bolsonaro recebe R$ 25 mil como vereador no Rio de Janeiro. O segundo filho de Bolsonaro foi reeleito para seu sétimo mandato consecutivo na Câmara Municipal do Rio. Foi o mais votado da cidade, com mais de 130 mil votos.

Jair Renan (PL) foi eleito vereador em Balneário Camboriú (SC) e vai ganhar R$ 11 mil. Será seu primeiro mandato.

Valores são brutos e não incluem benefícios. Levantamento foi feito pelo UOL com base em dados públicos.

Veja quanto os Bolsonaro irão receber de dinheiro público em 2025:

  • Jair Bolsonaro (PL), presidente de honra do PL: R$ 100.324,95 (sendo R$ 41.650,91 pagos pelo PL, valor que pode ser reajustado para R$ 46.366,19 em 2025; R$ 12.307,85 em aposentadoria como capitão reformado do Exército; R$ 46.366,19 em aposentadoria como deputado federal);
  • Michelle Bolsonaro (PL), presidente do PL Mulher: R$ 41.650,91 — valor pode ser reajustado para R$ 46.366,19 em 2025;
  • Flavio Bolsonaro (PL), senador: R$ 46.366,19 a partir de 2025;
  • Eduardo Bolsonaro (PL), deputado federal: R$ 46.366,19 a partir de 2025;
  • Carlos Bolsonaro (PL), vereador do Rio: R$ 24.754,79;
  • Jair Renan (PL), vereador de Balneário Camboriú (SC): R$ 11.480.