PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

27 fevereiro 2023

MEC diz que Justiça pernambucana poderá suspender seleção do SISU em todo país

 

Foto: divulgação

O Portal Nacional da Educação está apurando uma informação sobre a possibilidade de suspensão do Sistema de Seleção Unificado (Sisu) 2023 do Ministério da Educação baseado na reportagem do Correio 24 horas (veículo da imprensa pernambucana).

A Justiça do Estado de Pernambuco pode suspender o processo seletivo do Sisu em todo o País devido a inclusão do Bônus por CEP no curso de medicina, em Recife (PE) pela Universidade Federal do Pernambuco (UFPE).

O Ministério da Educação foi acionado e ainda não há posicionamento do ministro da Educação, Camilo Santana.

As inscrições que se encerraram na última sexta-feira (24) ofereceram mais de 226 mil vagas em 128 instituições públicas de ensino superior, sendo 63 universidades federais. Os estudantes poderiam concorrer a 6.402 opções de cursos ofertados na edição.

De acordo com o último balanço do Ministério da Educação, o curso de medicina, direito e psicologia aparecem no topo da grande procura entre os concorrentes. O curso de medicina, por exemplo, foi ofertado 4.596 vagas em 23 estados e no DF.

Quadro médico de padre araripinense baleado na Zona Rural de Petrolina “é satisfatório”, diz Diocese

 

Foto: reprodução

Em seu perfil no Instagram, a Diocese de Petrolina divulgou novo boletim, neste sábado (25), sobre o quadro médico do padre araripinense Breno Gomes Paixão, vítima de um atentado a bala na noite de ontem (24) na região de Rajada, zona rural da cidade.

Segundo a nota, o quadro de saúde do religioso “evolui satisfatoriamente”, mas ainda requer alguns cuidados porque ainda há fragmentos do projétil que atingiu de raspão o pescoço do Padre Breno. Ele já recebeu a visita do bispo diocesano Dom Francisco Canindé Palhano e alguns sacerdotes.

Comunicamos que o Padre Breno Gomes Paixão se encontra sob cuidados médicos, evoluindo satisfatoriamente no seu quadro clínico. Como restam fragmentos de bala na região do pescoço, a equipe que o acompanha realizará, nos próximos dias, novos exames e procedimentos. Visitado por Dom Francisco Canindé Palhano e alguns sacerdotes, o Padre Breno agradeceu a oração de todos e, passado o susto inicial, não deve receber novas visitas por enquanto. Aguardemos outras notícias e rezemos pelo sacerdote e por toda a Igreja”, ressalta a nota.

Policial Militar é morto a tiros em Pernambuco

 

Foto: reprodução

Na manhã desta sexta-feira (24), um policial militar do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), de 46 anos, identificado como Célio Honorato, foi morto a tiros no Bairro Novo do Carmelo, centro de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife.

No vídeo que está circulando nas redes sociais é possível ver o momento em que dois homens, que pilotavam uma motocicleta, se aproximaram e dispararam contra o PM que também estava em uma moto. Nas imagens ainda foi possível perceber o momento em que os criminosos fogem.

Por meio de nota, a Polícia Militar de Pernambuco comunicou que “tomou conhecimento e lamenta a morte do cabo Honorato, lotado do Batalhão de Polícia Rodoviária, e que, até o momento, ainda não há maiores informações sobre o caso”. Eles informaram ainda que “as investigações ficarão a cargo da Polícia Civil”.

Já a Polícia Civil notificou que o caso segue em investigação pela 10ª Delegacia de Polícia de Homicídios de São Lourenço da Mata.

Presidente da Câmara de Lajedo disputa presidência da UVP

 

Com eleição marcada para o próximo mês, a União dos Vereadores de Pernambuco (UVP) deve ser objeto de mais uma disputa com muitos atores em jogo. No bloco da oposição, além do nome de Zé Raimundo, da bancada do PP na Câmara de Serra, o presidente da Câmara de Lajedo, no Agreste Meridional, Flaviano Quintino (MDB), está sendo estipulado a entrar na disputa também. Seu nome foi bastante comentado durante o encontro da categoria em Maceió, promovido no último fim de semana pela União dos Vereadores do Brasil e o Instituto Educar e Capacitar, presidido pelo jovem Mário Lucas Uchoa.

Veja amanhã na Folha: Milton Coelho quer encontro com Raquel

 

Novo secretário nacional de Micros, Pequenas Empresas e Empreendedorismo, o ex-deputado federal Milton Coelho tem um plano para ampliar e modernizar as cadeias produtivas no País, especialmente em Pernambuco. Ele vai procurar a governadora Raquel Lyra para discutir sobre seu foco nesse sentido no Estado. Veja amanhã na Folha de Pernambuco.

Desaceleração da atividade e inadimplência desafiam convicção do BC sobre juros

 

Os riscos para a atividade econômica, o aumento da inadimplência e os sinais de maiores dificuldades financeiras enfrentadas por empresas devem desafiar a convicção do Banco Central sobre a manutenção do atual patamar de juros.

Para uma ala de economistas, os indícios mais recentes justificam uma reavaliação de cenário pelo BC, de forma a antecipar o corte de juros com o objetivo de estabilizar a atividade, mesmo com a inflação ainda longe da meta.

Para outros, porém, o risco fiscal —traduzido na expansão de despesas e na ausência de diretrizes concretas sobre o novo arcabouço de gastos— e a inflação resiliente ainda falam mais alto e inspiram cautela, justificando a manutenção da política monetária pelo BC. As informações são da Folha de S. Paulo.

Até pouco tempo atrás, o patamar de juros esteve na mira das críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chegou a defender publicamente um aumento na meta de inflação para abrir caminho à flexibilização do aperto monetário —a Selic está hoje em 13,75% ao ano— e ao crescimento da economia.

Nos últimos dias, o Ministério da Fazenda passou a emitir alertas mais contundentes sobre a possibilidade de uma crise de crédito no país.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que o governo e a equipe econômica estão focados em evitar uma crise de crédito e podem lançar mão de “políticas compensatórias”, sem detalhar quais.

O próprio BC tem feito considerações sobre a desaceleração das concessões de crédito e da atividade econômica e sobre a alta na inadimplência nas atas das reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária) desde outubro do ano passado.

Recentemente, o tema também surgiu em conversas de membros da instituição com integrantes do mercado financeiro.

O Comef (Comitê de Estabilidade Financeira), instância do BC focada na prevenção de riscos sistêmicos, também citou em relatório de novembro a existência de “incertezas a serem acompanhadas”.

“O endividamento e o comprometimento de renda das famílias têm aumentado. […]. No caso das pessoas jurídicas, observa-se o aumento dos ativos problemáticos nas empresas de menor porte. Assim, uma frustração substancial do desempenho da atividade econômica pode resultar em elevação do risco de crédito”, diz o documento.

A questão colocada por parte dos economistas é que, independentemente de eventual mudança na meta de inflação, a autoridade monetária pode ser levada a cortar os juros num cenário em que a piora da economia torna o “custo da desinflação” demasiadamente elevado.

Quem concorda com essa avaliação elenca alguns fatores, como a alta na inadimplência de pessoas físicas e de empresas, a desaceleração do PIB (Produto Interno Bruto) e as dificuldades financeiras de companhias, algumas das quais recorreram à proteção judicial para conseguir negociar dívidas.

Segundo dados do BC, a inadimplência de pessoas físicas em operações com recursos livres passou de 4,4% no fim de 2021 para 5,9% em dezembro de 2022. No caso das pessoas jurídicas, o indicador saiu de 1,5% para 2,1% no mesmo período.

O caso Americanas, em que a descoberta de uma fraude contábil desnudou um montante de débitos bem maior do que se tinha conhecimento, também contribui ao ampliar a aversão dos bancos em conceder crédito.

“A forma como ele [Lula] abordou o assunto [dos juros] é ruim, mas no mérito talvez ele não esteja tão errado assim. É uma coisa nova, uma coisa que a gente está começando a enxergar e ficar preocupado”, afirma o economista Manoel Pires, do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

Pires lembra que, durante a pandemia, o próprio governo precisou estimular a tomada de crédito por empresas para que elas conseguissem ter caixa suficiente para honrar compromissos. Parte desses financiamentos foi tomada com Selic a 2% —11,75 pontos abaixo do patamar atual.

O aumento considerável do custo já havia levado o governo anterior a prorrogar o prazo de pagamento de linhas como o Pronampe, voltado a micro e pequenas empresas. Ainda assim, muitas estão sem fôlego para bancar o custo financeiro dessas dívidas.

“No começo do ano, começou a acender um sinalzinho de alerta de que talvez a gente esteja com juros um pouco alto demais e que, eventualmente, essa ideia de fazer um pouso suave, desinflacionar a economia desacelerando para um PIB de 0,5% a 1%, talvez não seja tão certa. Pode ser que comece a adentrar numa situação de retração mais significativa de atividade”, afirma Pires.

O Ibre/FGV projeta uma alta de 0,2% no PIB neste ano, mas isso considera o desempenho positivo da agropecuária. Sem esse impulso, já haveria uma recessão.

“Se isso for verdade, faz sentido discutir com o Banco Central alguma reavaliação do processo de desinflação para poder reduzir um pouco os juros”, diz o economista.

Em entrevista ao blog do CDPP (Centro de Debate de Políticas Públicas) no fim de janeiro, o economista Persio Arida, ex-presidente do BC, também disse acreditar em um movimento de corte nos juros.

“Diferentemente de outros analistas, penso que o próximo movimento do Banco Central deva ser na direção de iniciar um ciclo de baixa da taxa de juros. E por vários motivos: atividade econômica está fraquejando, temos uma crise de crédito latente e o real vem se valorizando”, afirmou.

Ao Brazil Journal, ele depois esclareceu que não tinha opinião sobre o momento mais propício para reduzir a Selic, mas reforçou a ideia central do argumento. “Os sinais de desaceleração econômica me parecem muito claros, e cabe ao Banco Central o papel de estabilizar a economia”, disse. Procurado pela Folha, Persio preferiu não fazer comentários adicionais.

Em relatório divulgado essa semana, a LCA Consultores diz que “contornar o risco de eclosão de uma crise de crédito demanda cuidadosa ação das autoridades econômicas e dos maiores ofertantes de crédito”. A instituição não descarta a possibilidade de o BC precisar recorrer a medidas emergenciais para ampliar a liquidez e irrigar os mercados, de forma a evitar um contágio da crise para o sistema financeiro.

“Uma contração aguda do crédito, ademais, poderia levar o Banco Central a antecipar um ciclo de redução da taxa básica Selic”, diz o documento. A LCA pondera, entretanto, que o timing do corte de juros, hoje previsto para o fim de 2023, dependerá também das perspectivas para as contas públicas e da eventual revisão das metas de inflação.

O economista Carlos Kawall, sócio-fundador da Oriz Partners e ex-secretário do Tesouro Nacional, tem visão divergente. Ele não vê espaço para redução da Selic antes de 2024 diante da política de expansão fiscal adotada pelo governo Lula em meio a um cenário de inflação ainda resistente.

“O problema que nós temos é um desajuste da política macroeconômica. Também faz parte desse contexto a indefinição com a regra fiscal. O governo sequer tem convicção sobre voltar a tributar combustíveis”, afirma.

Na visão dele, o caso Americanas e o alerta sobre a crise de crédito no país se encaixam em um cenário microeconômico, no qual os efeitos se concentram em um segmento. Por isso, devem ser tratados a partir de medidas voltadas para o capital das instituições financeiras, como linhas emergenciais de financiamento.

“Não dá hoje para olhar episódios de crédito e dizer que a terapia para isso é a redução da taxa de juros”, diz Kawall. “A solução para esse problema não está em desarranjar a política monetária como um todo, porque vai afetar negativamente a economia como um todo.”

Pernambuco perde o empresário Cyro Ferreira da Costa

 

Faleceu, na tarde deste domingo (26), o empresário Cyro Ferreira da Costa, o terceiro descendente do português João Ferreira da Costa, nascido na freguesia de Campanhã, hoje um bairro da cidade do Porto, no Norte de Portugal.

Cyro tinha 92 anos e era considerado o responsável pelo novo modelo de negócios e de gestão que a tornaram a Ferreira Costa referência no setor no final do século passado. As informações são do colunista Fernando Castilho, do JC.

Ele foi também um pioneiro na adoção práticas de sustentabilidade ambiental, comerciais e respeito aos colaboradores, adotadas bem antes do conceito de ESG (meio ambiente, social e governança, na sigla em inglês) começar a ser difundido no Brasil.

A contribuição de Cyro Ferreira da Costa à empresa virou uma referência no varejo moderno. Ele começou a trabalhar muito cedo, quando precisou ser emancipado aos 13 anos (ele nasceu em 1931) e assumir os negócios da família de comerciantes ao lado da mãe.

Isso aconteceu após a morte do pai João Ferreira da Costa Filho, em 1950, depois de uma longa batalha contra uma artrite que o levou aos Estados Unidos, em 1946, em busca de tratamento, na companhia de Cyro.

NOTA DA FERREIRA COSTA

É com profunda tristeza que comunicamos o falecimento de Cyro Ferreira da Costa, hoje à tarde, em sua casa ao lado de sua família.

A dor é grande, mas fica a certeza de que ele deixou seu grande legado em vida.

O Grupo Ferreira Costa agradece a todos as mensagens de apoio nesse momento de luto.

Cyro Ferreira Costa era apaixonado pela educação e formação profissional de pessoas para o varejo. Ele fez questão de educar seus filhos para assumirem de forma moderna e os levou a ter experiências fora da empresa e adquirirem visão externa dos negócios. O seu filho Guilherme, por exemplo trabalhou na Arthur Andersen e seu irmão André Ferreira na PWC.

Os dois entraram na companhia depois de trabalharem como auditores nessas duas grandes empresas, estimulados pelo pai e empresário que se orgulha de seu inglês fluente e das viagens a diversos países na busca pela inovação.

Ele começou a organizar a Ferreira Costa procurando incorporar na pequena loja de 300 m² o que fosse possível de modernização, mantendo a tradição de comércio, que se iniciou em 1884 com seu avô João Ferreira da Costa, que escolheu Garanhuns para se fixar após a construção da ferrovia que ligou a cidade ao Recife, no prolongamento do trecho Recife-Catende.

Foi o pai de Cyro quem começou a estruturar a loja de secos e molhados, ferramentas e artigos diversos numa Garanhuns que era conhecida pela produção agrícola e dinamismo econômico. Especialmente pelo café, por ser um centro de negócios no chamado Agreste Meridional, e até pelo turismo devido ao clima frio em relação às cidades da microrregião.

Era apaixonado por contabilidade empresarial e em 1989 quando a loja de Garanhuns abriu já no formato de Home Center ela estava integralmente informatizada. Anos antes, em 1974, Cyro chegou a testar um “possante computador Olivetti de 2 kytes de memória” na contabilidade de loja, originando o atual CPD do grupo que dá suporte de Tecnologia da Informação às suas lojas.

Governo rechaça pressão e descarta mudança no ministério

 

Numa tentativa de ampliar sua base de apoio no Congresso, o presidente Lula cedeu espaços generosos a alguns partidos na formação de seu governo. O MDB, o PSD e o União Brasil, por exemplo, que não se aliaram ao PT na eleição presidencial de 2022, receberam cada um três ministérios.

Não foi o suficiente para aplacar o apetite do parlamentares, especialmente do Centrão, que reivindicam mais espaço no primeiro escalão. As informações são da edição online da Veja.

A pressão por uma reforma ministerial parte principalmente dos deputados, que se dizem sub-representados na Esplanada dos Ministérios e reclamam de um suposto privilégio dado aos senadores. A chiadeira é mais recorrente no União Brasil, que tem a terceira maior bancada na Câmara, com 59 integrantes, e não garante que votará em bloco a favor dos projetos do governo — a não ser, claro, que receba as contrapartidas esperadas.

Lula sabe da insatisfação, mas rechaça a possibilidade de mudar ministros. O presidente determinou a seus articuladores políticos que usem cargos de segundo e terceiro escalões para acalmar os parlamentares insatisfeitos, muitos deles próximos de Arthur Lira, comandante da Câmara. A estratégia já está em marcha.

Os deputados do União Brasil conseguiram o direito de manter o controle da Codevasf, estatal que se tornou queridinha das emendas de relator na gestão de Jair Bolsonaro. Já o Avante, legenda com bancada de apenas sete deputados, mas que fez coligação com o PT em 2022, assegurou a chefia do notório Dnocs.  Outras negociações estão em curso. Lula aposta nelas para não ter de realizar uma reforma ministerial de um governo que al começou.

Deslizamentos mataram mais de 4 mil no Brasil nos últimos 35 anos

 

4.218 pessoas morreram em deslizamentos no Brasil nos últimos 35 anos, mostra levantamento do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Para especialistas, o número — que não inclui inundações e outros eventos associados — expõe um problema histórico de falta de ação para prevenção e redução de riscos no País, especialmente na região Sudeste, que concentra a maioria das vítimas, a exemplo do recente caso no litoral norte de São Paulo que deixou 50 mortos, além de desaparecidos.

A situação se torna preocupante em um contexto em que eventos extremos se tornam cada vez mais comuns e intensos em meio ao avanço das mudanças climáticas. Segundo pesquisadores do tema, ações de redução de riscos em áreas vulneráveis são urgentes diante da alta ocupação urbana em áreas de encosta em Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, dentre outros. Como o Estadão mostrou, São Sebastião, no litoral norte paulista foi condenada na Justiça a tomar medidas para atuar em áreas vulneráveis.

“Estamos em fevereiro ainda. Teremos as águas de março e abril, que tem bastante chuva na Bahia e em Pernambuco”, destaca o geólogo e pesquisador do IPT Eduardo Macedo, autor do levantamento de mortes por deslizamentos, que reúne dados desde 1988. Em março de 2020, mais de 40 pessoas foram vítimas de deslizamentos na Baixada Santista, por exemplo. “Nesse andar de mudança climática e eventos extremos, vamos ter várias vezes, infelizmente.”

Professor e coordenador do Laboratório de Gestão de Riscos (LabGRis) na Universidade Federal do ABC (UFABC), Fernando Rocha Nogueira diz que o alto número de mortes é causado por um problema estrutural. “O risco é resultado da forma de que se ocupa, usa e se constrói as cidades. Isso que gera o risco, não é a chuva. O risco é uma questão social.”

Encostas

O professor aponta que se trata de um problema social, pois a ocupação de encostas é em parte uma consequência do encarecimento do custo de vida em áreas mais seguras. No caso de São Sebastião, por exemplo, em vários bairros, as áreas planas são limitadas às quadras mais próximas da orla, que se valorizaram com o aumento do turismo nas últimas décadas. “Originalmente, a população caiçara não morava no morro”, aponta.

Embora o ideal fosse retirar todas as famílias de áreas de alto risco (que são 4 milhões, segundo o governo federal), uma perspectiva mais realista e que permite atuação mais rápida é de melhorias nas infraestruturas desses locais, para diminuir a vulnerabilidade das residências, em grande parte de uma população de baixa renda. “Vai colocar essa população onde?”, questiona.

O pesquisador destaca que o mundo está em um momento de “necessidade urgente para se adaptar às mudanças climáticas”. “Precisa fortalecer os lugares frágeis. Conhecer e pensar formas de melhorar esses pedaços da cidade”, diz. Nesse processo, além dos mapeamentos já existentes, os moradores precisam ser aliados para identificar indícios de problemas futuros.

Como comparação, Eduardo Macedo cita que Bertioga, município também na região da Serra do Mar, recebeu um volume de chuva semelhante ao de São Sebastião durante o carnaval, mas não registrou vítimas. “Não tem praticamente ocupação em encosta”, afirma. Dessa forma, os impactos foram mais de alagamentos, inundações e afins. “600 mm é totalmente fora do padrão. Não há morro que aguente.”

Sudeste

Historicamente, os deslizamentos com maior registro de vítimas nas últimas décadas ocorreram na região Sudeste, em especial na região serrana do Rio de Janeiro. No ano passado, morreram 241 pessoas vítimas da chuva em Petrópolis. O pesquisador explica que se trata de uma combinação das características locais, que propiciam um acúmulo de nuvens e precipitações frequentes, e da alta ocupação urbana das encostas, áreas de várzea e outras zonas de risco.

“Frentes frias estacionam na região do encontro dos três Estados a região serrana do Rio, o sul de Minas (Gerais) e a Zona da Mata, o litoral norte de São Paulo e o Vale do Paraíba”, explica. “Alguns anos atrás, tinha um ou outro evento de chuvas mais intensas durante o ano, mas aumentou a frequência. E a característica dessa região é a ocupação de encosta. A chuva não é a culpada, ela apenas detona o processo.”

Prefeitura de Garanhuns desmente fake sobre taxa de serviços diversos

 

Alguns perfis estão postando e viralizando nas redes sociais algumas Fake News sobre a prefeitura de Garanhuns e o prefeito Sivaldo Albino. Agora, em mais uma tentativa de atacar a gestão, publicaram que o prefeito está sendo denunciado pelo MP por cobrar uma taxa ilegal.

Trata-se de uma mentira, fake News. A Prefeitura de Garanhuns, através da Secretaria de Finanças, extinguiu a cobrança da Taxa de Serviços Diversos (TSD) desde julho de 2022. A taxa foi criada em 1998, através da Lei 2.928, e era cobrada desde a época. Porém, a atual gestão, assim que identificou o lançamento no sistema tributário utilizado, considerou imprópria, e após parecer da Procuradoria Geral do Município, identificando a sua inconstitucionalidade, decidiu extinguir a taxa que incidia sobre a emissão de guias de tributos ou preços públicos municipais para todos os DAMs.

A atual gestão do prefeito Sivaldo Albino acabou com a taxa ilegal, beneficiando os contribuintes e a população em geral.

18 fevereiro 2023

‘Descaso e cochilo do ex-governador’, diz Raquel sobre retirada da rota pernambucana da Transnordestina

 

Foto: divulgação

Em vídeo publicado nas redes sociais nessa sexta-feira, 17, a governadora Raquel Lyra afirma que está articulando a manutenção da rota da Ferrovia Transnordestina em Pernambuco, entre Salgueiro e o Porto de Suape, passando por todo o Estado. Ela disparou crítica ao governo anterior, atribuindo a retirada da rota pernambucana por um ‘descaso e cochilo’ do ex-governador.

“A gente vai se reposicionar no cenário econômico do Nordeste brasileiro, mas para isso, a gente precisa garantir infraestrutura. A Transnordestina é uma conquista do povo de Pernambuco. A gente vai trabalhar de maneira incansável, unindo a todos, como já estamos fazendo, senadores, deputados, ministros, para que essa obra possa ser realidade e garantir que o Porto de Suape posso cumprir seu papel, de desenvolvimento do Nordeste e desenvolvimento do Brasil”, disse a governadora.

A CSN retirou o trecho pernambucano do projeto da Ferrovia Transnordestina em 2022, mantendo apenas o trajeto até o Porto de Pecém-CE, saindo do Piauí e fazendo a curva em Salgueiro. Isso excluiu da obra o traçado que vai de Salgueiro até o Porto de Suape, na Região Metropolitana de Recife. Agora os novos governos de Lula e Raquel articulam para que a ferrovia funcione por inteiro, como no projeto original.

Galo da Madrugada está nas ruas do Recife matando a saudade dos foliões

"Viva a vida, viva o frevo, viva Enéas" é o tema da festa desta vez


Após a maior pandemia da história, nada mais emblemático do que o tema destacado pelo Galo da Madrugada em 2023: “Viva a vida, viva o frevo, viva Enéas”, sendo este último o idealizador e um dos fundadores da agremiação criada na década de 1970 para resgatar o carnaval de rua. Em 1978, precisamente, cerca de 80 pessoas saíram no desfile do Galo e ninguém poderia imaginar as proporções que a festa tomaria. Este ano, o público estimado é de mais de 2 milhões de pessoas.

Neste sábado de Zé Pereira (18), Depois de dois anos sem sair às ruas, o Galo da Madrugada recebeu os foliões saudosos com um café da manhã, com direito a bolos,  queijos, salgados, sucos. A festa começou às 7h e muita gente marcou presença. Após  este momento, o maior bloco carnavalesco do planeta, reconhecido no Guinness Book, soltou o hino preso no papo: “voltei, Recife”, com a certeza de que o desfile já entrou para a história.

Galo da madrugada 2023 (Foto: Alexandre Aroeira / Folha de Pernambuco)

O 44º desfile também está fazendo uma homenagem ao saudoso artista plástico Ary Nóbrega e ao cantor Claudionor Germano. Para o atual presidente e também fundador do bloco, Rômulo Meneses, a essência do Galo é o contato com os foliões, através do desfile de fantasias, de alegorias, dos trios e dos artistas. 

Os tradicionais carros alegóricos abriram o desfile, assinados pelos artistas plásticos Sandro Nóbrega – filho de Ary Nóbrega, falecido em abril de 2020 – e Acácio Damasceno. As alegorias fizeram referência ao tema e aos homenageados do bloco. 

O primeiro carro foi o abre-alas, com o tradicional Galo, com cerca de quatro metros de altura, todo retocado, com muito brilho e colorido. Essa carruagem deu boas-vindas aos foliões. No carro abre-alas, figurantes representando os passistas de frevo e também os quatro elementos da vida, que são a água, o ar, o fogo e a terra. Nele, também estão o rei e a rainha do Carnaval 2023 do Recife, Mayara Araújo e Bhrunno Henrique. Os figurinos dos carros alegóricos são assinados pelos carnavalescos Francisco Câmara e Anderson Gomes.