PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

30 junho 2021

Pela calma de Bolsonaro, diz Humberto, ele não descarta gravação de Miranda

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O argumento apresentado pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, ontem, um dia após senadores protocolarem notícia-crime no STF contra o presidente Jair Bolsonaro, não convenceu os senadores da ala independente e de Oposição da CPI da Pandemia. A despeito da nova versão do governo, o grupo está atento a um detalhe: a reação pacífica do presidente Bolsonaro às denúncias feitas, na última sexta, pelo deputado Luis Miranda e por seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, na última sexta-feira. Senadores têm estranhado que o chefe do Planalto não tenha partido para cima do deputado federal. De Pernambuco, o senador Humberto Costa adverte: “Ele está com medo que o deputado tenha gravado ele, e não está querendo pagar para ver”. À coluna, o petista prossegue: “Ele não ‘bateu’ em Luis Miranda, está calmo. Se estivesse seguro, ele já teria esculhambado”. A referida leitura coincide com a interpretação feita, também ontem, pelo presidente da CPI, Omar Aziz. “Eu creio que o deputado Luis Miranda tem essa gravação. Agora, ele disse: ‘Não fui eu que gravei, mas eu não estava só na sala'”, sublinhou Omar em entrevista à GloboNews, observando que o presidente não desmentiu o parlamentar.

Em seu depoimento, Miranda afirmou que Bolsonaro teria citado o nome do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, ao ouvir a denúncia sobre supostas irregularidades na compra da vacina Covaxin. O deputado diz não ter gravado a conversa, mas, em entrevista à Denise Rothenburg, no programa CB.Poder, sugeriu o seguinte: “Sabe quando essa resposta, se gravamos ou não, vai aparecer? Se um dia o presidente mentisse. Até agora ele não mentiu”. Na análise de Humberto Costa, o presidente da República pode achar que Luis Miranda “está blefando” sobre não ter gravado. Ontem, Fernando Bezerra afirmou que Bolsonaro solicitou, no dia 22 de março, ao ex-ministro Eduardo Pazuello, “uma apuração preliminar acerca dos fatos relatados”. Acrescentou que “avaliação cautelosa e criteriosa” foi feita pelo, então, Secretário-Executivo de Pazuello, Elcio Franco”, e que não foram encontrados indícios de fraude. Como Pazuello foi exonerado no dia 23 de março e  Franco, no dia 26 de março, os senadores leram a explicação do governo como um “esforço para apagar os rastros”. Ontem, o governo anunciou a suspensão do contrato de compra da Covaxin. “Mais um motivo para CPI avançar”, reforça Humberto Costa.


Passando recibo
A suspensão do contrato de compara da Covaxin foi lida por parlamentares como um “reconhecimento de culpa” do governo. Pela data em que o presidente Bolsonaro teria solicitado apuração, ao ex-ministro Eduardo Pazuello, segundo relatou Fernando Bezerra Coelho, os senadores concluem que não dava tempo de o ministro “limpar as gavetas” e apurar ao mesmo tempo.

Alô > Túlio Gadêlha telefonou para o prefeito Anderson Ferreira, há duas semanas, dizendo que destinaria emenda de R$ 1,2 milhão para Jaboatão. Foi aí que Anderson convidou o pedetista para conhecer o Complexo Administrativo, o que ocorreu ontem.

Portas> Anderson preside o PL-PE e Túlio está de malas prontas para deixar o PDT.  As costuras para 2022 foram à pauta, apesar de eles  militarem em campos opostos. O grupo dos Ferreira também está à frente do PSC-PE, presidido por André Ferre.

Fonte: Folha-PE

Inscrições para o Enem 2021 começam nesta quarta-feira

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) inicia, nesta quarta-feira (30), as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021.

Os interessados poderão se inscrever na Página do Participante, até 14 de julho. A taxa de inscrição é de R$ 85 e o pagamento deve ser feito por aqueles que não estão isentos, por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU Cobrança).

Os resultados finais das solicitações de isenção foram divulgados pelo Inep, no dia 25 de junho, e estão disponíveis na Página do Participante.

Os interessados em fazer o Enem 2021 deverão realizar a inscrição no exame, isentos ou não. O Inep preparou um passo a passo para ajudar na inscrição. Para isso, basta acessar a Página do Participante, no endereço eletrônico enem.inep.gov.br.

Provas

As provas do Enem 2021 serão aplicadas nos dias 21 e 28 de novembro, tanto a versão digital quanto a impressa. As duas versões também terão a mesma estrutura de prova: quatro cadernos de questões e a redação.

Cada prova terá 45 questões de múltipla escolha, que, no caso do Enem Digital, serão apresentadas na tela do computador. Já a redação será realizada em formato impresso, nos mesmos moldes de aplicação e correção da versão em papel. Os participantes receberão folhas de rascunho nos dois dias.

No primeiro dia, serão aplicadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, e ciências humanas e suas tecnologias, além da redação. A aplicação regular terá cinco horas e 30 minutos de duração.

No segundo dia, as provas serão de ciências da natureza e suas tecnologias, e matemática e suas tecnologias. Nesse caso, a aplicação regular terá cinco horas de duração.

Fonte: UOL

Brasil melhora acesso à escola, mas ainda precisa superar desigualdade, aponta OCDE

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O Brasil avançou em número de matrículas nas escolas e melhorou o nível de escolaridade da população nas últimas décadas, mas ainda precisa vencer desafios por uma educação de qualidade.

Entre eles, está a redução da desigualdade na educação, o que pode ficar ainda mais acentuado com os efeitos da pandemia devido à falta de acesso ao ensino remoto, e o fortalecimento de um Sistema Nacional de Educação, com a definição de papéis claros entre os entes da federação.

A análise faz parte de relatórios publicados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em parceria com a Todos pela Educação e Itaú Social.

Ao todo, são três documentos que somam mais de 400 páginas. Eles citam as políticas públicas implementadas nas últimas décadas, avaliam os avanços em cada ciclo (do ensino infantil ao superior), trazem recomendações de melhorias em diversas áreas, e comparações com políticas adotadas em outros países.

“O relatório é categórico ao dizer que o Brasil terá sérias dificuldades de avançar se não colocar luz na desigualdade da educação. Com a pandemia, este tema ganhou tração, mas é importante que a OCDE diga que ou Brasil encara o problema de frente e pensa em políticas para superá-lo ou terá dificuldade em melhorar a qualidade da educação. A desigualdade é muito alta em comparação aos outros países”, afirma Olavo Nogueira Filho, diretor-executivo da Todos pela Educação.

“Conseguimos avançar no acesso à educação básica e até em relação a índices de desempenho, mas as desigualdades persistem. O relatório aponta que a pandemia pode ter acentuado essas desigualdades e que elas são multidimensionais, se dão por nível socioeconômico, mas também por raça, gênero e localização geográfica, como onde você mora, em que local você vive”, avalia Patricia Mota Guedes, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Itaú Social.

Em 14 de junho, o Jornal Nacional trouxe uma reportagem sobre o aumento da desigualdade no país, que atingiu o menor nível desde 2012.

De acordo com o relatório da OCDE, a pandemia aprofundou a recessão econômica e atingiu com força a população mais vulnerável “exacerbando as desigualdades que ainda colocam o Brasil entre os países mais desiguais do mundo”, diz o texto.

O relatório cita que, em 2018, 20% da população brasileira vivia abaixo da linha da pobreza, índice maior do que o registrado quatro anos antes, em 2014, quando eram 18%.

Um dos relatórios traz estatísticas que mostram a desigualdade do país:

  • Acesso ao ensino médio: Em 2018, 60% da população negra ou parda havia concluído pelo menos o ensino médio, índice que chega a 76% entre brancos;
  • Acesso ao ensino superior: 36% dos brancos com idade entre 18 e 24 anos estavam na universidade ou já haviam concluído o ensino superior em 2018; entre negros e pardos, o índice era de 18%;
  • Exclusão: Em 2019, quase 25% de negros e pardos de 18 a 24 anos não estudavam nem trabalhavam; para brancos, o índice era de 17%;
  • Abandono escolar e mercado de trabalho: segundo a OCDE, os dados sugerem que a desigualdade leva negros e pardos a deixarem a escola para trabalhar.

Entre as políticas destacadas pela OCDE para diminuir a desigualdade no Brasil, está o Bolsa Família, que oferece pagamento mensal a famílias de baixa renda que mantiverem os filhos matriculados em escolas; as políticas de cotas para estudantes de escolas públicas, negros e pardos, indígenas e pessoas com deficiência, e o Programa Universidade para Todos (Prouni), que já ofereceu 2,5 milhões de bolsas de estudos para alunos carentes.

O relatório da OCDE cita diversas ações para diminuir a desigualdade, entre elas, estão:

  • Investir em educação infantil

Patricia Mota Guedes, do Itaú Social, afirma que o relatório destaca o avanço do Brasil em incorporar a pré-escola na educação básica. “É uma conquista apontada, mas ao mesmo tempo tem o desafio de ampliar o acesso à creche para crianças de 0 a 3 anos”, pontua.

O investimento deve ser voltado à população mais carente, de acordo com a OCDE. Dados do governo federal apontam que em 2020, 51% das crianças de 0 a 3 anos da parcela mais rica da população estavam matriculadas em creches, enquanto entre os mais pobres o índice é de 26%.

“Temos evidências do papel da educação infantil de qualidade para reduzir desigualdade. A criança já entra nos anos iniciais em desenvolvimento, não só para alfabetização do mundo letrado, mas também a socialização e desenvolvimento de outras competências importantes. Isso ajuda a reduzir desigualdades de crianças com pais menos escolarizados”, analisa.https://243cf9fa38583976aac72e08ffbed129.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

  • Evitar a reprovação

O relatório diz que a reprovação traz efeitos indesejáveis e não garantem a aprendizagem do estudante. Há custos elevados para manter os alunos retidos em séries, além da prática diminuir a motivação e engajamento de alunos e incentivar o abandono escolar.

“Em países onde a reprovação é muito comum, o desempenho geral tende a ser mais baixo e a origem social também tende a ter um impacto maior nos resultados de aprendizagem do que em países onde menos alunos são reprovados”, cita o texto.

  • Manter a política de cotas

O sistema de cotas, implantado em 2012 como medida temporária, deve ser revisto em 2022.

A OCDE destaca que especialistas defendem a extensão da política, acompanhado por programas de assistência financeira e diversidade no conteúdo acadêmico universitário.

10 pontos para melhorar a educação do Brasil

Para superar desafios, a OCDE lista 10 pontos para melhorar a qualidade da educação no país:

  1. Investimento em educação: o relatório sugere proteger os recursos da educação e vincular a resultados que mostrem avanço na qualidade do ensino. O texto reconhece os avanços do novo Fundeb, o fundo que financia a educação básica redistribuindo recursos para que todos os alunos recebam pelo menos o mínimo de investimento previsto.
  2. Reavaliar prioridades: a OCDE afirma que a pandemia traz uma oportunidade de reavaliar as prioridades no orçamento. Cita os gastos excessivos com reprovação e a necessidade de aumentar as taxas de conclusão no ensino superior.
  3. Ações para mitigar impacto da pandemia: a OCDE afirma que serão necessários recursos adicionais para atender alunos em vulnerabilidade, mas há riscos de cortes no orçamento devido à desaceleração econômica. Isso já ocorre sobre recursos do Ministério da Educação, que teve os maiores bloqueios em relação a outras pastas. O ideal seria investir mais para recuperar as perdas da pandemia, com foco em alunos mais vulneráveis.
  4. Melhoria para carreira de professores: para a OCDE, a valorização do docente é essencial para melhorar o ensino e a aprendizagem. Com isso, será possível atrair e reter professores de alto nível, fornecendo apoio e desenvolvimento profissional.
  5. Práticas de ensino: abordagens inovadoras e comprovadas podem trazer impacto positivo na aprendizagem dos estudantes. O desafio poderá ser superado com quadros universitários de qualidade e cursos de formação continuada. Mas dados apontam que três quartos dos professores dos anos finais do ensino fundamental e médio nunca observaram aulas de outros professores para dar feedbacks, o que poderia ser uma forma colaborativa de melhorar a prática de ensino.
  6. Clima escolar: tornar o ambiente escolar mais favorável a estudantes pode impactar na aprendizagem e bem-estar. No Pisa de 2018, por exemplo, os dados apontaram que os casos de bullying, indisciplina e solidão nas escolas do Brasil ocorriam acima da média dos países da OCDE. O resultado de um ambiente pouco receptivo é o baixo o desempenho dos estudantes. A avaliação indicou que 68% dos estudantes brasileiros não sabiam o básico de matemática; 50,1% apresentavam baixo desempenho em leitura e 55,3%, baixo desempenho em ciência.
  7. Gestão escolar: a OCDE recomenda melhorias na administração e liderança pedagógica, com profissionais da área exercendo as funções. O relatório cita, por exemplo, que em 2018 70% das redes ainda escolhiam diretores por nomeação política, destaca Patrícia Mota Guedes.
  8. Tornar a educação relevante: uma iniciativa destacada pela OCDE é a reforma do ensino médio, que procura trazer itinerários formativos adaptados de acordo com cada estudante, com vistas à educação profissional e tecnológica. Para isso, são precisos recursos. Uma opção é fazer programas locais, em parceria com empregadores, para aumentar o engajamento dos jovens.
  9. Apoiar os alunos em risco: a OCDE recomenda intervenções já nos primeros anos escolares, como investimento na educação infantil e anos iniciais (1º ao 5º ano) do ensino fundamental, com políticas explícitas para evitar a evasão.
  10. Direcionar recursos: regiões, escolas e alunos com as maiores necessidades devem receber mais investimentos. É possível aproveitar a experiência bem-sucedida do Fundeb, de acordo com o relatório, para fazer redistribuições não apenas entre estados e municípios, mas também dentro deles.

29 junho 2021

Bolsonaro: ‘Agronegócio garantiu a segurança alimentar do brasileiro na pandemia’

 

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O Plano Safra e a atividade no campo garantiram alimentação aos brasileiros, durante a pandemia, segundo o presidente da República, Jair Bolsonaro. A afirmação foi feita durante participação do presidente no lançamento da linha de crédito do Banco do Brasil (BB) para o Plano Safra 2021/2022, na manhã desta segunda-feira (28).

“O campo não parar (em meio à pandemia) garantiu não só a nossa segurança alimentar, bem como alimentação para mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo”, afirmou o presidente.
Para Bolsonaro, o cenário de crise sanitária não prejudicou, mas alavancou o agronegócio. “O agro não parou durante a pandemia, muito pelo contrário, produziu mais ainda pela abnegação, vontade e coragem do nosso homem do campo”, disse durante o evento, que também contou com a participação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente do Banco do Brasil Fausto Andrade Ribeiro.


R$ 34 bilhões para agricultura familiar
Líder em créditos no Plano Safra, o Banco do Brasil (BB) disponibilizou, nesta segunda, as linhas de empréstimos destinados a pequenos, médios e grandes produtores rurais, no Plano Safra 2021/2022. Com um total de R$ 135 bilhões, a maior de toda a história do Plano Safra. O valor é 20% a mais do que no plano anterior, segundo o presidente da instituição financeira, Fausto Ribeiro.
“Neste momento, nossas mais de cinco mil agências estão preparadas para atender o produtor rural”, afirmou Fausto, na abertura da cerimônia de lançamento.
Na oportunidade, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, falou sobre as expectativas do agronegócio na safra 2021/2022. “Fiz um desafio no lançamento do Plano: chegarmos a 300 milhões de toneladas na próxima safra 21/22, se São Pedro ajudar”, disse, referindo-se às questões climáticas.


O ministro da Economia falou sobre a importância do programa de crédito aos produtores rurais para se alcançar a “super safra” lançada por Tereza Cristina, e voltou a falar sobre a potência do Brasil em ser “celeiro do mundo”. “É incontornável a vocação brasileira para ser o celeiro do mundo, a pandemia demonstrou isso, o Brasil já sabe a força do agro e é incontestável a potência agrícola brasileira, além de inegável que a sustentação disso foi o Banco do Brasil”, disse Guedes.


Do montante total de créditos disponibilizados pelo BB, R$ 34 bilhões são destinados à agricultura familiar. Durante o lançamento, produtores assinaram contratos, ao vivo. José Teófilo, pecuarista de gado de corte, foi o assinante do primeiro contrato de crédito pelo Plano Safra 2021/2022. “Agradeço pela oportunidade de representar todos os produtores de Minas Gerais, e ao Banco por tudo que fez por nós e faz a cada ano. Está cada vez melhor”, afirmou o produtor agropecuário.

Fonte: DP

Aneel decide hoje o aumento da bandeira vermelha 2 nas contas de luz

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Prepare-se, porque a conta de luz vai ficar ainda mais cara. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve decidir nesta terça-feira (29), durante a reunião ordinária da diretoria, o percentual de reajuste da bandeira tarifária vermelha nível 2, atualmente aplicada nas faturas de energia. De acordo com especialistas, a expectativa é de que, em vez da alta de 20% inicialmente cogitada, a agência decida por um reajuste bem maior, de 70%, que vai ter forte impacto na inflação.

Atualmente, o adicional da bandeira está em R$ 6,24 para cada 100 quilowatts consumidos por hora (kW/h). Essa taxa extra é utilizada para custear o acionamento das usinas térmicas a diesel e a gás, devido ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, que, até o fim de 2021, deve atingir o menor patamar dos últimos 90 anos.
Se o reajuste de 70% for confirmado pela Aneel, a partir do próximo mês, a bandeira vermelha 2 passará para R$ 10,60, ou seja, serão R$ 4,36 a mais na conta por 100 kW/h de consumo. Com isso, uma pessoa que mora sozinha e consome cerca de 200 kWh por mês, por exemplo, vai ter um reajuste de quase 5% na fatura, que deverá passar de R$ 165, em junho, para R$ 173,72, em julho.


Em uma tentativa de explicar a atuação do governo, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, anunciou, ontem, em cadeia nacional de rádio e tevê, um “racionamento voluntário” que está sendo negociado com a indústria. “Estamos finalizando o desenho de um programa voluntário que incentiva as empresas a deslocarem o consumo dos horários de maior demanda de energia para os horários de menor demanda, sem afetar a sua produção e o crescimento econômico do país”, disse.


Ele pediu que a sociedade, no geral, também faça economia de água e energia elétrica, a fim de evitar problemas de grande impacto. “É fundamental que, além dos setores do comércio, de serviços e da indústria, todo cidadão-consumidor, participe desse esforço, evitando desperdícios no consumo de energia elétrica. Com isso, conseguiremos minimizar os impactos no dia a dia da população. O uso consciente e responsável de água e energia, reduzirá consideravelmente a pressão sobre o sistema elétrico, diminuindo também o custo da energia gerada”, completou.
A conta de luz mais salgada, porém, vai afetar praticamente todos os setores da economia. O economista-chefe do Banco Alfa, Luis Otavio de Souza Leal, que prevê um reajuste de 70% na bandeira, estima um impacto de 0,40 ponto percentual no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que deve passar de 5,80% para 6,20%. O teto da meta de inflação deste ano está em 5,25%. “Podemos ver isso como um copo meio cheio ou meio vazio. Se, por um lado, aumenta mais a inflação deste ano, que já está perdida mesmo, por outro, reduz o impacto para o ano que vem no IPCA”, afirmou. “Quanto maior for o valor da bandeira deste ano, menos resíduo deverá ser pago no ano que vem nos reajustes anuais das distribuidoras”, explicou.


Fábio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), informou que mais de 10% das despesas do comércio são com tarifas de energia elétrica, e que “o repasse do aumento da conta aos preços ao consumidor final acaba sendo obrigatório”.
MP da criseOutras medidas devem ser anunciadas nas próximas semanas. Ainda ontem, o presidente Jair Bolsonaro editou medida provisória autorizando a criação da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg). O grupo vai definir providências para amenizar a crise hídrica e energética. Entre as ações que podem ser tomadas, está a redução da vazão de usinas hidrelétricas de todo o país.


A crise hídrica que o Brasil deve enfrentar neste ano é a maior, pelo menos, desde que as medições começaram a ocorrer, em 1931. De acordo com o governo federal, a previsão é de uma emergência hídrica em toda a Bacia do Rio Paraná, “que responde por mais de 50% da capacidade de armazenamento de água para geração hidrelétrica no SIN (Sistema Interligado Nacional) e abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná´”.
O risco é de que o país sofra com apagões, caso o consumo de água não diminua. Atualmente, de acordo com dados da Agência Nacional de Águas (ANA), 67,2% do consumo hídrico nacional ocorre no agronegócio, por meio da irrigação. Outros 11,1% da água são usados para criação animal, 9,5% pela indústria e apenas 8,8% para abastecimento urbano.

Fonte: DP

Lázaro Barbosa morre após ser preso em Goiás

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Lázaro Barbosa, suspeito de matar uma família em Ceilândia, no DF, foi morto, nesta segunda-feira (28), após ser preso em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do DF. O criminoso estava há 20 dias fugindo de uma força-tarefa com mais de 270 agentes. Aos 32 anos, ele tinha uma extensa ficha criminal, fugiu três vezes da prisão e era acusado de diversos crimes.

O procurado foi atingido por vários tiros. Após ser baleado, ele foi levado por uma viatura do Corpo de Bombeiros para o Hospital Municipal Bom Jesus (assista acima). A morte foi confirmada pela Polícia Técnico-Científica de Goiás, mas até por volta de 10h30, o corpo não havia sido retirado do local.

Policiais comemoraram o fim do trabalho de 20 dias de buscas pelo fugitivo. Moradores de Águas Lindas e de Cocalzinho de Goiás soltaram fogos em celebração à captura de Lázaro.

captura foi divulgada pelo governador de Goiás Ronaldo Caiado (DEM). Em vídeo, ele parabenizou as forças policiais que atuaram na força-tarefa de buscas pelo fugitivo (assista abaixo).

Condenado por assassinatos e estupros, o fugitivo da Justiça era procurado por uma série de crimes na Bahia e em Goiás. Ele também é acusado da morte de quatro pessoas de uma família em Ceilândia, no Distrito Federal, e de um caseiro de uma fazenda no distrito de Girassol, em Goiás.

A Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) informou, por meio de nota, que Lázaro é investigado por mais de 30 crimes, cometidos no estado, Bahia e Distrito Federal. A maioria desses crimes é de latrocínio (roubo seguido de morte) – leia texto na íntegra ao fim da reportagem.

Ainda de acordo com a pasta, a megaoperação durou 15 dias e teve participaram da ação as Polícias Civil e Militar de Goiás e do Distrito Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DF) e Corpo de Bombeiros Militar (CBMGO).

Desde o dia 9 de junho, quando um casal e dois filhos foram assassinados no DF, o suspeito era procurado. Dois dias após este crime, segundo a polícia, Lázaro roubou um carro e fugiu para Cocalzinho de Goiás. Desde então, empreendeu uma fuga cinematográfica pelas matas da região.

Buscas por 20 dias

Enquanto fugiu por esses dias, Lázaro invadiu ao menos 11 fazendas, baleou moradores, dois policiais militares e um oficial da Força Aérea Brasileira (FAB).

Além disso, Lázaro fez uma família refém – o casal e uma adolescente de 16 anos. Durante o sequestro, as vítimas contaram que o criminoso exigiu que eles andassem em córrego para não deixar rastros. Imagens registraram quando a polícia encontrou os três. Veja vídeo acima.

Drones, helicópteros, rádios comunicadores e até um caminhão que tem plataforma de observação elevada de vídeo monitoramento ajudavam na procura. As autoridades policiais informaram que ele tinha facilidade de se esconder por ser mateiro, caçador e conhecer bem a região.

Cães farejadores também atuaram na caçada ao Lázaro, entre eles, cadela Cristal, que ajudou nas buscas em Brumadinho (MG). Um vídeo divulgado pela Polícia Militar mostra o momento em que um pastor alemão do Comando de Policiamento de Cães (CP Cães) é carregado nas costas por um militar após se ferir durante as buscas. Veja vídeo acima.

Durante as buscas, os policiais ainda encontraram um carro queimado e alguns objetos, como um lençol usado e um serrote. Todos os itens passam por perícia para verificar se eles tem relação com Lázaro Barbosa.

25 junho 2021

ARARIPINA - DIA 27 DE JUNHO TEM O ARRAIÁ SOLIDÁRIO - LIVE SÃO JOÃO IN CASA

 

Polícia prende duas pessoas sob suspeita de ajudarem 'serial killer do DF' a escapar

 A identidade dos presos não foi revelada. Eles serão autuados por porte ilegal de arma e facilitação a fuga de preso


A polícia prendeu nesta quinta-feira (24) dois homens em Girassol, distrito de Cocalzinho de Goiás, no entorno de Brasília sob suspeita de que tenham ajudado Lázaro Barbosa de Sousa, 32, conhecido como "serial killer do DF" a se esconder das autoridades.

A identidade dos presos não foi revelada. Eles serão autuados por porte ilegal de arma e facilitação a fuga de preso.

A prisão foi anunciada à noite pelo secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, em entrevista à imprensa em frente à base da força-tarefa criada para a captura do foragido.

"Na nossa cabeça não era possível um sujeito desse ter esse habilidade toda [para fugir ao cerco policial] sem ter apoio", disse Miranda. "A gente vinha desconfiando desde o início que ele tinha apoio para fugir."

Com os presos foram apreendidas duas espingardas e 50 munições. Uma das armas, informou Miranda, vinha sendo usada por Barbosa e foi levada por ele de uma das chácaras que ele invadiu nos últimos dias. Policiais dizem tê-lo visto carregando essa espingarda na semana passada.

O secretário afirmou que são fortes os indícios de que, além dos dois detidos, outras pessoas tenham acobertado o foragido. "Desconfiamos que outras pessoas estão ajudando [Barbosa] e nós vamos chegar nelas", disse Miranda. "Estamos cada dias mais próximos dele e da rede que apoia absurdamente este sujeito."

A polícia busca informações sobre a eventual participação da dupla nos crimes cometidos pelo foragido, incluindo a chacina de uma família em uma área rural de Ceilândia, cidade satélite do Distrito Federal no dia 9 deste mês.

Desde o assassinato, Barbosa é caçado pelas autoridades. A perseguição chegou ao 16º dia nesta quinta-feira.

Casos de estupro aumentam 27% no Rio, mostram dados do ISP

 

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Os casos de estupro, no estado do Rio de Janeiro, aumentaram 27,7% de janeiro a maio, comparado com igual período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (23), pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), do governo do estado.

Nos primeiros cinco meses do ano, foram registrados 2.155 casos de estupro, contra 1.687 casos de janeiro a maio de 2020. No mês de maio deste ano, foram registrados 431 estupros, contra 261 no ano passado, um aumento de 65,1%.

O ISP mostra que houve redução em outros índices criminais no estado. Os homicídios dolosos caíram 9% nos cinco primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2020. No total, foram 1.495 mortes. Foi registrada ainda a redução de 3% em maio de 2021 em relação a maio do ano passado.

O indicador de crimes violentos letais intencionais, que agrega homicídios dolosos, lesão corporal seguida de morte e latrocínio, teve queda de 8% nos cinco meses e de 2% em maio na comparação com 2020.

Nos cinco primeiros meses do ano, 3.136 armas foram confiscadas, 190 delas fuzis. Isso significa que, em média, um fuzil foi apreendido por dia em 2021. Só em maio, 662 armas foram apreendidas em todo o estado, sendo 30 fuzis.

No quesito crime contra o patrimônio, os roubos de veículos apresentaram diminuição de 9% nos cinco primeiros meses de 2021. Já o roubo de carga caiu 12% entre janeiro e maio deste ano na comparação com 2020.

Os dados completos podem ser acessados na página na página do ISP na internet , na aba Bases e Visualizações.

Lula já derrubou 14 denúncias contra ele, dos 17.

 

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O ex-presidente Lula deve conquistar mais uma vitória nesta quarta (23) no julgamento da suspeição de Sergio Moro no STF (Supremo Tribunal Federal.

Agora, Lula responde a apenas três dos 17 processos ou inquéritos dos quais já foi alvo.

Lula já foi inocentado em três processos em que foi acusado de obstrução de Justiça, formação de quadrilha e corrupção e tráfico de influência no caso da MP das montadoras.

Duas outras denúncias apresentadas por procuradores foram rejeitadas e não viraram processos; uma outra foi trancada na Justiça por falta de indícios para seguir adiante, outras quatro foram arquivadas na fase de inquérito e quatro processos (os do tríplex, do sítio, da doação de um terreno para seu instituto e de outras doações para a mesma instituição) foram anuladas neste ano pelo ministro do STF Edson Fachin, informa a jornalista Mônica Bergamo.

Fonte: Marcello Patriota

Sileno: “O melhor nome, o melhor quadro e que consegue reunir a Frente Popular é o de Geraldo Julio”

 

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Dirigente partidário concedeu entrevista na manhã desta quarta-feira e falou sobre a política estadual e nacional
Presidente estadual do PSB, Sileno Guedes concedeu, na manhã desta quarta-feira, entrevista à radio CBN Caruaru e falou sobre as possíveis alternativas para o Partido Socialista Brasileiro e a Frente Popular de Pernambuco para o próximo ano. O dirigente defende que este ano seja um período para diálogo e organização da base partidária, com discussão sobre temas importantes para a sociedade. 


Instado a falar sobre as candidatura do PSB em 2022, Sileno Guedes pontuou que ainda é cedo para definições, mas pontuou que o nome do ex-prefeito do Recife, Geraldo Julio, é o mais consolidado para o pleito. “O melhor nome, o melhor quadro, o nome da militância do PSB, o que consegue reunir a política da Frente Popular é o nome de Geraldo. Mas isso será colocado no momento certo. Ainda vamos conhecer como vai ficar a legislação eleitoral para vagas de deputados federais e estaduais”, afirmou. 


O dirigente destacou que, neste momento, o ex-prefeito, que também é secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, está empenhado em exercer sua função como gestor da pasta estadual. “Agora é momento de resolver a questão das pessoas do Estado e é isso que norteia o pensamento do ex-prefeito Geraldo Julio”, disse, relembrando ainda que o socialista mudou a forma de fazer gestão no Recife, sendo responsável por inúmeros avanços na cidade. “Geraldo será a nossa carta para discutir a sucessão da Frente Popular”, completou. 


Sileno ainda foi questionado sobre o diálogo com partidos de esquerda em nível nacional, sobretudo a relação entre PT, PSB e PDT.  “Ano que não tem eleição é ano do diálogo. É o que o PSB está fazendo. A nossa relação no Brasil e, principalmente aqui, com o PDT é uma relação histórica, de muita parceria. Agora é inegável, diante do projeto nacional, a liderança que o presidente Lula exerce entre as demais forças da esquerda. É importante que os partidos se unam para construir uma eleição que todos nós queremos, de mudar o rumo do Brasil”, cravou.

Bolsonaro foi alertado e recebeu documentos sobre suspeitas na compra da Covaxin, diz deputado

 

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O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirma ter alertado o presidente Jair Bolsonaro sobre indícios de irregularidade na negociação do Ministério da Saúde para a compra da vacina indiana Covaxin.

“No dia 20 de março, fui pessoalmente, com o servidor da Saúde que é meu irmão, e levamos toda a documentação para ele”, disse o parlamentar à reportagem nesta quarta-feira (23).

O deputado é irmão de Luís Ricardo Fernandes Miranda, chefe da divisão de importação do Ministério da Saúde, que relatou ao MPF (Ministério Público Federal), em depoimento em 31 de março revelado pela Folha, ter sofrido pressão incomum para assinar o contrato.

Segundo o parlamentar, naquele encontro, Bolsonaro prometeu acionar a Polícia Federal para investigar o caso. “Para poder agir imediatamente, porque ele compreendeu que era grave, gravíssimo”, disse Miranda.

O parlamentar afirmou que não recebeu retorno do presidente ou da PF. “Não era só uma pressão que meu irmão recebia. Tinha indícios claros de corrupção.”

Miranda é da base do presidente e não quis responder se Bolsonaro prevaricou. “Levei [o caso] para ele porque confio nele. Espero que ele tenha feito alguma coisa”, disse o deputado.

Miranda e seu irmão serão ouvidos pela CPI da Covid no Senado nesta sexta-feira (25).

O encontro em que o deputado teria alertado Bolsonaro sobre supostas irregularidades na compra ocorreu em um sábado e não está registrado na agenda oficial do presidente. Naquele dia, Miranda publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Bolsonaro.

Nesta terça-fera (22), o deputado disse à Folha que havia encaminhado os relatos de seu irmão a autoridades, mas não quis confirmar para quais. “Se eu responder para você, cai a República”, disse.

O governo fechou contrato para compra da Covaxin em 25 de fevereiro, no momento em que tentava aumentar o portfólio de imunizantes e reduzir a dependência da Coronavac, que chegou a ser chamada por Bolsonaro de “vacina chinesa do João Doria”.

A Covaxin é produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, e negociada no Brasil pela empresa Precisa Medicamentos.

Na última sexta-feira (18), a Folha revelou o teor do depoimento dado ao MPF pelo servidor, irmão do deputado. Ele apontou pressão atípica para a importação da Covaxin. A oitiva, enviada juntamente com o inquérito à CPI da Covid no Senado, é mantida em sigilo pelo Ministério Público Federal.

A Procuradoria ainda desmembrou e transferiu a investigação sobre a compra da Covaxin ao identificar indícios de crime no contrato entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos, como mostrou a Folha.

O valor do contrato da Covaxin é de R$ 1,61 bilhão. O custo de cada uma das 20 milhões de doses, US$ 15, é o mais alto dentre todas as vacinas adquiridas pelo ministério. A pasta afirma que só fará o pagamento quando receber os lotes.

Os prazos previstos em contrato já estão estourados. Somente no último dia 4 a Anvisa aprovou a importação de doses, e com restrições.
A aprovação na agência sanitária foi facilitada por mudança na legislação que partiu de emendas a uma medida provisória, como a apresentada pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Bolsonaro.

Em nota, a assessoria do parlamentar nega interferência e cita propostas similares de deputados da oposição, como Orlando Silva (PC do B-SP).

Sócio da Precisa, Francisco Emerson Maximiano, deve prestar depoimento à CPI na próxima semana. A comissão também pediu a quebra dos sigilos do empresário.

Os senadores querem apurar se houve irregularidade na compra da vacina. O contrato foi fechado antes do aval da Anvisa ao imunizante, e por um preço mais alto que o negociado com a Pfizer, (US$ 10), por exemplo. A Bharat Biotech fixou preços de US$ 15 a US$ 20 para cada dose exportada de sua vacina.

Maximiano também é presidente da Global Gestão em Saúde, segundo registros da Receita Federal. E a Global figura como sócia da própria Precisa, segundo os dados da Receita.

A Global recebeu cerca de R$ 20 milhões antecipados, em 2017, para a entrega de medicamentos para doenças raras ao SUS, o que nunca aconteceu. O atual líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, era ministro da Saúde à época.

O irmão do deputado Miranda também depôs neste caso, apontando irregularidades. A Saúde ainda negocia a devolução da verba.

Procurado, o Palácio do Planalto ainda não se manifestou.

COVAXIN: CRONOLOGIA, RAIO-X DA VACINA E QUEM É QUEM NESSA HISTÓRIA
Cronologia

1ª reunião (20.11)

É feita a primeira reunião técnica no Ministério da Saúde sobre a aquisição da vacina indiana Covaxin, produzida pela Bharat Biotech.

Comitiva (06.01)

Embaixador brasileiro em Nova Déli, na Índia, recebe uma comitiva da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas. Um dos representantes é Francisco Maximiano, presidente da Precisa Medicamentos. A missão visita a Bharat Biotech.

Carta ao 1º ministro (08.01)

O presidente Jair Bolsonaro envia carta ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e afirma que, no programa brasileiro de imunização, estão as vacinas da Bharat Biotech.

Ofício (18.01)

Ministério envia ofício a presidente da Precisa informando querer dar início a tratativas comerciais para aquisição de lotes.

Contrato assinado (25.02)

Contrato é assinado entre Ministério da Saúde e Precisa Medicamentos para a aquisição de 20 milhões de doses.

Nova viagem (05.03)

Maximiano faz nova viagem à Índia. É recebido outra vez na Embaixada do Brasil em Nova Déli. O empresário fala em 32 milhões de doses contratadas pelo Ministério da Saúde.
 

Pedido rejeitado (31.03)

Anvisa rejeita pedido de importação de doses formulado pelo ministério, por falta de documentos básicos por parte da empresa responsável.

No mesmo dia, um servidor de área estratégica do Ministério da Saúde presta depoimento ao MPF em que relata pressão atípica para importação das doses, inclusive com ingerência de superiores junto à Anvisa.

Fim do prazo (06.05)
Acaba o prazo estipulado em contrato para a entrega dos 20 milhões de doses. Nenhuma dose chegou ao Brasil.

Pedido aprovado (04.06)
Anvisa aprova pedido de importação de doses, mas com restrições, diante da necessidade de estudos extras de efetividade. Nenhuma dose chegou ao Brasil.

Indícios de crime (16.06)
MPF aponta indícios de crime no contrato e envia investigação para ofício que cuida de combate à corrupção.
Raio-x:
Valor do contrato: R$ 1,61 bilhão Doses a serem entregues: 20 milhões Valor individual da dose: US$ 15 (R$ 80,70) Preço das doses de outras vacinas contratadas:
Sputnik V: R$ 69,36 Coronavac: R$ 58,20 Pfizer: US$ 10 (R$ 56,30) Janssen: US$ 10 (R$ 56,30) AstraZeneca/Oxford: US$ 3,16 (R$ 19,87) Quem é quem:
– Precisa Medicamentos: é a empresa que assina o contrato com o Ministério da Saúde. Representa no Brasil a farmacêutica indiana Bharat Biotech.
– Francisco Emerson Maximiano: sócio-administrador da Precisa Medicamentos. É o empresário que foi à Índia para viabilizar a representação da vacina Covaxin no Brasil. Também se apresentou como representante de clínicas privadas de vacinação. Maximiano é presidente da Global Gestão em Saúde.
– Global Gestão em Saúde: a empresa foi acionada na Justiça pelo MPF por pagamentos antecipados e indevidos feitos pelo Ministério da Saúde. O valor soma R$ 20 milhões. Segundo a ação de improbidade, a Global não forneceu medicamentos para doenças raras e, mesmo assim, recebeu pagamentos antecipados. Catorze pacientes morreram, segundo o MPF.
– Tenente-coronel do Exército Alex Lial Marinho: do grupo próximo do general Eduardo Pazuello, e indicado por ele ao cargo, Marinho foi coordenador-geral de Logística de Insumos Estratégicos para Saúde. Parte da pressão para tentar a importação da Covaxin, apesar da falta de documentos junto à Anvisa, partiu do tenente-coronel, segundo depoimento de servidor ao MPF.

Fonte: EBC