PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

16 setembro 2019

Lula livre abre janela para Marília

Sob o olhar jurídico dos que acompanham o calvário do ex-presidente Lula, sua prisão domiciliar está a caminho. Mas, como o Brasil é um País que vez por outra fica de cabeça para baixo, há quem já aposte no Lula livre, logo, logo. Raciocinando que a hipótese seja real, o cenário para o PT tende a mudar radicalmente em 2020.
O Lula livre, abrindo a estrada para o ex-presidente percorrer o País na campanha municipal, exclui do papel a teoria de que o partido dispute com candidato próprio as prefeituras das principais capitais, deixando de ser coadjuvante, como acontece, hoje, no Recife.
Neste caso, a pré-candidata Marília Arraes, que já aparece bem situada nas pesquisas, ganha aderência, excluindo a possibilidade do candidato do PSB, João Campos, de fechar a sua chapa com um petista na vice. O Lula livre terá reflexos em todas as capitais, sobretudo nas do Nordeste, onde o ex-presidente ainda tem eleitorado cativo.
Vice do MDB – O Lula livre muda a configuração da composição da chapa do PSB no Recife. Hoje, o PSB trabalha com a hipótese de oferecer a vice de João Campos para o PT, sendo Dílson Peixoto, secretário estadual de Agricultura por indicação do senador Humberto Costa, o preferido. Restará ao PSB negociar o vice com o MDB do senador Jarbas Vasconcelos. O Lula livre dá uma reviravolta.
Com Gadelha – Caso Lula não seja livre, as chances do pré-candidato do PDT a prefeito do Recife, Túlio Gadelha, de ganhar o apoio da corrente petista liderada pela deputada Marília Arraes, aumentam bastante. Aí se configura a chamada aliança branca, porque Gadelha não contará com a soma do tempo do PT na propaganda eleitoral. Rede, PV e PSol já paqueram o pedetista.
Triplo erro – Quando eleito em 2002, Lula pediu conselhos a Sarney. Com mais de 50 anos de poder, a velha raposa respondeu que presidente da República não precisa de conselhos, mas arriscou. “Existem três cargos que não se pode errar: diretor da PF, secretário da RF e procurador-geral da República. Tempos depois, Lula desabafou para Sarney: “Aquela nossa conversa não me sai da cabeça. Errei nos três”.
Destravar – Um dos compromissos assumidos pelo procurador Augusto Aras que mais agradaram a Bolsonaro nas conversas que antecederam sua escolha para a PGR teria sido o de trabalhar para destravar projetos de infraestrutura paralisados por falta de licença ambiental e outros obstáculos impostos pelo MP.
Bronca – A indicação do novo presidente da Codevasf, o desconhecido Marcelo Andrade Moreira Pinto, provocou uma gritaria geral no DEM, partido que o apadrinhou. Foi sugestão pessoal do líder na Câmara, o baiano Elmar Nascimento, mas nem mesmo o presidente ACM Neto gostou.
PATRULHAMENTO – Carlos Bolsonaro, filho mais influente do presidente, recebeu nova missão do pai: vasculhar as redes sociais para uma triagem ideológica das contratações na Esplanada dos Ministérios. Quando descobre sombras de “desvio”, envia ordens ao ministro para exonerar o escolhido.
Perguntar não ofende: Até quando o presidente Bolsonaro vai governar fazendo patrulhamento ideológico?

Renan é indicado para compor CPMI das fake news

(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Folha de S. Paulo - Painel 
Por Daniela Lima

Renan Calheiros (MDB-AL) foi indicado para compor a CPMI das fake news. O senador quer levar ao palco deste colegiado a discussão sobre as mensagens de Deltan Dallagnol e Sergio Moro reveladas pelo The Intercept, apesar de elas estarem no centro de outra investigação parlamentar.
Descontada a provocação, o objetivo do senador na CPMI, dizem seus aliados, é provocar discussão sobre o aperfeiçoamento da lei que regulamenta atuações na internet. Renan busca fórmula para inibir a ação de robôs que propagam conteúdos falsos ou difamatórios.

Prédio de R$ 1,2 bi: impugnação preocupa construção

Prédio faz parte do projeto do Tribunal de Justiça de São Paulo
Possibilidade de impugnação de projeto do TJ de SP preocupa setor da construção. Com 32 elevadores, prédio de Tribunal da Justiça atrai empresas. 
Imagem de anteprojeto de arquitetura do prédio que o Tribunal de Justiça de SP quer construir - Reprodução
Folha de S. Paulo - Painel S.A.
Por Joana Cunha

A contestação do projeto para erguer o arranha-ceú do Tribunal de Justiça de SP na capital paulista preocupou setores da construção, que viram na obra pública uma alternativa à paradeira do mercado imobiliário privado nos últimos anos. 
Segundo executivos do setor, entre os que temem a possibilidade de impugnação do projeto nas próximas semanas, um segmento específico ficou mais aborrecido: empresas de elevadores. A obra prevê 32 unidades para atender os 31 pisos.
O alto valor de R$ 25 milhões do projeto executivo para o prédio de R$ 1,2 bilhão atiçou os escritórios de arquitetura quando a licitação foi publicada. O lançamento do edital foi antecipado pela coluna em 8 de agosto.

Mensagens fragilizam versão sobre delação da JBS

Mensagens entregues por ex-procurador ao STF fragilizam versão da PGR sobre delação da JBS.
Joesley, um dos donos da J&F, antes de prestar depoimento à CPI da JBS, AFP PHOTO / EVARISTO)
Folha de S. Paulo - Painel
Por Daniela Lima

Mensagens reveladas pelo ex-procurador Marcello Miller ao Supremo colocam em xeque a versão de que a PGR não estava a par da participação dele no caso J&F. Como mostrou o Painel, Miller entregou ao STF informações que foram omitidas de relatório dos investigadores.
No depoimento, o ex-procurador narrou conversa com o então coordenador da Lava Jato na PGR, Sergio Bruno, do dia 10 de abril de 2017, véspera de reunião para tratar de delação e leniência.
Nas mensagens, Miller ressalta que está trabalhando para a JBS, explica que havia feito contato com procuradores americanos e pergunta: “Outra coisa: vocês estão em paz com a perspectiva de eu participar (…) da leniência aqui no Brasil?”.


Nas sombras Bruno pede que Miller o procure no Telegram. Depois, responde: “Quanto à sua participação, vou dar minha opinião —não falo pelo grupo, muito menos pelo [Rodrigo] Janot: acho que ela será muito profícua para chegarmos a um acordo, mas eu, no seu lugar, não apareceria, tentaria atuar nos bastidores”.

MPF denuncia dois ex-governadores do Tocantins

MPF denuncia dois ex-governadores do Tocantins por desvio em esquema milionário. Segundo MPF, Siqueira Campos e Sandoval Cardoso eram núcleo político de organização, e acertos de propina foram feitos pelo WhatsApp.
Fonte: outras palavras
O Globo - Por Aguirre Talento

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncia à Justiça sobre um esquema milionário de pagamentos de propina e fraudes em contratos públicos durante duas gestões do governo do Tocantins , dos ex-governadores José Wilson Siqueira Campos (DEM) e Sandoval Cardoso (SD). As provas apresentadas pelo MPF revelam que acertos de propina foram feitos por conversas de WhatsApp e envolveram até pagamento de voos para Porto Seguro (BA).
As irregularidades foram descobertas na investigação batizada como Operação Ápia, que apontou a existência de uma organização criminosa no estado para desviar recursos públicos oriundos de financiamentos contraídos com bancos públicos e entidades internacionais. O núcleo político, segundo o MPF, era formado pelos ex-governadores Sandoval Cardoso e Siqueira Campos e pelo filho deste, o hoje deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM), que era secretário de relações institucionais no governo do pai e já foi senador e ex-prefeito de Palmas (TO).
A denúncia foi protocolada na quinta-feira e é assinada pelos procuradores Daniel Luz Martins de Carvalho, José Ricardo Teixeira Alves e Rafael Paula Parreira Costa, da Procuradoria da República no Estado do Tocantins. Segundo o MPF, foram desviados R$ 35 milhões em contratos firmados entre 2013 e 2016, que abasteceram repasses de vantagens indevidas aos políticos citados. O pivô do esquema era o empresário Wilmar de Oliveira Bastos, da empresa de engenharia EHL, que teria se beneficiado das fraudes.
Procurada, a defesa de Eduardo Siqueira Campos afirmou que ainda não teve acesso aos autos. A defesa de Sandoval Cardoso disse que também não tomou conhecimento da denúncia, mas afirmou que a investigação está em andamento há quatro anos e que não foram encontradas provas contra seu cliente. A defesa de Wilmar não retornou os contatos da reportagem, e os advogados de Wilson Siqueira Campos não foram localizados.
Wilson Siqueira Campos, Eduardo Siqueira Campos e Sandoval Cardoso foram denunciados por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Wilmar é acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Caberá à Justiça Federal de Tocantins decidir se os torna réus e abre a ação penal.
Idealizador do estado
Os investigadores obtiveram provas de acertos de propina negociados diretamente por Eduardo Siqueira Campos com Wilmar de Oliveira Bastos, que é acusado de corrupção na denúncia. Em conversa mantida entre eles pelo WhatsApp no dia 15 de outubro de 2014 Eduardo pede ajuda a Wilmar para quitar uma dívida com outro empresário.
“To passando por um constrangimento grande hoje perante o Pedro Roriz a quem devo cem mil (...). Estou recorrendo a quem posso, uma vez que ele me deixou perto da humilhação”, afirma Eduardo ao empresário. Wilmar pergunta: “Posso ligar para ele?”. Eduardo responde: “Se for para pagar, sim”. A conversa prossegue e o deputado insiste: “Wilmar, desculpa, vc consegue pagar?”. O empresário assegura: “Vou assumir, Eduardo”. Outra conversa, entre Wilmar e o então governador Sandoval Cardoso, na qual Sandoval chama o empresário de “sócio”, também chamou a atenção dos investigadores.
Os investigadores obtiveram uma planilha de voos das aeronaves particulares do empresário e descobriram que Wilmar bancou voos para Eduardo Siqueira Campos e sua família. O MPF aponta que o expediente era uma espécie de pagamento de propina ao político. A planilha registra que, em 6 de janeiro de 2014, a aeronave partiu da cidade de Paraíso de Tocantins transportando “familiares do Eduardo Siqueira Campos” com destino a Porto Seguro (BA). No dia seguinte, a planilha registra que o próprio Eduardo Siqueira Campos foi transportado para Porto Seguro. O deputado voltou a Palmas no dia 12 de janeiro, também na aeronave do empresário. Seus familiares voaram de volta no dia seguinte.
O MPF cita diversas obras de pavimentação e conservação de rodovias estaduais como alvos das fraudes e desvios de recursos. As fraudes, segundo a denúncia, tiveram a participação de Wilmar e dos políticos citados.
O então governador Siqueira Campos, idealizador da criação de Tocantins, deixou o cargo em abril de 2014 para concorrer ao Senado, mas depois desistiu da candidatura. Quando ele renunciou, o governo seria assumido pelo vice João Oliveira, mas este também abriu mão do cargo para que a gestão fosse capitaneada por Sandoval, que ficou no cargo até o fim do ano. Segundo o MPF, houve um acerto ilícito para que Sandoval continuasse tocando o esquema

10 setembro 2019


O governador Paulo Câmara anunciou, na quinta-feira (05), um conjunto de ações para estimular a cadeia produtiva do leite no Agreste Meridional. A assinatura das novas medidas aconteceu na empresa Laticínios Polilac, em Garanhuns. Aproximadamente 250 mil pessoas desta região vivem da bacia leiteira, e de acordo com o chefe do Executivo Estadual, as iniciativas representam um esforço para desenvolver mais a economia de Pernambuco.

“O nosso esforço é para fazer com que a economia de Pernambuco, os arranjos produtivos do Estado, tenham condições de se desenvolver, de se planejar melhor, de buscar, ver alternativas, investimentos e geração de empregos. Isso para que tenhamos o que desejamos: a economia de Pernambuco crescendo dentro das potencialidades de cada região, de cada município e com a ajuda de todos os parceiros dessa cadeia produtiva do queijo e do leite”, afirmou o governador.

Paulo Câmara assinou a instrução normativa da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) que trata da licença ambiental para as queijarias artesanais. A medida vai beneficiar empresas com até 250 metros quadrados de área, reduzindo a taxa do licenciamento ambiental dos atuais R$ 4.900 para até R$ 800, dependendo do porte da queijaria.

“Foram muitas questões tratadas aqui pelo governador, uma delas é extremamente importante, porque era uma reivindicação antiga: a a classificação para a licença ambiental, concedida pela CPRH, da queijaria artesanal. Isso vai ajudar bastante o produtor. Isso é um benefício enorme”, justificou o secretário de Desenvolvimento Agrário, Dilson Peixoto.
O governador ainda entregou o certificado do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) da Adagro à Laticínios Cintralac – primeira empresa beneficiada pela regulamentação do licenciamento e fiscalização das pequenas agroindústrias de leite. Além da entrega também de declarações de comercialização provisórias para nove queijarias artesanais em processo de licenciamento.

Decretos de concessão de benefícios fiscais também foram assinados pelo governador, por meio do Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco (PRODEPE), para projetos submetidos por cinco empresas de laticínios que foram aprovados pelo CONDIC, sendo um em 2017 e outros quatro em 2019. Todos receberam o aval dos membros da Câmara da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados.

“Temos feito um esforço muito grande para incentivar e apoiar cada cadeia produtiva do Estado. A bacia leiteira passou por uma seca muito grande e tem precisado de apoio do Governo do Estado. Então, através da Câmara Setorial, temos um diálogo muito importante, visando um conjunto de ações pra poder beneficiar e adensar essa cadeia aqui. Desde alguns incentivos fiscais, algumas barreiras fiscais também, mas tudo para melhorar a qualidade do leite e também a quantidade e o preço, para os produtores poderem produzir aqui”, comentou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach.
Houve ainda a assinatura de um convênio entre o Sebrae-PE e a AD Diper para a capacitação e acompanhamento da implantação de 50 novas queijarias artesanais, da elaboração do projeto à comercialização. Com um investimento de mais de R$ 303 mil, a medida tem como objetivo introduzir melhorias de processo agregando valor ao produto e promovendo uma maior inserção dentro do mercado estadual.

BOLSA FAMÍLIA – Ainda no Agreste Meridional, o governador participou da Caravana do 13º do Bolsa Família, ainda em Garanhuns, na quinta-feira (05/09). O encontro, na Escola de Referência em Ensino Médio Jerônimo Gueiros, reuniu os beneficiários do Bolsa Família para apresentar detalhes da iniciativa estadual, que vai conceder anualmente até R$ 150 a título de parcela extra aos pernambucanos cadastrados no programa federal.

Em Garanhuns, 17,8 mil famílias são beneficiadas pelo Bolsa Família, o que representa que 38% da população, algo em torno de 52 mil pessoas. Estes também receberão o 13º. Considerando todo o Agreste Meridional, 70% da região é beneficiária do Bolsa Familia. São mais de 360 mil pessoas cadastradas no programa federal.

ABATEDOURO - Já em Capoeiras, Paulo Câmara entregou à população o Abatedouro Municipal. O equipamento, importante para o desenvolvimento social, agrário e econômico da região, irá atender aproximadamente 25 mil pessoas, considerando também o município vizinho de Caetés. O investimento na construção de abatedouros em Pernambuco vem da preocupação do Governo do Estado em combater o abate clandestino e garantir o cumprimento das normas e padrões sanitários, assegurando uma carne de qualidade e, consequentemente, mais saúde para a população.

Para a implantação da estrutura, foram investidos R$ 1.103.008,60, por meio de convênio entre o Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), e a Prefeitura de Capoeiras. Do valor total, foram aportados R$ 597.427,37 com recursos do FEM e R$ 371.966,00 para aquisição de equipamentos pela SDA. A contrapartida da gestão municipal foi de R$ 133.615,23.


Fotos: Heudes Regis/SEI

SUS vai ofertar comprimido '3 em 1' para tratar tuberculose em crianças

O objetivo é facilitar a administração dos remédios e diminuir possíveis erros de dosagem

Medicação
MedicaçãoFoto: Pixabay
O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (9) mudanças no tratamento de tuberculose em crianças menores de dez anos. As alterações envolvem a oferta dos mesmos remédios hoje disponíveis por meio de uma dose única combinada, em uma espécie de pílula "3 em 1".

Atualmente, o tratamento é feito por uma associação de três medicamentos em uma primeira fase (rifampicina 75 mg, isoniazida 50 mg e pirazinamida 150 mg) e dois em uma segunda (rifampicina 75 mg e isoniazida 50 mg). Até então, porém, a criança precisava tomar os remédios separadamente, de uma só vez.

Agora, o tratamento passará a ser feito por meio de uma dose fixa combinada dos remédios de cada fase, em modelos "3 em 1" e "2 em 1". O comprimido também será solúvel em água e terá sabores mais palatáveis, segundo a pasta.
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O objetivo é facilitar a administração dos remédios e diminuir possíveis erros de dosagem. Para a coordenadora do Departamento de Vigilância das Doenças de Transmissão Respiratória de Condições Crônicas, Denise Arakaki, o novo modelo também tende a diminuir o sofrimento dos pais e crianças, aumentando a adesão ao tratamento.

A estimativa é que o novo formato esteja disponível no SUS em 2020. A data ainda não está definida. "Mas queremos que esteja disponível até o início do semestre que vem", afirmou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Inicialmente, o tratamento estará disponível para 1.500 crianças, número semelhante ao total de casos novos de tuberculose registrados entre menores de dez anos em 2018.

Representantes do ministério, porém, dizem avaliar que há subnotificação nesses dados. Outro problema é o atraso no diagnóstico, situação que é ainda mais grave em crianças, afirma Mandetta. "Há muita falha de diagnóstico, ou diagnóstico feito em fase tardia", afirma.

Doença infecciosa que afeta prioritariamente os pulmões, a tuberculose é transmitida por meio da via respiratória, quando partículas expelidas no ar que contenham a bactéria causadora da doença (Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch) são inaladas por outra pessoa. Em geral, essa transmissão ocorre por meio do espirro, tosse ou fala. Além dos pulmões, a doença também pode atingir outros órgãos, situação mais frequente em pacientes com HIV ou sistema imunológico comprometido.

Atualmente, o Brasil é um dos 30 países com maior incidência de tuberculose. Só no último ano, somadas todas as faixas etárias, foram 75.717 casos da doença, o equivalente a 36,2 casos a cada 100 mil habitantes. A doença também levou a 4.500 mortes em 2017, ano dos dados mais recentes para esse indicador. "Para uma doença que tem cura, é um número que consideramos inaceitável", diz Arakaki.

Segundo ela, apesar de responder por cerca de 2% do total de casos, a incidência de tuberculose em crianças tem aumentado nos últimos anos –daí as mudanças para tornar mais fácil o tratamento desse grupo. Em 2015, a incidência da doença em menores de quatro anos era de 5,6 casos a cada 100 mil crianças. Já em 2018, essa proporção passou para 7,2 casos a cada 100 mil crianças.

Entre aqueles de 5 a 14 anos, a incidência passou de 3,9 casos a cada 100 mil para 4,8 a cada 100 mil no mesmo período.

O tratamento adequado é fundamental para interromper a transmissão da doença, prevenível por meio da vacinação. Em geral, cada tratamento dura em média seis meses. Apesar da melhora dos sintomas ainda nas primeiras semanas, a cura só é garantida ao fim do esquema terapêutico e após análise de exames.

Segundo o Ministério da Saúde, estudos feitos pela Conitec, comissão responsável por avaliar a incorporação de medicamentos no SUS, apontaram a mesma eficácia tanto para o tratamento com dose combinada, que passará a ser ofertada no próximo ano, quanto para o modelo atual.

Antes de ser ofertado para crianças, o modelo de dose única já estava disponível para adultos desde 2010, mas com outras formulações e na forma de comprimido. A medida segue recomendação da Organização Mundial de Saúde.

Questionada, a pasta não informou o valor investido para oferta do novo modelo de tratamento. Neste ano, o Brasil assumiu a presidência do Stop TB Partnership, instituição ligada à ONU.

Delegado cotado para a PF se reuniu com ministro no Planalto

Delegado cotado para comandar PF volta se reunir com ministro de Bolsonaro no Planalto Anderson Torres é secretário de segurança do Distrito Federal.
O secretário de segurança do DF Anderson Gustavo Torres e o presidente Jair Bolsonaro Foto: Carolina Antunes / PR
O Globo - Por Jailton de Carvalho

O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, cotado para assumir o comando da Polícia Federal, caso se confirme a demissão do atual chefe da instituição Maurício Valeixo, se reuniu nesta segunda-feira com o secretário-geral da Presidência, Jorge Oliveira. Torres estava à frente de um grupo de delegados da Polícia Civil no encontro com o ministro, no Palácio do Planalto.
No sábado, Torres acompanhou o desfile do Sete de Setembro, no palanque de autoridades, próximo ao presidente Jair Bolsonaro. As imagens foram registradas por policiais e correram grupos de Whatsapp de delegados em meios a discussões sobre a ameaça de Bolsonaro de trocar o comando da PF à revelia do ministro da Justiça, Sergio Moro. Depois das declarações de Bolsonaro, delegados dão como certa a saída de Valeixo.
Segundo interlocutores de Oliveira, não houve "convite oficial" a Torres. O assunto só deve ser tratado depois do retorno de Bolsonaro ao trabalho. O presidente foi submetido no domingo a uma nova cirurgia e só deve receber alta nos próximos dias.
Próximo ao senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e Oliveira, Torres desponta como o favorito chefiar a instituição. Em entrevista ao GLOBO no último dia 30, Oliveira confirmou que o nome de Torres foi indicado para substituir Valeixo e elogiou o delegado. Os dois são amigos deste os tempos em que trabalhavam na Câmara.
Torres foi chefe de gabinete do então deputado federal Delegado Franschini (PSL-PR). Oliveira ocupava o mesmo posto no gabinete do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
- (Torres) é uma pessoa que, se fosse diretor-geral, seria muito bom. Pela postura, pela capacidade. Sei que é uma pessoa extremamente séria, íntegra, está fazendo um excelente trabalho no governo do Distrito Federal — disse Oliveira.
Em movimento oposto ao de Torres, Valeixo decidiu sair de cena. O atual diretor tirou férias de dez dias. A ausência temporária do diretor-geral faria parte de uma estratégia acertada com o ministro Sergio Moro. A expectativa do ministro, segundo interlocutores, seria ganhar tempo. A intenção é ver se Bolsonaro se contenta com a substituição do superintendente da PF no Rio de Janeiro e desiste de mudar também o comando da PF.
A crise começou quando Bolsonaro, em sucessivas entrevistas coletivas, falou sobre o afastamento do delegado Ricardo Saadi da Superintendência da PF no Rio e, depois, num tom mais elevado, sobre a troca do diretor-geral da instituição. Bolsonaro indicou o delegado Alexandre Saraiva, da superintendente no Amazonas, para comandar a PF no Rio. Mas a vaga já estava acertada com com o delegado Carlos Henrique Oliveira.
Bolsonaro, então, disse que, se não pode indicar o superintendente do Rio, trocaria o diretor-geral. E faria isso mesmo independentemente da vontade de Moro porque, como presidente da República, cabe a ele, não ao ministro da Justiça, a escolha do diretor-geral. Na lista de cotados para eventual substituição de Valeixo está também o diretor da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem. 

Eleições 2020: Dino articula frente contra Bolsonaro

Flávio Dino articula frente contra governo de Bolsonaro em eleições de 2020 em SP. Ele acredita que grupo pode ser fechado em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Foto/fonte: Brasil247
Da Folha de S. Paulo - Por Mônica Bergamo

A formação de uma frente de centro-esquerda que possa se contrapor a Jair Bolsonaro nas eleições municipais de 2020 começa a ser discutida também em São Paulo.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB-MA), já conversou sobre o assunto com o ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB-SP), que deve se lançar candidato a prefeito da capital paulista.
As tratativas são iniciais, mas também em setores do PT paulistano há simpatia pela ideia, apesar das dificuldades: seria a primeira vez, desde 1985, que a legenda não teria candidato próprio na capital.


Dino afirma que a gravidade do momento exigiria uma frente plebiscitária contra Bolsonaro que incluiria PDT, PSB, PCdoB, PSOL e PT. Ele acredita que, apesar das dificuldades, ela poderia ser fechada em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

Câmara: deputados vão lançar frente contra censura

Folha de S. Paulo - Por Mônica Bergamo

Parlamentares vão lançar nesta terça-feira (10), na Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Livro, da Leitura e da Escrita. A iniciativa surgiu após o prefeito do Rio de Janeiro, Marcello Crivela (PRB) mandar censurar exemplares do gibi dos Vingadores na Bienal do Livro.
Cerca de 200 deputados e senadores assinaram a petição para a criação da frente, que será presidida pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN) e pela deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS). 

Cirurgião: Bolsonaro ficará internado até o fim de semana

Bolsonaro deve ficar internado até o fim de semana e poderá viajar, diz cirurgião. Dia 24, ele tem viagem marcada para Nova York onde participará da Assembleia Geral da ONU.
Essa é a quarta cirurgia desde que sofreu o atentado a faca Foto: Reprodução Twitter
De O Globo - Jornal Valor Econômico
André Guilherme Vieira*

 O presidente Jair Bolsonaro se recupera bem, ficará internado até o fim de semana e poderá viajar para Nova York no dia 24 de setembro para participar da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou nesta segunda-feira o cirurgião Antônio Luiz Macedo.
— Ele está muito bem, caminhando e com dieta líquida ainda. Ficará internado até o fim de semana e, se estiver bem, poderá fazer a viagem internacional — afirmou o médico, depois de avaliar o presidente por cerca de 20 minutos.
Internado desde a noite de sábado, Bolsonaro se submeteu à quarta cirurgia desde que sofreu o atentado a faca durante campanha em Juiz de Fora (MG), há um ano. Segundo boletim médico, quadro do presidente é estável.
Internado desde a noite de sábado, Bolsonaro se submeteu à quarta cirurgia desde que sofreu o atentado a faca durante campanha em Juiz de Fora (MG), há um ano. Segundo boletim médico, quadro do presidente é estável.
Macedo disse que Bolsonaro ficará com a dieta líquida, e que não há pressa para evoluir para a alimentação pastosa.
— A gente deixa a dieta líquida. Temos medo de que uma evolução de dieta possa distender o abdome. Ele jantou canja e chá, agora há pouco, e deve repousar.De acordo com o cirurgião, Bolsonaro não pode falar muito para não gerar gases e causar dores, além de distender o abdome.
— Ele responde com frases curtas quando perguntado sobre alguma questão executiva. Mas não pode ficar falando, discutindo questões — afirmou.
*Do jornal Valor Econômico

Após censura, impressão de livros LGBT é acelerada

Avaliação do mercado é que polêmica atiçou interesse pelo assunto.
Fonte: Poliarquia
Folha de S. Paulo - Painel S. A
Por Joana Cunha

Após a tentativa de censura à Bienal do Livro do Rio de Janeiro, editoras decidiram acelerar a impressão de títulos com temática LGBT. A avaliação é que se abriu uma oportunidade de mercado porque o barulho do final de semana atiçou a demanda. Entre as primeiras iniciativas, o selo juvenil Galera Record vai antecipar a publicação de dois novos livros, e a Faro Editorial vai dobrar para 16 o número de lançamentos que estavam previstos para os próximos dois anos sobre o tema.
O romance “O Amor Não É Óbvio”, de Elayne Baeta, sobre relação entre duas mulheres, que ficaria para o começo de 2020, chega nas livrarias ainda neste ano, segundo Rafaella Machado, editora da Galera Record. 
A obra de Débora Thomé sobre 50 personalidades LGBT de destaque, como Cazuza e Pabllo Vittar, também será antecipada. “O assunto virá para o debate e a venda vai aumentar. Agora é a hora”, afirma Machado.
Além de aproveitar a onda provocada pela polêmica da censura, Pedro Almeida, sócio da Faro Editorial, diz que o objetivo é oferecer informação para enfrentar o preconceito. “Quero ter livros que tratem de meninas, de bissexuais, da experiência trans”, afirma ele. 
Na Companhia das Letras, a ordem é manter os planos sem se intimidar com a censura, diz o publisher Otavio Costa. O selo juvenil Seguinte lança 15 livros por ano, 5 deles sobre LGBT. Em outubro, a Intrínseca publica  a continuação de “Me Chame Pelo Seu Nome”, que aborda a descoberta da sexualidade por um adolescente.