O comandante do Exército, Tomás Miguel Ribeiro Paiva, afirmou, hoje, que a instituição é “apolítica, apartidária, imparcial e coesa” e pediu aos militares que tenham “fé nos princípios democráticos”.
A declaração do general Tomás Paiva consta do texto da “Ordem do Dia” relativa ao Dia do Exército, publicado no site do Exército Brasileiro.
A mensagem também foi lida na solenidade militar em comemoração à data no Quartel-General, em Brasília, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No texto divulgado, Paiva destacou que o Exército deve ser uma instituição sem lado político.
“O Exército imortal de Caxias, Instituição de Estado, apolítica, apartidária, imparcial e coesa, integrada à sociedade e em permanente estado de prontidão, completa 375 anos de história. Sua existência está alicerçada em valores e tradições, bem como comprometida com a defesa da Pátria, da independência, da República e da democracia”, disse o comandante.
Durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), militares da reserva e da ativa assumiram cargos de ministros e nos demais escalões do governo. A forte presença de militares na política foi alvo de críticas de especialistas e de adversários da gestão Bolsonaro.
“Tenhamos fé nos princípios democráticos, na resiliência e solidariedade do povo brasileiro e no valor profissional dos nossos militares”, diz outro trecho da mensagem assinada pelo comandante do Exército.
Paiva também disse aos subordinados que é preciso “encontrar os melhores caminhos” para o cumprimento das missões dos militares, que devem ser balizados “pelo respeito à população, às instituições e, sobretudo, à Constituição”. Para o comandante, para se atingir os objetivos é necessário um Exército “moderno, com capacidade dissuasória, profissionalismo e aptidão”.
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