Não é piada. Aconteceu em 2021, e parece muito uma anedota, mas não é. O proprietário de um abatedouro que funciona no Sertão do estado investiu bastante para deixar a empresa adequada tecnicamente para o funcionamento.
Havia o interesse de vender não apenas dentro de Pernambuco, mas também para outros estados como Piauí e Ceará. Para isso, era necessário ter tudo regularizado, inclusive junto à Adagro. As informações são do colunista Igor Maciel, do JC.
A Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco é a autarquia responsável pela saúde dos animais e vegetais e a qualidade de seus produtos e subprodutos no estado.
O problema é que esse empresário ligou várias vezes, fez ofícios e requisitou a presença do órgão em seu estabelecimento, mas a Adagro não ia.
A estrutura da autarquia é precária, faltava carro, faltava funcionário e nada de a inspeção acontecer.
Neste país, e neste estado, tem coisas que os empresários precisam fazer que parecem ficção. O dono do estabelecimento pensou e decidiu ir ao extremo: ligou para o Ministério Público e denunciou a própria empresa.
Disse que “um abatedouro, naquela cidade, estava funcionando de maneira irregular, sem passar pela fiscalização da Adagro e que aquilo podia prejudicar a saúde da população”.
A denúncia mobilizou um promotor, que acionou a Adagro para “fiscalizar o matadouro com urgência”.
Chegando lá, estava tudo certo e o local foi liberado. Mas, só assim, o problema se resolveu.
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