A halitose, popularmente conhecida como mau hálito, pode ser tratada com medicamentos, enxaguante bucal oxidante e uma boa rotina de higiene oral. Pesquisadores da China publicaram um estudo, na BMJ Open, sugerindo que os probióticos — presentes em alimentos fermentados, como iogurtes, pães e sopa de missô — também podem ser uma alternativa para amenizar a doença.
Para chegar à conclusão, os pesquisadores analisaram sete estudos clínicos, publicados até fevereiro de 2021, que somam dados de 278 voluntários, com idade entre 19 e 70 anos, monitorados de duas a 12 semanas. O nível de gravidade do mau hálito dos participantes foi definido pela quantidade de compostos sulfúricos voláteis presentes na boca ou pelo OLP (oral lichen planus), um sistema que detecta o odor bucal. A equipe também considerou informações sobre saburra lingual e acúmulo de tártaro, presentes em três estudos.
A análise agrupada mostrou que os níveis apresentados no teste OLP caíram significativamente nas pessoas que ingeriram probióticos, quando comparados às que não consumiram esse tipo de alimento. Entre os micro-organismos, estavam Lactobacillus salivarius, Lactobacillus reuteri, Streptococcus salivarius e Weissella cibaria.
Não houve diferenças significativas na pontuação da saburra lingual ou índice de placa, que estão associados às principais causas da halitose. Por isso, para os autores, o trabalho “indica que os probióticos podem aliviar a halitose reduzindo os níveis de concentração (composto sulfúrico volátil) a curto prazo, mas não há efeito significativo sobre as principais causas da halitose”. A equipe sugere que são necessários mais ensaios clínicos “para fornecer evidências da eficácia dos probióticos no tratamento da halitose”.
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