Os alertas de desmatamento na Amazônia Legal em maio somaram 1.180,09 km² até o dia 28, resultado 64,2% superior ao registrado ao longo do mesmo mês de 2020. Apesar de preliminares, os dados já confirmam o pior resultado para maio desde 2016, ano em que os dados começaram a ser divulgados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Trata-se do terceiro mês seguido de recorde de desmatamento na Amazônia. Em março foram registrados 367,61 km² de área desmatada e, em abril, o volume foi de 580,55 km². Em ambos os casos, os números são os maiores da série histórica.
No acumulado dos cinco primeiros meses de 2020, os avisos de desmatamento na região da Amazônia Legal são de 2.336,79 km². O número é 26,37% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.
om 425.34 km² de área em alerta, o Pará lidera o ranking de março entre os Estados. Na sequência, aparecem Amazônas (288.67 km²), Mato Grosso (242.03 km²) e Rondônia (179.85 km²). Na análise por área de proteção, a Floresta Nacional do Jamanzin, no Pará, representou o maior volume de desmatamento, de 44,41 km² nos primeiros 28 dias de maio.
O Brasil tem sido pressionado por governos e investidores a aperfeiçoar o combate ao desmatamento no bioma, sob a ameaça de ter o acordo de livre comércio entre a União Europeia com o Mercosul barrado.
Na semana passada, o vice-presidente e coordenador do Conselho Nacional da Amazônia, Hamilton Mourão, reuniu-se com os membros do grupo sem a presença do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales. Apesar de reconhecer que a situação “não está boa”, Mourão prometeu se empenhar para reduzir os índices de desmatamento da região.
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