Jarbas Vasconcelos e Luciana Santos não presidem os seus partidos em Pernambuco, mas os controlam
Inaldo Sampaio – Coluna Fogo Cruzado
Dos 25 deputados federais pernambucanos, 11 presidem os seus partidos em Pernambuco. Isso prova que é vantajoso o parlamentar ter o controle de uma legenda em seu estado de origem.
São eles: Pastor Eurico (PHS), Sílvio Costa (Avante), Ricardo Teobaldo (Podemos), André de Paula (PSD), Augusto Coutinho (Solidariedade), Mendonça Filho (DEM), Wôlney Queiroz (PDT), Eduardo da Fonte (PP), Sebastião Oliveira (PR), João Fernando Coutinho (PROS) e Daniel Coelho (PPS). Jarbas Vasconcelos controla o MDB e Luciana Santos o PCdoB, embora não sejam os seus presidentes regionais.
A vantagem de controlar partido nos tempos de hoje é que o controlador é quem decide quem pode e quem não pode entrar, além de ter o controle da verba dos fundos partidário e eleitoral.
Esticando mais a corda, temos o PTB sob controle do senador Armando Monteiro (através do deputado José Humberto) e o PSB sob o domínio de Paulo Câmara (através do secretário de governo da Prefeitura do Recife, Sileno Guedes).
Isso não significa que é errado o parlamentar ter o controle de um partido a fim de levá-lo para onde quiser. Significa, isto sim, que o Brasil ainda está muito longe de ter um quadro partidário sólido como têm, por exemplo, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai, onde os partidos são centenários. Entre nós, cada deputado quer ter um partido para ditar-lhe o rumo, embora todos eles, exceto o MDB e o PCdoB, tenham um “proprietário” nacional.
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