Investigações apontam também explosão de carro-forte na Bahia e envolvimento com várias ocorrências contra bancos
O grupo desarticulado por uma operação policial conjunta entre a Polícia Militar de Pernambuco e da Bahia e a Polícia Federal (PF) em Pernambuco foi responsável pela explosão do Bradesco de Santa Filomena, no Sertão, no dia 8 de janeiro. Segundo a PF, o bando também explodiu um carro-forte próximo a Juazeiro, na Bahia, no último dia 28 de dezembro.
"As investigações em andamento apontam o envolvimento do grupo com pelo menos sete casos de assalto a banco", afirmou o chefe de comunicação social da Polícia Federal, Giovani Santoro. O grupo agia em várias cidades do Sertão nordestino, em Pernambuco, Bahia e Ceará.
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A operação foi realizada no início da tarde da última sexta-feira (12) no Condomínio Haras Pé de Serra I, localizado na zona rural de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Três integrantes do grupo, identificados como Roque Alves Gondim, o Boy, de 37 anos; José Carlos de Barros, o Quina, de 27 anos; e Aldenor Manoel de Aquino, de 42 anos, estavam escondidos e foram mortos após troca de tiros com o efetivo.
"Recebemos uma informação da Polícia Federal dando conta de que sete elementos que participavam de ações contra bancos estariam nessa propriedade. No ato de aproximação à edificação, o efetivo foi recebido a tiros. Obviamente, aconteceu a reação. Ao final do confronto, três elementos foram feridos. Foram devidamente socorridos ao Hospital de Urgência de Petrolina, mas não resistiram", relatou o tenente-coronel Jameson Pereira, responsável pela região do Sertão.
O tenente-coronel detalhou o funcionamento do grupo. "O modus operandi deles era colocar um laranja para alugar uma propriedade rural, num ponto estratégico onde pretendiam fazer as ações. Pelos indícios coletados no local, há resíduos de cédulas de dinheiro danificadas. Imaginamos que vinham de uma ação e se preparavam para outra. É um grupo perigosíssimo. Vários membros já saíram de circulação e os remanescentes vão continuando".
No momento da investida, o grupo estava fortemente armado. "As investigações em andamento da PF apontam o envolvimento do grupo com pelo menos sete casos de assalto a banco. Eles possuem vários mandados de prisão expedidos com relação a assaltos a mão armada, explosão de carro-forte, homicídios. É uma quadrilha extremamente organizada e violenta que não hesita em nenhum momento atirar contra o efetivo policial", disse Giovani Santoro.
"Acreditamos que a maioria dos integrantes desta quadrilha ou foram mortos em confrontos com a polícia ou já estão presos. Já tem nove desses bandidos presos e outros nove mortos em confronto. Ainda deve ter remanescentes, pois é um grupo muito grande. Nas ações, não iam todos de uma vez. Eles se dividiam e faziam várias ações em vários estados", completou Santoro.
Apreensões
Ao todo, foram apreendidos um Fiat Strada usado na ação contra o Banco Bradesco de Santa Filomena em 8 de janeiro, um Ford Ka com placas de Belo Horizonte/MG, uma carabina calibre 30 com um carregador e 27 cartuchos, uma pistola calibre 40 com dois carregadores e 14 cartuchos, um revólver calibre 38 com cinco cartuchos deflagrados, R$ 2.054,50 com resquícios de queimaduras, um saco com várias células de R$ 20, R$ 50 e R$ 100 danificadas, uma caixa com grampos de metal usados para furar pneus de viaturas, duas câmeras fotográficas, um celular, e luvas, camisas e coturnos usados nas ações.
Todo o material apreendido foi apresentado na Delegacia de Polícia Federal de Juazeiro, na Bahia, onde a ocorrência policial foi registrada.
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