Ricardo Miranda – Blog Os Divergentes
Quem é o plano B de Lula? Não, o PT não tem plano B, soletram petistas, como os senadores Gleise Hoffmann, presidente do partido, e Lindbergh Farias. “Esqueça essa história de plano B. Nosso plano A, B, C, D, E, F é o Lula”, entoou Lindbergh, durante reunião das bancadas do PT com Lula na semana passada. Seria mesmo estupidez o PT admitir o contrário. Enquanto o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, não bater o martelo, por mais que se saiba que o julgamento do recurso de Lula, marcado para o dia 24 de janeiro, tem votos marcados, o PT não pode admitir que exista a busca por uma alternativa.
A cúpula petista, ao contrário, tem feito um tremendo esforço para acalmar o partido até o julgamento que pode tornar o ex-presidente inelegível. Depois desta data, porém, por mais recursos que Lula tenha pela frente, as favas eleitorais estarão meio que contadas.
Lula é o primeiro a não querer ser um candidato sub judice, nem agora, muito menos na reta final da campanha, quando poderia ser tarde demais para viabilizar um substituto. Por isso, sim, o PT tem planos B, C, D e E. Só não tem ideia ainda a qual recorrer.
Substituto da “moda”, o ministro-chefe da Casa Civil, das Relações Institucionais, do Trabalho e da Defesa de Lula e Dilma, Jaques Wagner, é o nome mais citado no momento. Mas, segundo quem conhece bem as cabeças estreladas, é o que tem menos chance.
O nome com mais chances no momento já o era meses atrás. O ex-ministro da Educação, que deixou a prefeitura de São Paulo, no final de 2016, Fernando Haddad, se credencia cada vez que nega ter sido sondado para a missão espinhosa. Haddad tem quem faça a defesa por ele. Como o ex-governador gaúcho Tarso Genro, que aposta em Haddad como substituto de Lula. E aí vem o plano B – ou C, de Ciro. Talvez seja o mais improvável. E não facilita as muitas vezes que já criticou a gestão petista.
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