O Globo - Cleide Carvalho
Ao pedir a condenação e o ressarcimento de US$ 77,5 milhões aos cofres da Petrobras, o Ministério Público Federal afirmou que o ex-deputado Eduardo Cunha usou dinheiro de propina para abastecer cartões de crédito e utilizou a expressão "extravagância de gastos" para se referir aos valores pagos por ele e sua família no exterior. Lembraram que, embora tivesse um salário de R$ 17.794,76 mensais, o ex-deputado gastou em apenas nove dias US$ 42,2 mil – equivalente a aproximadamente R$ 169.545,58 – em restaurantes, hotel e lojas de grife no exterior.
De acordo com o MPF, Cunha recebeu propina porque o PMDB havia escolhido o diretor da área Internacional da Petrobras, Jorge Zelada. Os procuradores afirmam que, ao depor no processo de Cunha na condição de testemunha, o ex-presidente Lula confirmou a indicação política de Zelada pelo PMDB e "o loteamento de cargos na administração pública federal e na Petrobras em troca de apoio político"
Ao ser perguntado quais partidos tinham participação na indicação de cargos na Petrobras, o ex-presidente afirmou que eram "todos os partidos que compuseram a base do governo".
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