De acordo com a polícia, o prejuízo a essas firmas chegou a R$ 3,4 milhões.
Suspeitos de liderar organização criminosa foram presos nesta quarta (19).
A Polícia Federal em Pernambuco informou, na manhã desta quarta-feira (19), que a organização acusada de fraudes no saque do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS) lesou 13 empresas de Pernambuco. O prejuízo a essas firmas chegou a R$ 3,4 milhões. Quando a corporação deflagrou a 'Operação Demara’, em 2015, descobriu que havia mais de 350 requerimentos com solicitações falsas de retirada dos recursos.
A PF revelou que a média de saques chegava R$ 10 mil. De acordo com a polícia, os líderes da organização, presos em Pernambuco, falsificavam documentos dos sócios e o contrato social das empresas. Assim, conseguiam retirar o certificado digital das firmas. Com esse certificado, os líderes cadastravam a empresa no sistema da Caixa Econômica Federal, banco responsável pelo pagamento do FGTS.
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Com esse cadastro, eles poderiam informar um número ilimitado de demissões, mesmo que elas fossem falsas. Segundo a PF, o aliciado era chamado para ir até uma agência da CEF para assinar o termo de rescisão contratual, usando identidade e carteira de trabalho ilegais.
“Eles falsificavam os documentos pessoais dos sócios administradores dessas empresas para obter certificados fraudulentos", afirmou a delegada Kilma Kaminha. Os agentes federais apreenderam com os suspeitos carteiras de identidade, aparelhos de plastificação de documentos e nomes que poderiam ser usadas em futuras falsificações.
A fraude veio à tona a partir de uma prisão em flagrante. Essa pessoa estaria tentando sacar o FGTS e, por causa do nervosismo, acabou chamando a atenção da Caixa Econômica Federal. "Essa pessoa estava utilizando a documentação falsa. Quando a funcionária da Caixa entrou em contato com a empresa, ela informou que a verdadeira funcionária não havia sido demitida, que continuava trabalhando", disse o superintendente da PF em Pernambuco, Marcello Diniz.
A PF suspeita que os líderes da organização conseguiam dados dos alvos acessando os sistemas de informática. Os agentes acreditam que não há vínculo entre os funcionários dessas empresas ou da Caixa com a organização. A instituição e servidores foram vítimas da fraude.
Segundo a delegada Kilma Kaminha, a organização criminosa utilizava os dados dessas empresas e os documentos, contratos sociais legítimos, porém se passando por representante dessas firmas.
A Polícia Federal informou ainda que, caso seja comprovado que esses saques foram feitos de forma fraudulenta, a Caixa Econômica será responsável por esse ressarcimento para as contas dessas pessoas prejudicadas.
A Operação
A ação da PF desmontou um grupo suspeito de atuar nos estados de Pernambuco, Sergipe eMaranhão. A organização tentou resgatar mais de R$ 3 milhões em valores indevidos. O prejuízo financeiro aos cofres públicos confirmado, no entanto, já chega a R$ 800 mil. Quatro mandados de prisão e seis de busca e apreensão foram cumpridos.
A ação da PF desmontou um grupo suspeito de atuar nos estados de Pernambuco, Sergipe eMaranhão. A organização tentou resgatar mais de R$ 3 milhões em valores indevidos. O prejuízo financeiro aos cofres públicos confirmado, no entanto, já chega a R$ 800 mil. Quatro mandados de prisão e seis de busca e apreensão foram cumpridos.
Os dois líderes do esquema, segundo a PF, estavam no Aeroporto Internacional do Recife. Eles desembarcaram no terminal e vinham de São José dos Campos, no interior de São Paulo. Os federais também cumpriram seis mandados de busca e apreensão em Caruaru, no Agreste pernambucano, na UR-10, no Ibura, na Zona Sul do Recife, e no bairro de Afogados, na Zona oeste do Recife.
De acordo com a PF, grupo usava documentos falsos e informações indevidas enviadas à Caixa Econômica Federal, por meio do aplicativo web do Sistema Conectividade Social. Informava supostas demissões de empregados, envolvendo dezenas de empresas.
O nome
O nome da operação teve inspiração em Ferdinand Waldo Demara Jr. Conhecido como “O Grande Impostor”, o americano nascido em Lawrence, Massachusetts, adotou diversas identidades falsas, apresentando-se como médico de um navio, engenheiro civil, vice-xerife, assistente diretor de prisão, doutor em psicologia aplicada, advogado, editor, pesquisador de câncer e professor.
O nome da operação teve inspiração em Ferdinand Waldo Demara Jr. Conhecido como “O Grande Impostor”, o americano nascido em Lawrence, Massachusetts, adotou diversas identidades falsas, apresentando-se como médico de um navio, engenheiro civil, vice-xerife, assistente diretor de prisão, doutor em psicologia aplicada, advogado, editor, pesquisador de câncer e professor.
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