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02 maio 2017

Apoio a Temer tem prazo de validade

Boneco do presidente Michel Temer caracterizado como vampiro, durante protesto em Fortaleza, Ceará
Com péssima popularidade, Temer se ampara em apoio com prazo de validade
Ranier Bragon – Folha de S.Paulo
Para um presidente que diz acreditar não ter cometido nem um mísero erro em sua gestão, apenas "corajosos" e "ousados" acertos, é devastador o cenário aferido pelo Datafolha nas ruas do país.
Prestes a completar um ano no comando do governo, Michel Temer desponta como uma Geni da política seja lá qual for o ângulo escolhido.
Como suposto candidato a outro mandato, tem 2%, em empate técnico com notáveis como Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL), e perto do "1% vagabundo", como canta Wesley Safadão -à diferença de que, nesse caso, ninguém parece gostar. As reformas com as quais pretende impulsionar a economia são mal avaliadas. E o índice de insatisfação com seu governo é próximo aos de Collor (1992) e Dilma (2016) quando ambos estavam na iminência de perder o mandato.
As reformas com as quais pretende impulsionar a economia são mal avaliadas. E o índice de insatisfação com seu governo é próximo aos de Collor (1992) e Dilma (2016) quando ambos estavam na iminência de perder o mandato.
A diferença é que Temer conta, por ora, com o amparo do Congresso, ele também em maus lençóis —58% dos eleitores acham ruim ou péssima a atuação de deputados e senadores, pior número da história.
Mas esse apoio, sustentado pelos contrários à volta da centro-esquerda ao poder, tem prazo de validade. Falta menos de um ano e meio para as eleições de presidente, governadores, Senado, Câmara e Assembleias, uma disputa cuja largada pra valer se dará nos próximos meses.
É antiga a história de que políticos ficam ao lado de colegas caídos em desgraça até a beira do precipício, mas nunca pulam junto no abismo. Se Temer propaga desapego à popularidade, fala por si só.
As principais esperanças para segurar de pé a pinguela —como Fernando Henrique Cardoso definiu a atual gestão— são aprovar as reformas e esperar uma possível retomada cíclica da economia. Além de cometer acertos ousados e corajosos mais na prática do que na retórica.
As recentes rebeliões de aliados na Câmara, algumas revertidas na base da ameaça, mostram que o cronômetro ameaça perigosamente a estabilidade da pinguela palaciana.

Pesquisa mostra crise tucana e força de Lula

Blog do Kennedy
Apontada pela mais recente pesquisa Datafolha, o crescimento do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) aconteceu devido à crise do PSDB, que sofreu desgaste com a Lava Jato. Bolsonaro também se beneficiou do fortalecimento de um segmento de extrema direita no país.
Os senadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) e o governador paulista Geraldo Alckmin dificilmente conseguirão ser candidatos a presidente pelo PSDB por causa de acusações de corrupção. É provável que os tucanos tenham de apostar no projeto presidencial do prefeito João Doria e disputar com Bolsonaro esse eleitorado mais conservador.
A performance do ex-presidente Lula mostra a força do petista mesmo diante do imenso bombardeio da Lava Jato. O mau desempenho da economia e a baixa popularidade do governo Temer vitaminam Lula, que é visto por parte do eleitorado como um presidente que fez o Brasil crescer e gerar emprego.

Governo Temer brinca de incendiário no campo

Josias de Souza
O governo de Michel Temer ainda não notou, mas viver em zona rural conflituosa é muito perigoso. A qualquer instante pode-se morrer. Há três meses, Temer mandou para o Diário Oficial portaria que esvaziou a Funai e criou um grupo com poderes para rever demarcações de terras indígenas. Nas pegadas dessa novidade, o presidente entregou ao correligionário Osmar Serraglio o Ministério da Justiça. Simpático ao agronegócio, Serraglio arpessou-se em escolher um lado: ''O que acho é que vamos lá ver onde estão os indígenas, vamos dar boas condições de vida para eles, vamos parar com essa discussão sobre terras. Terra enche a barriga de alguém?''
Nesta segunda-feira, com atraso de um dia, ganhou as manchetes notícia sobre um ataque contra índios da tribo Gamela. A encrenca ocorreu nos fundões do Maranhão. Produziu 13 feridos. Entre eles um índio que teve as mãos decepadas e levou dois tiros. Em nota, a pasta de Serraglio disse que vai averiguar o que houve entre os “pequenos agricultores e supostos indígenas''. Supostos?!?
Um novo texto foi divulgado na sequência pela equipe de Osmar Serraglio. É igualzinho ao primeiro. A única diferença é que o vocábulo “supostos” foi passado na borracha.
Depois que as demarcações de terras indígenas subiram no telhado, entidades do setor crivaram o governo de críticas. Mas Temer defendeu a portaria que lipoaspirou os poderes da Funai. Disse coisas definitivas sem definir muito bem as coisas: ''Houve estudos conducentes à pacificação da questão das terras indígenas com os fazendeiros. Isso tudo está sendo examinado, muito vagarosamente, com muito critério.''
Dias atrás, como uma espécie de abre-alas do ataque aos índios maranhenses, houve uma chacina num assentamento do Mato Grosso. Nela, um grupo de nove sem-terra foi passado nas armas (espingarda calibre 12 e facões). As execuções foram precedidas de tortura. Um dos mortos teve a orelha decepada.
A confusão entre índios, sem-terra e ruralistas não é invenção do gestão Temer. Entretando, se estiver interessado em se tornar parte da solução, convém ao governo desistir da ideia de acender o fósforo para mostrar que não há pólvora no barril.

28 abril 2017

Confira serviços que devem ser afetados na RMR pela greve geral desta sexta-feira

Sindicatos de transporte, bancos, educação e segurança prometem paralisar atividades; protesto é contra reformas da previdência e trabalhista
Greve geral está marcada para esta sexta-feira (28)
Greve geral está marcada para esta sexta-feira (28)Foto: Leo Motta/Arquivo Folha de Pernambuco
Centrais sindicais de diversas categorias organizam greve para esta sexta-feira (28) em todo o Brasil. Serviços básicos de transporte, educação, segurança, entre outros, devem ser afetados em Pernambuco. O protesto é contra as reformas das previdência e trabalhista e a Lei da Terceirização. Confira abaixo o que deve parar.

Transporte
O Sindicato dos Rodoviários informou que nenhum ônibus circulará durante o dia. A Urbana/PE foi orientada pelo Grande Recife Consórcio a adotar medidas legais para garantir a circulação de 50% dos das 5h às 9h e das 16h às 20h. Nos demais horários, circulação de 30% da frota. 

O metrô funciona parcialmente nos horários de pico. A Superintendência da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou que as linhas Centro e Sul funcionarão das 5h às 9h e das 16h às 20h, horários de maior uso do sistema. A linha Diesel fica parada.

Educação
Os profissionais da educação estadual e municipal prometem paralisar as atividades. O Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro-PE) confirmou que pelo menos 50 escolas particulares aderiram à greve. A Secretária Estadual de Educação informou que apesar do anúncio do sindicato dos docentes estaduais, funcionará normalmente. 

Os docentes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) decidiram apoiar a paralisação. Como instituição, a UFPE não se posicionou ainda sobre a greve, mas afirma que a decisão está relacionada às deliberações dos sindicatos. A Universidade Católica de Pernambuco, Faculdade dos Guararapes e da Esuda cancelaram as aulas. 

Saúde
Na saúde, os médicos não vão aderir à greve. O mesmo não ocorrerá com o resto dos servidores do Ministério da Saúde, que, segundo o sindicato responsável, estará participando dos atos realizados na sexta. 

Segurança
O Sindicato da Polícia Civil de Pernambuco afirmou que a categoria irá paralisar as atividades. Ainda assim, atividades como o Instituto de Medicina Legal e os plantões estarão funcionando normalmente. Independente disso, a Associação dos Cabos e Soldados de Pernambuco, sindicato que representa os policiais militares, ratificou que não participará da greve.

Bancos
Os bancários de Pernambuco decidiram participar da greve em assembleia realizada no dia 18 de abril. A categoria aprovou o fechamento das agências dos bancos públicos e privados por um período de 24 horas.

AeroportosPilotos e comissários de bordo decidiram em assembleia realizada na quinta-feira (27) não aderir à paralisação. Apesar disso, os aeroviários, responsáveis pelos serviços de solo, afirmam que vão parar as atividades, o que deve afetar os principais aeroportos do país. Contudo, a Infraero informou que não há previsão de impactos na programação de voos do Aeroporto do Recife por enquanto e nem da adesão dos seus funcionários nessa greve. 

ComércioA Federação dos Empregados do Comércio de Bens e de Serviços do Norte e do Nordeste e seus 34 sindicatos filiados das regiões Nordeste e Norte declararam adesão à greve.

Servidores do Recife
Servidores municipais do Recife decidiram aderir à greve. A categoria não aceita a proposta da Prefeitura do Recife de só iniciar as negociações salariais a partir de julho deste ano, o que estaria desrespeitando a data-base do município, que é janeiro de 2017.

O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE) informa que todas as unidades do Órgão, Lojas dos Shoppings e Ciretrans funcionarão normalmente, conforme o horário das referidas unidades. 

Servidores do legislativo
O Sindicato dos Servidores no Poder Legislativo de Pernambuco informou que servidores da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vão aderir à greve. A decisão foi tomada em assembleia da categoria no último dia 20 de abril.

Fazendários estaduais
Auditores fiscais e julgadores tributários da Secretaria da Fazenda de Pernambuco (Sefaz-PE) aprovaram a paralisação das atividades em assembleia no dia 18 de abril. A suspensão dos serviços vai afetar a Sefaz-PE em todas as 26 agências da Receita Estadual, na sede da secretaria, no Edifício San Rafael, no Detran-PE, além dos 15 postos fiscais.

Estaleiros
Trabalhadores do setor naval, em Suape, vão aderir à paralisação geral, conforme ficou decidido em assembleia com o Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal-PE). Apenas no Estaleiro Atlântico Sul são 3,6 mil trabalhadores.
Petroleiros 
Os petroleiros também prometem suspender as atividades. No site da Federação Única dos Petroleiros (FUP), a categoria informa que os trabalhadores do sistema Petrobras vão parar, a partir da 0h de sexta, as operações nas principais unidades da empresa.

ARARIPINA - PATRULHA AMBIENTAL FAZ DOAÇÃO DE MUDAS PARA COMUNIDADES DO ALTO ALEGRE E SÃO JOSÉ

O grupo Patrulha Ambiental doou aproximadamente 50 mudas de plantas nativas e exóticas para a comunidades do Alto Alegre e São José para a festa de Santo Expedito, da paróquia de Nossa Senhora das Dores, Araripina - PE.

Os festejos estão sendo realizados desde o dia 21/04 e  vai até 01/05. O tema da campanha é “Animados pela fé, juntos com Santo Expedito e Maria Santíssima, assumindo a missão de evangelizar”.
Como o tema da Campanha da Fraternidade da Igreja Católica este ano aborda a questão dos Biomas, a comunidade solicitou algumas mudas à Patrulha Ambiental para distribuir entre os participantes do evento.
Cedro Angico

Foram doadas mudas de Jatobá (Hymenaea courbaril), Moringa (Moringa Oleífera), Cedro (Cedrela fissilis), Saboneteira (Sapindus saponaria) Angico (Anadenanthera colubrina)e Barriguda (Cavanillesia arborea).
 
 Jatobá Saboneteira

Barriguda

Moringa


Fonte/Fotos: Patrulha Ambiental

2018: PT já cogita eleição sem Lula como candidato

Em análises internas de cenário, petistas reconhecem que delações da Odebrecht e de Léo Pinheiro, da OAS, complicaram a vida de Lula para as eleições
Veja
As novas suspeitas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusado de corrupção por ex-executivos de empreiteiras, fez com que o PT passasse a incluir em suas análises internas do cenário político e discussões sobre estratégias a possibilidade concreta de não contar com o seu líder máximo na disputa eleitoral de 2018. O receio é que uma condenação em segunda instância na Operação Lava Jato o torne inelegível com base na Lei da Ficha Limpa.
A reação do PT às novas suspeitas é reforçar o empenho na defesa de Lula tanto nas ruas quanto nas redes sociais. Ninguém no partido ousa questionar ou cobrar explicações do ex-presidente.
Lula é visto no PT como alvo de perseguição da Lava Jato e vítima de uma campanha para impedir sua candidatura em 2018. Mas, com a divulgação dos depoimentos da Odebrecht e a delação do empreiteiro José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, da OAS, a possibilidade de condenação de Lula, antes vista como remota, ganhou novo status.
Líderes petistas avaliam que mesmo que as novas acusações não sejam confirmadas com provas materiais, elas engrossam o caldo das chamadas “provas indiciárias” (com base em indícios) que poderiam sustentar, pelo volume, um pedido de condenação de Lula com base na teoria do domínio do fato, usada para levar José Dirceu à prisão no mensalão.
Lula é alvo de seis pedidos de abertura de inquéritos enviados pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), à primeira instância da Justiça Federal com base nas delações da Odebrecht.

Greve: governo vê risco de black blocs em 5 capitais

A equipe de inteligência do governo federal identificou risco de participação de black blocs nos atos da greve geral desta sexta (28) em ao menos cinco capitais: São Paulo, Rio, Brasília, Porto Alegre e Fortaleza. As equipes de segurança locais foram avisadas e o Planalto já trabalha com a possibilidade de haver conflito. Auxiliares do presidente Michel Temer dizem que houve uma radicalização no discurso de convocação para as manifestações após a aprovação da reforma trabalhista.
O governo também diz que há estratégia para posicionar estudantes menores de 18 anos à frente dos movimentos para constranger a ação das polícias militares.
Embora o presidente do TST, Ives Gandra Filho, tenha determinado que a Justiça do Trabalho funcionasse normalmente nesta sexta, os tribunais regionais de Minas e da Bahia suspenderam expediente.
Contrariado com a aprovação na Câmara do fim do imposto sindical, o deputado Paulinho da Força (SD-SP) trabalha para convocar outra greve geral para o dia da votação da reforma da Previdência na Casa.
A ideia é mostrar força com os atos desta sexta e ganhar “margem de negociação” com o presidente Michel Temer para tentar reaver a contribuição.
Dirigente da Força Sindical, Paulinho estará às 3h da manhã em uma garagem de ônibus da zona sul de São Paulo para impedir que os veículos saiam. (Painel - Damiela Lima - FSP)

As ruas desafiam o governo Temer e o Congresso

El País Xosé Hermida
O Governo do Brasil joga seu futuro nos próximos dias. Atingido pelos escândalos de corrupção e em queda nas pesquisas, o presidente Michel Temer aposta tudo num frenético calendário legislativo, com as reformas trabalhistas e previdenciária em destaque na última tentativa de recuperar um mínimo de credibilidade para o seu mandato. Os sindicatos e a oposição decidiram desafiá-lo nas ruas, submetendo-o nesta sexta-feira a uma prova de fogo com uma greve geral que obteve apoios inesperados.
“A greve geral de amanhã pode ser o teste mais difícil do Governo (...)”. Esse tuíte é de quatro anos atrás e se referia ao mandato de Dilma Rousseff. Seu autor, João Doria, é agora prefeito de São Paulo pelo PSDB, um dos principais aliados de Temer. Em seu novo papel, Doria se empenhou tanto nos últimos dias para garantir o fracasso da greve que chegou inclusive a um acordo com empresas de táxi para transportarem de graça os funcionários municipais que queiram comparecer ao trabalho. 
O que valia em 2013 para o Governo de Dilma também vale agora para o de Temer. A greve convocada é um teste decisivo que pode marcar o futuro de um presidente que, em seus nove meses no cargo, enfrentou uma corrida de obstáculos da qual, até agora, saiu incinerado. Uma pesquisa de opinião divulgada nesta semana pelo instituto Ipsos indica que apenas 4% dos brasileiros apoiam o Governo – que se apresentava como o salvador do país frente à crise econômica e às suspeitas de corrupção que sacudiam o PT após 13 anos no poder. A economia parou de cair, e todas as previsões são de que o PIB do Brasil crescerá levemente este ano, após despencar 3,8% em 2015 e 3,6% em 2016. Mas a situação política continua piorando de forma irremediável. 
Além da exibição de poder sindical, o protesto de hoje será o primeiro termômetro para medir, nas ruas, o impacto da difusão pública da “delação do fim do mundo”. As revelações dos executivos da Odebrecht voltaram a atingir duramente o PT e seu líder, o ex-presidente Lula, mas minaram todo o sistema político. O Governo tem oito ministros investigados pelo Supremo Tribunal Federal, e o próprio Temer só se livrou graças à proteção legal conferida pela Constituição, embora a Procuradoria Geral da República tenha constatado a existência de indícios contra ele. 
A reação de Temer à investida judicial tem sido uma tentativa de enterrar a corrupção acelerando um plano de reformas econômicas para satisfazer os únicos apoios que o Governo tem fora da base da Câmara e do Senado: os grandes setores empresariais e as instituições econômicas internacionais, como o FMI. 
A recente visita ao país do primeiro-ministro espanhol, o direitista Mariano Rajoy, primeiro mandatário europeu a estender a mão a um Temer com escassa ajuda de governos estrangeiros, serviu para ilustrar o tamanho da aposta. Temer proclamou que sua inspiração são Rajoy e suas reformas. De fato, os dois políticos são unidos por muitas coisas: ambos foram salpicados por escândalos de corrupção, chegaram ao poder em meio a crises econômicas e implementaram reformas profundamente impopulares. O espanhol se permitiu sugerir a Temer que ignore as ruas, esqueça os possíveis danos eleitorais e prossiga contra todas as dificuldades. Mas há uma diferença essencial entre Rajoy e Temer: o espanhol chegou ao poder pelas urnas; já o brasileiro, por uma manobra política parlamentar contra o Governo do qual ele próprio era vice-presidente. 
Os riscos para Temer são enormes. O Brasil é um dos países americanos com maior tradição sindical. A primeira greve geral remonta a 1917, e há 73 anos o então presidente Getúlio Vargas aprovou a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), até agora considerada quase intocável. Até mesmo um sindicalista sem formação acadêmica, Lula, conseguiu no início deste século alcançar a presidência do país. Além dessas raízes históricas, a greve convocada alcançou apoios que extrapolam o mundo sindical. Teve adesão de várias categorias: de professores de colégios de elite a certos bispos, depois das críticas feitas pela hierarquia católica brasileira às reformas de Temer e da carta enviada pelo papa Francisco ao presidente, reprovando alguns aspectos de sua política. No mínimo, a paralisação do transporte – inclusive aéreo – parece garantida nas maiores cidades. Entre os que participam do protesto, há também aliados políticos de Temer. E esse é agora o seu principal problema. Embora na quarta-feira ele tenha conseguido aprovar inicialmente na Câmara a reforma trabalhista, a primeira grande modificação das velhas normas da época de Getúlio, houve algumas deserções entre os partidos que o apoiam. Nesta quinta, um dos caciques do PMDB rebelados contra o Governo, Renan Calheiros, voltou ao ataque e ameaçou bloquear o projeto no Senado. Para conseguir avançar com sua grande aposta, a reforma previdenciária, Temer precisa de uma maioria de três quintos da Câmara. Não será fácil, sobretudo se a greve tiver sucesso e exercer maior pressão sobre os parlamentares da base aliada que hesitam em dar o voto favorável ao projeto. A questão da Previdência é essencial para Temer não acabar perdendo toda a credibilidade. E para o Governo respirar um pouco neste ano e meio que ainda falta para as eleições presidenciais de 2018.

25 abril 2017

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA COMEMORA 40 ANOS DE ESCOLA EM ARARIPINA

CERIMÔNIA – Direção da unidade e estudantes compareceram à Reunião Solene, de autoria da deputada Roberta Arraes (PSB). Foto: Henrique Genecy
A Escola de Referência em Ensino Médio (Erem) Luiz Gonzaga Duarte, em Araripina (Sertão do Araripe), completou 40 anos de atividades. A comemoração motivou uma Reunião Solene, realizada na noite desta segunda (24), na Assembleia, por sugestão da deputada Roberta Arraes (PSB).
Fundada em 4 de abril de 1977, a unidade é reconhecida pela dedicação e pelo alto nível de conhecimento dos professores. Quando surgiu, era um centro de educação rural voltado para o ensino dos filhos de agricultores da região. Teve como primeira diretora a professora Maria Ramos Muniz e, desde fevereiro de 2015, vem sendo dirigida pela professora Maria Gorete Ferreira da Silva.
Em 2006, a escola conquistou o Prêmio Nacional de Referência em Gestão Escolar, revelando os bons resultados dos investimentos em educação. “Isso é exemplo para o País do quanto uma boa administração pode fazer”, destacou o deputado Lucas Ramos (PSB), que presidiu a solenidade.
Em seu discurso, Roberta Arraes enfatizou os diversos projetos desenvolvidos pela unidade, além do pioneirismo no ensino agrícola e técnico. “A escola proporcionou a muitos sertanejos a realização de seus sonhos”, observou, lembrando que Pernambuco ocupa a primeira colocação no Ensino Médio no Brasil. A parlamentar parabenizou os esforços da Erem Luiz Gonzaga Duarte por proporcionar educação de qualidade aos jovens do Sertão.
A diretora do colégio, Maria Gorete Ferreira, recebeu da Alepe uma placa comemorativa. Ela parabenizou a deputada Roberta Arraes pela iniciativa da homenagem e salientou que mais de 21 mil estudantes passaram pelo centro de ensino, que, desde 2013, tornou-se escola de referência. “A educação salva vidas e transforma realidades”, afirmou.

Votação da reforma trabalhista pode atrasar

Falta de quorum adiou votação da MP que cria regras de contratos de concessões de ferrovias, rodovias e aeroportos
Câmara Federal
Câmara FederalFoto: Wilson Campos
Por falta de quorum, a Câmara dos Deputados adiou a votação da Medida Provisória 752/16, que cria regras para a prorrogação e relicitação de contratos de concessões de ferrovias, rodovias e aeroportos. Não há data para nova votação. A MP tranca a pauta, impedindo a análise de outras matérias, em sessões ordinárias, o que pode dificultar a votação da reforma trabalhista ainda nesta semana. 

A sessão desta segunda-feira (24) foi encerrada às 20h01 sem que fosse atingido o quorum de 257 deputados, necessário para iniciar a ordem do dia. No plenário, dos 513 deputados, apenas 247 marcaram presença. Com isso, as sessões da Câmara de hoje serão destinadas à votação dos destaques ao projeto de lei 343/17, que trata da recuperação fiscal dos Estados.

Concessões
A MP 752/16 prorroga contratos com concessionárias de rodovias e aeroportos concedidos ao setor privado, além de relicitar contratos. A medida vale para os administradores dos aeroportos do Galeão (RJ), de Brasília, Viracopos (SP), de Confins (MG), de São Gonçalo do Amarante (RN) e de Guarulhos (SP). No setor rodoviário, poderá ser feito novo cronograma de investimentos com extensão por até 12 anos do prazo, contados da assinatura do contrato original.

O governo queria pelo menos iniciar a discussão da MP na noite desta segunda. No entanto, mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já havia admitido a dificuldade em obter o quorum mínimo. Maia pretende votar a reforma trabalhista em plenário até quinta-feira. Antes, o texto do relator Rogério Marinho (PSDB-RN) terá que ser aprovado na comissão especial que analisa o mérito da reforma.

Relatório
A discussão e votação do relatório na comissão vai começar amanhã às 10h. Marinho deverá apresentar uma nova versão do seu substitutivo. A proposta deverá acolher algumas emendas de deputados.

Pelo acordo firmado na semana passada com a oposição, por ocasião da aprovação do requerimento de urgência ao projeto, Marinho se comprometeu a acolher parte das emendas. Em troca, a oposição disse que não vai obstruir os trabalhos nem fará pedido de vista.

Temer decide exonerar ministros para que votem pela reforma da Previdência

Exoneração deve ocorrer dias antes da votação no plenário da Casa, prevista para a segunda semana de maio
Imbassahy e Mendonça Filho falam após reunião ministerial
Imbassahy e Mendonça Filho falam após reunião ministerialFoto: Valter Campanato / Agência Brasil
O presidente Michel Temer vai exonerar todos os ministros que tiverem mandato na Câmara dos Deputados para possam votar a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, que trata da reforma da Previdência. A exoneração deve ocorrer dias antes da votação no plenário da Casa, prevista para a segunda semana de maio. Antes, o relatório de Arthur Maia (PPS-BA) será votado na comissão especial criada para discutir o tema.

A decisão de Temer foi anunciada pelo ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, após reunião do presidente com a equipe ministerial na tarde desta segunda-feira (24), no Palácio do Planalto. “É um reforço. É como se fosse reforçar o time em campo. Vai ficar mais reforçado ainda com a ação efetiva e presente dos ministros na Câmara dos Deputados”. Imbassahy, inclusive, será exonerado para reassumir seu mandato pelo PSDB.

A equipe de ministros de Temer conta com 14 deputados federais. Mas, neste caso, apenas 13 deputados terão voto, uma vez que Raul Jungmann (PPS-PE), ministro da Defesa, é suplente de Mendonça Filho (DEM-PE), que será outro a deixar temporariamente seu cargo para voltar à Câmara.

“O governo vai jogar todas as forças no sentido da aprovação da reforma da Previdência”, disse Mendonça Filho. Para ele, a decisão de voltar à Câmara para votar “afirma o compromisso daqueles que ocupam função nos ministérios no sentido de ajudar uma reforma decisiva para o futuro do Brasil”, disse. “É uma reforma que, sem ela, o Brasil vai afundar”, completou.

O expediente já havia sido adotado pela ex-presidenta Dilma Rousseff em abril do ano passado. Na ocasião, ela exonerou quatro ministros que tinham mandato na Câmara para votarem contra seu impeachment. O gesto de Temer, no entanto, vai além do voto no plenário. Ele quer os ministros atuando junto aos líderes dos partidos para garantir a fidelidade da base ao governo.

Para o Palácio do Planalto, a iniciativa é também simbólica e reflete a importância que o presidente Temer dá a essa votação. Além da exoneração dias antes da votação, os ministros não farão viagens a partir desta semana. Eles devem ficar em Brasília para receber parlamentares e líderes dos seus partidos na articulação em prol da aprovação da reforma.

Para Imbassahy, o governo terá votos suficientes depois que o novo texto da reforma apresentado por Arthur Maia for conhecido por todos os parlamentares e pela sociedade. “Acho que vai ter uma interação entre opinião pública e congressistas. E os congressistas vão ver que agora é uma outra base e que suas propostas foram absorvidas no relatório do deputado Arthur Maia”.

Imbassahy afirmou que não deverão mais ser feitas alterações no relatório de Arthur Maia e que essa é uma posição compartilhada pelo governo e pelo próprio relator. O presidente da comissão, Carlos Marun (PMDB-MS), fez um acordo com a oposição para que não houvesse obstrução durante a leitura do parecer e se comprometeu a fazer sessões de debate ao longo desta semana. Segundo Marun, com a votação do relatório no colegiado no próximo dia 2, a previsão é que a leitura no plenário da Câmara ocorra no dia 8 de maio.

OAS pagou US$ 1 milhão por palestras de Lula

Sócio da construtora disse, entretanto, que todos os eventos com o ex-presidente foram realizados
Agência Estado
O empresário Léo Pinheiro, da OAS, disse que a empreiteira “pagou mais de US$ 1 milhão” ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por palestras no exterior. Ao todo, disse o ex-presidente da OAS, foram cinco eventos, ou US$ 200 mil por palestra.
No interrogatório a que foi submetido pelo juiz Sérgio Moro na quinta-feira da semana passada, Léo Pinheiro falou das palestras quando explicava detalhes até então desconhecidos da Lava-Jato sobre o triplex do Condomínio Solaris, no Guarujá - cuja propriedade a força-tarefa do Ministério Público Federal atribui a Lula, o que é negado por sua defesa.
“Foram dadas as palestras?”, questionou o criminalista Cristiano Zanin Martins, defensor de Lula. “Foram dadas, ninguém está falando o contrário”, respondeu Léo Pinheiro. “Existia um vínculo comercial que poderia ter resolvido isso, já existia um hábito, transações comerciais entre a OAS, o Instituto Lula e as palestras, mas nunca foi resolvido esse assunto.”