PREFEITURA MUNICIPAL DE TRINDADE

17 julho 2014

O perigo é o abraço

 Durante muitos anos, descreveu-se o PSDB (e a descrição vale até hoje) como um partido formado 100% por amigos que são 100% inimigos. Neste ano, a descrição passa a valer para o PT (quase com perfeição, porque há no partido uma unanimidade: Lula): todos são petistas, todos são amigos, todos se odeiam.

Franklin Martins e João Santana, por exemplo, disputam ferozmente o comando do conteúdo da campanha de Dilma - a tal ponto que Martins só não foi embora por um pedido especial de Lula. Martins é também duro adversário de Paulo Bernardo, e a tropa de choque que mobiliza - o MAV, Movimento de Arregimentação Virtual, que atua coordenadamente na Internet - periodicamente abre fogo contra o ministro das Comunicações. Aloízio Mercadante e Guido Mantega, que já concorreram pela posição de formulador da política econômica petista, continuam tendo restrições um ao outro (se bem que a disputa pelo comando a política econômica tenha sido encerrada, com a derrota de ambos.
Quem manda é Dilma e pronto. E ninguém gosta do secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, a começar por sua chefe Dilma Rousseff. E Carvalho, petista desde a fundação do partido, ligadíssimo à base sindical e de esquerda católica que sempre deu respaldo a Lula, é o guardião da história do PT. Sabe tudo.

Gilberto Carvalho deve agora, segundo o bem-informado colunista Lauro Jardim, de Veja, deixar o Governo para entrar na campanha de Dilma. A presidente, ao que parece, está feliz - não com a entrada de Gilberto, mas com sua saída.

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