PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

02 outubro 2018

Bolsonaro reúne forças para ir ao debate. Mas não dá

De repouso em casa, no Rio, Jair Bolsonaro (PSL) não assistiu ao debate da Record, no domingo (31). Só soube que havia sido alvo de críticas na manhã desta segunda (1º), pelo filho Carlos.
Aliados disseminam a tese de que Bolsonaro gostaria de ir ao último debate, da TV Globo, dia 4, mas afirmam que médicos teriam dito que o ideal é o candidato não falar por mais de 10 minutos seguidos de pé.
Amigos que visitaram Bolsonaro desde que ele voltou para casa dizem que o deputado segue abalado com o atentado.


Segundo os relatos, a recuperação mudou alguns hábitos do presidenciável, como o horário de acordar. Antes do ataque, levantava ainda de madrugada. Agora, dorme até mais tarde.(Daniela Lima – Folha Painel)

Supremo: bagunça e briga entre ministros

Guerra de decisões no STF derruba discurso conciliador de Toffoli
Daniela Lima – Painel – Folha de.S.Paulo
A guerra de decisões entre Ricardo Lewandowski e Luiz Fux, do Supremo, fez sua vítima: o plano de pacificação da corte pregado desde a posse pelo novo presidente, Dias Toffoli. Sem conseguir articular solução que evitasse a disputa de sentenças, Toffoli foi obrigado a tomar lado e vetou a entrevista de Lula à Folha até deliberação do plenário. Há, porém, impasse no tribunal: a maioria concorda, no mérito, com Fux. Mas até esse grupo admite que ele usou instrumento errado contra o colega.
Nesta segunda (1º), Toffoli articulou para levar o caso ao plenário na quarta (3), mas percebeu que não havia consenso. Depois, sinalizou que o ideal era tratar do assunto após o segundo turno. Lewandowski estrilou e avisou que ia renovar a autorização em tom pouco ameno.
Ministros do STF lamentaram a dimensão que o episódio ganhou e dizem que, agora, só resta tentar evitar “o pior”. A imagem do Supremo sai arranhada, mas o foco é debelar o risco de um barraco maior, com transmissão ao vivo, na sessão desta quarta-feira (3).
Integrantes da corte diziam ainda durante a tarde desta segunda (1º) que, se Lewandowski decidisse investir contra a decisão de Fux, Toffoli seria obrigado a admitir seu lado na controvérsia.

Exame: Adélio sofre de "transtorno delirante grave"

O Globo
A defesa de Adélio Bispo de Oliveira apresentou nesta segunda-feira, à 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, o resultado de um exame particular que mostra que ele sofre de transtorno delirante grave . Com o resultado, os advogados querem que a Justiça autorize a realização de um novo exame, com a indicação de um perito nomeado pelo juiz federal responsável pelo caso. As informações são do "G1". Adélio está preso desde o dia 6 de setembro, após esfaquear o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro , em um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O advogado Marco Alfredo Mejia, que atua na defesa de Adélio, explicou que um pedido de exame já foi negado pela Justiça, mas disse esperar que o resultado da avaliação particular mude o entendimento.
— Nós entregamos o resultado do laudo que foi feito para requerer novamente junto à Justiça o exame da sanidade do réu. Vamos fazer uma retomada, agora fundamentados com um parecer técnico e demais documentos, que vai ter uma estrutura com mais embasamento do que o que estava antes — explicou.
Na semana passada, a Polícia Federal (PF) apresentou um relatório sobre o ataque a Bolsonaro. De acordo com a investigação, Adélio tentou matar Bolsonaro por motivo ideológico. Não foram encontrados indícios de mandante ou participação de terceiros. Segundo a PF, Adélio teria decidido atacar Bolsonaro três dias antes do crime, no início deste mês. Ele viu num outdoor que o candidato visitaria Juiz de Fora e, a partir dali, decidiu que tentaria matar Bolsonaro. Ele estava em Juiz de Fora desde agosto, onde tentava emprego.

A partir de janeiro polícia vai atirar para matar, diz Doria

Na tentativa de pegar carona na popularidade de Bolsonaro, tucano tem feito discursos mais duros
Arthur Rodrigues - Folha de S.Paulo
O candidato João Doria afirmou que, a partir de 1º de janeiro, a polícia vai atirar para matar se bandidos reagirem.
"Não façam enfrentamento com a Polícia Militar nem a Civil. Porque, a partir de 1º de janeiro, ou se rendem ou vão para o chão", disse à rádio Bandeirantes. "Se fizer o enfrentamento com a polícia e atirar, a polícia atira. E atira para matar", afirmou.
A afirmação contraria o método Giraldi, seguido pela polícia paulista. O método prevê o uso progressivo da força. Ou seja, se houver possibilidade, o mais desejável é ferir o criminoso, sem matá-lo.
Na tentativa de pegar carona na popularidade de Jair Bolsonaro, Doria tem feito discursos mais duros na área da segurança. Em ato de apoio a Bolsonaro, aliados do capitão reformado cobraram que Doria se posicione a favor do presidenciável do PSL

PT mantém Palocci

José Casado - O Globo
Numa terça-feira da última primavera, 26 de setembro, Palocci soube de um processo ético para expulsá-lo do PT
Depois de amanhã, Antonio Palocci Filho comemora 58 anos de idade. Não vai ter festa na ala A da carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde acaba de completar dois anos. Alguém deverá oferecer-lhe um café — não é privilégio do ex- preferido de Lula, apenas autoproteção dos outros presos, porque, estabanado, sempre que tentou cozinhar, ele produziu um desastre.
No domingo, Palocci permanecerá prisioneiro a 704 quilômetros da sua zona eleitoral, em Ribeirão Preto. Mas o eleitor 3942125012-4 continua petista “de carteirinha”, como há 37 anos, quando fundou o partido na faculdade de Medicina.
À 1h30m de ontem, dez horas antes da liberação de trechos da sua delação, Palocci ainda estava no PT. Era o 132.389º na lista do partido na Justiça Eleitoral de São Paulo.
Numa terça-feira da última primavera, 26 de setembro, Palocci soube de um processo ético para expulsá-lo do PT. Foi logo depois do seu depoimento sobre Lula e a Petrobras.
Respondeu, por carta, informando a delação premiada e defendeu “o mesmo caminho” para o partido, como dissera um ano antes a Lula e a Rui Falcão, então presidente, que “transmitia uma proposta” do ex-tesoureiro João Vaccari, para “um processo de leniência na Lava-Jato”.
Foi além: “Sobre as informações prestadas em 6-9-2017 (compra do prédio para o Instituto Lula, doações da Odebrecht ao PT, ao Instituto e a Lula, reunião com Dilma e Gabrielli sobre as sondas e a campanha de 2010, entre outros) são fatos absolutamente verdadeiros.” Acrescentou: “Tenho certeza que, cedo ou tarde, o próprio Lula irá confirmar tudo isso, como chegou a fazer no mensalão (...) Um dia, Dilma e Gabrielli dirão a perplexidade que tomou conta de nós após a fatídica reunião na biblioteca do Alvorada, onde Lula encomendou as sondas e as propinas, no mesmo tom, sem cerimônias, na cena mais chocante que presenciei.”
Palocci desenha suas memórias. O PT também não esquece o “favorito de Lula”. Por isso, o mantém filiado.

Moro interfere na eleição pró Bolsonaro contra Haddad

Juiz divulga delação de Palocci acertada com PF
Blog do Kennedy
Numa nova interferência do Judiciário no processo político-eleitoral, o juiz Sergio Moro tornou público o acordo de delação do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci Filho. A seis dias do primeiro turno da eleição presidencial, Moro ajudou Jair Bolsonaro (PSL) e prejudicou Fernando Haddad (PT).
A delação teve grande exposição pública e será tema do noticiário na reta final da primeira etapa das eleições. Moro reacendeu acusações antigas contra o PT. Assim, ajudou o candidato do PSL neste momento da campanha por meio de um ato que poderia ter adiado para depois das eleições.
O Ministério Público Federal rejeitou acordo de delação com Palocci por entender que o ex-ministro apresentou informações que já constavam de colaborações de Marcelo Odebrecht, Joesley Batista, Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef e Renato Duque, entre outros.
Não é a primeira vez que Moro interfere no processo político. Em março de 2016, o juiz federal divulgou ilegalmente grampo de conversa entre Dilma Rousseff e Lula. O ato impediu a nomeação de Lula para a Casa Civil e tirou força da então presidente para resistir ao impeachment.
Preso desde setembro de 2016, Palocci fez um roteiro de acusações que ainda demanda provas. É preciso reserva para analisar tal colaboração, sobretudo em meio ao processo eleitoral.

Se depender de Lula, eleitorado vota no escuro

Josias de Souza
Sergio Moro levou ao ventilador trechos da delação-companheira de Antonio Palocci. Alegou razões processuais. Mas a defesa de Lula, como de hábito, enxergou no gesto o “objetivo de tentar causar efeitos políticos para Lula e seus aliados”. Algo que “apenas reforça o caráter político dos processos e da condenação injusta imposta ao ex-presidente Lula.”
Lula pode alegar que a exposição do destampatório de Palocci em plena temporada eleitoral tenha o efeito de uma cotovelada. Mesmo assim, o juiz da Lava Jato não fez nada que estivesse fora dos limites de sua competência. Problema houve quando Lula permitiu as delinquências que Palocci testemunhou e executou. Esquisitice haveria se o eleitor fosse privado de conhecer os podres.
Os defensores de Lula não reclamaram quando Moro congelou o processo sobre o sítio de Atibaia para evitar turbulências eleitorais. Pediram que os autos sobre o Instituto Lula também fosse levado ao freezer. Mas Moro alegou que a encrenca já se encontra naquela fase em que defesa e acusação precisam apresentar suas últimas alegações.
As insinuações endereçadas pela defesa ao juiz da Lava Jato flertam com o ridículo quando se considera que não haveria Palocci sem Lula. O agora delator foi homem forte dos governos do delatado. Czar da economia, operou parte da engrenagem que fez do PT uma máquina coletora de propinas. Fez isso com o consentimento do chefe.
Se quiser, o eleitor pode dar de ombros para as acusações de Palocci contra seus ex-companheiros. Mas o dono do voto tem o direito de conhecer o lodo que escapa dos lábios do ex-braço direito de Lula. A tentativa de impor o voto no escuro apenas piora um espetáculo que já é deprimente.

Entrevista: Toffoli diz que decisão de Fux é a que vale

Lewandowski deu decisões em sentido contrário, autorizando que o jornal o entrevistasse
André de Souza - O Globo
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, determinou nesta segunda-feira que deve ser cumprida a decisão do ministro Luiz Fux proibindo o jornal “Folha de S.Paulo” de entrevistar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba.
Segundo Toffoli, essa decisão deve prevalecer sobre outras duas do também ministro Ricardo Lewandowski, que havia autorizado a entrevista. Mas a decisão final será do plenário do STF. Ainda não há data prevista para o julgamento.
Lula está preso na Superintendência da PF em Curitiba. Assim, o diretor-geral da corporação, Rogério Galloro, instou o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, a questionar o STF sobre qual decisão seguir: a de Fux ou a de Lewandowski.
"Diante da solicitação, a fim de dirimir a dúvida no cumprimento de determinação desta Corte, cumpra-se, em toda a sua extensão, a decisão liminar proferida, em 28/9/18, pelo Vice-Presidente da Corte, Ministro Luiz Fux, no exercício da Presidência, nos termos regimentais, até posterior deliberação do Plenário", decidiu Toffoli.

Haddad visita Lula na sede da PF e depois faz ato de campanha

Repetindo uma rotina semanal, o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, viajou, hoje, a Curitiba para visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma cela especial na superintendência da Polícia Federal (PF) do Paraná. A conversa com o ex-presidente durou quase duas horas.
Ao final da visita a Lula, em entrevista coletiva, ele defendeu negociar com o Congresso Nacional a aprovação de reformas para retomar o crescimento do país, como mudanças nas regras tributárias.
"Importante discutir que hoje o pobre paga imposto, o rico não paga, e o Congresso tem que se debruçar sobre isso, uma reforma dos sistema bancário contra o cartel que se estabeleceu no pais e que hoje espolia a população, cobrando juros extorsivos, a questão dos regimes próprios. Nós temos insistido, muitos estados e municípios estão quebrados", declarou.
Fernando Haddad saiu das imediações da superintendência da PF e foi para a área central de Curitiba para cumprir agenda de campanha com aliados políticos paranaenses, entre os quais a presidente do PT, Gleisi Hoffman, e o candidato do partido ao governo do Paraná, Doutor Rosinha.
Haddad fez corpo a corpo com eleitores e, ao final da caminhada, participou de um comício. Ao discursar, o petista criticou o candidato do PSL ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro.
À plateia de simpatizantes de sua candidatura, ele disse que o adversário quer acabar com o 13º salário, referindo-se à declaração do vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, de que o benefício aos trabalhadores é uma "jabuticaba" brasileira.
Haddad também afirmou no discurso que o presidenciável do PSL quer cobrar o mesmo percentual de impostos dos riscos e dos pobres e o acusou de desrespeitar a diversidade do país, com demonstração de preconceito contra mulheres e negros.
À noite, o candidato do PT participará de atos eleitorais no Rio de Janeiro. A agenda do petista prevê, entre outros compromissos na capital fluminense, uma caminhada da Igreja da Candelária até a Cinelândia, onde ocorrerá um comício.

01 outubro 2018

Frente Popular realiza carreata pelas ruas de Garanhuns

Depois de três importantes agendas na Região Metropolitana, o governador e candidato à reeleição Paulo Câmara (PSB) voltou ao Agreste pernambucano, na tarde de ontem. Faltando apenas uma semana para as eleições, o socialista retornou à cidade de Garanhuns para uma das maiores carreatas da Frente Popular neste pleito, que contou com a presença de diversas lideranças da região.
A carreata teve um percurso de 18 quilômetros e passou pelos bairros Indiano, Cohab 1 e 2, Parque Fênix, Heliópolis, Brasília, Magano, Boa Vista e Centro. Após o ato, Paulo agradeceu a presença da população na carreata e as sinalizações de apoio que recebeu durante todo caminho. “Hoje tivemos mais uma demonstração que Garanhuns escolheu pelo caminho do trabalho e dos avanços. O povo de Pernambuco sabe o lado que estamos, reconhece o que fizemos e quer votar 40 de novo. Essa cidade já fez bonito no dia 1º de setembro, quando estivemos aqui com nosso futuro presidente Haddad e hoje não foi diferente. Vamos fazer o Brasil voltar a sorrir e Pernambuco continuar na frente”, afirmou Paulo.
A carreata contou com a presença de lideranças do Agreste Meridional, a exemplo dos prefeitos de Caetés, Armando Duarte (PTB); Brejão, Beta Cadengue (PSB); Capoeiras, Neide Reino (PSB); Calçado, Nogueira (PP); Águas Belas, Luiz Aroldo (PT); Paranatama, Valmir do Leite (PSB), além dos ex-prefeitos Sandoval Cadengue (Brejão) e Claudiano Martins (Itaíba) e vereadores da região. Os candidatos proporcionais João Campos (PSB/federal), Sivaldo Albino (PSB/estadual) e Claudiano Martins Filho (PP/estadual) também estiveram no ato.

Agenda dos candidatos ao Governo de Pernambuco

Armando Monteiro (PTB)
14h00 – Gravação para o guia
Julio Lóssio (Rede)
14h30 – Entrevista à Rádio CBN Caruaru
20h00 – Participação no “Papo Café” do Portal de Prefeitura. Local: Plaza Shopping, Piso L4, Casa Forte – Recife
Mauricio Rands (PROS)
10h00 – Caminhada pelo comércio (Santa Cruz do Capibaribe)
11h00 – Entrevista Rede Agreste de Rádio (Santa Cruz do Capibaribe)
13h00 – Entrevista Alternativa FM (Carpina)
15h00 – Gravação de vídeos para redes sociais (Recife)
19h00 – Debate na Universidade Salgado de Oliveira – Universo (Recife)
Paulo Câmara (PSB)
17h00 – Caminhada da Frente Popular. Local: Praça Nossa Senhora do Rosário – Jaboatão Centro


19h00 – Encontro com o candidato a deputado federal João Campos. Local: Usina Dois Irmãos – Praça Farias Neves, s/n – Apipucos

Bolsonaro fará guerra aos pobres

Celso Rocha de Barros - Folha de S.Paulo
Achei que a ideia do anti-Lula fosse contra o que Lula tinha de ruim, não de bom
Em um tuíte de 2014 —publicado pelo jornal carioca Extra em 4 de outubro de 2016 (e depois apagado sem explicações)—, Carlos Bolsonaro defendeu que o Bolsa Família só seja oferecido a quem aceitar se submeter a laqueaduras (que impediriam as brasileiras pobres de terem filhos) ou vasectomias (que impediriam os brasileiros pobres de terem filhos).
A ideia, portanto, era que as mulheres pobres que quisessem ter filhos morressem de fome com seus filhos no colo. A principal proposta de Bolsonaro para reduzir a mortalidade infantil, a propósito, é mandar as mulheres escovarem os dentes. Pois é, ele fala essas coisas.Mas se não tiver jeito e o pobre acabar nascendo e sobrevivendo de algum jeito, a família Bolsonaro também tem duas sugestões para ele: trabalhar ganhando menos e morrer sem ver o filho formado.
A esquerda gosta de lembrar que Bolsonaro —cujo partido, o PSL, é o mais fiel a Temer nas votações no Congresso— votou a favor da reforma trabalhista. Isso não é nada, amigos.
Bolsonaro defende a criação de uma carteira de trabalho verde-amarela, diferente da azul porque não garante nenhum direito ao trabalhador. 
Os trabalhadores mais pobres, que têm menos poder de barganha, acabariam sendo obrigados a aceitar a carteira verde-amarela e perderiam seus direitos.

Essa segmentação do mercado de trabalho arrisca aumentar de novo a distância entre os pobres e a classe média, distância que caiu durante o governo Lula.
Não sei, mas acho que quando o pessoal pediu um anti-Lula, acho que a ideia era que ele fosse “anti” o que o Lula tinha de ruim, não o que ele tinha de bom.
Mas o pessoal da carteira azul também não deve se entusiasmar, não. Pois, como vimos na semana passada, o vice de Bolsonaro defende a extinção do 13º salário e das férias.
Se você for pobre, faça a conta: pegue seu salário, deduza o que você vai perder com os cortes do Mourão, subtraia a CPMF que o Guedes vai cobrar e não se esqueça de que uma arma, a única política de segurança proposta por Bolsonaro, custa bem caro.
Bom, mas se os pobres receberem educação, estarão em melhor condição de competir no mercado de trabalho, certo?
A principal proposta de Bolsonaro para a educação é militarizar o ensino, o que o Mourão já disse que não 
dá para fazer.
Bolsonaro é contra as cotas, que ajudaram a aumentar o número de pobres nas universidades.
E, na sabatina do Jornal das Dez, na GloboNews, Bolsonaro reclamou da “tara” da garotada em ter um diploma.
Ninguém é mesmo obrigado a fazer faculdade. Mas a questão é que essa escolha deve ser feita com base nas preferências pessoais de cada jovem, não na classe social em que ele nasce. 
E Bolsonaro não tem a menor ideia do que fazer para ajudar os filhos dos pobres a entrarem na universidade.
E aqui você poderia dizer: ah, mas no programa de governo dele tem uma proposta de renda mínima (aquela do Suplicy). Bom, vejam como Bolsonaro reagiu quando soube, pela imprensa (que bonito), que isso estava em seu programa de governo: “Meu Deus! Kkkkkkkk! É inacreditável!”.
Bolsonaro já voltou atrás em algumas dessas propostas, mas perceba o padrão: para cada ideia antipobre que ele abandona, logo cria duas novas.
E, aparentemente, o plano é mandar esse cara disputar o segundo turno contra o PT.