A Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia da Câmara dos Deputados avalia nesta quarta-feira (11) a assistência estudantil dada aos indígenas e quilombolas no Pará e no Amazonas durante a pandemia.
A deputada Vivi Reis (Psol-PA), que pediu a realização do debate, ressalta que a pandemia de Covid -19 impôs de forma imediata a oferta do ensino remoto, aprofundou as desigualdades e explicitou as limitações ao seu enfrentamento.
“Os desafios enfrentados não foram iguais, e os dados mostram que a pandemia afetou ainda mais a vida escolar do perfil de estudantes que já era mais impactado pela cultura do fracasso escolar: estudantes negros e indígenas, nas regiões norte e nordeste do País.”
Segundo a parlamentar, o processo de democratização do ensino está alinhado à redução das desigualdades socioeconômicas. Ela alerta, no entanto, que não basta garantir o acesso público à educação, é preciso assegurar políticas de assistência para criar condições de permanência desses alunos.
“É necessário associar à qualidade do ensino ministrado uma política efetiva de
investimento em assistência, a fim de atender às necessidades básicas de moradia, de alimentação, de saúde, de esporte, de cultura, de lazer, de inclusão digital, de transporte, de apoio acadêmico e de outras condições.”
Foram convidados para discutir o assunto com os deputados, entre outros:
– a coordenadora-geral de Relações Estudantis e Serviços Digitais da Diretoria de Políticas e Programas de Educação Superior do Ministério da Educação, Cibele Magalhães Pinto de Castro;
– o reitor da Universidade Federal do Pará, Emmanuel Zagury Tourinho;
– a representante da Associação dos Estudantes Indígenas da Universidade Federal do Pará Virgínia Braga Fonseca;
– um representante dos estudantes indígenas do Amazonas.
A audiência, que recebeu apoio do deputado José Ricardo (PT-AM), será realizada no plenário 12, a partir das 14 horas.
Fonte: Agência Câmara de Notícia
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