O governo Jair Bolsonaro deve enviar um avião com ajuda humanitária ao Haiti, país atingido no último sábado (14) por um terremoto que deixou ao menos 1.941 mortos, segundo a contagem mais recente.
Os preparativos da missão foram discutidos nos últimos dias. De acordo com o Itamaraty, a previsão é que um avião com equipe de bombeiros e medicamentos doados parta no fim de semana.
Ainda segundo o ministério, os bombeiros que devem compor a equipe são peritos em busca e resgate em estruturas urbanas colapsadas. A pasta também disse que os kits de medicamentos e insumos para assistência farmacêutica emergencial foram doados pelo Ministério da Saúde.
A aeronave utilizada será um cargueiro KC-390 Millennium, fabricado pela Embraer Defesa.
“O governo brasileiro acompanha com atenção os desdobramentos do terremoto que atingiu o Haiti em 14 de agosto e reafirma seu firme compromisso com a continuidade da ajuda humanitária àquele país”, afirmou o Itamaraty, em nota.
Na segunda-feira (16), durante exercício da Marinha em Formosa (GO), o presidente Bolsonaro disse que o governo havia recebido o pedido para enviar auxílio à população haitiana.
“As nossas Forças Armadas têm dado demonstrações práticas no mundo todo, em várias operações. Como agora estamos novamente sendo solicitados a uma missão de socorro, humanitária, no Haiti”, declarou, na ocasião.
Além do terremoto, o Haiti foi atingido nesta semana pela tempestade Grace, que causou chuvas torrenciais e enchentes. Na região de Les Cayes, na costa do sul do país, um dos pontos mais atingidos pela tempestade foi um complexo de tendas erguidas para abrigar famílias desalojadas pelo terremoto.
A cidade costeira já havia sido uma das mais impactadas pelo tremor, que atingiu principalmente os departamentos do sudoeste do país. A infraestrutura rodoviária está danificada devido a deslizamentos de terra, e vários edifícios, como hotéis, igrejas e hospitais, com a estrutura destruída ou comprometida.
O terremoto atingiu o Haiti em um momento de grave crise política, deflagrada com o assassinato do presidente Jovenel Moïse e com a disputa por poder que se seguiu.
Em 2010, outro terremoto deixou mais de 200 mil mortos. Entre 2004 e 2017, generais brasileiros exerceram o comando militar da Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti).
Após o fim da missão, a ONU manteve no país operações de capacitação do Judiciário e de treinamento das forças policiais.
Fonte: Folha-PE
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