Durante a quarentena, tem crescido o número de pessoas que se queixam de ter perdido a rotina ou de não conseguir cumprir hábitos que eram comuns no dia a dia. Insônia, sono desregulado, alimentação fora de hora e desequilibrada… Será que seguir - ou ao menos tentar - o mesmo padrão de hábitos que se tinha antes do isolamento social é positivo para atravessar esse período? De acordo com o neurocirurgião João Gabriel Gomes, a resposta é sim. “Manter a rotina de dormir, acordar, realizar as refeições e exercícios em horários definidos é fundamental para garantir o funcionamento básico do nosso corpo”, explica. No entanto, Gomes ressalta: “rotina não significa mesmice”. Segundo o especialista, é importante variar as atividades que estão sendo realizadas.
Ele conta que muitas pessoas estão trocando o dia pela noite e alerta para o perigo que isso pode causar ao corpo. “A insônia pode causar uma diminuição na imunidade, principalmente nessa época de pandemia, e o indivíduo fica mais propenso a pegar doenças”, diz. “Além disso, quando uma pessoa não tem um sono reparador, fica mais irritada, ansiosa e tem alterações do humor, o que pode culminar em uma depressão”, complementa. Gomes relata ainda que tem crescido o número de pacientes, de todas as faixas etárias, com ansiedade, transtornos de humor e dificuldades em manter a rotina do sono.
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Quem também tem sofrido com esse período é Marina Barbosa. A estudante de odontologia, que tinha uma rotina cheia e com horários definidos antes do isolamento social, afirma que também tem a sensação de dia perdido. "Eu tenho trocado o dia pela noite. Durmo depois das quatro horas da madrugada e acordo às 16h. Não ter com o que me ocupar também contribui com essa sensação", pontua. Apesar disso, Marina tem se esforçado para regular os seus horários. “Tenho tentado acordar razoavelmente cedo com a ajuda do despertador, mas tem sido difícil, porque passo o dia com muito sono. Como estou sem atividades teóricas da faculdade, me dedico a cursos online, mas não é a mesma coisa”, revela.
Mas nem todo mundo está passando por isso. Anderson Santana, por exemplo, afirma que está com todos os hábitos mantidos. "Acordo umas 7h ou 8h e vou dormir, no máximo, de meia-noite. As refeições também tenho realizado nos horários convencionais", descreve. O auxiliar-administrativo enxerga de forma positiva estar em dia com a sua rotina. “Acho que quando isso tudo passar, eu terei pouca dificuldade para voltar ao normal”, destaca.
Alimentação
Sobre a importância de manter o horário das refeições, o nutricionista Carlos Eduardo Paiva ratifica o que disse o neurocirurgião João Gabriel Gomes. Segundo Paiva, uma alimentação desregulada pode estar vinculada a quadros de insônia e ansiedade. Para ele, é fundamental realizar o café da manhã, o almoço e a janta nos horários adequados. “Nosso corpo funciona através do ciclo circadiano, o responsável por reger os hormônios, liberando a melatonina para dormir e o cortisol para despertar”, explica. “É muito importante tentar fazer a última refeição antes das 20h, porque a partir desse horário, a melatonina, o hormônio que dá relaxamento ideal para o sono, começa a ser liberada. Além disso, alguns chás podem estimular e induzir o indivíduo a ter o sono mais relaxado, como de camomila ou de erva-cidreira. Já para a ansiedade, abacate, banana e castanhas são muito bons”, complementa.
O nutricionista destaca ainda a importância de manter a higienização do sono, que deve ser de baixa luminosidade. Ele também indica uma alimentação focada em alimentos in natura e que dispense os industrializados. “É importante diminuir a quantidade de açúcares, pães, massas e industrializados e focar em uma alimentação de verdade, rica em frutas, legumes, ovos, carnes e peixes”, finaliza.
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