Presidente da Comissão de Saúde e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Pernambuco, a deputada Roberta Arraes questionou na reunião plenária da manhã de hoje (27), a reabertura das atividades econômicas em Pernambuco, de que forma acontecerá esse retorno e afirmou que pretende discutir no âmbito na comissão sobre o tema, como todos os cuidados de prevenção necessários para isso.
Para a parlamentar, é preciso discutir o tema com bastante cautela, analisar todas as medidas e precauções para que não aja um segundo pico do vírus no estado.
“Precisamos estar preparados para quando chegar a data dessa retomada, sabermos as necessidades do mundo pós-pandemia.
Por isso, é preciso o quanto antes, conscientizarmos melhor as empresas, comerciantes e toda a população.
A deputada que está fazendo um importante trabalho frente a comissão, por toda semana convidar um participante para debater sobre o COVID-19, nas reuniões remotas, afirmou que irá convocar representantes do Governo do Estado e empresas para discutir na próxima reunião do colegiado essa questão do retorno das atividades.
“Precisamos pensar, elaborar boas ações e sobretudo, nos espelhar em cidades e países que estão conseguindo reabrir sem novos surtos”, finalizou Roberta.
28 maio 2020
Recife no alvo
O primeiro Estado a ser alvo de investigações da Polícia Federal sobre possíveis fraudes com os recursos destinados à Covid-19 foi o Rio de Janeiro. No entanto, hoje a cidade do Recife se tornou o principal alvo. Conforme aqui já foi amplamente noticiado, dados levantados pela deputada Priscila Krause (DEM) mostram cifras que somam mais de R$ 670 milhões em contratações sem licitação.
A falta de transparência está colocando os órgãos de controle e a Polícia Federal no encalço do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB). Filhote bastardo do ex-governador Eduardo Campos, que pregou honestidade a vida inteira e morreu afundado em denúncias de corrupção, Geraldo parece estar no mesmo caminho. Tudo para eleger o chamado “Príncipe” João Campos (PSB). Esse sim, filho biológico.
Priscila: PCR comprou material para intubação 376% mais caro
A deputada estadual Priscila Krause (DEM) anunciou, durante sessão plenária remota da Assembleia Legislativa de Pernambuco, na manhã de hoje, a notificação dos órgãos de controle federais e estaduais pela aquisição, via dispensa de licitação, pela Secretaria de Saúde do Recife, de 11.288 unidades de Sistemas Fechados de Aspiração Traqueal, material de consumo utilizado nos procedimentos de intubação de pacientes (leitos de UTI). O prejuízo aos cofres públicos, considerando apenas o sobrepreço, pode somar pelo menos R$ 3,4 milhões.
De acordo com a parlamentar, são vários os indícios de irregularidades no procedimento de aquisição, entre eles o sobrepreço no valor unitário (R$ 430,00), 376% acima da média nacional – compras também realizadas durante o período da pandemia -, quantidade superestimada de itens, fornecimento realizado por duas empresas de pequeno porte localizadas no mesmo endereço, pelo mesmo preço, e duplicidade de compras no mesmo âmbito, já que há registros de aquisições do mesmo material, a um preço 75% inferior, nesse exato período, pela Organização Social gestora do Hospital do Mulher do Recife, pertencente à rede municipal. A unidade é onde funcionam pelo menos 31 leitos de UTI para coronavírus - cerca de um terço dos disponibilizados até aqui pela administração municipal. As 11.288 unidades estão empenhadas e liquidadas, já tendo sido oficialmente pagos R$ 2,21 milhões.
Os valores unitários praticados por outros entes federativos para a aquisição desses sistemas fechados de aspiração, materiais descartáveis apresentados em formato de sondas, variam entre R$ 45,00 (Governo do Ceará) e R$ 155,46 (Governo do Rio de Janeiro). Conforme informações publicadas pelo governo de Pernambuco no seu Portal da Transparência – na seção sobre gastos com coronavírus -, a administração estadual adquiriu esse item de diversos fornecedores a preços que variaram em torno de R$ 128,00. A Prefeitura de João Pessoa, vizinha da capital pernambucana, adquiriu emergencialmente os sistemas fechados a preços que variam entre R$ 80,00 e R$ 141,00.
“É preciso que fique claro qual a motivação dessa compra tão representativa do ponto de vista de despesa, de preço e de quantidade, num curtíssimo espaço de tempo, sabendo que esse é um material usado exclusivamente nos leitos de UTI com respirador, que o Recife até aqui só tem pouco mais de cem à disposição, pouquíssimos na rede diretamente administrada pela Secretaria. Ainda mais porque se trata de um insumo que cabe às próprias Organizações Sociais gestoras de cada hospital provisório comprar, como no caso do Hospital da Mulher do Recife, que comprou no dia dois de abril mil e quinhentas unidades a cento e dez reais cada. Além da diferença de preço dentro da mesma administração, que nos deixa bastante alarmados, há claros indícios de que a quantidade está superestimada. Não pode haver duplicidade”, registrou.
As informações disponibilizadas até ontem pela Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco apontam que a rede estadual de saúde adquiriu, até ontem, 1.973 unidades do sistema fechado, cerca de um sexto da compra realizada pela Prefeitura da capital pernambucana. O município de São Paulo contabiliza, via contratações emergenciais, aquisições que totalizam 5,3 mil unidades a R$ 150,00 cada, enquanto a Prefeitura de João Pessoa, por exemplo, adquiriu 1,3 mil unidades desse material ao preço médio de R$ 92,61 cada. Aquisições realizadas pelo governo federal, via Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), que administra os hospitais universitários, também registram preço significativamente mais baixo: R$ 69,20. A lei federal 13.979, que trata das dispensas de licitação para contratações emergências no sentido de combater o coronavírus, explicita claramente que as dispensas precisam corresponder às quantidades fundamentadas na necessidade emergencial daquela gestão.
Foram enviados ofícios solicitando apuração e tomada de medidas cabíveis à Controladoria-Geral da União, ao Ministério Público Federal, ao Ministério Público do Estado de Pernambuco e ao Ministério Público de Contas do Estado de Pernambuco.
Priscila: PCR comprou material para intubação 376% mais caro
A deputada estadual Priscila Krause (DEM) anunciou, durante sessão plenária remota da Assembleia Legislativa de Pernambuco, na manhã de hoje, a notificação dos órgãos de controle federais e estaduais pela aquisição, via dispensa de licitação, pela Secretaria de Saúde do Recife, de 11.288 unidades de Sistemas Fechados de Aspiração Traqueal, material de consumo utilizado nos procedimentos de intubação de pacientes (leitos de UTI). O prejuízo aos cofres públicos, considerando apenas o sobrepreço, pode somar pelo menos R$ 3,4 milhões.
De acordo com a parlamentar, são vários os indícios de irregularidades no procedimento de aquisição, entre eles o sobrepreço no valor unitário (R$ 430,00), 376% acima da média nacional – compras também realizadas durante o período da pandemia -, quantidade superestimada de itens, fornecimento realizado por duas empresas de pequeno porte localizadas no mesmo endereço, pelo mesmo preço, e duplicidade de compras no mesmo âmbito, já que há registros de aquisições do mesmo material, a um preço 75% inferior, nesse exato período, pela Organização Social gestora do Hospital do Mulher do Recife, pertencente à rede municipal. A unidade é onde funcionam pelo menos 31 leitos de UTI para coronavírus - cerca de um terço dos disponibilizados até aqui pela administração municipal. As 11.288 unidades estão empenhadas e liquidadas, já tendo sido oficialmente pagos R$ 2,21 milhões.
Os valores unitários praticados por outros entes federativos para a aquisição desses sistemas fechados de aspiração, materiais descartáveis apresentados em formato de sondas, variam entre R$ 45,00 (Governo do Ceará) e R$ 155,46 (Governo do Rio de Janeiro). Conforme informações publicadas pelo governo de Pernambuco no seu Portal da Transparência – na seção sobre gastos com coronavírus -, a administração estadual adquiriu esse item de diversos fornecedores a preços que variaram em torno de R$ 128,00. A Prefeitura de João Pessoa, vizinha da capital pernambucana, adquiriu emergencialmente os sistemas fechados a preços que variam entre R$ 80,00 e R$ 141,00.
“É preciso que fique claro qual a motivação dessa compra tão representativa do ponto de vista de despesa, de preço e de quantidade, num curtíssimo espaço de tempo, sabendo que esse é um material usado exclusivamente nos leitos de UTI com respirador, que o Recife até aqui só tem pouco mais de cem à disposição, pouquíssimos na rede diretamente administrada pela Secretaria. Ainda mais porque se trata de um insumo que cabe às próprias Organizações Sociais gestoras de cada hospital provisório comprar, como no caso do Hospital da Mulher do Recife, que comprou no dia dois de abril mil e quinhentas unidades a cento e dez reais cada. Além da diferença de preço dentro da mesma administração, que nos deixa bastante alarmados, há claros indícios de que a quantidade está superestimada. Não pode haver duplicidade”, registrou.
As informações disponibilizadas até ontem pela Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco apontam que a rede estadual de saúde adquiriu, até ontem, 1.973 unidades do sistema fechado, cerca de um sexto da compra realizada pela Prefeitura da capital pernambucana. O município de São Paulo contabiliza, via contratações emergenciais, aquisições que totalizam 5,3 mil unidades a R$ 150,00 cada, enquanto a Prefeitura de João Pessoa, por exemplo, adquiriu 1,3 mil unidades desse material ao preço médio de R$ 92,61 cada. Aquisições realizadas pelo governo federal, via Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), que administra os hospitais universitários, também registram preço significativamente mais baixo: R$ 69,20. A lei federal 13.979, que trata das dispensas de licitação para contratações emergências no sentido de combater o coronavírus, explicita claramente que as dispensas precisam corresponder às quantidades fundamentadas na necessidade emergencial daquela gestão.
Foram enviados ofícios solicitando apuração e tomada de medidas cabíveis à Controladoria-Geral da União, ao Ministério Público Federal, ao Ministério Público do Estado de Pernambuco e ao Ministério Público de Contas do Estado de Pernambuco.
Respiradores encontrados não serão comercializados
A Polícia Federal deflagrou, hoje, a segunda fase da Operação Apneia, que decorre de investigação de irregularidades em contratos celebrados por meio de dispensas de licitação pela Prefeitura de Recife, através da Secretaria de Saúde, para aquisição de 500 respiradores pulmonares em caráter emergencial, para combate à pandemia de Covid-19 no município. A ação contou com a participação do Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União.
Foram realizadas diligências nos estados de São Paulo e Pernambuco. Em Recife, os policiais cumpriram dois mandados de busca e apreensão, nos bairros do Recife e Espinheiro.
Segundo as investigações, empresas com débitos com a União superiores a R$ 9 milhões se utilizaram de uma microempresa fantasma, constituída em nome da ex-companheira do proprietário de fato, para contratar com a PCR, uma vez que firmas com débitos com fiscais ou previdenciários não podem firmar contratos com entes da administração pública. Diligências policiais revelaram que a firma contratada não existe de fato em seu endereço de cadastro, além de não ter funcionários ou bens em seu nome.
O total contratado com a Prefeitura de Recife ultrapassava o patamar de R$ 11 milhões, ao passo que a empresa fictícia tinha um suposto capital social de apenas R$ 50 mil e não poderia faturar mais que R$ 360 mil por ano.
A empresa chegou a fornecer 35 respiradores à PCR, contudo o contrato foi desfeito no dia 22 de maio de 2020, um dia após notícias sobre as irregularidades serem divulgadas na imprensa.
Outro fato que chama a atenção é que os respiradores sequer foram utilizados pela Secretaria de Saúde da edilidade, apesar de estarem há semanas na sua posse, mesmo com a notória demanda pela utilização desse equipamento e diante de uma verdadeira corrida por bens dessa natureza.
Documento expedido por órgão da pasta e utilizado como justificativa para o distrato informa que a fornecedora não comprovou a homologação da Anvisa. Ao mesmo tempo, em conta de rede social do proprietário da fabricante dos respiradores, observou-se que os aparelhos, ao menos até o início do mês de maio do presente ano (quando já haviam sido entregues unidades à PCR), teriam sido testados somente em animais.
Durante a deflagração da primeira fase da operação, realizada em sigilo na última segunda-feira, a PF constatou que, dos 35 respiradores recebidos pelo preposto da empresa fornecedora, apenas 25 se encontravam em depósito, tendo os demais sido comercializados.
Há indícios de que um dos aparelhos tenha sido adquirido por prefeitura do interior do estado pelo triplo do valor que constava no contrato com a Prefeitura de Recife.
A Justiça Federal determinou que os respiradores encontrados pela PF não sejam comercializados ou transportados para outras localidades até a realização das auditorias pertinentes.
Os envolvidos podem responder pelos crimes de dispensa indevida de licitação (Art. 89 da Lei 8.666/93), uso de documento falso (Art. 304 do CPB), além de sonegação fiscal (Art. 1º da lei nº 8.137/93) e previdenciária (Art. 337-A do CPB) e ainda associação criminosa (Art. 288 do CPB), sem prejuízo de outros delitos que venham a ser apurados no decorrer da investigação.
Repúdio nacional aos ataques ao Ministério Público
NOTA DE DESAGRAVO
A Associação Nacional do Ministério Público de Contas (AMPCON) e o Conselho Nacional de Procuradores Gerais de Contas (CNPGC) vêm a público se manifestar em DESAGRAVO ao Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO), em razão de o órgão estar sofrendo ataques após ter investigado a compra, por dispensa emergencial de licitação, de respiradores pela Prefeitura do Recife.
Deve ficar claro que, no caso, o MPCO atuou no estrito cumprimento das regras legais e regimentais aplicáveis, ao formular sua representação perante o Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Outrossim, diante de referida aquisição estar sendo amplamente questionada em âmbito local, o MPCO teve a boa prática de informar à sociedade, através dos meios regulares de comunicação, sobre sua atuação, corolário da transparência que deve reger os gastos públicos e da tempestividade que se espera do funcionamento dos órgãos de controle.
É significativo, para constatar a correção dos trabalhos do MPCO, que a Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), tenham deflagrado, nesta quinta-feira (28), operação que visa justamente a apurar possíveis ilícitos perpetrados na compra em questão.
Assim, as entidades que assinam esta nota vêm DESAGRAVAR a escorreita atuação do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO) no episódio. O ataque ao Ministério Público de Contas, pelo simples e imprescindível exercício de suas funções, é intolerável e não se coaduna com o respeito institucional que deve prevalecer num Estado Democrático de Direito.
Brasília, 28 de maio de 2020.
DIRETORIAS DA AMPCON E DO CNPGC
“Acabou, porra”, desabafa Bolsonaro ao STF
O presidente Jair Bolsonaro voltou a se pronunciar, hoje, sobre a operação da Polícia Federal que, ontem, cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a empresários e blogueiros que apoiam o governo. A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes dentro do inquérito que investiga ataques contra a corte, o financiamento e a disseminação de informações falsas na internet.
Bolsonaro criticou fortemente a operação e, em um dos momentos de sua fala, disse que "as coisas têm um limite". Na sequência, sem citar nomes, o presidente usou um palavrão para dizer que não vai mais admitir "atitude de certas pessoas, individuais".
"As coisas têm um limite. Ontem foi o último dia. Eu peço a deus que ilumine as poucas pessoas que ousam se julgar melhor e mais poderosas do que os outros, que se coloquem no seu devido lugar, que nós respeitamos e dizemos mais: não podemos falar em democracia sem um Judiciário independente, sem um Legislativo também independente, para que possam tomar decisões, não monocraticamente por vezes, mas as questões que interessam ao povo como um todo, que tomem, mas de modo que seja ouvido o colegiado. Acabou, porra! Me desculpem o desabafo. Acabou! Não dá para admitir mais atitudes de certas pessoas individuais, tomando de forma quase que pessoal certas ações”.
Bolsonaro fez as declarações na manhã desta quinta em frente ao Palácio da Alvorada. Foi segunda vez que ele se pronunciou sobre a operação da PF.
Na noite de quarta, por meio de uma rede social, o presidente afirmou que "algo de muito grave está acontecendo com nossa democracia" e que "cidadãos de bem" haviam sido alvo dos mandados de busca e apreensão.
Também na quarta, um dos filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), cogitou, durante uma live, a necessidade de adoção de "medida enérgica" pelo pai. O deputado falou ainda em "momento de ruptura" e disse que a questão não é de "se", mas, sim, de "quando" isto vai ocorrer.
Na fala desta quinta, Bolsonaro começou dizendo que a liberdade de expressão é "algo sagrado" e que a mídia tradicional e as redes sociais precisam conviver.
Em seguida, o presidente afirmou que o processo no STF, que ficou conhecido como "inquérito das fake news", que atinge aliados seus, foi criado "em cima de um factoide". Ele se refere à informação de que existe na Presidência da República um "gabinete do ódio", responsável por produzir ataques na internet contra desafetos do presidente e de sua família.
"Dizer a vocês que inventaram o nome do gabinete do ódio, alguns acreditaram e outros foram além: abrir processo no tocante a isso. Não pode um processo começar em cima de um factoide. Em cima de uma fake news. Respeitamos os demais poderes, mas não abrimos mão que nos respeitem também."
Bolsonaro afirmou que, na operação de quarta, a PF invadiu "casas de pessoas inocentes, submetendo-as a humilhações perante esposas e filhos". Segundo o presidente, o que ocorreu "é inadmissível". Ele disse esperar que providências sejam tomadas para corrigir a ação.
“Todos nós, em nossos poderes, temos aquelas pessoas que extrapolam. Comigo, quando acontece, eu tomo a providência, espero que o mesmo aconteça com os demais poderes”.
Feitosa diz que se sente envergonhado
Nota oficial
“É triste e lamentável ler notícias que a Prefeitura da Cidade do Recife, hoje, vira alvo de investigações da Polícia Federal, principalmente por suspeita de má aplicação de recursos que deveriam salvar vidas e serem utilizados para o enfrentamento ao Covid-19 e a Pandemia que amedronta e parou o mundo. Como recifense e homem público, me sinto envergonhado e peço celeridade na apuração e total esclarecimento de todos os fatos”.
Alberto Feitosa – deputado estadual pelo PSC
18 maio 2020
Segunda parcela de R$ 600 do auxílio emergencial começa a ser paga nesta segunda-feira
O calendário publicado na sexta-feira vale para as pessoas que receberam a primeira parcela até o dia de 30 de abril de 2020
Começa, nesta segunda-feira (18), o pagamento da segunda parcela de R$ 600 do auxílio emergencial. O Ministério da Cidadania divulgou o calendário na última sexta-feira (15). O benefício é pago em três parcelas, destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados que perderam renda por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Ao todo, cerca de 50 milhões de pessoas estão inscritas no programa. O benefício é pago para trabalhadores informais e pessoas de baixa renda, inscritos do cadastro social do governo e no Bolsa Família.
O calendário publicado na sexta-feira vale para as pessoas que receberam a primeira parcela até o dia de 30 de abril de 2020.
Veja as datas de pagamento da segunda parcela do auxílio:
Recebimento em Poupança Social
Nestas datas, os recursos estarão disponíveis apenas para o pagamento de contas, de boletos e para realização de compras por meio de cartão de débito virtual.
-Nascidos em janeiro ou fevereiro: 20 de maio
-Nascidos em março ou abril: 21 de maio
-Nascidos em maio ou junho: 22 de maio
-Nascidos em julho ou agosto: 23 de maio
-Nascidos em setembro ou outubro: 25 de maio
-Nascidos em novembro ou dezembro: 26 de maio
Saque em espécie para beneficiários do Bolsa Família
NIS 1: 18 de maio
NIS 2: 19 de maio
NIS 3: 20 de maio
NIS 4: 21 de maio
NIS 5: 22 de maio
NIS 6: 25 de maio
NIS 7: 26 de maio
NIS 8: 27 de maio
NIS 9: 28 de maio
NIS 0: 29 de maio
Saque em espécie para Poupança Social e demais públicos
Nascidos em janeiro: 30 de maio
Nascidos em fevereiro: 1º de junho
Nascidos em março: 2 de junho
Nascidos em abril: 3 de junho
Nascidos em maio: 4 de junho
Nascidos em junho: 5 de junho
Nascidos em julho: 6 de junho
Nascidos em agosto: 8 de junho
Nascidos em setembro: 9 de junho
Nascidos em outubro: 10 de junho
Nascidos em novembro: 12 de junho
Nascidos em dezembro: 13 de junho
FONTE: Agência Brasil
SAÚDE - CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE TERÁ NOVA ETAPA A PARTIR DE SEGUNDA
A terceira fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe encerrará, neste domingo (17), a primeira de suas duas etapas tem como público-alvo, pessoas com deficiência; crianças de 6 meses a menores de 6 anos; gestantes e mães no pós-parto até 45 dias.
No caso das mães que se encontram no período pós-parto, o ministério informa ser necessária a apresentação de um documento que comprove o puerpério (certidão de nascimento, cartão da gestante, documento do hospital onde ocorreu o parto, entre outros).
A segunda etapa da terceira fase vai de 18 de maio até 5 de junho. Nela serão incluídos professores de escolas públicas e privadas e adultos de 55 a 59 anos de idade. A exemplo das demais fases, a meta do governo é vacinar pelo menos 90% de cada um desses grupos. Na terceira fase, a meta é imunizar 36,1 milhões de pessoas do grupo prioritário.
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De acordo com o balanço mais atualizado do Ministério da Saúde, 60,5% do grupo prioritário havia sido vacinado contra a influenza nas duas primeiras fases da campanha, o que corresponde a um total de 39,6 milhões de doses da vacina aplicadas.
Para evitar sobreposição com relação ao número de pessoas vacinadas, o percentual divulgado pelo ministério não inclui os grupos de pessoas com comorbidades, membros das forças de segurança e salvamento, caminhoneiros, motoristas e cobradores de transportes coletivos, trabalhadores portuários e o público relacionado com o sistema prisional, uma vez que, nesses quantitativos, o que se tem são estimativas populacionais.
“O quantitativo desse público é uma estimativa e pode haver sobreposição a partir de pessoas que integram diferentes grupos prioritários, por exemplo, ser caminhoneiro (público-alvo da segunda fase) e idoso (público-alvo da primeira fase). Assim, é possível informar apenas o número de doses, de fato, aplicadas da vacina contra a gripe nestes grupos que foi 7,5 milhões”, explicou o Ministério da Saúde em e-mail enviado à Agência Brasil.
Fases anteriores
Em levantamento divulgado no início da semana, o ministério informou ter distribuído 63,2 milhões de doses da vacina. Até então, na segunda fase da campanha iniciada em 16 de abril e encerrada no dia 8 de maio, apenas 36% (ou 5,6 milhões de pessoas) do público-alvo foram vacinados. O número era 10 milhões inferior ao total de pessoas do grupo pretendido.
A segunda fase da campanha teve como público-alvo povos indígenas, caminhoneiros, motoristas e cobradores de transportes coletivos, trabalhadores portuários, membros das forças de segurança e salvamento; pessoas com doenças crônicas e outras condições clínicas especiais; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas; população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.
Na primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação, dirigida a idosos com 60 anos ou mais e a trabalhadores da saúde, mais de 18,9 milhões de idosos foram vacinados, o que corresponde a 90,66% deste público.
Fonte - Agência Brasil
Brasil ultrapassa 240 mil infectados e 16 mil mortes pela Covid-19
Após ultrapassar o número total de casos confirmados da Covid-19 de França e Espanha, o Brasil, neste domingo (17), registrou 7.938 novos casos da doença, chegando a 241.080 pessoas com diagnóstico confirmado. Também foram documentadas 485 novas mortes pela Covid-19 no país, acumulando 16.118 vidas perdidas.
No sábado, o Brasil havia registrado 14.919 novas confirmações de infecção e 816 novas mortes, levando o total oficial a 233.142 casos confirmados e 15.633 mortes desde o início da pandemia no país, em fevereiro. Domingos e segunda-feiras costumam ser marcados por um menor número de casos, pois os registros são mais lentos no final de semana.
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O país não tem conseguido manter as taxas de isolamento social que, no começo da pandemia, ajudaram a evitar uma explosão de casos, segundo especialistas. Neste domingo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a participar de um ato com aglomeração em Brasília. Tem sido constante o apoio de Bolsonaro a tais manifestações, ignorando o risco de contaminação das pessoas ali presentes.
"Manifestação pura da democracia. Estou muito honrado com isso. O governo federal tem dado todo o apoio para atender as pessoas que contraíram o vírus e esperamos brevemente ficar livre dessa questão, para o bem de todos nós. O Brasil, tenho certeza, certeza, voltará mais forte", declarou Bolsonaro.
Na mesma semana em que registrou em apenas sete dias um aumento superior a 50% do total de mortes acumuladas, o país também perdeu o segundo ministro da Saúde em um mês. Nelson Teich pediu demissão na sexta-feira (15) após ser pressionado pelo presidente a ampliar o protocolo de uso da cloroquina, medicamento sem eficácia comprovada no combate à Covid-19 e com riscos associados.
É importante manter uma rotina equilibrada durante a quarentena, alertam especialistas
Com quarentena em vigor, população enfrenta desafios no cumprimento de hábitos que eram comuns no dia a dia. Saiba como se adequar
É o caso de Thammy Dantas, que tem sentido na pele a ausência de uma rotina. Desde o ano passado, a estudante convive com as crises de ansiedade. Além das consultas com o psicólogo e da medicação, ela precisava de alguma atividade ao ar livre. Agora, sem poder sair de casa, Thammy relata que não tem mais horário certo para nada. “Às vezes, eu acordo às 12h ou 13h. Fico vendo filme madrugada adentro e, quando acordo, já é ou passou da hora do almoço. Café da manhã eu nem tomo mais” conta. Thammy diz que sente como se estivesse perdendo os dias. “Sempre olho pela janela, e o tempo parece estar parado. Quando tento fazer alguma atividade física dentro de casa, acabo desistindo por não ter concentração suficiente” relata. “As únicas coisas que ainda consigo fazer são ler e ouvir música. Tinha uma lista de livros acumulados, então voltei a ler. E ouço bastante música, tento descobrir coisas novas, novas bandas” continua.
[PODCAST] Insônia e pesadelo podem aumentar em época de pandemia, de acordo com a médica neurologista e especialista em sono, Denise Carvalho, do Centro de Neurologia e Medicina do Sono (Censore)
Quem também tem sofrido com esse período é Marina Barbosa. A estudante de odontologia, que tinha uma rotina cheia e com horários definidos antes do isolamento social, afirma que também tem a sensação de dia perdido. "Eu tenho trocado o dia pela noite. Durmo depois das quatro horas da madrugada e acordo às 16h. Não ter com o que me ocupar também contribui com essa sensação", pontua. Apesar disso, Marina tem se esforçado para regular os seus horários. “Tenho tentado acordar razoavelmente cedo com a ajuda do despertador, mas tem sido difícil, porque passo o dia com muito sono. Como estou sem atividades teóricas da faculdade, me dedico a cursos online, mas não é a mesma coisa”, revela.
Mas nem todo mundo está passando por isso. Anderson Santana, por exemplo, afirma que está com todos os hábitos mantidos. "Acordo umas 7h ou 8h e vou dormir, no máximo, de meia-noite. As refeições também tenho realizado nos horários convencionais", descreve. O auxiliar-administrativo enxerga de forma positiva estar em dia com a sua rotina. “Acho que quando isso tudo passar, eu terei pouca dificuldade para voltar ao normal”, destaca.
Alimentação
Sobre a importância de manter o horário das refeições, o nutricionista Carlos Eduardo Paiva ratifica o que disse o neurocirurgião João Gabriel Gomes. Segundo Paiva, uma alimentação desregulada pode estar vinculada a quadros de insônia e ansiedade. Para ele, é fundamental realizar o café da manhã, o almoço e a janta nos horários adequados. “Nosso corpo funciona através do ciclo circadiano, o responsável por reger os hormônios, liberando a melatonina para dormir e o cortisol para despertar”, explica. “É muito importante tentar fazer a última refeição antes das 20h, porque a partir desse horário, a melatonina, o hormônio que dá relaxamento ideal para o sono, começa a ser liberada. Além disso, alguns chás podem estimular e induzir o indivíduo a ter o sono mais relaxado, como de camomila ou de erva-cidreira. Já para a ansiedade, abacate, banana e castanhas são muito bons”, complementa.
O nutricionista destaca ainda a importância de manter a higienização do sono, que deve ser de baixa luminosidade. Ele também indica uma alimentação focada em alimentos in natura e que dispense os industrializados. “É importante diminuir a quantidade de açúcares, pães, massas e industrializados e focar em uma alimentação de verdade, rica em frutas, legumes, ovos, carnes e peixes”, finaliza.
Durante a quarentena, tem crescido o número de pessoas que se queixam de ter perdido a rotina ou de não conseguir cumprir hábitos que eram comuns no dia a dia. Insônia, sono desregulado, alimentação fora de hora e desequilibrada… Será que seguir - ou ao menos tentar - o mesmo padrão de hábitos que se tinha antes do isolamento social é positivo para atravessar esse período? De acordo com o neurocirurgião João Gabriel Gomes, a resposta é sim. “Manter a rotina de dormir, acordar, realizar as refeições e exercícios em horários definidos é fundamental para garantir o funcionamento básico do nosso corpo”, explica. No entanto, Gomes ressalta: “rotina não significa mesmice”. Segundo o especialista, é importante variar as atividades que estão sendo realizadas.
Ele conta que muitas pessoas estão trocando o dia pela noite e alerta para o perigo que isso pode causar ao corpo. “A insônia pode causar uma diminuição na imunidade, principalmente nessa época de pandemia, e o indivíduo fica mais propenso a pegar doenças”, diz. “Além disso, quando uma pessoa não tem um sono reparador, fica mais irritada, ansiosa e tem alterações do humor, o que pode culminar em uma depressão”, complementa. Gomes relata ainda que tem crescido o número de pacientes, de todas as faixas etárias, com ansiedade, transtornos de humor e dificuldades em manter a rotina do sono.
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Ele conta que muitas pessoas estão trocando o dia pela noite e alerta para o perigo que isso pode causar ao corpo. “A insônia pode causar uma diminuição na imunidade, principalmente nessa época de pandemia, e o indivíduo fica mais propenso a pegar doenças”, diz. “Além disso, quando uma pessoa não tem um sono reparador, fica mais irritada, ansiosa e tem alterações do humor, o que pode culminar em uma depressão”, complementa. Gomes relata ainda que tem crescido o número de pacientes, de todas as faixas etárias, com ansiedade, transtornos de humor e dificuldades em manter a rotina do sono.
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Como manter uma gestação segura durante a pandemia do novo coronavírus
[PODCAST] Insônia e pesadelo podem aumentar em época de pandemia, de acordo com a médica neurologista e especialista em sono, Denise Carvalho, do Centro de Neurologia e Medicina do Sono (Censore)
Quem também tem sofrido com esse período é Marina Barbosa. A estudante de odontologia, que tinha uma rotina cheia e com horários definidos antes do isolamento social, afirma que também tem a sensação de dia perdido. "Eu tenho trocado o dia pela noite. Durmo depois das quatro horas da madrugada e acordo às 16h. Não ter com o que me ocupar também contribui com essa sensação", pontua. Apesar disso, Marina tem se esforçado para regular os seus horários. “Tenho tentado acordar razoavelmente cedo com a ajuda do despertador, mas tem sido difícil, porque passo o dia com muito sono. Como estou sem atividades teóricas da faculdade, me dedico a cursos online, mas não é a mesma coisa”, revela.
Mas nem todo mundo está passando por isso. Anderson Santana, por exemplo, afirma que está com todos os hábitos mantidos. "Acordo umas 7h ou 8h e vou dormir, no máximo, de meia-noite. As refeições também tenho realizado nos horários convencionais", descreve. O auxiliar-administrativo enxerga de forma positiva estar em dia com a sua rotina. “Acho que quando isso tudo passar, eu terei pouca dificuldade para voltar ao normal”, destaca.
Alimentação
Sobre a importância de manter o horário das refeições, o nutricionista Carlos Eduardo Paiva ratifica o que disse o neurocirurgião João Gabriel Gomes. Segundo Paiva, uma alimentação desregulada pode estar vinculada a quadros de insônia e ansiedade. Para ele, é fundamental realizar o café da manhã, o almoço e a janta nos horários adequados. “Nosso corpo funciona através do ciclo circadiano, o responsável por reger os hormônios, liberando a melatonina para dormir e o cortisol para despertar”, explica. “É muito importante tentar fazer a última refeição antes das 20h, porque a partir desse horário, a melatonina, o hormônio que dá relaxamento ideal para o sono, começa a ser liberada. Além disso, alguns chás podem estimular e induzir o indivíduo a ter o sono mais relaxado, como de camomila ou de erva-cidreira. Já para a ansiedade, abacate, banana e castanhas são muito bons”, complementa.
O nutricionista destaca ainda a importância de manter a higienização do sono, que deve ser de baixa luminosidade. Ele também indica uma alimentação focada em alimentos in natura e que dispense os industrializados. “É importante diminuir a quantidade de açúcares, pães, massas e industrializados e focar em uma alimentação de verdade, rica em frutas, legumes, ovos, carnes e peixes”, finaliza.
Bolsonaro participa de novo ato enquanto Brasil passa dos 16 mil mortos
Sempre minimizando a doença que já matou mais de 300 mil pessoas no mundo, Bolsonaro também usou suas redes sociais para questionar políticas de confinamento
Bolsonaro não comentou a renúncia do ex-ministro da saúde Nelson Teich, que deixou o governo na sexta-feira sem cumprir nem um mês no cargo devido a "incompatibilidades" com o presidente, segundo informou uma fonte do gabinete à AFP. O Ministério da Saúde está interinamente sob o comando do general Eduardo Pazuello.
Sempre minimizando a doença que já matou mais de 300 mil pessoas no mundo, Bolsonaro usou suas redes sociais neste fim de semana para continuar questionando as políticas de confinamento e elogiar o uso da cloroquina como tratamento contra a Covid-19, sem comentar os trágicos números do país.
Simpatizantes de Bolsonaro também fizeram carreatas em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Leia também:Brasil ultrapassa 240 mil infectados e 16 mil mortes pela Covid-19
Com presença de ministros, Bolsonaro acena para seus apoiadores em Brasília
O Brasil totaliza 241.080 casos e 16.118 mortes por Covid-19. Vários governadores e prefeitos relatam altas taxas de ocupação das unidades de terapia intensiva (UTIs), o que ameaça um colapso do sistema público de saúde.
Na cidade de São Paulo, epicentro da doença no país, com mais de 35.000 casos e quase 3.000 mortes até este domingo, o secretário municipal de Saúde informou que as mortes aumentaram 432% em cinco semanas e alertou que o sistema de saúde da cidade pode entrar em colapso em 15 dias se esses índices continuarem a subir.
Governadores e prefeitos defendem as medidas de confinamento, mas são confrontados por Bolsonaro. O Judiciário decidiu a favor do direito constitucional das autoridades estaduais e municipais de decidir sobre medidas restritivas para enfrentar a crise da saúde.
Seguidores de Bolsonaro realizaram manifestações, com a presença do presidente, atacando o Legislativo e o Supremo Tribunal Federal, ou pedindo uma intervenção militar e o fechamento do Congresso. Neste clima de tensão política, seis ex-ministros da Defesa lançaram um manifesto neste domingo pedindo às Forças Armadas para condenar os pedidos de intervenção militar.
"Qualquer apelo e estímulo às instituições armadas para a quebra da legalidade democrática - oriundos de grupos desorientados - merecem a mais veemente condenação", diz o texto assinado por Aldo Rebelo, Celso Amorim, Jaques Wagner, José Viegas Filho, Nelson Jobim e Raul Jungmann, ex-ministros dos governos Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), Dilma Rousseff (2011-2016) e Michel Temer (2016-2018).
O presidente Jair Bolsonaro participou neste domingo (17) de outra manifestação em Brasília, no momento em que o Brasil, o quarto com mais casos de Covid-19 no mundo, ultrapassa a marca dos 16 mil mortos pela doença.
Acompanhado de perto por vários de seus ministros, Bolsonaro cumprimentou centenas de seguidores que se aglomeraram em frente ao Palácio do Planalto com bandeiras do Brasil, cornetas, alto-falantes e cartazes com seu nome e a favor do uso da hidroxicloroquina para tratar o novo coronavírus, entre outras mensagens.
"É muito gratificante receber uma manifestação de apoio (...) Fortalece a todos nós", disse Bolsonaro após se aproximar de seus seguidores, separados apenas por grades. Tudo foi transmitido ao vivo nas redes sociais do presidente.
Acompanhado de perto por vários de seus ministros, Bolsonaro cumprimentou centenas de seguidores que se aglomeraram em frente ao Palácio do Planalto com bandeiras do Brasil, cornetas, alto-falantes e cartazes com seu nome e a favor do uso da hidroxicloroquina para tratar o novo coronavírus, entre outras mensagens.
"É muito gratificante receber uma manifestação de apoio (...) Fortalece a todos nós", disse Bolsonaro após se aproximar de seus seguidores, separados apenas por grades. Tudo foi transmitido ao vivo nas redes sociais do presidente.
Sempre minimizando a doença que já matou mais de 300 mil pessoas no mundo, Bolsonaro usou suas redes sociais neste fim de semana para continuar questionando as políticas de confinamento e elogiar o uso da cloroquina como tratamento contra a Covid-19, sem comentar os trágicos números do país.
Simpatizantes de Bolsonaro também fizeram carreatas em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Leia também:Brasil ultrapassa 240 mil infectados e 16 mil mortes pela Covid-19
Com presença de ministros, Bolsonaro acena para seus apoiadores em Brasília
O Brasil totaliza 241.080 casos e 16.118 mortes por Covid-19. Vários governadores e prefeitos relatam altas taxas de ocupação das unidades de terapia intensiva (UTIs), o que ameaça um colapso do sistema público de saúde.
Na cidade de São Paulo, epicentro da doença no país, com mais de 35.000 casos e quase 3.000 mortes até este domingo, o secretário municipal de Saúde informou que as mortes aumentaram 432% em cinco semanas e alertou que o sistema de saúde da cidade pode entrar em colapso em 15 dias se esses índices continuarem a subir.
Governadores e prefeitos defendem as medidas de confinamento, mas são confrontados por Bolsonaro. O Judiciário decidiu a favor do direito constitucional das autoridades estaduais e municipais de decidir sobre medidas restritivas para enfrentar a crise da saúde.
Seguidores de Bolsonaro realizaram manifestações, com a presença do presidente, atacando o Legislativo e o Supremo Tribunal Federal, ou pedindo uma intervenção militar e o fechamento do Congresso. Neste clima de tensão política, seis ex-ministros da Defesa lançaram um manifesto neste domingo pedindo às Forças Armadas para condenar os pedidos de intervenção militar.
"Qualquer apelo e estímulo às instituições armadas para a quebra da legalidade democrática - oriundos de grupos desorientados - merecem a mais veemente condenação", diz o texto assinado por Aldo Rebelo, Celso Amorim, Jaques Wagner, José Viegas Filho, Nelson Jobim e Raul Jungmann, ex-ministros dos governos Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), Dilma Rousseff (2011-2016) e Michel Temer (2016-2018).
Pernambuco atinge maior índice de isolamento social do País
No primeiro dia de medidas mais rígidas, no último sábado (16), o Estado registrou uma média geral de 53,8% de isolamento
No último sábado (16), quando entrou em vigor o decreto com medidas mais rígidas de quarentena em cinco municípios de Pernambuco, o Estado registrou o maior índice de isolamento social do Brasil, com 53,8% da sua população em casa. Os dados para chegar ao número foram obtidos através do georreferenciamento feito pela Inloco nas primeiras 24 horas de vigência do decreto no Recife e em Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e São Lourenço da Mata. O índice médio de isolamento atingiu 60%, um percentual bem superior aos 48% registrados no sábado anterior (9).
Pernambuco atingiu um lugar importante no ranking de isolamento social, ficando acima do Ceará (52,7%), Amapá (52,7%) e Pará (51%), quatro únicos estados brasileiros a superarem os 50% de distanciamento social. Das cidades que adotaram a quarentena no Estado, o destaque é para o Recife, que atingiu 62,1% de isolamento no índice levantado pela InLoco, o maior entre as capitais brasileiras. Olinda registrou 61%; Camaragibe, 59%; e Jaboatão e São Lourenço da Mata atingiram 58% no total de pessoas em casa neste sábado.
Pernambuco atingiu um lugar importante no ranking de isolamento social, ficando acima do Ceará (52,7%), Amapá (52,7%) e Pará (51%), quatro únicos estados brasileiros a superarem os 50% de distanciamento social. Das cidades que adotaram a quarentena no Estado, o destaque é para o Recife, que atingiu 62,1% de isolamento no índice levantado pela InLoco, o maior entre as capitais brasileiras. Olinda registrou 61%; Camaragibe, 59%; e Jaboatão e São Lourenço da Mata atingiram 58% no total de pessoas em casa neste sábado.
Governo de Pernambuco omite dados de Covid-19
EXCLUSIVO
Houldine Nascimento, da equipe do blog
Enquanto Pernambuco chega a 1.516 mortes por Covid-19, o Governo do Estado opta por esconder a localização de mais da metade dos casos da doença.
No boletim diário, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) decidiu omitir números detalhados sobre os casos leves da doença. A medida dificulta o combate ao novo coronavírus e pode custar mais vidas.
Até agora há a confirmação de 19.452 casos de Covid-19 em Pernambuco. Destes, 9.749 são de pacientes com sintomas leves, representando mais de 50% dos doentes. No entanto, não sabemos onde essas pessoas estão. É importante levar em conta que assintomáticos também transmitem a enfermidade.
Sobre os 185 municípios pernambucanos, o Governo Paulo Câmara só tem divulgado números aprofundados da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – os pacientes em estado grave –, deixando fora os quadros leves da Covid-19.
No Recife, por exemplo, o Governo informou, no último sábado (16), que há 4.566 casos de SRAG, como é possível ver na imagem abaixo.
Ou seja, há 4.847 casos não registrados no boletim da Secretaria de Saúde.
Paulo Veras colabora com o Brasil.IO e alerta sobre os danos causados pela omissão de dados. “Em Jaboatão dos Guararapes são 711 casos a mais. Só Olinda tem mais 776 casos de Covid em relação ao que a SES-PE reporta. Já em Paulista, a diferença é de 559. Camaragibe, por sua vez, apresenta 223 pessoas infectadas a mais do que publica a SES. Nesse momento, a falta de transparência custa vidas”, atenta o também embaixador de inovação cívica da Open Knowledge Brasil.
Nossa reportagem procurou o Governo de Estado para obter uma posição oficial a respeito da ausência de dados detalhados sobre pacientes com quadro leve de Covid-19, mas não obtivemos resposta até o fechamento desta matéria.
A troca do piloto
Por Júlio Lóssio*
Em viagens muito longas é muito comum a troca do piloto no comando da aeronave. Da mesma forma, é também muito corriqueiro na administração pública a troca de ministros e secretários durante um governo.
No entanto, o que eu particularmente nunca vi foi a troca de um piloto durante uma grande turbulência. Imagine só como você se sentiria a bordo de um avião caso o sistema de som da aeronave trouxesse a seguinte informação:
“Atenção senhores passageiros, estamos nesse momento sobrevoando o Atlântico e estamos passando por um momento de forte turbulência. Temos máscaras de oxigênio disponíveis acima de suas cabeças caso haja necessidade. Informamos que, infelizmente, só dispomos de paraquedas para tripulação e para a primeira classe. Informamos também que nesse momento estamos trocando nosso experiente piloto, pois ele não quer seguir as orientações da empresa aérea, mas tão somente as da torre de controle.”
Seria desesperador, não? Pois é.
Agora troque a palavra “piloto” por “Ministro da Saúde”. Troque a palavra “paraquedas” por “UTI com respirador”. Troque “empresa aérea” por “Presidente” e “torre de controle” por “Organização Mundial da Saúde”.
O resultado para aquele avião todos já devem imaginar que será um grande desastre. Mas e o avião Brasil? Vamos deixar acontecer um desastre também?
Estamos vivenciando a maior crise do século. Você ainda acha mesmo natural que nosso avião troque duas vezes de piloto em plena turbulência?
*Ex-prefeito de Petrolina
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