De maneira silenciosa, a Construtora Queiroz Galvão promoveu uma mudança profunda em sua estrutura no Brasil com a troca de sua cúpula e o enxugamento de funcionários. Uma das empreiteiras atingidas pela Lava Jato, a empresa substituiu por completo seus principais executivos enquanto cortava empregados para enfrentar o apagão de obras no país.
Desde 2014, 13 executivos do comando da construtora foram afastados de seus postos. Eles foram substituídos por funcionários recrutados no escalão inferior ou fora da companhia –a diretora jurídica, por exemplo, veio da empresa de concessões Invepar.
Hoje, não há mais nenhum executivo ligado ao ex-presidente Ildefonso Colares Filho, que foi preso na Lava Jato.
No total, nove cargos foram extintos, incluindo os de vice-presidente. Sete diretores respondem ao presidente, Petrônio Braz Junior.
A reestruturação durou três anos, período em que a empreiteira também encolheu. As receitas passaram de R$ 5 bilhões em 2013 para R$ 2 bilhões em 2016, segundo relataram à Folha executivos a par dos números. Os funcionários, de 20 mil para 7.000.
O jejum de contratos durou todo o ano de 2016 –após o longo hiato, um projeto foi fechado na semana passada com o governo de São Paulo.
Divisão que deu origem ao grupo em 1953 em Pernambuco, a construtora ainda é um dos negócios mais importantes do conglomerado, que tem braços em energia, saneamento, logística e óleo e gás .(Folha de S.Paulo - Renata Agostini)
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