PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

12 abril 2021

Auxílio Emergencial: enquanto valor diminui, a fome aumenta

 

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“A gente precisa economizar até a água de beber porque o dinheiro pode faltar para a comida. Passei por situações em que não pude dar um lanche para os meus filhos porque tinha que garantir o almoço e o jantar”. O triste relato foi feito por Gleice Kelly de Oliveira, uma das 116,8 milhões de pessoas que conviveram com algum grau de insegurança alimentar no Brasil em 2020, de acordo com pesquisa realizada pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). Esse número engloba os 19 milhões de brasileiros que enfrentaram a fome no ano passado, deixando claro que a privação de alimentos é um problema real no Brasil e que, muito mais que um número, possui rosto, nome e sobrenome.

A quantidade de pessoas que sofreram alguma restrição alimentar em 2020 poderia ter sido ainda maior caso não houvesse o auxílio emergencial, que voltou a ser pago na última terça-feira. O novo valor do benefício, que varia entre R$ 150 e R$ 375, chega a representar apenas 25% da quantia oferecida nas primeiras parcelas do ano passado.

Gleice Kelly mora com os dois filhos, Luan Miguel (8) e Kaiky Gabriel (4), e o marido Sebastião Inácio, que é auxiliar de serviços gerais. Gestante de alto risco, ela está impossibilitada de trabalhar no momento e se decepcionou com o novo valor do benefício. “Somente o salário do meu marido não dá para sustentar a família. Com o valor antigo do auxílio já foi bastante complicado, pois os preços dos alimentos subiram muito. Agora com R$ 150 vai dar para comprar o que? Somente um gás é R$ 80, o que a gente vai fazer com os R$ 70 que sobram?”, indagou Gleice.Gleice Kelly com seus dois filhos, Luan Miguel (8) e Kaiky Gabriel (4)Gleicy Kelly e seus dois filhos, Luan Miguel (8) e Kaiky Gabriel (4). – Crédito: Arthur de Souza/ Folha PE

Além da alimentação e dos gastos fixos, Gleice e os filhos precisam fazer uso de medicamentos que possuem um custo elevado, comprometendo ainda mais o orçamento da família. “O pobre não tem como sobreviver. Meus filhos são asmáticos e eu preciso usar uma medicação contra  trombose que é cara. Não tem como comprar medicamentos e colocar alimento na mesa ao mesmo tempo”, relata Gleice.

A volta do auxílio aconteceu após três meses de indecisão do Governo Federal sobre o benefício. Nesse intervalo, muitos brasileiros ficaram sem ter nenhuma fonte de renda fixa, sendo obrigados a se expor ao vírus para conseguir alguma receita. “A gente precisa se arriscar para sobreviver, porque não tem como ficar em casa sem ter dinheiro e com contas para pagar. Eu tenho muito receio de pegar a doença, pois a gente nunca sabe como o corpo vai reagir. Pegamos ônibus lotado, trabalhamos na casa de pessoas, então ficamos com medo de ser contaminados. Ou a gente se arrisca, ou a gente não tem o que comer”, explicou a trabalhadora doméstica Maria Gilda de Oliveira.

A trabalhadora perdeu metade dos serviços que fazia no período pré-pandemia e contou que a renda que tem, mesmo com o novo valor do auxílio, é para apenas sobreviver. “O valor de R$ 150 não permite que a gente faça nada, mal dá para comer. Eu não posso me permitir de ter um momento de diversão, porque esse dinheiro pode faltar para eu gastar dentro de casa. Hoje não existe mais lazer, só existe sobreviver”, comentou Maria Gilda.

Fonte: Folha-PE

Campanha contra a gripe em Sertânia começa na próxima segunda-feira (12)

 

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A 23ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza começa na próxima segunda-feira (12) em Sertânia. A mobilização será dividida em três etapas para evitar aglomerações nas Unidades Básicas de Saúde da Família, onde serão aplicadas as doses. A proposta da ação é reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da influenza. A vacinação também acontecerá no Centro de Saúde da Mulher e da Criança.

A primeira fase da vacinação de grupos prioritários acontece do dia 12 de abril até o dia 10 de maio e tem como público-alvo crianças (de 6 meses a menores de 6 anos de idade), gestantes, puérperas, povos indígenas e profissionais da saúde. A segunda fase, do dia 11 de maio até o dia 8 de junho, vai vacinar idosos a partir de 60 anos e professores.

Já a terceira fase vai de 9 de junho a 9 de julho e pretende imunizar pessoas com comorbidades, deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, forças de segurança e armamento, forças armadas, funcionários do sistema de privação de liberdade, população privada de liberdade e adolescentes e jovens em medidas socioeducativas.

Levando em consideração a ausência de estudos sobre a coadministração da vacinação contra influenza e Covid-19, o Ministério da Saúde, por meio de nota técnica, não recomenda a administração simultânea das doses e indica que as pessoas contempladas no grupo prioritário para a vacinação contra influenza que buscarem uma Unidade Básica de Saúde, e ainda não foram vacinadas contra a Covid-19, preferencialmente, devem receber a vacina COVID-19 e agendar a vacina influenza, respeitando um intervalo mínimo de 14 dias entre as vacinas.

O horário de funcionamento dos pontos de vacinação é das 7h às 12h e das 14 às 17h.   Os idosos que têm alguma dificuldade de locomoção ou estão acamados podem solicitar a presença do técnico de enfermagem para a aplicação da vacina em casa. Essa vacina é também uma forma de auxiliar os profissionais de saúde a descartarem as influenzas na triagem e acelerarem o diagnóstico para a Covid-19.

Deputados estaduais criticam atuação do presidente Bolsonaro na pandemia

 

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No momento mais grave da pandemia causada pelo novo coronavírus, a escalada de mortes de brasileiros por Covid-19 repercutiu na Reunião Plenária desta quinta (8). Os deputados Laura Gomes (PSB) e José Queiroz (PDT) qualificaram de “genocida” a atuação do presidente Jair Bolsonaro na atual emergência sanitária, no que receberam apoio de outros parlamentares.

A socialista lamentou que o número de infecções no País tenha passado de 13 milhões e o de mortos, chegado a 341.097, com 3.733 óbitos registrados apenas ontem. Ela repudiou, ainda, a publicação de quatro decretos federais facilitando o uso e a compra de armas de fogo. “Diante de uma pandemia, em vez de medidas para garantir vacinas e um auxílio emergencial digno, o presidente Jair Bolsonaro assume um compromisso com a morte e assassinatos violentos”, avaliou.

Laura Gomes pediu ajuda dos colegas a fim de sensibilizar o Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da ação do PSB que pede a suspensão dos decretos. Para ela, os dispositivos são inconstitucionais, representam retrocessos em direitos fundamentais e ferem o Estatuto do Desarmamento. “Além disso, a cada três dias, uma criança é internada após acidente doméstico com arma, e os negros são 70% das vítimas de homicídios no Brasil”, acrescentou.

José Queiroz emocionou-se ao fazer menção aos brasileiros que faleceram sem atendimento médico, por falta de leitos em UTIs e enfermarias. Segundo análise dele, a superlotação foi causada pela omissão do Governo Bolsonaro nas providências que deveria ter tomado, em especial com relação à vacina. “Centenas de nossos irmãos morrem nas filas dos hospitais. Os cidadãos estão no corredor da morte. Esse presidente não tem coração, é um monstro, um genocida”, desabafou.

O pedetista citou o desdém pela pandemia – tratada como “gripezinha” –, os atritos com a China e o descrédito para com o imunizante daquele país, assim como a recusa em comprar vacinas da Pfizer. Também comentou análises de especialistas de que o Brasil pode ultrapassar, ainda em abril, a marca de cinco mil mortes diárias pelo novo coronavírus e que, para evitá-la, deveria fazer um lockdown nacional.

Em pronunciamento na sequência, o deputado Diogo Moraes (PSB) reafirmou a responsabilidade da Presidência da República pelo cenário atual no País. “Até quando vamos esperar Bolsonaro assumir sua culpa e pedir perdão ao povo brasileiro? Aprendi que o presidente define os destinos da nação.”

O socialista frisou que são, “principalmente, os mais pobres que estão perecendo à míngua”, lamentando a morte de três conhecidos dele somente na última semana. “A doença foi completamente esnobada por Bolsonaro, tratada com deboche. Enquanto os governadores fazem o que podem para combater a Covid-19, o mandatário da Nação falou de gripezinha e que vacina faz ‘virar jacaré’”, relembrou. 

Outros parlamentares abordaram o assunto ao longo da reunião. Waldemar Borges (PSB) observou que “Bolsonaro sempre agiu a favor do vírus”, tornando o Brasil uma referência negativa para o mundo e um celeiro de mutações do novo coronavírus. Para João Paulo (PCdoB), é preciso “formar uma grande frente política com o objetivo de derrubar o presidente”. Teresa Leitão (PT), por sua vez, referiu-se ao gestor do País como genocida e lamentou a morte de profissionais de saúde no enfrentamento à pandemia.

Fonte: Folha-PE

Pernambuco ultrapassa a marca de um milhão de vacinados com a 1ª dose

 

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Na quinta, o Estado recebeu mais 187 mil doses de vacina que já foram distribuídas a todos os municípios, nesta sexta-feira 

O governador Paulo Câmara informou, por meio de pronunciamento nesta sexta-feira (09.04), que o Estado atingiu uma importante marca na vacinação, ao ultrapassar o quantitativo de um milhão de pernambucanos e pernambucanas que receberam pelo menos a primeira dose do imunizante contra a Covid-19. Ele aproveitou para destacar, ainda, a importância da continuidade da imunização para garantir o controle da pandemia. 

“Ainda temos um longo caminho pela frente, mas os reflexos da imunização nos idosos e trabalhadores da saúde já podem ser sentidos na diminuição dos índices de internação desses dois grupos”, argumentou Paulo Câmara. Na última quinta-feira (08.04), Pernambuco recebeu um novo lote com mais de 187 mil doses de vacinas, sendo 102 mil doses da Astrazeneca/Oxford e 85.400 da Coronavac/Butantan.  

No início da tarde desta sexta, todas as Gerências Regionais de Saúde já haviam recebido esse novo lote. A operação de logística, que durou nove horas, teve início às 5h e terminou por volta das 14h. Nesta 12ª distribuição, foram utilizados os modais de transporte aéreo (para Serra Talhada) e terrestre, o que permitiu que todas as GERES tenham disponíveis os imunizantes no mesmo dia. 

“Vamos continuar avançando na imunização dos idosos, dos trabalhadores da saúde e dos profissionais de segurança pública, como previsto no Plano Nacional de Imunização”, afirmou Paulo Câmara. Segundo ele, foi registrada uma desaceleração da pandemia no Estado, mas mesmo assim os patamares de contaminação seguem elevados. “É fundamental que todos continuem apostando na prevenção, para evitar a disseminação do vírus. Evite sair de casa, higienize as mãos e, sempre, sempre use máscara”, finalizou. 

TCE e MPCO orientam Poder Público sobre gestão de oxigênio

 

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Covid-19 em Pernambuco, bem como o aumento da taxa de ocupação de leitos de UTI, com permanência prolongada de pacientes, acarretando crescimento da demanda por oxigênio, medicamentos e kits de intubação, o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público de Contas expediram uma recomendação conjunta (nº 03/2021) aos secretários de Saúde do Estado e dos municípios sobre a gestão de oxigênio utilizado nos centros de saúde de Pernambuco.

O documento estabelece que sejam realizados o planejamento, a gestão e o monitoramento contínuo dos estoques disponíveis, da quantidade de oxigênio medicinal e dos medicamentos utilizados na intubação orotraqueal – IOT, que vem sendo demandados nos serviços estaduais de saúde.

Quando houver constatação de risco de desabastecimento, diz a recomendação, o Estado deve comunicar imediatamente o fato ao Ministério da Saúde, à Comissão Intergestores Tripartite e ao TCE. Já os gestores municipais devem prestar as mesmas informações não só à Comissão Intergestores Bipartite e ao TCE, como também à Secretaria Estadual de Saúde. O atendimento às demandas terá que ser articulado com os respectivos fornecedores.

O documento prevê ainda a elaboração de um plano de contingência para garantir o abastecimento de oxigênio medicinal e dos medicamentos utilizados na IOT nos serviços municipais e estaduais de saúde (sob administração direta e por organizações sociais) e que sejam estabelecidos indicadores para definição do risco de desabastecimento.

“Uma das competências institucionais do Tribunal de Contas e do Ministério Público de Contas é a expedição de recomendações para que sejam cumpridas normas relativas a direitos e deveres assegurados ou decorrentes do ordenamento jurídico brasileiro, de modo a evitar a configuração de irregularidades, contribuindo pedagogicamente para o aperfeiçoamento da gestão pública”, diz o documento.

A recomendação conjunta será encaminhada ao Secretário Estadual de Saúde de Pernambuco, aos Prefeitos Municipais, à Associação Municipalista de Pernambuco – Amupe, e à Comissão Intergestores Bipartite.

Fonte: Nill Junior

Indicador econômico global mantém trajetória de recuperação, diz FGV

 

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Os Barômetros Globais da Economia sobem de forma expressiva pelo segundo mês seguido em abril, refletindo o avanço das campanhas de vacinação contra a covid-19 em diversos países e as perspectivas de aceleração do nível de atividade global nos próximos meses. A análise é do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) divulgada hoje (9).

O Barômetro Global Coincidente sobe 13 pontos em abril, de 102,8 pontos para 115,8 pontos, alcançando o maior nível desde 2011. O Barômetro Global Antecedente sobe 9,2 pontos, para 125,9 pontos, maior nível desde junho de 2010. Todas as regiões evoluíram favoravelmente no mês e de forma expressiva, tanto na perspectiva presente quanto futura.

Para o pesquisador da FGV/Ibre Paulo Picchetti, os efeitos concretos do avanço dos programas de imunização em vários países sobre o nível de atividade econômica já são refletidos no avanço dos barômetros coincidentes em abril, de forma disseminada entre regiões e setores.

“A despeito de problemas persistentes em algumas cadeias logísticas importantes, o desempenho dos barômetros antecedentes sinaliza otimismo para os próximos meses, no contexto de controle da crise sanitária, dos estímulos fiscais recentemente aprovados para a economia norte-americana, e da forte expansão da economia chinesa”, disse, em nota, o pesquisador.

Barômetro Coincidente

Segundo a pesquisa, todas as regiões contribuem de forma positiva para o resultado agregado do Barômetro Coincidente em abril. A região da Ásia, Pacífico e África contribui com 6,8 pontos, ou 52%, para a alta do Barômetro Coincidente Global, enquanto o Hemisfério Ocidental e a Europa contribuem, respectivamente, com 3,9 e 2,4 pontos.

Apesar da incerteza ainda elevada quanto às perspectivas de controle da pandemia de covid-19, a percepção sobre a situação atual apresenta sensível melhora. Esta é a primeira vez, desde fevereiro de 2018, em que todas as três regiões registram indicadores coincidentes superiores aos 100 pontos.

Barômetro Antecedente

O Barômetro Antecedente Global antecipa os ciclos das taxas de crescimento mundial em três a seis meses. Assim como ocorre no Barômetro Coincidente, em abril de 2021 os indicadores antecedentes das três regiões contribuem de forma positiva para a alta de 9,2 pontos do Barômetro Global Antecedente. A região da Ásia, Pacífico e África contribui com 4,7 pontos, a Europa com 2,5 pontos e Hemisfério Ocidental com 2 pontos, após influenciar o resultado agregado de forma negativa nos dois meses anteriores.

“Todos os indicadores antecedentes setoriais sobem em abril, influenciados pela continuidade das campanhas de vacinação no mundo e pela possibilidade de retorno da economia a uma situação de normalidade. Com os resultados, todos passam a registrar níveis superiores a 120 pontos, resultado que reflete grande otimismo em relação ao futuro próximo. A construção e o comércio são os setores mais otimistas. Após o grande baque no setor de serviços, essa é a primeira vez em que o setor recupera, em nível global, as perdas ocorridas entre março e maio do ano passado, avançando para um nível elevado e superior ao da indústria”, informou a FGV.

Os barômetros econômicos globais são um sistema de indicadores que permite analisar o desenvolvimento econômico global, sendo, ainda, uma colaboração do Instituto Econômico Suíço KOF, da ETH Zurique, na Suíça, e da Fundação Getulio Vargas (FGV). Enquanto o Barômetro Coincidente reflete o estado atual da atividade econômica, o Barômetro Antecedente emite um sinal cíclico cerca de seis meses à frente dos desenvolvimentos econômicos reais. Esses indicadores se baseiam nos resultados de pesquisas de tendências econômicas realizadas em mais de 50 países. A intenção é ter a cobertura global mais ampla possível.

Fonte: EBC

Inep remarca provas do Encceja 2020 para agosto

 

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As provas do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos 2020 (Encceja) foram remarcadas para o dia 29 de agosto. Por causa do cenário da pandemia da covid-19, que deixou vários estados com capacidade menor que 80% dos leitos para pacientes acometidos pelo novo coronavírus, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ajustou o cronograma da prova, inicialmente prevista para o dia 25 de abril. A alteração está publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (9).

Em nota, o Inep ressaltou que está empenhado em realizar a edição 2020 do Encceja e não tem medido esforços para cumprir sua missão institucional, sempre com aprimoramento de seus instrumentos. 

“Do ponto de vista técnico-pedagógico, a postergação da data de aplicação do Encceja 2020 trará o menor impacto possível diante do estado de emergência de saúde pública de importância internacional. Assim, seguindo as recomendações já expressas por autoridades brasileiras, para a garantia da segurança de todos os envolvidos nas atividades de aplicação do exame, o Instituto entende a necessidade de adequação do calendário de aplicação das provas”, diz o documento.

Segundo o Inep, 1.630.046 participantes estão confirmados para o Encceja 2020. Desse total, 301.438 farão provas para obter certificação de ensino fundamental e 1.328.608 para o ensino médio. A participação no Encceja é voluntária, gratuita – para quem não faltou à última edição – e destinada a jovens e adultos que não concluíram os estudos na idade apropriada. Por meio do exame, que avalia competências, habilidades e saberes adquiridos no processo escolar ou extraescolar, os participantes têm a oportunidade de conseguir a certificação para as duas etapas de ensino.

Entre outras finalidades, o Encceja também possibilita que os gestores educacionais se baseiem na avaliação para corrigir questões relacionadas ao fluxo escolar, como a evasão de estudantes. Dessa forma, o exame serve de baliza para a implementação de procedimentos e políticas, visando à melhoria da qualidade na oferta da educação de jovens e adultos, bem como o aperfeiçoamento do processo de certificação. Além disso, os resultados das provas viabilizam o desenvolvimento de estudos e indicadores sobre o sistema educacional brasileiro. 

Material

Os interessados no Encceja podem acessar diversos materiais de estudo, desenvolvidos pelo Ministério da Educação (MEC), disponíveis no portal do Inep.  Além das apostilas com conteúdo de todas as etapas e áreas de conhecimento, o instituto também possibilita o acesso a provas e gabaritos de edições anteriores. Todo o material é gratuito.

Aos inscritos para a certificação do ensino fundamental é disponibilizado conteúdo de matemática; ciências; história e geografia; língua portuguesa, língua estrangeira, artes e educação física. Já as apostilas para a certificação do ensino médio são de ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias. 

Na página do Encceja no portal do Inep, há uma série de apostilas voltada para os professores. O conteúdo apresenta sugestões de trabalho, com o objetivo de direcionar os professores em relação ao desenvolvimento das competências e habilidades que estruturam o exame.

Paciente em estado grave de Covid chega ao Recife com ‘pulmão artificial’ com 35 minutos de bateria

 

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Um homem de 38 anos em estado grave da Covid-19 foi transferido de Natal (RN) para o Recife, nessa quinta-feira (8), com o “pulmão artificial” usado no tratamento da doença com apenas 35 minutos restantes de bateria.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o paciente foi escoltado de um hospital particular de Natal até o Real Hospital Português, no Recife, um dos polos de referência no uso da Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO) no Norte e Nordeste.

O tratamento usado pelo paciente é o mesmo do ator Paulo Gustavo, que está internado em um hospital no Rio de Janeiro desde o último dia 13 de março. 

Durante o transporte, o dispositivo usado para o paciente respirar de forma artificial apresentou problemas de carregamento e chegou ao hospital com apenas 35 minutos de vida útil de bateria.

O equipamento demanda uma equipe e um centro especializado em ECMO para manejo. 

A PRF informou nesta sexta-feira (9) que, por volta das 15h de quinta-feira, a superintendência do Rio Grande do Norte recebeu uma solicitação para prestação de apoio ao transporte do paciente.

As superintendências de Pernambuco e da Paraíba foram acionadas, e a escolta foi viabilizada com os cuidados necessários. 

“Após uma articulação envolvendo gestores, médicos e policiais, foi possível realizar com sucesso a transferência do paciente, que chegou ao hospital às 20h10”, informou a PRF.

ECMO
A ECMO é capaz de substituir as funções do coração ou do pulmão de forma artificial.

No caso dos pacientes com a Covid-19 que apresentam severo comprometimento respiratório, a ECMO permite que os pulmões descansem enquanto um circuito faz a respectiva função.

O sangue é retirado do corpo, oxigenado em uma máquina através de uma membrana artificial, que também retira o CO2, e devolvido ao paciente.  

Inflação salta 0,93% em março e fura teto da meta em 12 meses

 

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inflação oficial de preços disparou 0,93% em março e superou o teto da meta pré-estabelecida pelo governo no acumulado dos últimos 12 meses, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira (9), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com a maior alta para o mês desde 2015, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumula ganhos de 2,05% no primeiro trimestre de 2021 e de 6,1% nos últimos 12 meses. A variação supera o teto da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para o índice oficial de preços, de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais (5,25%) ou para menos (2,25%).

As recentes altas da inflação e as expectativas acima da meta governamental já fizeram o BC (Banco Central) revisar as previsões para a inflação de 2021 e resultaram no primeiro aumento da taxa básica de juros, a Selic, desde 2015.

A variação de preços teve novamente os combustíveis (+11,23%) como o principal vilão para o bolso dos consumidores. A gasolina nos postos teve alta de 11,26%, o etanol, de 12,59% e o óleo diesel, de 9,05%.

“Foram aplicados sucessivos reajustes nos preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias entre fevereiro e março e isso acabou impactando os preços de venda para o consumidor final nas bombas”, avalia o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

O segundo maior impacto do IPCA de março partiu do grupo de habitação (+0,81%), principalmente devido aos preços mais elevados do botijão de gás (+4,98%), que acumula alta de 20% nos últimos 12 meses. Além disso, as contas de energia elétrica (+0,76%) voltaram a subir, após recuar 0,71% em fevereiro.

Alimentos

A boa notícia trazida pelo IPCA de março para as famílias surgiu do grupo de alimentação e bebidas, que desacelerou a alta pelo quarto mês consecutivo com um avanço de 0,13%. As variações anteriores foram de 1,74% em dezembro, 1,02% em janeiro e 0,27% em fevereiro.

“Os alimentos tiveram alta de 14,09% em 2020, mas, desde dezembro, apresentam uma tendência de desaceleração. Alguns fatores contribuem para isso, como uma maior estabilidade do câmbio e a redução na demanda por conta da suspensão do auxílio emergencial nos primeiros meses do ano”, analisa Kislanov.

Secretário de Saúde de Pernambuco espera número elevado de óbitos por Covid-19 nas próximas semanas

 

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Pernambuco notificou, nesta quinta-feira (8), o maior número de mortes por Covid-19 em um boletim diário desde julho do ano passado. Foram 82 óbitos relatados, ocorridos entre os dias 24 de setembro de 2020 e 7 de abril de 2021.

Ao lamentar esse aumento nas ocorrências fatais, o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, alertou que esse cenário deve se repetir nas próximas semanas. 

“A gente ainda vai ter, infelizmente, taxas de ocupação (de leitos de UTI) elevadas nas próximas semanas. E também o número de óbitos (elevado). Eu tenho dois mil pacientes em UTI. Estamos lutando para salvar vidas, mas, infelizmente, muitos que foram pra UTI padecerão. Ainda teremos números de mortalidade muito além do que gostaríamos. Esse número de 82 mortes é muito dolorido”, disse o titular da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), em entrevista concedida de forma remota. 

Aceleração
O número de casos confirmados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Pernambuco teve uma subida significativa a partir da Semana Epidemiológica (SE) 7, referente a período entre os dias 21 e 27 de fevereiro. Nesse intervalo citado, foram 879 casos de SRAG, com 371 confirmações para a Covid-19 como origem. 

Um mês depois, na SE 12, entre os dias 21 e 27 de março, o número de casos de SRAG saltou para 1.719, com 850 confirmações de infecção pelo coronavírus Sars-CoV-2. 

Consequência
Três semanas depois do início da aceleração na transmissão do vírus, esse aumento começou a ser refletido nos indicadores de óbitos, que passaram de uma média de 150 por semana para mais de 250.

Na SE 9, foram 266 mortes por SRAG notificadas, sendo 165 delas positivas para a Covid-19. Na SE 10, as notificações subiram para 406, com 284 positivos para infecção pelo coronavírus. A média, desde então, tem se mantido entre 220 e 270 mortes confirmadas para a Covid-19 por semana. 

Como existe um retardo nas notificações dos óbitos – nesta quinta, por exemplo, teve óbito referente ao mês de setembro de 2020 -, os indicadores dessas semanas ainda podem subir. 

Curva
Segundo André Longo, após esse período de aceleração exponencial, Pernambuco vive um platô na curva epidêmica da Covid-19. Isso significa que há um cenário de estabilidade. Porém, essa estabilidade acontece em níveis elevados de novos casos, com mais de 2.500 registros diários de novas infecções, entre casos leves e graves. 

Em 2020, após a aplicação de uma quarentena rígida na Região Metropolitana do Recife (RMR) durante semanas de platô, a curva epidêmica começou a apresentar tendência de queda. Na época, contudo, as restrições, mesmo após o fim da quarentena, eram maiores do que as atuais. 

“Normalmente, após dias de aceleração exponencial, vem um platô, que é onde esperamos estar nesse momento. Dados recentes apontam que temos desacelerado e entrado em platô. Para que patamar vamos voltar (após o platô), ainda é uma incógnita. Após a quarentena de 2020, houve uma queda que permitiu até desmobilizar leitos”, recordou André Longo. 

O gestor afirmou que a quarentena imposta neste ano teve o resultado esperado pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19, que era frear a aceleração da transmissão do coronavírus. Mas deixou claro que não há certeza sobre as projeções para as próximas semanas. 

“Nesse momento, vamos voltar para que nível? Que patamar? Isso só as próximas semanas vão dizer. E depende diretamente do comportamento social”, enfatizou, pedindo, mais uma vez, que a população saia de casa apenas para atividades essenciais e que use a máscara corretamente, cobrindo boca e nariz. 

“Praticamente abolimos a noite. Bares e restaurantes estão fechando mais cedo. Continuamos em medidas restritivas. Podemos mantê-las, avançar ou retroceder a partir de 25 de abril (quanto termina o prazo do atual decreto). Isso vai depender dos números até lá. Vai depender do patamar da pandemia, em relação aos casos graves, às solicitações por leitos e ao número de óbitos”, completou. 

Leitos
De acordo com boletim da SES-PE desta quinta-feira, são 1.577 leitos de terapia intensiva para a Covid-19 na rede pública, com 96% de ocupação, e mais 510 em unidades privadas, com 90% de ocupação. 

As enfermarias na rede pública somam 1.217 vagas e têm ocupação de 87%. No setor privado, são 312 leitos de enfermaria, com 66% deles preenchidos. 

Fonte: Folha-PE

Estados e municípios podem restringir cultos e missas

 

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Por 9 votos a 2, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, hoje, que estados e municípios podem impor restrições a celebrações religiosas presenciais, como cultos e missas, em templos e igrejas durante a pandemia de Covid-19 – divergiram os ministros Nunes Marques e Dias Toffoli.

Os ministros do Supremo julgaram uma ação do PSD. O partido pedia a derrubada de decreto estadual de São Paulo que proibiu cultos e missas presenciais em templos e igrejas.

O julgamento foi marcado para esta semana pelo presidente do STF, Luiz Fux, após decisões conflitantes sobre o mesmo tema dos ministros Nunes Marques e Gilmar Mendes.

No sábado (3), ao julgar pedido da Associação Nacional dos Juristas Evangélicos (Anajure), o ministro Nunes Marques aceitou o argumento da liberdade religiosa e proibiu que celebrações em templos e igrejas fossem vetadas por estados, municípios e Distrito Federal em razão da pandemia.

Na segunda (5), o ministro Gilmar Mendes tomou decisão divergente. Ele rejeitou liminarmente (provisoriamente) a ação do PSD – que pedia a derrubada do decreto estadual que proibiu cultos e missas em São Paulo devido à pandemia – e enviou o caso ao plenário do STF.

Fonte: Magno Martins

Projeto garante tratamento no SUS para pessoas com sequelas da Covid-19

 

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O Projeto de Lei 907/21 assegura, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a reabilitação de pessoas com sequelas decorrentes da Covid-19 e o acesso aos medicamentos necessários com recursos repassados pela União. A proposta é do deputado Zeca Dirceu (PT-PR) e tramita na Câmara dos Deputados.

Conforme o texto, os estados, o Distrito Federal e os municípios encaminharão periodicamente ao Ministério da Saúde dados sobre as pessoas com sequelas, número de pessoas e tipo de sequela.

Ainda segundo o projeto, os recursos da União serão acrescidos às dotações existentes destinadas a ações e serviços públicos de saúde e serão transferidos aos fundos estaduais, distrital e municipais de saúde.

Recursos para o SUS
Zeca Dirceu defende a garantia de mais recursos para o SUS, que “já se encontra em seu limite” em um cenário com alta taxa de contaminação e elevado número de casos de Covid-19.

“O SUS já perdeu cerca de R$ 22 milhões desde a edição da Emenda Constitucional 95, que congelou por 20 anos os recursos para saúde e educação. Ademais, neste ano de 2021, o SUS contará com R$ 35 bilhões a menos do que o orçamento do ano anterior”, argumenta o parlamentar.

Ele lembra, por outro lado, que estudos já comprovam que a Covid-19 afeta não apenas o sistema respiratório, mas também outros sistemas, como o cardiovascular e o neurológico, podendo acarretar trombose, fadiga e dificuldades respiratórias, por exemplo.

Se for aprovado e virar lei, o projeto será regulamentado em até 45 dias pelo Poder Executivo.

Fonte: Agência Câmara de Notícias