Em manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) ontem, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, se posicionou a favor de que o ex-presidente Michel Temer e os ex-ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia) sejam investigados conjuntamente no caso que trata de supostas propinas de R$ 14 milhões da Odebrecht para a cúpula do MDB.
A apuração está relacionada com o jantar no Palácio do Jaburu, realizado em 2014, e que foi detalhado nos acordos de colaboração premiada de executivos da Odebrecht. Então vice-presidente, Temer teria participado do encontro em que os valores foram solicitados.
O inquérito tramitava no STF, mas foi desmembrado - apenas a investigação contra Temer estava suspensa pelo fato de a investigação dizer respeito a atos ocorridos antes do período em que ele comandou o Palácio do Planalto. A Polícia Federal já concluiu pela existência de indícios de que Temer, Padilha e Moreira Franco cometeram os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. (Estadão Conteúdo)
O estranhamento inicial entre o presidente Jair Bolsonaro e a China começa a ser contornado. O ministro-chefe do GSI, general Augusto Heleno, conversou ontem com o embaixador no Brasil, Li Jinzhang, sobre “como estreitar as relações” entre os dois países.
Quando ainda era candidato, Bolsonaro acusou a China de estar “comprando o Brasil”. Em resposta às críticas, a China alertou que, se a opção do Brasil em 2019 for por seguir a linha de Donald Trump e romper acordos com Pequim, quem sofrerá será a economia brasileira.
O chanceler Ernesto Araújo não participou da conversa com o embaixador da China. Antes de tomar posse, ele já escreveu em seu blog que a China está até hoje sob um sistema de dominação “disfarçado de pragmatismo e abertura econômica”.
Rossieli Soares da Silva é um integrantes do alto escalão da gestão do ex-presidente nomeado por Doria
Em sua segunda semana no governo João Doria (PSDB), o titular da Educação, Rossieli Soares da Silva, já enfrenta as pressões do cargo. Nesta quinta (10), uma imensa faixa foi colada no chão na entrada do prédio da pasta, no centro da capital, com um recado para o secretário: “Nenhum professor(a) desempregado! Nenhum estudante sem aula!”.
A autoria do protesto foi de uma das representações da Apeoesp (sindicato dos professores). No cartaz afixado também há reivindicações em defesa da escola pública e contra a violência nas salas de aula.
Rossieli foi ministro da Educação de Michel Temer (MDB). Ele é um dos dez integrantes do alto escalão da gestão do ex-presidente que Doria colocou em seu governo. (Mônica Bergamo - Folha de S.Paulo)
“O que eu faria se tivesse sido convidado para eventualmente ser ministro da Justiça e eventualmente para ser ministro do STF? Para que não haja contaminação dessa que é a maior investigação da história brasileira (…), eu nem titubearia em cogitar. A minha resposta seria imediata: não e não”. A frase é de Rodrigo Janot.
O ex-procurador-geral é uma das autoridades entrevistadas pelo jornalista Kennedy Alencar no documentário “What Happened to Brazil”¦”, da BBC World News, que lança nova luz sobre os fatos mais notáveis da política desde o levante de 2013 até a eleição de 2018.
Janot deu a declaração a Alencar no fim do ano passado, antes de Sergio Moro decidir ser o ministro da Justiça de Bolsonaro. O documentário, que ouve também ministros do Supremo e ex-presidentes, será exibido em três episódios e estreia neste sábado (12), à 0h30. (Painel – FSP)
As idas e vindas do governo Jair Bolsonaro confundiram a atuação da oposição. O PSOL jogou fora dois requerimentos em que questionava a paralisação da reforma agrária e as mudanças no edital de livros didáticos. Contra o desperdício, a sigla decidiu que vai esperar 48 horas para reagir a anúncios.
Salário Mínimo - No dia 1º de janeiro, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, garantiu que as primeiras medidas de Bolsonaro só viriam no dia seguinte. Horas depois, o presidente assinou o decreto que reajustava o salário mínimo de R$ 954 para R$ 998. (FSP – Painel)
Uma ala de dirigentes e militantes avaliou a viagem como desnecessária e pregou que o gesto se limitasse a uma carta ou nota de congratulação ao venezuelano.
Uma minoria, porém, defendeu o deslocamento. Disse que o PT não poderia se afastar de parceiros estratégicos e que, especialmente no início da gestão de Jair Bolsonaro, a ida à Venezuela teria função política
O vice-prefeito de Novo Acordo, Leto Moura Leitão Filho (PRB), foi preso em flagrante nesta quinta-feira (10) como suspeito de encomendar o atentado contra o prefeito, Elson Lino de Aguiar (MDB). A informação é da Polícia Civil do Tocantins, que interrougou Moura na Delegacia de Investigações Criminais de Palmas durante a tarde.
Além dele, também foi preso Gustavo Araújo da Silva, suspeito de ser o executor do atentado. Inicialmente, eles teriam combinado um pagamento de R$ 10 mil pelo crime, mas o depósito não chegou a ser feito. Também foi preso o empresário Paulo Henrique Sousa, suspeito de fazer a intermediação entre o político e Gustavo.
"Isto foi planejado mais ou menos há três meses atrás. A morte do prefeito foi encomendada antes do natal, inclusive. Foi feita uma primeira tentativa, na verdade foi contratado dois indivíduos aqui de Palmas para executar o prefeito de Novo Acordo. Porém estes dois indivíduos não conseguiram ir na missão, digamos assim. Eles se deslocaram até Aparecida do Rio Negro, só que lá eles se envolveram em um problema com a Polícia Militar e eles retornaram", explicou o delegado Diogo Fonseca, que trabalha no caso.
Na saída do depoimento, Leto Moura Leitão negou as acusações, disse que não tem não teve participação em nenhum esquema de propina e que vai provar a própria inocência.
A sinalização de que a nova administração teria um caráter menos estatizante e mais pró-mercado foi dada logo na largada da campanha eleitoral de 2018, quando Bolsonaro mostrou que seu mentor econômico era Paulo Guedes, um representante nato da escola econômica liberal norte-americana.
Mas a convicção do atual ministro da Economia na agenda liberal nunca foi compartilhada de maneira cega pelo presidente eleito. A própria parceria entre Embraer e a Boeing é um exemplo de como o atual comandante do Executivo titubeou entre adotar uma postura econômica efetivamente favorável ao Estado menor e as velhas crenças sobre a necessidade de manter determinadas áreas e segmentos da economia sob a tutela do Estado por conta de supostos problemas de soberania nacional.
Entre a dúvida e a decisão desta quinta, a agenda liberal conseguiu sua primeira vitória.
Para analistas do setor aéreo, a união entre Embraer e Boeing na aviação comercial faz todo o sentido, considerando que este é um segmento que deve apresentar forte crescimento nos próximos anos. Com a força da Boeing, a Embraer terá mais condições para desenvolver novos projetos, inclusive em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB).
Nós vamos acabar com esse negócio de alto e baixo clero', afirma o deputado
Angela Boldrini – Folha de S.Paulo
Queridinho dos parlamentares do chamado "baixo clero" e candidato à presidência da Câmara, Fábio Ramalho (MDB-MG), o Fabinho, afirma que, se ganhar, fará uma gestão "sem panelinhas".
"Nós vamos acabar com esse negócio de alto e baixo clero", afirmou à Folha em seu gabinete nesta quinta-feira (10).
O vice-presidente da Casa —conhecido pelos jantares com comida mineira farta que oferecida aos pares durante as noites de votação e as festas que dá em seu apartamento funcional— criticou a atuação do atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
"Faltou ao presidente a defesa da casa, a defesa da instituição da Câmara", disse ele, que também afirmou que há entre os candidatos de oposição à reeleição de Maia um pacto para apoio mútuo num eventual segundo turno.
Com bom trânsito entre os novatos, Ramalho pode amealhar cerca de cem votos, estimam aliados.
Antonio Hamilton Rossel foi nomeado assessor especial da presidência do banco com salário de R$ 36,5 mil
Eduardo Bresciani – O Globo
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão,considera superada a polêmica causada pela promoção de seufilho , Antonio Hamilton Rossel Mourão, para o cargo de assessor especial da Presidência do Banco do Brasil
Como revelou a Revista Época na terça-feira, um dia após o presidente Jair Bolsonaro ter dado posse ao novo presidente do banco, Rubem Novaes, o filho de Mourão foi nomeado para o cargo de assessor especial da Presidência, elevando seu salário de R$ 14 mil para R$ 36,5 mil.
Nesta quinta-feira, ao ser questionado pelo GLOBO, o vice, além de dizer que o assunto está encerrado para ele, afirmou que sequer precisou discutir a polêmica com Bolsonaro.
— Não teve necessidade (de falar com o presidente). É uma coisa interna da instituição, que é uma S.A. (sociedade anônima) — afirmou o vice-presidente.
O filho de Mourão é funcionário de carreira do BB e está na instituição há 18 anos. Nos últimos 11 anos, fazia parte da diretoria de Agronegócios. Ele deve assessorar o presidente nesta área.
O isolamento internacional da Venezuela não interessa ao Brasil. É um grande vizinho, com extensa fronteira seca, mercado relevante para companhias brasileiras e detentor das maiores reservas de petróleo do planeta.
O Brasil deve pressionar o presidente Nicolás Maduro, cuja posse hoje para um segundo mandato é contestada por boa parte da comunidade internacional. É correto endurecer com Maduro, mas o mesmo movimento deve ser feito em relação a uma oposição com tradição golpista.
A presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffman (PR), associa o partido ao indefensável quando comparece à posse de um governante que trilhou caminho ditatorial. É contraditório criticar o autoritarismo do presidente Jair Bolsonaro, ausentar-se de sua posse e aplicar remédio diferente no caso venezuelano. Bolsonaro e Maduro têm muito mais em comum do que o PT e o chavismo.
Em conversas no primeiro mandato, Lula já tinha críticas ao estilo chavista. O PT governou durante 13 anos respeitando a democracia. Parte do partido criticou Gleisi, mas a presença da presidente da legenda na posse de Maduro traz mais danos do que lucros à esquerda brasileira.
As vítimas fatais são Marcelo Ferreira Alves, de 62 anos; a esposa dele, Edna Severina Alves, de 58 anos; e o filho do casal Levy Ferreira Alves, de 20 anos, e o amigo da família e considerado também filho Douglas Alex de Lima Souza.
Os quatro familiares, que moravam em Igarassu, na RMR, voltavam de comemorações do Ano-novo na casa de Guilherme, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, com o motorista. Desolado, o pastor lamentou as mortes em uma publicação em seu perfil no Facebook. “Não tenho condições de responder nada por aqui nem atender telefone. Peço que respeitem o momento da família e orem por nós”, escreveu.
Pastor Guilherme Alves lamentou a morte de seus familiares em publicação em rede social - Foto: Reprodução/Facebook
O pastor Guilherme Alves contou à reportagem da Folha de Pernambuco que alguns pertences da família foram furtados do local do acidente. Ele afirmou ainda que encontrou dificuldades para a liberação do corpo de Levy, uma vez que ele não foi adotado formalmente pela família. Além do pastor, o casal deixa uma filha, que mora fora do Brasil.
Segundo a avó de Douglas Severina de Lima, que recebeu a notícia na manhã desta quarta-feira (2), Levy passou a morar com essa família na adolescência. “Ele morava desde os 16 anos com essa família. Nós morávamos em Ribeirão (Mata Sul de Pernambuco) e passamos a morar em Igarassu. Logo que chegamos, ele fez amizade com essa família, que era calma”, explicou.
A família do motorista do veículo também só soube do falecimento na manhã desta quarta. No Instituto Médico Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, no Centro Recife, para providenciar a liberação do corpo, um primo do motorista contou que foi dormir preocupado com George. “Ontem cheguei de viagem, tentei falar com ele desde seis da tarde e não atendia. Fui dormir às duas manhã preocupado”, falou Mário de Sá. Ainda segundo o primo, George era topógrafo em uma empresa no Paulista e motorista do aplicativo havia cerca de três meses, para gerar renda extra. “Hoje de manhã minha mãe disse que foi um pessoal da empresa pegar ele [em casa] e não o localizou”, acrescentou.
Velório Familiares das vítimas ainda aguardavam, no início da tarde desta quarta, a liberação dos corpos por parte do IML. Os velórios e enterros estão sendo organizados pelos familiares. Como Marcelo era servidor público, o velório dele, da esposa e do filho Levy está previsto para ser realizado na Câmara dos Vereadores do Paulista, a partir das 10h desta quinta-feira (3). O sepultamento será no Cemitério do Paulista, às 11h.
Os locais e horários do velório e enterro de Douglas Alex ainda não foram marcados. Uma tia biológica dele foi ao IML e lamentou a morte do sobrinho. “No ano passado, ele passou o final de ano na minha casa, mas este ano ele preferiu ir para Boa Viagem com a família. Fiquei sabendo da morte dele hoje pela manhã. Só vem na minha cabeça os momentos que passamos juntos, o final do ano passado. Douglas era um menino muito bom, cheio de esperança e muito adorado por todos”, conta Siégina Silva de Lima.
Já o motorista George Ricardo será velado às 09h30 no cemitério Parque das Flores, no bairro de Tejipió, na Zona Oeste do Recife, e sepultado às 11h.
O acidente Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente aconteceu por volta das 19h20 dessa terça-feira (1º) depois que o condutor perdeu o controle do carro, invadiu o canteiro central da rodovia e caiu em um córrego de aproximadamente cinco metros de profundidade.
Duas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram encaminhadas ao local do acidente, mas todos faleceram antes da chegada do socorro. Segundo peritos do Instituto de Criminalística (IC), a alta velocidade do carro pode ter causado o acidente.