Com o valor do barril de petróleo ultrapassando US$ 130, o governo quer fechar plano de socorro ao preço dos combustíveis ainda nesta semana. O plano debatido dentro do governo é utilizar dividendos vindos da Petrobras para um subsidio de curto prazo, de cerca de três meses, com custo abaixo de R$ 40 bilhões.
Há resistências na área econômica do governo, mas no Planalto a saída é vista como a única chance de evitar que o litro da gasolina ultrapasse R$ 10, com impactos imediatos na aprovação do governo.
Outra preocupação que ronda o setor é o de desabastecimento. Pequenos importadores de petrópeo no Brasil não importam o produto desde janeiro, por conta da alta dos preços. Já a Petrobras não reajusta o valor do combustíveis há mais de 50 dias e seus estoques já estão terminando. A importação ocorrerá com novos preços internacionais, ou seja, US$ 130 o barril, depois que o secretário de Estado dos EUA anunciou que estão em estudo bloqueios ao mercado de petróleo russo.
Caso ocorresse um bloqueio, o barril de petróleo poderia chegar próximo a US$ 200, alerta o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires. “Há uma emergência no mundo, com preços do petróleo podendo atingir máximas até hoje não vistas”, diz.
O Congresso, que não delibera desde antes do Carnaval, retoma sessões nesta semana e quer discutir projetos de mais longo prazo. Dois projetos de lei estão no Senado.
O governo, entretanto, quer uma medida mais imediata e pretende repetir subsídios de curto prazo que foram feitos em 2018, no governo de Michel Temer, para lidar com a greve dos caminhoneiros.
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