PREFEITURA MUNICIPAL DE TRINDADE

21 janeiro 2019

Presos sete PMs suspeitos de extorsão e falsas blitzes da Lei Seca

Grupo atuava em Porto de Galinhas e cobrava de R$ 1.000 a R$ 1.500 para liberar motoristas
Bafômetro
BafômetroFoto: Pixabay
Sete policiais militares do 18º Batalhão foram presos acusados de realizarem falsas blitzes da Lei Seca e extorquir dinheiro de motoristas em Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, Litoral Sul do Estado. Segundo a Polícia Civil, os servidores paravam de 10 a 15 carros por noite, simulavam a operação Lei Seca e cobravam de R$ 1.000 a R$ 1.500 para liberação dos motoristas. O caso foi divulgado pela Polícia Civil na noite de domingo (20), mas a prisão ocorreu na noite de sábado (19).
Os sargentos Lázaro Barbosa de Lima, Rogério Dias do Nascimento, Maurilio Sebastião Toledo da Silva Filho e os soldados Claudio Rodrigues da Silva, Edson Alves de Souza, Marcos Antônio de Oliveira Junior e Denis de Andrade Moura Júnior estavam sendo investigados desde o final do ano passado pela Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS) quando foi realizada uma denúncia contra o grupo. 
Os sete policiais lotados no 18º Batalhão da PM, sediado no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, foram presos quando a falsa blitz estava montada nas imediações da Praça do Relógio, em Porto de Galinhas.  

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Eles foram enquadrados no Art. 305 do Código Penal Militar, que diz ser proibido tirar vantagem indevida em razão da função e foram encaminhados a Delegacia de Polícia Judiciária Militar da PMPE, que fica no Comando Geral da PM, no Quartel do Derby, área central do Recife. Eles passarão por audiência de custódia nesta segunda-feira (21), podendo responder, também, por Procedimento Administrativo Disciplinar.
Segundo o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, as investigações prosseguem e novas vítimas podem surgir. “Aqueles que não agem como servidor público, como um agente da lei e em proteção da sociedade, fatalmente serão alcançados e poderão ser excluídos das corporações, além de responderem criminalmente”, afirmou.

O comandante geral da PM, Coronel Vanildo Maranhão, disse que a corporação não vai tolerar comportamentos inadequados de seus integrantes. “A resposta a qualquer desvio de conduta será sempre embasada pelo rigor da Lei, em respeito à sociedade pernambucana e à imensa maioria de seus militares”, contou.

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