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16 outubro 2018

Desabafo de Cid perfura como prego em caixão

Ao chutar o balde num ato pró-Fernando Haddad, no Ceará, o senador eleito Cid Gomes espalhou o cheiro de enxofre que emana dos subterrâneos da candidatura presidencial do PT. O miasma ficará no ar até o próximo dia 28, quando o eleitor voltará às urnas. O desabafo do irmão de Ciro Gomes foi perfurante como prego em caixão: o PT “vai perder a eleição”, declarou. Vai ''perder feio''.
Num instante em que o petismo tenta atrair a família Gomes para o polo democrático anti-Bolsonaro, Cid cobrou na noite desta segunda-feira (15) um mea-culpa do PT. Hostilizado por militantes petistas, abespinhou-se: “…Não admitir os erros que cometeram é pra perder a eleição. E é bem feito… Vão perder feio! Porque fizeram muita besteira, porque aparelharam as repartições públicas, porque acharam que eram donos de um país. E o Brasil não aceita ter dono…”
A certa altura, a plateia entoou um velho coro: Olê, olê, olê, oláááá, Lulaaaa, Lulaaaa…” E Cid: “Lula o quê? O Lula está preso, babaca! O Lula está preso, o Lula está preso, e vai fazer o quê? Deixa de ser babaca, rapaz, tu já perdeu a eleição.”
Para Cid Gomes, Jair Bolsonaro é uma criação dos ''donos da verdade'' do PT. Tomado pelas palavras, Cid avalia que o mea-culpa do petismo demorou tanto que tornou-se desnecessário. Coordenador da derrotada campanha de Ciro Gomes, o senador cearense parece considerar que o caso do PT já não é de autocrítica, mas de autópsia. (Josias de Souza)

Ibope para presidente: Bolsonaro, 59%; Haddad, 41%

Do G1
O Ibope divulgou, há pouco, o resultado da primeira pesquisa do instituto sobre o segundo turno da eleição presidencial. O levantamento foi realizado no sábado (13) e domingo (14), e tem margem de erro de 2 pontos, para mais ou para menos.
Nos votos válidos, os resultados foram os seguintes:
  • Jair Bolsonaro (PSL): 59%
  • Fernando Haddad (PT): 41%
Para calcular os votos válidos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.
Votos totais
Nos votos totais, os resultados foram os seguintes:
  • Jair Bolsonaro (PSL): 52%
  • Fernando Haddad (PT): 37%
  • Em branco/nulo: 9%
  • Não sabe: 2%
Sobre a pesquisa
  • Margem de erro: 2 pontos percentuais para mais ou para menos
  • Entrevistados: 2506 eleitores em 176 municípios
  • Quando a pesquisa foi feita: 13 e 14 de outubro
  • Registro no TSE: BR-01112/2018
  • Nível de confiança: 95%
  • Contratantes da pesquisa: TV Globo e "O Estado de S.Paulo"
  • O nível de confiança da pesquisa é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade, considerando a margem de erro, que é de 2 pontos, para mais ou para menos

WhatsApp entra na mira de conselho do TSE

Numa reunião a portas fechadas na última quarta-feira, integrantes do Conselho Consultivo sobre Internet do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sugeriram medidas de caráter disciplinar contra o WhatsApp, segundo revelaram ao jornal O Globo duas fontes que acompanham o caso de perto.
Estabelecer algum controle sobre o fluxo de informação no aplicativo seria uma forma de o Estado conter a onda de fake news que marcou o primeiro turno das eleições. Mas as sugestões ainda não tiveram imediata acolhida nas decisões do tribunal.
Para conselheiros e especialistas no assunto ouvidos pela reportagem nos últimos dias, tudo indica que a indústria de notícias falsas e de produção de boatos com fins eleitorais deve se repetir com igual ou até superior intensidade até o segundo turno, sobretudo na disputa presidencial.
Integrantes do Conselho Consultivo do TSE decidiram sugerir medidas duras contra o WhatsApp depois de chegarem à conclusão de que o aplicativo foi o meio mais usado para a difusão de mentiras e montagens prejudiciais a determinados candidatos no primeiro turno. Alguns conselheiros recomendaram que o WhatsApp passe a ser enquadrado como rede social e não como um mero aplicativo de telefonia celular. Nas palavras de um deles, o aplicativo teria deixado de ser um “mensageiro” para se converter numa “rede social”.
Procurado, o WhatsApp informou que não iria se manifestar sobre o tema.
A expectativa dos conselheiros era de que as recomendações de disciplinamento do WhatsApp tivessem algum reflexo nos votos dos ministros a partir daquele momento, o que poderia formar uma nova jurisprudência sobre o assunto. Mas ainda não está claro se as ideias terão ou não acolhida.
No sábado, dois dias depois da tensa reunião do Conselho Consultivo, dois ministros, Luiz Salomão e Carlos Horbach, emitiram decisões opostas. Num despacho, Salomão rejeitou pedido da campanha do presidenciável Fernando Haddad (PT) de exclusão de um vídeo por entender que o WhatsApp é um aplicativo de comunicação privada. Numa outra decisão, Horbach acolheu pedido da campanha do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) e ordenou que o WhatsApp excluísse de seus arquivos um vídeo com críticas a integrantes do judiciário.
Os limites do Estado
O vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques, considera preocupante a onda de fake news, mas vê com reservas a imposição de medidas restritivas contra o WhatsApp. “O problema não é a plataforma em si, mas o que as pessoas estão falando (nessa plataforma)”, argumenta.
O coordenador de Defesa Institucional da Polícia Federal, Thiago Borelli, reconhece a inexistência de leis e instrumentos de investigação eficazes para se contrapor às notícias falsas. Segundo ele, o Estado não pode tutelar o fluxo de informação nas redes sociais e, a partir daí, decidir por iniciativa própria o que é falso ou verdadeiro. “A Polícia Federal é polícia cidadã. Não podemos fazer censura prévia. A liberdade de expressão está consagrada na Constituição”.
O professor da Universidade de São Paulo Pablo Ortellado afirma que essa crise tende a crescer. “Certo como dois mais dois são quatro que haverá uma onda de fake news. Foi uma avalanche (no primeiro turno) e agora não tem nada se opondo às fake news”.

10 outubro 2018

Bolsonaro promete viajar pelo Norte e Nordeste

 Foto: Brasil247

Folha de S. Paulo – Coluna Painel
Por Daniela Lima

Jair Bolsonaro disse a aliados que, se for liberado pelos médicos, pretende viajar para o Nordeste e ir a Roraima, região Norte do país. Ele não planeja, por enquanto, voltar a São Paulo –estado em que já obteve forte desempenho eleitoral no primeiro turno.
Projeções sobre um eventual governo Bolsonaro tomaram parte da reunião de dirigentes do centrão, na segunda (8). Ala do grupo considera o presidenciável imprevisível e vê risco de um esgaçamento rápido nas relações entre Planalto e Congresso, caso ele seja eleito –o que essas siglas julgam provável.
A eventual eleição de Bolsonaro embaralhou, inclusive, os planos de sucessão no comando da Câmara e do Senado. O centrão ainda não encontrou um senador disposto a disputar a presidência da Casa sob um governo do capitão reformado.

PSB decide apoiar Haddad no segundo turno

Do G1
A Executiva Nacional do PSB decidiu, hoje, que o partido irá apoiar o candidato do PT, Fernando Haddad, no segundo turno das eleições presidenciais.
A cúpula da legenda também resolveu liberar os diretórios regionais de São Paulo e do Distrito Federal, onde os candidatos do PSB, Márcio França e Rodrigo Rollemberg, respectivamente, disputarão o segundo turno ao governo estadual.
"O PSB acaba de aprovar uma resolução em que define o seu apoio no segundo turno da eleição presidencial ao candidato Fernando Haddad, propondo que se forme uma frente democrática contra uma candidatura que representa o extremo oposto da candidatura das forças democráticas", afirmou o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira.
Ele disse ainda ter "confiança absoluta" na decisão que os diretórios em SP e no DF tomarão. "No estado de São Paulo e no Distrito Federal, os diretórios poderão examinar as suas coligações e decidir o que devem fazer, tendo em consideração que temos confiança absoluta no Márcio França e no Rodrigo Rollemberg em que eles precisam ter a liberdade para conduzir as suas campanhas e conquistar uma vitória nessas duas unidades importantíssimas da federação do nosso país", declarou.
Questionado se França e Rollemberg poderão apoiar o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, o presidente da sigla disse que confia "plenamente" nos dois e que eles tomarão "a decisão mais correta, que tenha consonância com a história do partido".
"Nós asseguramos a liberdade e sabemos que eles vão tomar a decisão correta em relação ao seu estado", afirmou o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira.
Durante o primeiro turno, Rollemberg chegou a fazer ato de campanha ao lado de Ciro Gomes, que disputava a Presidência da República pelo PDT.
O PSB também está no segundo turno em Sergipe, com Valadares Filho, e no Amapá, com João Capiberibe. No caso do Amapá, o PSB já está em uma aliança com o PT. O partido já elegeu no primeiro turno Paulo Câmara em Pernambuco, João Azevedo na Paraíba e Renato Casagrande no Espírito Santo.
Siqueira defendeu que Haddad procure "todos os democratas" e "pessoas de bem para que a sua candidatura represente uma frente democrática.
"No momento difícil em que vive o país, com essa polarização, e tendo em vista a necessidade de unidade nacional e das forças democráticas, [propomos] que a candidatura [de Haddad] se transforme em uma candidatura da frente democrática, que agregue personalidades e instituições que defendam a democracia e que o programa não seja apenas de um partido", disse.

Ministro da Educação discutirá emendas ao Orçamento de 2019

O presidente da Comissão de Educação da Câmara Federal, deputado Danilo Cabral (PSB), realiza, juntamente com a Frente Parlamentar Mista da Educação e o ministro da Educação, Rossieli Soares, o lançamento da Cartilha de Orientação para Apresentação de Emendas Parlamentares ao Orçamento de 2019. O evento acontece amanhã (10), às 9h, no Plenário 10 da Câmara. As emendas podem ser protocoladas pelos parlamentares até o dia 20 deste mês.
O objetivo é apresentar a Cartilha de Orientação das Emendas referentes à área da Educação. Posteriormente, às 10h, haverá reunião deliberativa para a escolha das Emendas da Comissão de Educação. Cada comissão permanente da Câmara pode apresentar até oito emendas. Cada estado e o Distrito Federal têm direito a prever despesas de quase R$ 170 milhões, distribuídas em até seis emendas, sendo ao menos uma para educação, uma para saúde e outra para segurança pública.
O presidente da Comissão, Danilo Cabral, acredita que será uma oportunidade de entender as propostas e investir precisamente na educação. "É necessário que haja um consenso para que possamos aprovar emendas primordiais para a educação em 2019", defende o parlamentar.
Além disso, cada parlamentar pode propor até R$ 15,4 milhões, distribuídos em no máximo 25 emendas individuais para o Projeto de Lei Orçamentário Anual (PLOA), de 2019.

08 outubro 2018

Dobra número de mulheres eleitas para a Assembleia Legislativa de Pernambuco

A partir de 2019, bancada feminina na Alepe terá 10 representantes. Em 2014, cinco mulheres foram eleitas. Câmara Federal segue com uma mulher eleita.

Plenário da Alepe, no Recife — Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press
Plenário da Alepe, no Recife — Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press
A bancada feminina na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), eleita no domingo (7), dobrou em relação ao pleito de 2014. Nas eleições de 2018, 10 parlamentares conquistaram vagas, contra cinco na disputa anterior. Assim, a partir de janeiro de 2019, 20,4% das 49 cadeiras na Casa Joaquim Nabuco serão ocupadas por mulheres.
Além de um maior número de mulheres, a delegada Gleide Angelo (PSB), que investigou casos policias de repercussão no estado, foi a mais votada na eleição deste ano, com mais de 412 mil votos. O segundo candidato mais votado foi o pastor Cleiton Collins, com cerca de 106 mil votos.
A próxima legislatura traz ainda uma novidade: cinco mulheres se elegeram pelo PSOL com o nome de "Juntas". Elas prometeram, durante a campanha, exercer um mandato coletivo na Alepe. Faz parte do grupo a advogada Robeyoncé Lima, que foi a primeira transexual do Norte e Nordeste a poder usar o nome social na carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
A Assembleia contará ainda como estreantes Clarissa Tércio (PSC), que integra a bancada ligada a igrejas evangélicas, e Alessandra Vieira (PSDB), que tem como base eleitoral a cidade de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, parte do polo de confecções do estado.
Também assumem um primeiro mandato como deputadas Fabíola Cabral (PP), que é filha de Lula Cabral (PP), prefeito do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife; e Dulcicleide Amorim (PT), que tem como base eleitoral a cidade de Petrolina, no Sertão. Dulcicleide é mulher do deputado Odacy Amorim, que tentou uma vaga na Câmara Federal e não se elegeu.

Deputadas reeleitas

Foram reeleitas em 2018 Prsicla Krause (DEM), filha do ex-ministro e ex-governador de Pernambuco Gustavo Krause e uma da líderes da oposição ao governo Paulo Câmara (PSB), e Simone Santana (PSB), mulher do ex-prefeito de Ipojuca, no Grande Recife, Carlos Santana.
Quem também volta à Alepe para um novo mandato é Roberta Arraes (PP), que tem como base eleitoral a cidade de Araripina, no Sertão, e é mulher do ex-prefeito da cidade Roberto Arraes. Integrante atualmente da comissão de Educação da Assembleia, Teresa Leitão (PT) é professora e sindicalista.
Em Pernambuco, foram registradas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) 681 candidaturas a deputado estadual. Desse total, 212 eram mulheres.

Câmara Federal

Na bancada pernambucana na Câmara dos Deputados não houve alteração no número de mulheres. Assim como em 2014, nas eleições de domingo foi eleita uma mulher.
Desta vez, a escolhida foi Marília Arraes (PT), que teve 193 mil votos. Atual vereadora do Recife, ela é neta do ex-governador Miguel Arraes e prima do ex-governador Eduardo Campos.
Em 2014, Luciana Santos (PCdoB) foi eleita deputada federal. Nesta eleição, ela foi eleita vice-governadora de Pernambuco na chapa que reelegeu Paulo Câmara (PSB).
É a primeira vez na história que uma mulher ocupa esse cargo no estado. Luciana Santos foi prefeita de Olinda em dois mandatos e teve destaque no partido em Brasília.

Legislação

Desde 1997, a lei eleitoral brasileira exige que os partidos e as coligações respeitem a cota mínima de 30% de mulheres na lista de candidatos para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras municipais.
Além da cota de números de candidatos, nas eleições de 2018 as mulheres também tiveram uma cota financeira. Em maio deste ano, o TSE decidiu que os partidos devem repassar 30% dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para as candidaturas femininas.

ARARIPINA - ROBERTA ARRAES COMEMORA COM FESTA E CARREATA A RELEIÇÃO PARA DEPUTADA ESTADUAL


A deputada estadual Roberta Arraes do PP, Partido Progressista, conseguiu se reeleger com 28.649 votos válidos e deve continuar representando Araripina e Região do Araripe, na Assembleia Legislativa de Pernambuco, com o apoio do governador Paulo Câmara do PSB que conseguiu também se reeleger e o suporte dos senadores eleitos Jarbas Vasconcelos do MDB e Humberto Costa do PT. 



Já passava das 23:00 de ontem, domingo dia 07/10, quando no final da apuração das últimas urnas do estado de Pernambuco, o nome da deputada Roberta Arraes apareceu na lista dos eleitos. 
Uma grande festa foi feita pelos militantes na noite de ontem na casa da deputada eleita Roberta e do ex-prefeito Alexandre Arraes, a qual se estendeu até a frente do comitê em frente a Igreja Matriz de Araripina. 

Outro deputado eleito que também representará o Araripe na Assembleia Legislativa é de Ouricuri e chama-se Antonio Fernando, PSC. O mesmo foi eleito com 27.505 votos. Os outros candidatos a estadual da região, Socorro Pimentel do PTB, com 34.675 votos, Dr. Aluízio Coelho do PSC, com 11.979, Dr. Anderson Aquino do PC do B, com 9.108 e Lamarth Piancó do AVANTE, com 3.548, não conseguiram se eleger. 
Para a noite desta segunda-feira 08/10, está prevista uma grande carreta da vitória  em Araripina, organizada pela militância para comemorar a releição da deputada estadual Roberta Arraes, e os detalhes serão informados através das redes sociais logo mais à tarde. 


Reportagem/ Fotos – Fredson Paiva

Paulo Câmara é reeleito governador de Pernambuco

Paulo posou ao lado da esposa, Ana Luiza e as filhas
Paulo posou ao lado da esposa, Ana Luiza e as filhasFoto: Arthur Mota/FolhaPE
Paulo Câmara foi reeleito governador de Pernambuco. Ele teve 50,70% dos votos válidos, num total de 1.918.219. O segundo colocado foi Armando Monteiro (PTB), com 35,99% - numericamente, 1.361.588 votos. 

Dani Portela, do PSOL, chegou a 4,97% dos votos válidos - 188.087. Julio Lossio (Rede) somou 4,67% (176.492). Maurício Rands (Pros), 3,43% - 129.712 , e Simone Fontana (PSTU), 0,24 (9.067 votos).
Em Pernambuco, foram 3.783.165 votos válidos. Um total de 1.239.611 eleitores (22,.99%) anulou o voto para presidente, enquanto 368.863 (6,84%) votaram em branco.

Campanha

Durante toda a campanha eleitoral, a principal estratégia governista foi carimbar Monteiro como integrante da "turma do Temer". A fórmula foi usada repetidamente no programa eleitoral, em debates e nos principais discursos.

Armando Monteiro, que votou contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), tinha em seu palanque dois ex-ministros do presidente Michel Temer (MDB): Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB).

A vitória de Paulo Câmara começou a ser traçada após acordo nacional entre PT e PSB, que conseguiu evitar a candidatura de Marília Arraes (PT), considerada bastante competitiva, em troca da neutralidade do partido do governador na disputa presidencial para isolar Ciro Gomes (PDT).

Câmara apoiou o impeachment de Dilma e votou em Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da eleição de 2014. Mesmo assim, contou com o apoio formal do PT em Pernambuco e fez uma campanha explorando a imagem do ex-presidente Lula, preso em Curitiba.

O governador eleito chegou a dizer, durante o processo eleitoral, que estava arrependido de ter apoiado a retirada de Dilma do poder. "No contexto histórico, me arrependo sim." Entre as principais promessas de campanha, destacam-se pagamento de 13º do Bolsa Família, crédito popular de até R$ 3.000 e implementação do ProUni Pernambuco.

Os principais desafios de Câmara na sua segunda gestão são geração de emprego e redução da violência. Em 2017, Pernambuco registrou 5.426 assassinatos, o maior número já contabilizado na história do estado. Em 2018, experimenta dez meses seguidos de redução da taxa de homicídios.

Paulo Câmara, 46, é casado com a juíza estadual Ana Luiza Câmara e tem duas filhas. Servidor público há 25 anos, fez carreira como auditor do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE). Foi secretário de Administração, Turismo e Fazenda durante gestão do ex-governador Eduardo Campos, que era seu principal padrinho político.

Em 2014, foi escolhido por Eduardo Campos, morto em acidente aéreo durante a campanha presidencial daquele ano, para ser o candidato ao governo de Pernambuco. Derrotou Armando Monteiro também no primeiro turno e conseguiu ser o governador mais bem votado do país, com 68% dos votos.

Minas sepulta vida pública de Dilma, que fica em 4º para o Senado

PT queria redenção de Dilma para tentar deslegitimar impeachment
Diário do Poder / Foto: reprodução
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) não conseguiu se eleger senadora de Minas Gerais neste domingo (7), contrariando as pesquisas eleitorais, que a indicavam como líder desde o início da campanha. A petista obteve 15,21% dos votos e ficou em quarto lugar, com 98% das urnas apuradas.
A eleição representaria uma espécie de compensação e reconhecimento de que houve injustiça no impeachment de 2016, segundo petistas e eleitores ouvidos pela reportagem. Mas foram eleitos para o Senado o deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM) e o jornalista Carlos Viana (PHS), com 20,54% e 20,30% dos votos respectivamente.
Advogado, o senador eleito Rodrigo Pacheco venceu sua primeira eleição em 2014 e presidiu a Comissão de Constituição e Justiça durante o trâmite do impeachment na Câmara, em seu primeiro mandato.
Viana teve o apoio do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS) e foi apresentador de TV.
Ao votar na manhã deste domingo, Dilma disse que esta eleição é a mais importante dos últimos anos por ser a “eleição da democracia”.
“Estamos reafirmando a democracia no Brasil, que foi tão golpeada tanto no processo de impeachment como na sucessão do processo de impeachment, aprovando agendas que não tiveram nenhum voto na eleição de 2014”, completou.
Estrela do PT de Minas foi vaiada na seção
Dilma foi vaiada na seção eleitoral, mas também recebeu gritos de apoio e abraços. Ao contrário, durante a campanha foi recebida como estrela em eventos pela militância e encontrou poucos episódios de hostilidade.
A eleição de Dilma era prioridade para o PT. Com um teto de gastos de R$ 4,2 milhões, a petista havia recebido R$ 4.201.928,82 até sábado (6) –0,7% veio de financiamento coletivo e o restante é verba do partido.
As despesas contratadas somavam R$ 4,17 milhões. Dilma declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 1,94 milhão. Em 2014, declarou R$ 1,75 milhão.

“A luta agora é contra o fascismo”, diz Humberto,

Reeleito senador por Pernambuco com mais de 1,7 milhão de votos, o líder da Oposição ao governo Temer no Senado, Humberto Costa (PT), declarou, ontem, que a Frente Popular de Pernambuco saiu forte e vitoriosa das urnas e que a luta, agora, é contra o fascismo, representado por Jair Bolsonaro (PSL). 
Para Humberto, a aliança do PT com o PSB no estado foi um dos fatores que impediu que o capitão reformado ganhasse as eleições presidenciais no dia de hoje.
“Essa recomposição de forças históricas pernambucanas, que contou também com o PCdoB, ajudaram a evitar uma vitória já no primeiro turno. A certeza que construímos um bloco sólido para construir um Brasil muito melhor está aí hoje: Paulo Câmara reeleito no 1° turno e Fernando Haddad com quase metade dos votos aqui em Pernambuco”, afirmou.
Segundo ele, se não fossem o Nordeste e essa aliança, “esse figura obscurantista e medieval” estaria hoje eleito e com data marcada para colocar a faixa presidencial. “O povo de Pernambuco elegeu toda a nossa chapa majoritária, que inclui Jarbas Vasconcelos ao Senado. Isso mostra que a montagem da frente deu frutos nessa primeira etapa. Agora, podem ter certeza, Paulo e o restante do nosso bloco vamos comandar a vitória de Haddad no 2° turno”, avalia.
O parlamentar acredita que a disputa pelo Palácio do Planalto vai se tratar da defesa da democracia, de um lado, contra a barbárie, do outro. “Teremos a chance de nos reafirmarmos como uma civilização. Vamos enfrentar um 2º turno que não será fácil, contra um jogo pesado de mentiras. Mas tenho certeza que Pernambuco vai dar uma contribuição importante para a vitória de Haddad”, comentou.


Humberto volta ao Senado para mais um mandato até fevereiro de 2027. Ele agradeceu imensamente aos pernambucanos a reeleição e afirmou que retribuiria os votos que recebeu com mais trabalho pelo Estado todo dia.