PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

21 agosto 2017

Ministro nega redução do salário mínimo

O Globo
O governo entrou em campo para desmentir boatos de que teria reduzido o salário mínimo. Neste domingo, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, gravou um vídeo esclarecendo que o valor efetivo do piso do soldo só será conhecido em dezembro, e que as projeções de queda de R$ 10 no salário mínimo aconteceram por conta da queda da inflação.
— Não é verdade que o governo reduziu o salário mínimo. O que está valendo hoje, para 2017, é o salário mínimo de R$ 937, e para 2018 vale o que está na lei. Ou seja, o salário mínimo será reajustado pela inflação — disse Dyogo em vídeo de menos de um minuto, em que ataca "falsas notícias".
Na última quarta-feira, o governo divulgou uma nova projeção para o salário mínimo em 2018: R$ 969, R$ 10 a menos dos R$ 979 previstos inicialmente. Segundo Dyogo, isso se deu por conta da queda da projeção da inflação para o ano que vem: em nova análise, a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ficou em 4,2%, ante a previsão de 4,5%.
O salário mínimo, que será anunciado em dezembro e entrará em vigor em janeiro, é calculado em função da variação do INPC no ano anterior e também do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. O piso do soldo federal é de R$ 937. No Rio, é de R$ 1.136,53.

Tucanos pró Temer exigem Tasso fora do cargo

A ala do PSDB que defende o apoio ao governo Michel Temer vai partir para o tudo ou nada. Ela quer a saída de Tasso Jereissati (CE) da presidência interina da sigla até o fim desta semana. Diz que, se Aécio Neves (MG) não encontrar um substituto, o PSDB vai perder deputados. Entre os que ameaçam deixar a sigla estão quadros históricos e fundadores da legenda. O mineiro está licenciado da direção do partido desde o estouro do escândalo da JBS — e não quer retomar o posto agora.
O impasse no tucanato parece intransponível. A gota d’água foi a publicação de um cronograma das convenções do partido. Tasso tinha dito que só oficializaria o calendário após discussão com os vices-presidentes, mas fez o anúncio na sexta (18).
A ala anti-Tasso fará reunião na noite desta segunda (21), em Brasília, para comunicar Aécio sobre sua posição. Dois governadores foram chamados: Marconi Perillo (GO) e Reinaldo Azambuja (MS). Ao menos dez parlamentares estariam dispostos a sair se o cearense continuar no cargo.
Com a sigla dividida, o grupo que apoia Tasso Jereissati também promete reagir a uma eventual deposição. Qualquer desfecho deixará uma fratura exposta.  (Painel - Folha de S.Paulo)

18 agosto 2017

PAPOCA !!!! ou JÁ PAPOCOU?

Notícia divulgada pelo jornal do comercio na data de hoje, traz a Deputada Socorro Pimentel liderando o ranking na compra de notas fiscais, quando usou de verba indenizatória na ALEPE,  o valor de 316.492,95 (trezentos e dezesseis mil quatrocentos e noventa e dois reais e noventa e cinco centavos), através de vendas de notas por empresas que o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco apontou como fantasmas.
Agindo de maneira dolosa e fraudulenta a Deputada apresentou notas fiscais, comprovando "Supostos Gastos", incorrendo em improbidade administrativa, fraude de notas fiscais, estelionato e quebra de decoro parlamentar. Com esses crimes a mesma pode perder o seu cargo de Deputada Estadual.

Militantes anti-Lula presos com arma em Salvador

17/08/2017- Bahia- A VIAGEM DO EX-PRESIDENTE PELO NORDESTE- Lula chega a Bahia Foto: Ricardo Stuckert ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Folha de S.Paulo – Catia Seabra e João Pedro Pitombo
Cinco militantes anti-Lula foram detidos pela Polícia Militar da Bahia na noite desta quinta-feira (17) após um deles sacar uma arma durante chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Salvador.
Adjalbas Pereira (que se identificou para a Folha como sendo policial) foi detido, segundo o major responsável pela segurança do ato. E será submetido a exame para confirmar se havia atirado para o alto no momento em que a van de Lula passava diante da calçada onde os cinco carregavam faixas em favor de intervenção militar no Brasil.
Lula chegou a Salvador às 16h30. E pegou metrô para chegar à Arena Fonte Nova. No trem, viajou na cabine.
No meio do caminho, um grupo exibia faixas contra o ex-presidente. Policiais cercaram os manifestantes para que não houvesse confronto com apoiadores de Lula.
Segundo os policiais, um deles sacou a arma. Pereira e Marcelo Vasconcelos (que se identificou como blogueiro) já haviam discutido com petistas horas antes, dentro da estação onde Lula era aguardado.
Diante da Arena Fonte , um manifestante de apelido Jarrão também foi detido sob acusação de porte de armas.
Ele e cerca de 30 manifestantes anti-Lula faziam um protesto em frente ao estádio. Diante de um boneco gigante do "pixuleko", um repetia em um carro de som que todos de vermelho eram vagabundos.
O boneco foi destruído até a dentadas.

Hospital Municipal de Trindade dispõe na maternidade de enfermeira obstetra e teste do coraçãozinho para o recém-nascido

Desde o início da gestão do prefeito Dr Everton Costa (PSB) todas as gestantes que usam dos serviços públicos tem atenção e cuidados necessários. Por meio da Secretaria de Saúde, a maternidade que fica localizada dentro do Hospital Municipal Maria Venerí ganhou desde fevereiro do corrente ano uma enfermeira obstetra que atende diariamente e também toda assistência para a gestante que passa por pré-natal de alto risco, além disso o setor dispõe ainda do teste do coraçãozinho para os recém-nascidos.


De acordo com a enfermeira obstetra Dra Anne Raphaele, existe um importante atendimento com as gestantes e também com o recém-nascido. “Os cuidados com cada gestante é fundamental para que a criança nasça com segurança, saúde e qualidade. Logo após o bebê receber alta com a mamãe já sai com a consulta pediátrica marcada para um melhor acompanhamento”, disse.
A ala da maternidade dispõe de uma sala bem equipada para o parto e uma sala de observação caso o bebê venha necessitar. O recém-nascido recebe diversos exames, dentre eles estão o teste do pezinho e agora conta com uma importante novidade o teste do coraçãozinho.
O teste é rápido, leva menos de 5 minutos para ser realizado,  simples e indolor que, através de uma pulseira (oxímetro), mede-se o nível de concentração de oxigênio (igual ou superior a 95%) no sangue e, desta forma, é possível verificar se a criança é saudável ou apresenta algum problema no coração, tudo isso para garantir mais qualidade e atendimento para a tranquilidade de vida do bebê e a felicidade da mamãe. Este teste é realizado no bebê recém-nascido, na própria maternidade, após completarem 24 horas de nascimento.

A diretoria do hospital junto à secretaria está buscando providenciar o registro de nascimento, para que o bebê possa sair de alta já com o seu documento, uma importante novidade para as famílias trindadenses.

Da Assessoria de Comunicação/Saúde PMT

17 agosto 2017

Deputada Roberta Arraes fala sobre a permanência da Hemobrás em Pernambuco

A deputada Roberta Arraes (PSB) fez uso na tarde de hoje (16), da tribuna da Alepe, para falar da permanência da Hemobrás em Pernambuco.
A parlamentar expressou sua felicidade diante da informação da decisão do governo federal, de manter em solo pernambucano o projeto original da fábrica.
“A permanência das operações da Hemobrás em território pernambucano é de grande importância para todos nós, levando em conta os recursos públicos já investidos em goiana e no seu entorno”, afirmou.
No último dia 7 de agosto, foi realizada uma audiência pública pela Comissão de Saúde e Assistência Social, a qual Roberta Arraes é presidente, para discutir a permanência da Hemobrás em Pernambuco, por iniciativa da deputada Priscila Krause.
A partir dali então, houve uma grande mobilização da bancada estadual e federal pernambucana para a fábrica não sair do estado.
“Foi uma conquista conjunta, sem interesses partidários. Agora vamos continuar nosso trabalho para a conclusão das obras e seu funcionamento”, finalizou.

RÁDIO NOVA ARARIPE FM COMPARTILHANDO EMOÇÕES

Saiu o prêmio do cantor misterioso da nova Araripe FM, a Girleide Mendes acertou o nome da dupla que estava cantado Tupã Brasil e Brasãozinho e ganhou 500 Reais                         

O quadro foi apresentado no programa manhã da gente com Rinaldo Ferreira o titular do programa e a participação de Chico Lima a emissora bateu Record de Audiência e ligações ao vivo, em breve vem outras promoções e sorteios, ficar ligado na 89,7 a Rádio que compartilha emoções

16 agosto 2017

Caravana de Lula pelo Nordeste enfrenta percalços

A agenda da viagem do ex-presidente Lulapelo Nordeste incluirá o encontro com um reitor que foi ameaçado, uma honraria que está sendo contestada na Justiça e a entrega de um título de cidadão proposto há duas décadas.
A caravana que será iniciada nesta quinta (17) em Salvador e passará por 28 municípios nordestinos demandou engenharia complexa para conciliar homenagens ao ex-presidente em nove Estados.
Na Paraíba, o ex-presidente vai receber um título de cidadão de João Pessoa proposto em 1997 pelo então vereador Júlio Rafael (PT), morto em 2013. A proposta, aprovada na época, foi resgatada pelo vereador Marcos Henriques (PT).
O ato, contudo, acontecerá sem a presença da Mesa Diretora da Câmara: "Não vamos participar. Entendemos que é um contrassenso entregar um título a alguém condenado por corrupção", diz o vice-presidente da Câmara, vereador Lucas de Britto (PSL).
A honraria de duas décadas atrás foi a solução encontrada após a entrega de título de doutor honoris causa ao ex-presidente não ter sido confirmada pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba).
O ato chegou a ser divulgado pelo PT, mas a reitora Margareth Diniz informou que não teria tempo hábil para organizar a solenidade. Segundo ela, "não há viés político" na decisão de postergar a entrega do título, aprovado pela universidade em 2011.
Em Alagoas, por outro lado, a entrega do título de doutor honoris causa a Lula foi confirmada pela Uneal (Universidade do Estado de Alagoas). O ato acontecerá na quarta (23) em Arapiraca.
O reitor da universidade, Jairo José Campos da Costa, diz ter sido ameaçado de morte no final de julho, dias depois da divulgação da homenagem.
Já na Bahia bastaram três semanas para que a Universidade Federal do Recôncavo propusesse, aprovasse e marcasse a data para a entrega de honraria semelhante.
O vereador de Salvador Alexandre Aleluia (DEM), porém, entrou com ação popular na Justiça Federal pedindo a suspensão da homenagem. "A gente não pode achar normal que se conceda uma honraria a uma pessoa que foi condenada. Criminoso não merece título, merece sentença", diz o vereador, que também questiona o uso da universidade como palco de "campanha antecipada".
Em entrevista a uma rádio, o ex-governador Jaques Wagner (PT-BA) disse que o vereador era movido pela "inveja". "Quem sabe, se trabalhar, ele pode chegar ao nível que o presidente Lula chegou."
Em Estância (SE), o vereador Sandro de Bibi (PRB) entrou com um pedido de anulação do título de cidadão que será concedido ao ex-presidente. Ele alega que a homenagem foi aprovada em regime de urgência, desrespeitando o regimento interno.
O PT também teve que mudar a programação em Salvador –um ato que seria realizado no Cerimonial Pupileira, administrado pela Santa Casa da Bahia, foi transferido para a área interna do estádio da Fonte Nova.
Presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação afirma que a administração da Santa Casa vetou o uso do local, alegando que seria inadequado para eventos políticos. Jaques Wagner disse que houve "preconceito" com Lula.
A Santa Casa nega veto e diz que o ato foi anunciado no local pelo PT antes que um contrato fosse firmado.

Dia de índio (ou de ruralista)

Brasília (DF), 06/11/2012 - Índigenas das tribos Maranhenses de Kanela, Gavião e Guajajara fazem protesto em frente ao Palácio do Planalto. Eles pedem a presidente Dilma a demarcação de suas terras habitadas, que são objeto de disputa com fazendeiros locais.
Indígenas das tribos Kanela, Gavião e Guajajara fazem protesto em frente ao Palácio do Planalto
Bernardo Mello Franco - Folha de S.Paulo
A disputa pela terra terá um dia decisivo nesta quarta. O Supremo Tribunal Federal deve analisar três ações vitais para o futuro dos povos indígenas e quilombolas no Brasil. Eles tentam resistir ao avanço dos ruralistas, que contam com o apoio de Michel Temer.
Em duas ações, o governo de Mato Grosso questiona a demarcação de áreas incluídas em reservas indígenas e no Parque Nacional do Xingu. Na terceira, o DEM pede a derrubada do decreto que permite a titulação de terras de descendentes de escravos. (Em outro surto antiabolicionista, o partido já tentou revogar as cotas para negros em universidades. Perdeu de 10 a 0 no Supremo.)
Os fazendeiros querem que o tribunal reconheça a tese do "marco temporal". Por esta interpretação, os índios só poderiam reivindicar terras que já ocupavam em 5 de outubro de 1988, dia em que a Constituição foi promulgada. Seria um bom negócio para as tribos se a data escolhida fosse outra, como 22 de abril de 1500.
O caso do Xingu, demarcado em 1961 pelo antropólogo Darcy Ribeiro, resume bem o que está em jogo. De acordo com a turma do agronegócio, o parque teria incluído terras que não eram habitadas por indígenas. A ação pede uma indenização financeira, mas embute o desejo de substituir a floresta por plantações de soja.
A luta pela terra é desigual por natureza. Opõe setores organizados, com poder político e econômico, a comunidades que dependem da proteção do Estado para sobreviver. O desequilíbrio da balança se agravou com a aliança entre Temer e os ruralistas. Com Executivo e Legislativo do mesmo lado, a mediação do Judiciário ficou ainda mais importante.


"Se o Supremo não atuar em defesa dos direitos dos povos indígenas e quilombolas, vamos assistir a um crescimento dos conflitos no campo", alerta o advogado Darci Frigo, presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos. A escalada da violência nos últimos meses sugere que ele tem razão. 

A esperteza dos delatores

O novo caso envolvendo Joesley Batista foi revelado pelo procurador Ivan Marx
O Estado de s. Paulo

Que o empresário Joesley Batista fez um negócio da China ao delatar o presidente Michel Temer em troca de total imunidade para os muitos crimes de corrupção envolvendo políticos, empresários e funcionários que confessou ter cometido, todos já sabiam. Agora, porém, surgem suspeitas de que Joesley e os executivos de sua empresa, a JBS, fizeram a bombástica delação também com o objetivo de ficarem livres de punição por supostas fraudes cometidas nos investimentos bilionários que o conglomerado recebeu do BNDES. Essa mutreta, se comprovada, reforça a sensação de que o instrumento da delação premiada, aplicado apressadamente por setores do Ministério Público, não tem servido apenas para esclarecer crimes e desmontar quadrilhas, mas também para livrar criminosos da prisão, enquanto dá a falsa impressão de que a corrupção está sendo combatida.
O novo caso envolvendo Joesley Batista foi revelado pelo procurador Ivan Marx, do Ministério Público Federal em Brasília. Responsável pela Operação Bullish, que investiga fraudes na concessão de aportes do BNDES, Marx disse que foram detectados problemas em contratos com a JBS que resultaram em perdas de mais de R$ 1 bilhão.
A JBS, como se sabe, foi uma das empresas mais beneficiadas pela política de incentivos aos “campeões nacionais” levada a cabo nos governos de Lula da Silva e de Dilma Rousseff. Entre 2005 e 2014, recebeu nada menos que R$ 10,63 bilhões do BNDES, transformando-se, da noite para o dia, na maior empresa do mundo no segmento de carne processada.
Em sua delação, os executivos da JBS informaram que em 2005 a empresa pagou propina para o então presidente do BNDES, Guido Mantega, para que este atuasse em favor da companhia. Afirmam, porém, que não houve fraude na análise técnica para concessão dos recursos, ou seja, embora Joesley tenha dito que os aportes do BNDES não sairiam sem a propina paga a Mantega, os delatores afirmaram desconhecer qualquer irregularidade.
O procurador Ivan Marx, no entanto, diz que as investigações apontam crime de gestão temerária nos processos favoráveis à JBS. “O BNDES não fez isso sozinho. Foi sempre por demanda deles (JBS)”, declarou Marx, acrescentando o que, a esta altura, começa a ficar óbvio: “Os executivos (da JBS) vão lá, fazem uma delação, conseguem imunidade e agora não querem responder à investigação”. O procurador informou que vai apresentar denúncia contra os executivos da JBS independentemente do acordo que a Procuradoria-Geral da República fez com Joesley Batista e seus acólitos.
Essa situação evidencia que as delações premiadas se transformaram em um bom negócio. Em vez de se prestarem a orientar investigações, as colaborações têm servido para livrar criminosos e até ocultar crimes, como no caso da JBS, desde que se entregue o que certos procuradores desejam – nomes graúdos da política. Parece estar em curso uma espécie de certame entre delatores em potencial, cuja colaboração só será considerada válida se dela constarem os nomes do presidente da República ou, na pior das hipóteses, de algum de seus ministros mais importantes.
É evidente que esse procedimento deslegitima o instrumento das delações premiadas, monopolizadas pelo Ministério Público como se fossem parte da acusação, e não da investigação. Essa distorção explica o entrevero ora em curso entre o Ministério Público e a Polícia Federal no que diz respeito às delações.
A Procuradoria-Geral da República entrou com ação no Supremo Tribunal Federal para questionar os artigos 2.º e 6.º da Lei 12.850/2013, que atribuem a delegados de polícia o poder de realizar acordos de delação. Para o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da força-tarefa da Lava Jato, a prerrogativa de fazer acordos de delação é do Ministério Público, pois “só o Ministério Público pode acusar”. Já o diretor da Polícia Federal, Leandro Daiello, lembrando o óbvio, disse que a colaboração premiada é apenas “um instrumento de investigação”. Ou seja, não se pode tratar a delação como base da acusação, pois isso não apenas distorce a natureza desse instrumento, como confere ao delator uma importância desmesurada, e que acaba justificando prêmios igualmente desmedidos.

Pesquisa: medo dos extremos e aposta no centro

Itamar Garcez - Blog Os Divergentes
Pesquisa realizada pela XP Investimentos indica Geraldo Alckmin e João Dória, governador de São Paulo e prefeito da capital paulista, como os mais prováveis presidentes da República em 2019. Esta, pelo menos, é a percepção de investidores do mercado financeiro.
A mesma apuração prevê queda acentuada das ações da bolsa de valores caso Lula ou Jair Bolsonaro conquistem um mandato presidencial. As percepções do mercado refletem o medo dos extremos e a preferência por políticos moderados.
Os dados foram coletados na primeira semana de agosto. Foram ouvidos 168 investidores institucionais e 400 assessores das principais instituições do mercado financeiro brasileiro. Juntas, elas são responsáveis por “50% dos recursos sob gestão dentro do setor”. Economistas, consultores e gestores de recursos, entre outros, integram o grupo de respondentes.
Na primeira pergunta – quem será o vencedor em 2018 – 42% cravaram o nome de Dória, enquanto 38%, o de Alckmin. Lula ficou com 6%, Marina Silva e Jair Bolsonaro, 3% cada. Álvaro Dias, 2%.
À pergunta “Quem seria um vencedor alternativo?”, os investidores apontaram Luciano Huck (13%), Henrique Meirelles (13%), Joaquim Barbosa (13%), Bernardinho (11%) e Fernando Haddad (9%) como os eventuais futuros presidentes. Outros nomes ficaram abaixo dos 7%.
Bolsa: entre lucros e perdas
Quando instados a responder sobre o que mais entendem – investimentos -, a quase totalidade anteviu cenário catastrófico na hipótese de vitória de Lula: 96% preveem queda da bolsa em relação aos patamares atuais. No caso de Bolsonaro, 88% apontam no mesmo sentido.
Se a bolsa vai cair com a ascensão dos extremos ideológicos à presidência da República, o câmbio vai se desvalorizar caso um desses dois se sagre vencedor. Com Lula, as probabilidades são de alta do dólar para 98% dos entrevistados. Com Bolsonaro, 89%.
Os hoje tucanos, por seu turno, produziriam lucros recordes para os investidores em ações de empresas brasileiras. Alckmin impulsionaria alta acima dos 70 mil pontos para 75% dos respondentes. Dória presidente levaria o índice da bolsa a galgar mais de 70 mil pontos para 90% dos entrevistados.
Dólar abaixo dos R$ 3,00 é a previsão de 46% desses investidores na hipótese de Alckmin conquistar o Palácio do Planalto. Se Dória for o novo ocupante da principal sala do 3º andar do Planalto, 75% apostam em dólar aquém dos R$ 3,00.
Falta muito tempo para as eleições de 2018 e não é possível prever quem serão os postulantes oficiais. Políticos tradicionais estão se movimentando. Os arrivistas estão à espreita. Parece certo, no entanto, a inclinação daqueles que todos os dias especulam com bilhões de reais.

Aumento do rombo fiscal atacado por parlamentares

Henrique Meirelles anuncia nova meta fiscal com déficit de R$ 159 bilhões
Folha de S.Paulo 
Talita Rodrigues e Ranier Bragon

Parlamentares reagiram ao anúncio feito pelo governo na noite nesta terça-feira (15), de elevar o deficit fiscal deste ano de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões. Para ter validade, é preciso agora que deputados e senadores aprovem os novos indicadores em sessão conjunta do Congresso.
Para o líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), a meta é uma "demonstração clara da falência da política econômica do governo". Ele lembra que há um ano, a ex-presidente Dilma Rousseff sofreu um impeachment por ter provocado desequilíbrio nas contas públicas.
"Ao longo desse mais de um ano de governo Temer esse desequilíbrio só tem aumentado e os cortes que têm sido feitos, na verdade, têm atingido programas sociais e investimentos públicos que poderiam gerar atividade econômica, emprego e receita para o governo", disse.
Para o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), o governo "não fez a tarefa de casa". Ele avalia que o presidente Michel Temer assumiu o Palácio do Planalto sob o argumento de colocar em ordem as contas públicas, mas que os gastos aumentaram nesse período. "O governo já chegou deixando que se criassem novos ministérios e reajustou salários de funcionários públicos", afirmou.
Para Caiado, o anúncio feito nesta terça atinge a imagem do governo. "Atinge a credibilidade até porque o governo veio com esse compromisso, de cumprir a meta fiscal. De realmente ser um governo de austeridade e você não viu nada disso. Nós não vimos nenhum corte na máquina pública", disse.
O líder do DEM acusou ainda o Planalto de "cada vez mais ceder às pressões das corporações".
CONGRESSO
A nova meta fiscal foi antecipada pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e confirmada minutos depois pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em conjunto com Dyogo Oliveira (Planejamento).
A fixação de um deficit de R$ 159 bilhões, tanto para 2017 quanto para 2018, põe fim a um longo impasse entre as equipes política e econômica do governo.
O anúncio da meta foi adiado por mais de uma vez e já se chegou a falar em um rombo de até R$ 170 bilhões nas contas públicas, número rejeitado na segunda (14) pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Para ter validade, o indicador precisa ser encaminhado como projeto de lei e aprovado pelo Congresso. Parlamentares, tanto da base quanto da oposição, reconhecem que esse não será um processo simples.
"Não vai ser tranquilo, vai haver embate político", disse Jucá.
Costa pondera que o governo terá de justificar os números que justificam um deficit maior. "Eu só acredito que só vai passar aqui no Congresso se o governo disser quais são as prioridades para ampliar esse endividamento. Se for para pagar juros ou qualquer coisa assim certamente não terá apoio do Congresso", declarou.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez apenas um comentário lacônico sobre a nova meta. "Atualmente acho difícil que ele [presidente Michel Temer] tomasse uma decisão diferente da que tomou".