PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

02 abril 2024

Presidente da CCLJ quer apressar votação de extinção de faixas salariais

 

O presidente da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Antônio Moraes (PP), tenta, apesar da relutância da maioria dos membros do colegiado, apressar a votação sobre a constitucionalidade do projeto de lei que extingue as faixas salariais. 

A pressa fez, inclusive, com que o parlamentar fechasse o microfone do vice-presidente da Comissão, deputado Romero Albuquerque (UB), que pediu requerimento para que houvesse mais tempo para analisar o parecer da relatora Débora Almeida (PSDB). 

Em uma postura contraditória, ao mesmo tempo em que disse que considera as faixas salariais inconstitucionais, a relatora em seu parecer, indicou pela constitucionalidade do projeto enviado pela governadora, de quem é aliada de primeira hora. Nem Romero Albuquerque nem os demais deputados tiveram acesso prévio ao documento.

“Que vote com sua consciência”, disse Antonio Moraes, sob protesto do vice-presidente da CCLJ.

O principal imbróglio se deu em razão da apresentação, por parte de Antônio Moraes, de uma tabela que até então não havia sido votada. Nela, o presidente do colegiado afirmou que o projeto enviado pela governadora vai ofertar mais ganho para toda a categoria. 

O documento, considerado apócrifo pelo deputado Alberto Feitosa (PL), por não conter qualquer assinatura, principalmente por parte da Secretaria de Administração do Estado, foi apresentado na abertura da sessão.

“Essa tabela não bate com o que a categoria tem em mãos e só mostra a total falta de diálogo do Governo do Estado com a categoria e com os parlamentares desta Casa Legislativa de um tema crucial que é a Segurança Pública de Pernambuco”, questionou Feitosa.

A sessão continua, neste momento, com Romero Albuquerque dando seu parecer sobre o projeto de lei.

Desincompatibilização: quais casos têm que se afastar até o dia 06 de abril?

 

Primeira regra básica da desincompatibilização: os prazos variam de acordo com a função ocupada pela pessoa interessada e com a vaga para a qual ela deseja concorrer na eleição. Ou seja, nas Eleições 2024, se irá concorrer para vereador ou para prefeito. Esses prazos são baseados em leis e decisões anteriores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Outra coisa, as datas são calculadas considerando o dia do primeiro turno do pleito, que, neste ano, será em 6 de outubro. Se afastar do cargo seis meses antes do pleito é a regra para quem deseja disputar para vereador na próxima eleição e ocupa cargo de relevância na gestão pública, como, por exemplo, ministro (a), secretário (a) de estado ou municipal, defensores públicos, magistrados (as), e membro dirigente de empresa pública (presidente, diretor, superintendente e dirigente).

Vale registrar que o prazo de desincompatibilização para concorrer para prefeito é menor. Nestes casos, o pré-candidato ao cargo máximo do executivo municipal tem que se afastar com até quatro meses da eleição, ou seja, o dia 06 de junho.

Assim, pré-candidatas e pré-candidatos devem se afastar (de forma temporária ou definitiva) do posto que exercem para concorrer ao pleito de prefeito ou vereador nas Eleições 2024 e respeitar os prazos de desincompatibilização exigidos por lei.

O objetivo é garantir igualdade de oportunidades ao evitar que futuras candidatas ou candidatos utilizem a estrutura pública e recursos para obter vantagens eleitorais diante dos concorrentes. Caso a pessoa continue exercendo a função após o prazo estipulado, ela incorre na chamada “incompatibilidade”, que é uma das causas de inelegibilidade previstas na Lei Complementar n° 64/1990.

A jurisprudência da Justiça Eleitoral é no sentido de que as causas de inelegibilidades não podem ser interpretadas de forma extensiva, por serem limitativas de direito político.

*Advogada especialista em Direito Eleitoral, atual Presidente da Comissão de Relações Institucionais da OAB/PE, membro fundadora e ex-presidente do Instituto de Direito Eleitoral e Público de Pernambuco (IDEPPE), membro fundadora da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP) e autora de livros.

Tragédia: Duas mulheres e uma criança morrem após carro ficar submerso em canal em Santa Cruz do Capibaribe


 Duas mulheres e uma criança morreram na noite do último domingo (31) após o carro que elas estavam ficar submerso dentro de um canal no bairro São Jorge, em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste. O veículo em que as vítimas estavam foi arrastado por uma correnteza provocada pelas chuvas registradas no município.

As vítimas eram mãe, filha e uma amiga da família. No veículo também estava o pai da criança, que conseguiu sair do carro antes que ele afundasse.

As vítimas foram identificadas como:

  • Luna Safira, 2 anos
  • Diana Maria Barbosa, 30 anos
  • Sara Ferreira de Melo, 29 anos

Testemunhas informaram que os quatro ocupantes do veículo, sendo as três vítimas e o homem que sobreviveu, haviam viajado para Santa Cruz do Capibaribe durante o dia e voltavam para a cidade de Jataúba no momento do acidente. Uma das vítimas, Sara Ferreira, era natural de Camalaú, na Paraíba, e era amiga da família.

Na manhã desta segunda-feira (1º), o corpo de Luna Safira foi localizado a cerca de 50 metros de distância de onde o veículo havia sido visto na noite anterior. De acordo com o Corpo de Bombeiros, foi localizado o corpo da segunda vítima, Diana Maria, mãe de Luna.

O corpo de Diana foi localizado ainda durante a manhã, numa localidade conhecida como Vila do Amor. “A ocorrência segue em andamento até a localização da última vítima que estava no veículo”, disse a corporação. (g1 Caruaru)

Ex-gerente da agência do Banco do Brasil de Araripina tenta matar esposa, filha, e cunhado a tiros

 


Populares conseguiram salvar a vida de um homem que tentava praticar suicídio na manhã deste domingo, 31, em uma estrada próxima à cadeia pública no bairro Manoel Chéu, em Garanhuns. O indivíduo, José Marques Gomes de Araújo, ex-gerente do Banco do Brasil de Araripina, no Sertão de Pernambuco, havia tentado assassinar a tiros a esposa, uma filha e o cunhado no município de Buíque/PE. Ele estava sendo seguido por policiais militares que tentavam realizar a prisão. Após o ocorrido, ele foi preso em flagrante ao dar entrada no Hospital Regional Dom Moura.

Conforme a polícia, as tentativas de homicídios ocorreram no Sítio Campinho II, na zona rural de Buíque. Os envolvidos relataram que a esposa de José Marques estava bebendo numa residência vizinha quando ele pediu para ela retornar para casa; em seguida, houve um desentendimento com moradores do local. Então, o indivíduo pegou um revólver e foi até a residência onde ela estava e atirou nela, na filha e no cunhado. Posteriormente, fugiu numa caminhonete. As vítimas baleadas foram socorridas ao hospital de Arcoverde.

Após o incidente, policiais militares iniciaram diligências para capturar o suspeito, que iniciou a fuga em direção à cidade de Garanhuns. Foi quando populares visualizaram a caminhonete parada próxima à cadeia e um indivíduo tentando suicídio com uma corda, mas intervieram e conseguiram evitar.

O indivíduo foi socorrido ao Hospital local, onde acabou sendo preso pelas equipes policiais que faziam as buscas. Ainda segundo a polícia, a arma utilizada no crime foi apreendida e entregue à polícia civil. José Marques foi liberado após atendimento médico e encaminhado à delegacia de polícia, sendo autuado em flagrante pelos crimes praticados. Não há informações sobre o estado de saúde das vítimas. (Portal Agreste Violento)

Sudene destaca ações de fomento à inovação no Finep Day

 

Cada vez mais próxima do ambiente de inovação e empreendedorismo proposto pelo Governo Federal, a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) marcou presença no Finep Day, evento ocorrido hoje, em Recife, na sede da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe). Promovido pelo Departamento Regional da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o evento reuniu instituições, empreendedores e outros parceiros para promover intercâmbio de conhecimento e oportunidades de negócio. A Sudene foi representada pelo superintendente Danilo Cabral.

O encontro contou com a presença da Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, que defendeu enfaticamente a atuação do governo federal neste campo, considerado um dos maiores pilares da soberania nacional pela titular da pasta. “Um dos grandes pilares da geopolítica é o domínio tecnológico. Se nós não tivermos a verdadeira dimensão desses desafios, nós vamos ficar para trás. E se a desigualdade é real, ela se acentuará ainda mais, porque ela vai ter o fosso não só entre o hemisfério sul-global e o norte, mas entre as regiões, entre os países e entre classes sociais. Por isso mesmo, o presidente Lula tomou a decisão política desde o início do nosso governo de recompor integralmente o Fundo Nacional de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia, que é o principal recurso de fomento deste campo”, comentou a ministra.

Luciana Santos também destacou a execução de R$ 10 bilhões no exercício 2023 para projetos estratégicos de ciência e tecnologia. Esta ação, segundo a ministra, foi alinhada ao programa de governo proposto pelo Executivo Federal, direcionado a áreas como saneamento básico, agenda climática, combate à fome, entre outras.

O superintendente Danilo Cabral ressaltou a importância da ação integrada das instituições que atuam no setor de pesquisa e desenvolvimento. Para o gestor, esta é uma condição fundamental para viabilizar projetos que, de fato, dialoguem com as necessidades da região. “A Sudene veio aqui para que a gente pudesse dialogar com o setor produtivo. Quem participou de governo sabe que às vezes todo mundo pensa uma solução, mas às vezes cada um caminha no caminho próprio. E o que a gente está aqui mostrando é que é fundamental a gente agir de forma articulada, de forma integrada, em que o poder público, junto com a iniciativa privada e aqueles que fazem a pesquisa e a ciência, possa formular um pensamento e a partir desse pensamento a gente integra as soluções que são necessárias”, disse o gestor.

Destacando o protagonismo da Sudene no financiamento de projetos inovadores para o desenvolvimento regional, Danilo Cabral citou algumas iniciativas da autarquia neste cenário. Na oferta de crédito, o superintendente citou o montante recorde de R$ 44 bilhões em operações com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste em 2023. Considerando o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), operado pela Sudene, o valor chegou a R$ 1,2 bilhão, empregado em projetos de energia renovável.

Cabral também citou a aproximação da Sudene com as universidades e parques tecnológicos para o desenvolvimento de novos projetos na área de inovação. Uma as iniciativas mencionadas pelo gestor neste contexto foi o Impacta Bioeconomia, que vai identificar bioativos e bioinsumos que possam ser extraídos de forma sustentável dos biomas presentes na área da Sudene para viabilizar a produção de itens que englobam desde suplementos alimentares até medicamentos. “É isso que nós queremos: um Nordeste que seja inovador, justo, que todos tenham direitos às mesmas oportunidades, que seja respeitoso em relação à sua diversidade cultural e à sua biodiversidade” complementou.

Vale lembrar que um dos lançamentos mais recentes da Sudene para estímulo à inovação e empreendedorismo foi o Inova Mulher. O edital, que recebe inscrições até o dia 22 deste mês, vai selecionar projetos que apresentem soluções inovadoras para o desenvolvimento social, econômico e cultural da área de atuação da Sudene. As linhas prioritárias contemplam as áreas de economia criativa, bioeconomia e educação.

Relator no TRE-PR vota contra cassação de Moro

 

O desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, relator do processo que pede a cassação do senador Sergio Moro (União Brasil), votou pela improcedência da ação. Isso significa que ele entendeu que as acusações não procedem e que o cargo conquistado por Moro no senado deve ser mantido.

O segundo desembargador a votar, José Rodrigo Sade, pediu vista. Com isso, a continuidade da sessão ficou marcada para a quarta-feira (3). As duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) que pedem a cassação do mandato de Sergio Moro começaram a ser julgadas às 14h de hoje, no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), em Curitiba.

Moro responde por abuso de poder econômico na pré-campanha eleitoral de 2022. Ele foi eleito com 1,9 milhão de votos. As ações contra ele possuem teor similar e serão julgadas em conjunto pela corte. Além do relator, outros seis desembargadores irão votar.

Todos os membros da Corte votam, inclusive o presidente do TRE-PR, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, porque os processos envolvem possível perda de mandato. Em ações sem esse tipo de especificidade, o presidente só votaria em caso de empate.

Luciana quer que Lula mantenha posto com PCdoB se ela deixar governo para ser candidata a prefeita

 

Pressionada de todos os lados, a ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, quer ganhar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a promessa de que seu partido, o PCdoB, continuará à frente da pasta caso ela deixe o cargo para ser candidata a prefeita de Olinda (PE). Nos bastidores, auxiliares palacianos, no entanto, avaliam ser difícil firmar um compromisso desse com uma sigla (embora fiel) de apenas sete deputados.

O PCdoB está rachado sobre a ideia. Em Pernambuco, os comunistas entendem que a candidatura da ministra é competitiva e fundamental para a sobrevivência política da sigla no Estado. Já a direção nacional vê risco real de a aventura eleitoral custar o único ministério do partido. Procurada, Luciana Santos não quis se manifestar. Aliados dizem que ela resiste à ideia de ser candidata.

O Palácio do Planalto, neste momento, prefere não trabalhar com a hipótese de troca ministerial para não despertar um ataque especulativo. Luciana Santos não comunicou oficialmente que deixará o cargo. Nenhum outro ministro é cotado para disputar as eleições municipais. Pela legislação eleitoral, os ministros de Estado precisam deixar o posto até 6 de junho para se candidatar.

Aliados da ministra de Ciência e Tecnologia lembram que, nas tratativas para a reforma ministerial de setembro, Lula considerou remanejá-la para acomodar o Centrão no governo. O PSB, que se sente desprestigiado pelo presidente, também tem interesse em voltar à pasta que historicamente foi comandada pelo partido. O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em 2014, foi ministro entre 2004 e 2005, no primeiro governo Lula.

Se realmente decidir disputar as eleições municipais, Luciana gostaria de indicar a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) para o ministério. Outra opção seria o deputado federal Renildo Calheiros (PCdoB-PE). Mas interlocutores palacianos temem novas críticas da opinião pública se a representação feminina no governo federal diminuir ainda mais.

Apac emite alerta de chuvas para Agreste e Sertão

 

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu, hoje, um alerta de chuvas para duas regiões do Estado. De acordo com a Apac, o alerta é de estado de observação, principalmente nos períodos da tarde e noite.

São esperadas chuvas com intensidade moderada, mas algumas áreas podem ocorrer pancadas maiores num curto intervalo de tempo. As áreas onde há previsão de chuvas, de acordo com a Apac, são Agreste Central e Setentrional e Sertão de Pernambuco.

“Estamos com atuação do Sistema Meteorológico conhecido como l Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), sistema comum neste período que provoca chuvas no Sertão e Agreste, principalmente nos períodos da tarde e noite, em todas as regiões mais ao norte”, informou a Apac em nota.

Corte do Paraná reserva três sessões para julgamento de Moro

 

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná começou a julga nesta segunda-feira, 1º, as ações que atribuem abuso de poder econômico e caixa 2 ao senador Sérgio Moro (União-PR). Os processos foram movidos pelo PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e podem resultar na inelegibilidade do ex-juiz da Operação Lava Jato e ex-ministro da Justiça.

A Corte Regional reservou três sessões para o julgamento, que pode tomar ainda os dias 3 e 8 de abril. A previsão é a que a decisão do TRE saia no dia 8. Além disso, a Corte estima que, em caso de eventual recurso ao Tribunal Superior Eleitoral, as ações lá aportem em maio. As informações são do Blog do Fausto Macedo, do Estadão.

O Tribunal Regional Eleitoral entendeu que é necessário quórum completo para analisar o caso, em razão de se tratar de um processo que pode resultar em perda de mandato. Assim, o presidente, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, também vai votar no julgamento, sendo que, normalmente, ele só se manifesta em caso de empate.

O julgamento teve início com as sustentações orais da parte: primeiro as manifestações dos autores das ações (PT e PL) e da Procuradoria Regional Eleitoral e depois da defesa de Moro. Em seguida, o relator do caso Luciano Carrasco Falavinha, vai ler seu voto sobre o caso, dando o parecer a favor ou contra a condenação de Moro. Terá início então o momento de debates e de votação dos demais desembargadores do TRE-PR.

PL fala em ‘precedente necessário’; PT diz que ‘pré-campanha não é terra sem lei

O advogado Bruno Cristaldi, que representa o PL na ação, apontou que o total de gastos da campanha de Moro, calculada pela legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, totalizou R$ 5,5 milhões – o correspondente a 300% do limite que seria permitido de 30% do que seria a despesa, em média, de um candidato. O advogado deu ênfase a valores não computados pelo Ministério Público quando do cálculo do valor de campanha do senador, citando por exemplo a contratação de uma pesquisa sobre o apoio de evangélicos ao ex-pré-candidato à Presidência.

Cristaldi rebateu a alegação de que o julgamento pode estabelecer um ‘precedente perigoso’. “Precedente perigoso é pra quem pensava em burlar a lei ou institucionalizar esse caminho de se lançar uma candidatura inicialmente com teto de gastos extremamente maior e depois registrar a candidatura num menor e usufruir de um limite de gastos 20 vezes maior de pré-campanha. Se esse é o precedente que está a lançar quando se está a tratar de downgrade de candidatura, ele é necessário não perigoso”, anotou.

Tanto Cristaldi como Luiz Eduardo Peccinin, que representa o PT na ação contra Moro, citaram o julgamento que culminou na cassação da senadora Selma Arruda. O advogado do PL destacou como tal caso contribui com ‘experiência’ e ‘parâmetros com segurança da jurisprudência’ para orientar a análise do caso de Moro. Peccinin ressaltou que o caso de Moro é similar ao de Selma e talvez seja ‘pior’, considerando o volume de dinheiro envolvido, ‘muito maior’.

Segundo o advogado do PT, Moro e seus suplentes ‘se não tinham intenção clara de abusar, assumiram totalmente os riscos’ de fazê-lo. Peccinin citou documentos que constam nos autos do processo, como um e-mail em que o União Brasil alertou sobre o excesso de gastos na pré-campanha, e deu ênfase a um ‘parecer suicida’, assinado pelo 1º suplente de Moro, sobre os limites da pré-campanha.

“Espero que a corte não legitime essa manobra contábil feita as claras e a luz do dia para propósitos claríssimos nos autos. Espero que não tenha que falar que pré-campanha é terra sem lei, porque não é. Temos uma lei muito clara sobre limite de gastos e jurisprudência bem solida sobre queimar a largada numa disputa eleitoral. Me preocupo se isso daqui for legitimado, porque já estamos em pré-campanha”, anotou.

‘Esquizofrenia absoluta’, alega defesa de Moro

O advogado Gustavo Guedes argumentou a ‘esquizofrenia absoluta’ das ações contra Moro, desde o dia 1 do processo. Sustentou que o PL e o PT apresentaram valores diferentes de suposto abuso do senador. Destacou que o ex-juiz ‘foi traído pelo Podemos’. “Não há lei que regule pré-campanha no Brasil, essa história de que o valor da pré-campanha é o valor que se pode ter antes é mentira. Não tem como prestar conta de pré-campanha. Nem o Moro e nem ninguém que prestar conta, nem o Janones, nem Eduardo Leite”, frisou.

Após as manifestações, se dará um dos principais momentos do julgamento, a leitura do voto do relator, o desembargador Luciano Carrasco Falavinha. Os demais integrantes da Corte regional poderão então debater os tópicos sensíveis do caso e apresentarem seus votos. Segundo o TRE-PR, os desembargadores não tiveram acesso ao voto dos demais.

Segundo Guedes, Moro ‘definitivamente não’ se elegeu no Paraná por uma pré-campanha ‘mais robusta’. O advogado ainda defendeu que o caso Selma Arruda ‘não guarda nenhuma relação’ com o caso do ex-juiz da Lava Jato, considerando que o pivô da cassação da parlamentar era um recurso privado de seu primeiro suplente.

O advogado de Moro sustenta que, até este julgamento sobre o caso do senador ‘não há critério no Brasil sobre pré-campanha’. Guedes diz que, até agora, ‘não há parâmetro confiável’ sobre o tema. “Nada há de ilegal. Moro não se elegeu por conta de uma pré-campanha, se elegeu porque o paranaense assim queria elegê-lo por conta de todo o histórico do combate a corrupção e assim foi feito”, frisou.

O advogado Cassio Prudente, que também representa Moro, tomou a tribuna para tratar das diferenças entre o caso Selma Arruda, de caixa 2, e o de Moro, de suposto abuso de poder econômico. Segundo ele, no caso da ex-senadora lhe foi imputado uma ‘circunstância específica de gastos típicos de pré-campanha’.

“Aqui tudo foi feito as claras. Prestado contas à justiça eleitoral. Não há alegação da ilicitude da destinação de gastos”, indicou. Não há argumento sólido sobre caixa 2. Não há nada comprovado sobre ‘triangularização’ de recursos. A tese de antecipação de gastos (nesse caso) é frágil”, seguiu.

Prudente reforçou a tese de que não há critério para avaliar pré-candidatura e defendeu que, ao analisar se a pré-candidatura de Moro foi exorbitante ou não, estabelecerá novos critérios, que o ‘legislador falhou em regulamentar’. Nessa linha, segundo o advogado, a Corte até pode estabelecer balizas sobre o tema, mas para candidaturas futuras.

Procuradoria reforça pedido de cassação

A Procuradoria Regional Eleitoral já havia defendido a condenação de Moro. Para o órgão, os gastos na pré-campanha de Moro excederam o limite razoável. O parecer lista despesas com viagens, coletivas de imprensa, assessoria de comunicação, serviços de advocacia e locação de veículos, entre outros.

Em manifestação no julgamento desta segunda, 1, o procurador regional eleitoral Marcelo Godoy reforçou que a autorização para despesas de pré-campanha ‘não pode implicar em carta branca para o emprego irrestrito de recursos financeiro para a promoção pessoal e de eventual pré-candidatura. Segundo ele, não faltam indicações do TSE quanto a necessidade de ‘modicidade’ das despesas de pré-campanha.

O procurador também lembrou que o Ministério Público não acolhe fundamentos do PT e do PL quanto a outros pedidos, referentes a supostos gastos ilícitos, corrupção e uso indevido dos meios de comunicação, ‘por não ter encontrado respaldo na prova dos autos’.

Segundo Godoy, não é necessário que as despesas sejam ilícitas, ‘mas fala-se da aplicação de recursos que podem levar a um de nível do pleito, com impulsionamento da imagem do pré-candidato’.

Tramitação

Caso haja algum pedido de vista, o processo será incluído na pauta da sessão seguinte. O processo ainda poderá ser debatido pelo Tribunal Superior Eleitoral, em grau de recurso.

As ações em pauta no TRE do Paraná também têm como alvo os suplentes de Moro, Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra. A defesa da chapa nega todas as imputações.

Em dezembro, o senador prestou depoimento sobre as acusações de abuso econômico e caixa 2 nas eleições 2022. Na ocasião, negou irregularidades e se recusou a responder às perguntas formuladas pelas partes, entre elas o PT.

Moro também está na mira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O ministro Luis Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça, investiga se Moro usou a magistratura com fins político-partidários e cometeu irregularidades na gestão das multas dos acordos de delação e leniência homologados na Operação Lava Jato.

O que o PL imputa ao ex-ministro de Bolsonaro?

Na ação em tramitação no TRE, o PL sustenta que a pré-campanha de Moro foi ‘irregular’ e causou ‘desequilíbrio eleitoral’, desde o momento em que o senador divulgou sua filiação ao Podemos e a pré-candidatura ao cargo de presidente da República, até ele ser eleito pelo União Brasil ao Senado pelo Paraná.

“Os investigados orquestraram conjunto de ações para usufruir de estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade, menor circunscrição e teto de gastos vinte vezes menor, carregando consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente, ferindo a igualdade de condições entre os concorrentes ao cargo de Senador no Estado do Paraná”, argumentou o partido.

O que o PT imputa ao algoz de Lula na Lava Jato?

Já o partido de Lula aponta indícios de que Moro usou ‘recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Campanha, além de outras movimentações financeiras suspeitas, para construção e projeção de sua imagem enquanto pré-candidato de um cargo eletivo no pleito de 2022, independentemente do cargo em disputa’.

“Há diversos indicativos de que em conluio, os investigados realizaram triangulação de valores do fundo partidário e do fundo eleitoral também entre os dois partidos políticos pelo qual o ex-juiz foi pré-candidato, praticando inúmeras ilicitudes que afrontam expressamente as normas eleitorais, além de poderem configurar ilícitos comuns, a serem apurados pelos órgãos competentes”, sustentou o PT.

O processo movido pelo PT imputa a Moro captação ilícita de recursos, abuso de poder econômico, apropriação de recursos ou valores destinados ao financiamento eleitoral e possíveis crimes de caixa 2 e lavagem de recursos públicos.

01 abril 2024

Campanha “Abril Verde” celebra 10 anos em prol da segurança no ambiente de trabalho

 


Promover a segurança e a saúde no ambiente de trabalho. Esse é o objetivo principal da campanha de conscientização Abril Verde, que, este ano, comemora 10 anos desde a sua criação. Os últimos números do Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho – mantido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) – mostram que, em 2022, foram notificados mais de 13 mil acidentes de trabalho. Esses dados reforçam a importância da campanha como um processo de sensibilização que deve acontecer todos os dias, e não apenas no mês de abril, por meio de uma ação conjunta entre empregadores, trabalhadores e sociedade.

“Ao longo desses 10 anos, nos dedicamos a cuidar de vidas. Buscamos promover a segurança e a saúde no ambiente laboral, incentivando não somente as empresas, mas a sociedade, para que adotem medidas de prevenção para reduzir os índices de doenças no ambiente ocupacional”, afirma o Técnico de Segurança do Trabalho do SESI-PE, Iran Góes. Ele explica que acidente de trabalho é qualquer tipo de lesão causada ao trabalhador durante o exercício das suas atividades profissionais, podendo resultar em incapacidade permanente ou temporária para o exercício das suas atividades laborais.

Ele pontua que a segurança do trabalho precisa ser inserida durante toda a jornada de trabalho, pois, dessa forma, o empregado, consciente de que está seguro nas suas atividades, terá uma maior produtividade, a empresa diminui o absenteísmo e a quantidade de acidentes de trabalho. “Assim, a empresa demonstra um maior compromisso social, ganha maior credibilidade com seus clientes e empregados e, consequentemente, diminui as multas aplicadas pelos órgãos oficiais”.

Nesse sentido, Iran explica que o papel da empresa é de proteger o trabalhador para que acidentes não aconteçam, e que é preciso, primeiramente, trabalhar questões internas, como identificar todos os riscos dentro da empresa, verificar periodicamente o ambiente de trabalho e sinalizar todas as áreas que possam trazer risco. “Além disso, é fundamental ter equipamentos adequados de proteção coletiva e, quando não há essa possibilidade, fornecer o Equipamento de Proteção Individual (EPI) ao trabalhador, realizar capacitações e treinamentos e fiscalizar o uso por parte dos colaboradores”.

Caso algum acidente venha a acontecer, o técnico de segurança do SESI-PE pontua que a obrigação da empresa é analisar o acidente, não para buscar um culpado, mas, sim, as causas que levaram o trabalhador a sofrer aquele determinado acidente, e tratar essas causas. Além disso, é preciso registrar o acidente junto ao INSS e dar toda assistência ao acidentado e seus familiares.

Chuva forte causa estragos em Araripina; Prefeitura mobiliza equipes para reparos

 


Na noite de domingo (30), Araripina foi castigada por uma forte chuva que causou diversos estragos em ruas e bairros do município. Segundo a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec), o volume de chuva ultrapassou 100mm, o que era previsto para um mês inteiro.

A precipitação intensa causou alagamentos e transtornos em muitos bairros. Equipes da Secretaria de Infraestrutura foram mobilizadas para realizar serviços emergenciais de limpeza e tapa-buraco em calçamentos e vias asfaltadas. Na zona rural, o temporal também causou danos às estradas vicinais, prejudicando o trabalho de recuperação realizado pela Prefeitura.

“Muitos pontos da cidade foram afetados. O prefeito Raimundo Pimentel determinou que nossa equipe esteja nas ruas resolvendo os problemas emergentes. Estamos atentos e vamos ampliar a quantidade de equipes para resolver os problemas o mais breve possível”, disse Lucas Amorim, secretário de Obras e Infraestrutura.

Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), a previsão para os próximos dias é de mais chuvas no município. A Defesa Civil Municipal orienta a população para que evite transitar em áreas alagadas. Em caso de emergência, acionar o órgão pelo telefone WhatsApp (87) 98154-3120.

Araripina registra a maior chuva do ano, 101,4mm


 Como a previsão do tempo havia anunciado, uma chuva com raios e trovões, atingiu o município de Araripina, no Sertão de Pernambuco, no início da noite deste domingo (31). A precipitação começou por volta das 18:30 horas e continuou até a madrugada desta segunda-feira (01).

De acordo com informações do Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA, o acumulado da chuva foi de 101,4mm. Em março o acumulado das chuvas foi de 212,6,5mm. Em 2024 já choveu 803mm na maior cidade do Araripe.