PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

04 março 2024

Pacheco e base de Lula no Senado barram pressão por anistia após ato bolsonarista

 

Apesar do apelo de bolsonaristas por anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, aliados do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmam que a chance de a pauta avançar é nula, e até mesmo a oposição pondera que o tema depende de apoio popular.

Senadores da base de Lula (PT) se colocam de forma taxativa contra o projeto de lei pró-anistia apresentado pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e afirmam que é preciso responsabilizar as pessoas que agiram contra a democracia. As informações são da Folha de São Paulo.

Parte do grupo também aponta que o perdão seria encarado como um sinal de reprovação do Congresso ao STF (Supremo Tribunal Federal) —especialmente ao relator dos casos, ministro Alexandre de Moraes— e defende a continuidade das investigações.

“Nós somos o Supremo do Supremo? Não faz sentido. É a Justiça que deve entrar nesses detalhes [de quem fez o quê]”, afirma o senador Marcelo Castro (MDB-PI).

“Atentou contra a democracia tem que ir para os rigores da lei. Tem que pagar. Perdão por quê? E se esses caras tivessem implantado uma ditadura? O que eles têm direito? Contraditório, ampla direita, juiz justo.”

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), diferencia a situação dos golpistas da de militares que foram perdoados após a ditadura militar e diz que não havia uma situação excepcional no Brasil em 2023.

“Você tinha um regime de exceção [durante a ditadura], então cabe uma anistia para ‘repacificar’. A nação está pacificada. Teve uma eleição, o presidente tomou posse. Alguém que não gostou da situação, eu não vejo por que anistiar. Se a pena está forte ou fraca, não é comigo, eu não sou do Judiciário.”

Outro argumento no entorno do governo é com a imagem que o Brasil passaria aos demais países com o perdão a pessoas que invadiram a sede de seus Poderes. Alguns lembram que até mesmo presentes protocolares foram destruídos.

Bolsonaristas batem na tecla de que nem todas as pessoas presas em Brasília participaram da invasão e da destruição do Palácio do Planalto, do Supremo e do Congresso Nacional.

Na justificativa do projeto de lei, Mourão afirma ainda que os presos estão sendo julgados na última instância do Judiciário, o STF, e que a corte tem sido incapaz de individualizar a conduta de cada um deles.

Líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN) afirma que o processo de anistia “faz parte da tradição do Brasil”, mas avalia que a pauta precisa de mobilização popular para avançar no Congresso.

“Um tema como esse depende muito da forma como a população reage. Depende do humor das ruas, da pressão da sociedade, da conexão que os parlamentares têm com seus eleitores. É um processo natural.”

O pedido de anistia foi vocalizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na manifestação do dia 25 de fevereiro convocada por ele na avenida Paulista. O ex-mandatário falou em conciliação e disse que “há pobres coitados” presos em Brasília, além de “órfãos de pais vivos”.

“Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridades no Brasil. Agora nós pedimos a todos 513 deputados, 81 senadores, um projeto de anistia para que seja feita justiça em nosso Brasil”, afirmou Bolsonaro aos apoiadores no dia.

Em entrevista ao programa “É Notícia”, da RedeTV!, Lula criticou o pedido feito por Bolsonaro: “Quando o cidadão lá pede anistia, ele está dizendo: ‘Não, perdoe os golpistas’. Está confessando o crime”.

Líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA) diz concordar com a avaliação do presidente Lula e declara ser “totalmente contrário” à anistia das pessoas que participaram da intentona golpista.

“Aquele que agiu contra a democracia, com violência, depredação do patrimônio público, deve responder como qualquer cidadão comum. Não posso anistiar quem atuou daquela forma, quem quis fazer um ato cênico para que o golpe militar pudesse acontecer pelas Forças Armadas.”

O projeto apresentado por Mourão diz que a lei não alcançaria acusações e condenações “por dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa, porventura ocorridas em razão das manifestações” de 8 de janeiro.

“Essas pessoas estão sendo julgadas na última instância, não foi obedecido o princípio do juiz natural, as condutas não são individualizadas”, disse Mourão em entrevista à Folha em novembro do ano passado.

Outras propostas com o mesmo objetivo tramitam na Câmara. Eles foram anexados a um projeto de 2022 que pede anistia às pessoas que bloquearam rodovias, acamparam em frente aos quartéis ou participaram de qualquer manifestação após a vitória de Lula.

O texto, no entanto, diz que a medida valeria do dia 30 de outubro de 2022 até a entrada em vigor da lei —o que contemplaria os envolvidos no ataque de 8 de janeiro.

A relatora na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), já rechaçou as propostas. “No Estado democrático de Direito não há lugar para a edição de leis que contrariem o interesse da coletividade”, escreveu.

Feitosa diz que PL sobre extinção das faixas salariais de PMs e Bombeiros é enrolação

A notícia da governadora Raquel Lyra que está enviando para a Assembleia Legislativa, na próxima semana, um Projeto de Lei para extinção das Faixas Salariais de PMs e Bombeiros foi duramente criticada pelo deputado Coronel Alberto Feitosa.

“Vir com sorriso no rosto dizer que vai fazer o parcelamento complementar de nível hierárquico desses profissionais até 2026, ano de nova campanha eleitoral? Esse tema foi promessa de campanha de Raquel Lyra em 2022 com o compromisso  de executar assim que assumisse o Governo em 2023. Mais de um ano e 2 meses depois vem com essa de cumprir até 2026. Que falta de respeito com a família Bombeiro e Militar!”, criticou o parlamentar.

Ele lembrou  que a inflação de 2023 passou de 4,60% e a categoria não teve qualquer reajuste salarial e que a estimativa do IPCA para este ano é de 3,80% de inflação e de  3,51% em 2025. Enquanto isso, o Projeto de Lei que a governadora apresenta é de  reajuste escalonado de: 3,50% em junho de 2024, 3,50% em junho de 2025 e 3% em junho de 2026.

O Coronel Alberto Feitosa vem cobrando e lutando pelo cumprimento  dessa promessa desde o inicio do ano passado. Ele é autor do Projeto de Emenda Constitucional (PEC17/2023) que pede o fim das faixas salariais para policiais e bombeiros e que já está em votação na Assembleia.

“O Governo tem dinheiro para fazer isso de imediato. Em novembro, a Assembleia Legislativa incluiu, na Lei Orçamentária (LOA), R$ 115 milhões para extinção das faixas. Além disso, entrou com uma ação no STF pedindo para não devolver aos órgãos públicos o excedente da arrecadação de impostos do estado. Já pedi a minha assessoria  que fizesse uma Emenda tornando os efeitos desse Projeto de Lei de Raquel Lyra para cumprimento em 30, 60 e 90 dias, não mais que isso. Ela como delegada e qualquer outro parlamentar  da segurança pública deveriam se envergonhar desse Projeto de Lei”, disparou  o Coronel Alberto Feitosa.

Morre aos 60 anos o jornalista Claudio Tognolli

 

Morreu na manhã deste domingo (3), o jornalista Claudio Julio Tognolli, aos 60 anos, em São Paulo. Ele estava internado no hospital Albert Einstein por conta de complicações depois de um transplante de coração realizado em 25 de janeiro deste ano.

O velório do jornalista iniciou às 18h de hoje, no Funeral Home, na rua São Carlos do Pinhal, 376, no bairro da Bela Vista, na capital paulista. Ele será cremado no mesmo local, à meia-noite. As informações são do Poder360.

Claudio Julio Tognolli nasceu em São Paulo em 23 de agosto de 1963. Era jornalista graduado pela USP (Universidade de São Paulo), com doutorado em Ciências da Comunicação pela mesma instituição. Foi vencedor do Jabuti de Literatura, em 1997, pelo livro “O Século do Crime”, que aborda a origem das grandes organizações criminosas no mundo. Tognolli também foi professor da ECA (Escola de Comunicação e Artes) da USP e integrante do ICIJ (International Consortium of Investigative Journalists, ou, em português, Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos).

O jornalista teve passagens por diversos veículos de comunicação brasileiros como os jornais Folha de S. Paulo e Jornal da Tarde; as revistas Galileu, Rolling Stone e Consultor Jurídico e as rádios CBN e Eldorado. Mais recentemente, passou também pela rádio Jovem Pan, onde fez parte dos programas “Morning Show” e “Os pingos nos Is”.

Tognolli foi fundador e integrante da 1ª diretoria da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), eleita na USP, em dezembro de 2002, da qual também participaram Marcelo Beraba (então presidente da entidade), Chico Otávio, José Roberto de Toledo, Fernando Molica, Suzana Veríssimo e Fernando Rodrigues –publisher deste Poder360. Durante essa diretoria, em 2003, a Abraji recebeu o Prêmio Esso de Melhor Contribuição à Imprensa.

Além de jornalista, Tognolli também era um músico exímio. Era uma virtuose ao tocar guitarra. Tinha uma rica coleção de vários desses instrumentos em seu último apartamento, na rua José Maria Lisboa, no Jardim Paulista, em São Paulo.

Em entrevista à revista Trip em 2010, o jornalista falou sobre sua relação com a banda de rock brasileiro RPM, que fez muito sucesso no país nos anos 1980 e da qual ele foi um integrante antes de o grupo ganhar fama. Na época, ele diz que preferiu manter seu emprego na editora Abril a participar do grupo.

“Não gostaria de ter tido essa vida de palco, de atenção em cima de mim. Meu único lamento é não ter tido mais tempo para me dedicar ao estudo da guitarra”, afirmou à Trip.

Ogladys Volpato Tognolli, mãe de Tognolli, conhecida como Nena Tognolli, havia morrido recentemente, aos 91 anos. A perda abalou o jornalista, que já estava com a saúde debilitada. Tognolli deixa Numa Rigueira Dantas Levy, 36 anos, sua 3ª mulher, e 2 filhos (Isadora, de 18 anos, e Joaquim, de 12 anos).

Sete em cada dez criticam STF por cancelar punições a empresas na Lava-Jato, mostra pesquisa Genial/Quaest

 

O GLOBO

A maioria da população (74%) avalia que o Supremo Tribunal Federal (STF) “incentiva a corrupção” ao cancelar punições da Lava-Jato a empresas. É o que aponta a pesquisa Genial/Quaest divulgada neste domingo (3) pelo O GLOBO sobre como os brasileiros avaliam a operação iniciada há dez anos. Desde setembro, o ministro Dias Toffoli suspendeu R$ 14 bilhões em multas e abriu caminho para empresas que foram alvo da força-tarefa conseguirem enterrar suas condenações.

A pesquisa Genial/Quaest aponta que só 14% pensam o contrário, e 12% não souberam ou não responderam. Essa avaliação predomina entre os que declaram ter votado no ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022, com 85%. Já entre os que afirmam terem apoiado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, são 68%.

No mês passado, Toffoli decidiu sustar os pagamentos do acordo de leniência de R$ 3,8 bilhões firmado pela antiga Odebrecht e atual Novonor com a Lava-Jato. A empreiteira pegou carona em uma ação do grupo J&F, que já havia sido beneficiado com a suspensão de uma penalidade de R$ 10,3 bilhões.

Em setembro de 2023, em outro processo, Toffoli invalidou as provas do acordo de leniência da Odebrecht, no qual a empresa admitiu crimes e forneceu informações que impulsionaram a Lava-Jato. O ministro apontou que houve conluio entre Ministério Público e a Justiça Federal, a partir das mensagens reveladas na Operação Spoofing. O magistrado chamou a Lava-Jato de “armação” e classificou a condenação e prisão do presidente Lula como “um dos maiores erros judiciários da História”.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) recorreu da decisão que suspendeu o pagamento da multa da Odebrecht. No recurso, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, defende que não há provas de que a empresa celebrou o acordo após coação e nem que os valores acordados podem ser vistos como “excessivos” porque contaram com a concordância da própria empresa.

Na semana passada, a Segunda Turma do STF adiou a análise do recurso. Os ministros que integram o colegiado decidiram seguir uma proposta feita pelo ministro André Mendonça e aguardar o desfecho da proposta de conciliação feita por ele às empresas que firmaram acordos com o Ministério Público Federal (MPF).

A percepção de que a Corte, ao cancelar punições da operação incentiva a corrupção é maior entre os homens (79%) do que entre as mulheres (70%), nas faixas etárias entre 16 e 34 anos e entre 25 e 59, ambas com 77%, e entre aqueles que têm ensino superior, mesmo que incompleto (84%), de acordo com a pesquisa Genial/Quaest.

No mês passado, a Transparência Internacional divulgou um ranking relacionado à percepção de corrupção em que o Brasil caiu dez posições. Na ocasião, a ONG apontou medidas do Judiciário, como a determinação de Toffoli de suspender pagamento previsto em acordo de leniência, para justificar a queda.

03 março 2024

Dengue: STF, Câmara e Senado garantem reembolso para funcionários que se vacinarem contra doença em clínicas particulares

 Restituição é de até R$ 720, sendo R$ 360 por dose; Presidência da República foi questionada pela CNN, mas não deu retorno

Vacina QDenga é utilizada para imunizar brasileiros contra a dengueArquivo - Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF), a Câmara e o Senado garantem reembolso de até R$ 720 para os funcionários que quiserem se vacinar contra a dengue em clínicas da rede privada.

Levantamento feito pela CNN aponta que os planos de saúde dos servidores destes órgãos estão autorizados a devolver parte do valor gasto pelos beneficiários para a aplicação de duas doses do imunizante QDenga. Os reembolsos são feitos pelos planos de saúde de cada uma das instituições, com variação da porcentagem restituída.

O Senado, por exemplo, faz o ressarcimento de até R$ 360 por dose – R$ 720 ao todo – para beneficiários com idade entre quatro e 60 anos regularmente inscritos no plano de assistência à saúde do Senado. Podem ser reembolsados todos os que tiverem se submetido à vacinação a partir de 1º de janeiro deste ano.

Até o momento, cerca de 176 aplicações de vacinas já foram reembolsadas, o que representa pouco mais de R$ 43,8 mil. Os recursos são oriundos tanto do orçamento do Senado quanto do fundo de reserva do Sistema Integrado de Saúde da Casa.

A decisão do reembolso no Senado é baseada num parecer técnico elaborado pela coordenação de Saúde, que destaca o aumento de casos de dengue no Brasil — em especial no Distrito Federal –, a eficácia da vacina, a aprovação do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o impacto orçamentário da medida.

Segundo o parecer, o impacto financeiro da inclusão da vacina ao rol de cobertura do Sistema de Saúde Integrado (SIS) do Senado está estimado em R$ 2,8 milhões, considerando a adesão de 60% do público alvo a duas doses do imunizante. O valor já desconta o percentual de 30% de coparticipação financeira.

“Considerando que o Sistema Integrado de Saúde (SIS) deve cumprir seu caráter assistencial com vistas à prevenção de doenças e à promoção, tratamento, recuperação e manutenção da saúde, e que a cobertura tem respaldo técnico suficiente e impacto financeiro previsível, a recomendação deste parecer é pela a autorização de cobertura, na modalidade mais célere que é o reembolso, na população alvo de quatro a 60 anos”, consta no parecer.

Na Câmara, o reembolso para a vacina contra a dengue também é previsto para os participantes do plano de saúde Pró-Saúde que tenham entre quatro e 60 anos de idade. O Pró-Saúde é destinado somente a deputados, servidores efetivos da Câmara dos Deputados e seus dependentes, não incluindo os comissionados.

Fora a contribuição mensal dos titulares e dependentes, há uma coparticipação financeira em todas as despesas realizadas pelos beneficiários, informou. A coparticipação é de 25% do valor reembolsado. No caso da vacina contra a dengue, o limite de reembolso por dose é de R$ 350. Portanto, o usuário tem que pagar R$ 87,50 por dose.

Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, “ninguém foi reembolsado até o momento, pois a cobertura se iniciou no final de janeiro deste ano”.

O STF, por sua vez, não detalhou como funciona o reembolso de seus funcionários. Questionada pela CNN, a assessoria de imprensa informou apenas que os servidores da Corte e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) têm direito ao reembolso integral da vacina contra dengue pelo STF-Med, o plano de assistência à saúde e benefícios sociais do STF.

CNN procurou a Presidência da República para saber se há algum plano de reembolso para os funcionários da chefia do Poder Executivo, mas não houve retorno da assessoria de imprensa.

Aplicação da vacina contra a dengue no SUS

A aplicação gratuita do imunizante contra a dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS) está focada, apenas, nas crianças e adolescentes entre dez e 14 anos — faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue — em 521 municípios brasileiros.

A definição foi feita seguindo orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) de priorizar a imunização deste público alvo e atendendo as localidades cujo número de casos e projeção de casos futuros despertam atenção.

O número de pessoas contempladas no SUS segue restrito porque a farmacêutica japonesa Takeda, responsável pela fabricação da QDenga, não consegue produzir a quantidade de doses necessárias para imunizar todos os brasileiros.

O contrato firmado entre a fabricante e o Ministério da Saúde inclui a entrega de 6,6 milhões de doses em 2024. A previsão é que sejam entregues mais 9 milhões de doses em 2025.

No início de fevereiro, a Takeda divulgou uma nota informando que não vai firmar novos contratos com clínicas privadas, nem com estados e municípios para vender vacinas da dengue. A empresa afirmou que, devido aos dados alarmantes da doença no Brasil, está concentrada em atender de forma prioritária o Ministério da Saúde.

A vacina Qdenga é tetravalente e protege, portanto, contra quatro sorotipos do vírus da dengue. Ela é feita com vírus vivo e atenuado e a resposta imunológica começa a ser desenvolvida cinco dias após a imunização. Ela foi aprovada pela Anvisa em 2023 para indivíduos dos quatro aos 60 anos de idade.

Mais de um milhão de casos no Brasil

O Brasil atingiu a marca de 1 milhão de casos de dengue registrados em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde.

Dentre a porcentagem de casos prováveis da doença, a pasta informa que cerca de 55% das pessoas afetadas são mulheres, enquanto o percentual dos indivíduos masculinos atingidos é de aproximadamente 45%.

A faixa etária mais afetada, tanto dos homens quanto das mulheres, corresponde à de 30 a 39 anos. Com relação ao coeficiente de incidência da doença por 100 mil habitantes, o número é de 501.

Minas Gerais lidera as unidades federativas que possuem mais casos de dengue, com 332.306 registros. Na sequência, se destacam São Paulo (170.017), Distrito Federal (100.078), Paraná (98.432), Rio de Janeiro (75.804), Goiás (58.201) e Espírito Santo (33.410).

O Distrito Federal segue com a maior incidência: 3612,7 a cada 100 mil habitantes. Esse valor é sete vezes mais que a incidência medida em todo território nacional.

Cobertura da vacina e reembolso são obrigatórios?

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou à CNN que a vacina da dengue não tem cobertura obrigatória pelas operadoras de plano de saúde.

“A Agência Nacional de Saúde Suplementar esclarece que a imunização não faz parte do seu Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, não sendo, assim, passível de reembolso. No entanto, podem existir planos que contemplem, como cobertura adicional, a imunização para seus beneficiários, o que precisará estar previsto em contrato.

Nestes casos, havendo previsão contratual de livre escolha do prestador, o reembolso poderá ser solicitado junto à operadora”, disse, em nota.

A agência reforçou à reportagem que as cláusulas que tratam de reembolsos devem sempre constar no contrato entre a operadora e o beneficiário.


Quartas de final do Paulistão já têm duelos definidos; veja

 Dois confrontos do mata-mata estão certos; Palmeiras aguarda adversário

Willian Bigode vibrou muito com o gol da vitória do Santos no MorumBIS
Willian Bigode vibrou muito com o gol da vitória do Santos no MorumBISDivulgação / Santos

O Campeonato Paulista já tem seus primeiros confrontos de quartas de final definidos. Neste sábado (2), Portuguesa e Inter de Limeira venceram, confirmando as classificações ao mata-mata do Estadual.

Com isso, a Lusa irá enfrentará o Santos nas quartas, em um duelo do líder contra o vice-líder do grupo A. O Peixe será o mandante da partida.

Já a Inter de Limeira enfrentará o Red Bull Bragantino. Este confronto não tem mando definido, uma vez que o time de Bragança, líder do grupo C com 18 pontos, ainda pode ser ultrapassado pela Inter, que tem 17.

Quem já está classificado e espera adversário na próxima fase é o Palmeiras, líder do grupo B. O Verdão enfrentará Ponte Preta ou Água Santa, que brigam pela segunda vaga na chave — o clube de Campinas tem 16 pontos, enquanto a equipe de Diadema tem 14.


fonte: CNN



Quanto custa o show virtual de João Campos para o Recife

 Contratada para fazer a publicidade da prefeitura, a agência Hermanos também cuida das redes sociais de Campos

Foto: Edson Holanda/X

A prefeitura de Recife gastou pelo menos 1,2 milhão de reais em 2023 em campanhas de publicidade realizadas pela agência Hermanos, a mesma contratada pelo diretório do PSB de Pernambuco para aumentar o engajamento do prefeito João Campos (foto) nas redes sociais.

Conforme registrou a Folha de S.Paulo, os dados foram compilados pelo vereador Alcides Cardoso (PSDB), com base nos gastos disponibilizados pela prefeitura no Portal da Transparência entre janeiro e novembro do ano passado.
Segundo o levantamento, a Secretaria de Governo da prefeitura de Recife fez os pagamentos à agência em março, abril, julho, agosto, setembro e novembro.

“Há uma estrutura de pagamentos para exaltação da figura do prefeito que, inclusive, pode configurar campanha antecipada com recursos públicos”, afirmou o vereador tucano à Folha.

As redes sociais de João Campos

Candidato à reeleição, João Campos mais que quadruplicou seu número de seguidores no Instagram, especialmente no Carnaval, quando descoloriu os cabelos.

No final de 2023, o prefeito de Recife tinha 500 mil seguidores no Instagram. Após as festividades do Carnaval, o número saltou para 2,3 milhões.


A Hermanos

Especializada em mídia digital, a agência Hermanos é sediada em Recife e assessora o prefeito da cidade em ações para gerar engajamento.

O acordo, segundo o jornal, foi fechado ainda na gestão de Geraldo Júlio, antecessor de Campos.


O que diz a prefeitura de Recife?

Em nota, a prefeitura de Recife afirmou que “a contratação é feita a partir de licitação pública, por meio de agências de publicidade, seguindo o que prevê a legislação vigente, e com informações disponíveis no portal da transparência.”
“O gabinete também deixa claro que não há incompatibilidade com os serviços prestados, mas ressalta que toda a contratação pública para o conteúdo institucional segue ritos específicos, sem que nenhuma postagem envolvendo diretamente a imagem do chefe do executivo do municipal seja feita nos perfis da Prefeitura do Recife”, acrescentou.




Ciro Gomes diz que Lula não mudou linha econômica de Bolsonaro

Vice-presidente do PDT ponderou que, por outro lado, petista trata democracia com mais valor


O vice-presidente do PDT, Ciro Gomes, afirmou que o presidente Lula (PT) “não mudou nada” em relação à linha econômica do antecessor, Jair Bolsonaro (PL). A declaração ocorreu em entrevista à CNN Brasil

“Não mudou nada. É chocante o que eu estou dizendo. Desde os dados graves da economia, superávit primário, meta de inflação, câmbio flutuante. Justo ou não, correto ou não, qual a diferença no manejo do modelo econômico que o Lula pratica e o Bolsonaro?'' afirmou.

Na entrevista, ex-presidenciável também classificou como bobagem a comparação do ataque de Israel à Faixa de Gaza com o Holocausto

Por outro lado, Ciro afirmou que Lula se diferencia de Bolsonaro por ter uma “civilidade no tratamento do valor da democracia” e por ser “muito trabalhador”. O pedetista também disse que estaria disposto a dialogar com Lula caso fosse chamado  uma conversa.

Ciro declarou que, caso pudesse dar um conselho a Lula, diria para deixar de querer ser um “popstar estrangeiro”, em referência às posições que o presidente brasileiro tem adotado internacionalmente.



Creditos:

Carta capital

Ao lado de Marina Silva, Túlio Gadêlha lança pré-candidatura à Prefeitura do Recife


Ato aconteceu em meio a impasse na Federação PSOL-Rede Sustentabilidade

O deputado federal Túlio Gadêlha (Rede) lançou, na manhã deste sábado (3), sua pré-candidatura à Prefeitura do Recife. 
O evento foi realizado no Moinho Recife Business, no Bairro do Recife, e contou com a presença da ministra de Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva

"Hoje não há tempo nem espaço para a gente ficar fazendo cavilação com dinheiro público. Com dinheiro público a gente tem é que fazer política pública com base em bom senso, nos conhecimentos das comunidades e naquilo que a ciência está produzindo.", afirmou a ministra.

No lançamento, foi exibido o vídeo do ministro Carlos Lupi em que elogia Gadêlha e no qual diz que virá ao Recife, em breve, formalizar o apoio da candidatura do deputado a prefeito da capital pernambucana. O ato aconteceu em meio ao impasse causado dentro da Federação PSOL-Rede para a escolha de um nome consensual para disputar a eleição. 

Se de um lado, a partir de hoje, o nome de Túlio está oficialmente colocado, do outro, o de Dani Portela (PSOL)deputada estadual, também está. 

"A gente precisa escutar as pessoas, fortalecer os conselhos de participação: de meio ambiente, de saúde, de educação, de mobilidade de política para as mulheres, de juventude. O desafio é muito grande, é recuperar a capacidade do recifense de ajudar a pensar numa cidade e de construir junto com esse povo". assegurou o parlamentar durante o discurso.

Apesar de estarem na mesma federação, Túlio e Dani se encontram em lados opostos. Enquanto ele é aliado da governadora Raquel Lyra (PSDB), ela é, atualmente, a líder da Oposição à tucana na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe)."A gente lança hoje a nossa pré-candidatura mas saudando a companheira Dani Portela, do PSOL. Também pré-candidata. Esse debate está existindo sim na Federação, mas o importante agora é discutimos a cidade.", concluiu Túlio ao final do discurso.

Estiveram presentes no ato os deputados estaduais João Paulo (PT) Rosa Amorim (PT), além de lideranças locais e pré-candidatos a vereança pela Rede Sustentabilidade.


Créditos de imagem: Júnior Soares/folha de Pernambuco

Brasileira flagra criança gritando ofensas racistas contra Vini Jr. e é agredida

Segundo autora do vídeo, mãe do menino disse que ele só estava chamando o jogador de um animal

Foto: José Jordan/AFP
Uma brasileira flagrou uma criança gritando um insulto racista contra Vini Jr. na partida entre o Valencia e o Real Madrid, neste sábado. A ação foi filmada e a mãe da criança agrediu a dona do celular para tentar impedir que ela filmasse.

De acordo com a autora do vídeo, a brasileira Anna Anjos, que mora em Barcelona e viajou à Valência para assistir à partida, ela alertou a criança e a mãe de que o que eles estavam fazendo era racismo. Em entrevista à ESPN, que conseguiu o vídeo com exclusividade, Ana contou que eles alegaram que os gritos não eram racistas.

— O que mais me incomodou foi uma criança ao lado, duas cadeiras ao lado, chamando ele de mono o tempo todo. Até tentei interferir, falei com a criança, falei com a mãe da criança, disse que o que eles estavam fazendo não era correto, que eles não podiam ficar chamando o Vinicius de mono, que isso era racismo. E acho que é tão recorrente, tão normal pra eles, que a mãe a criança falou que não era ofensa, que ele só estava chamando o Vini de um animal. Eu falei que o Vini não era um animal, que eles não podiam fazer isso e eles continuaram chamando ele de mono o tempo todo — disse Ana em entrevista a ESPN.

Anna então resolveu gravar. Ao perceber que estava sendo filmada, a mãe da criança deu um tapa no celular. Após a agressão, alguns torcedores do Valencia tentaram pegar o telefone e a polícia foi chamada:

— Eles vieram até mim, perguntaram o que estava acontecendo, falei que eles estavam sendo racistas, chamaram o Vini de mono. Eu acho que eles sabiam que os outros torcedores estavam fazendo era errado e pediram para eu me comportar. Falaram que era o ambiente do estádio e que isso era normal e era para eu me comportar. Se eu me comportasse eu podia continuar ali — relembrou.

A brasileira também disse que se sentiu ameaçada. Anna ficou com medo de que torcedores a perseguissem para pegar o celular com o vídeo.

Mãe de menino que gritou ofensas racistas contra Vini Jr.
Mãe de menino que gritou ofensas racistas contra Vini Jr. — Foto: Reprodução

— Quando sai do jogo eu chorei muito e me senti muito mal. Eu estava com muito medo porque pensei que eles podiam vir atrás de mim para pegar o celular. É um sentimento de impotência muito grande — contou.

Ainda de acordo com a entrevista que Anna deu a ESPN, os gritos racistas se intensificaram logo após o jogador brasileiro fazer o segundo gol do Real Madrid na partida. Vini comemorou com a mão levantada e o punho cerrado. O gesto é conhecido como antirracista.

— Todo mundo achava que eu era a errada da situação. Todo mundo achava que ofender o Vini era o correto. Eu me senti ameaçada e com bastante medo. Chegaram a me tocar, algum homem. E o tempo todo falaram que era pra eu sair do estádio — relatou.

Cartazes com nariz de Pinóquio
O reencontro do atacante Vinícius Junior com torcedores do Valencia no estádio Mestalla aconteceu no fim da tarde deste sábado, em partida válida pelo Campeonato Espanhol. A chegada do ônibus do Real Madrid, time pelo qual atua o jogador brasileiro, à arena foi tranquila, conforme informou a imprensa espanhola. No entanto, do lado de fora, imagens de cartazes com o rosto do atleta comparado ao Pinóquio foram compartilhados nas redes sociais.

A preocupação sobre como seria a interação com Vini Jr. se deu por conta do atleta ter sido alvo de ataques racistas por torcedores do Valencia neste mesmo estádio, nove meses atrás. Ele foi chamado de "mono" na ocasião. O jogador é tratado como "mentiroso" por parte da torcida do Valencia devido ao episódio, sob o argumento de que aquele teria sido um ato isolado, pelo qual os racistas já foram identificados e banidos pelo clube.

Uma torcida organizada do Valencia chegou a criar uma música no ritmo da canção infantil "Pinóquio". E esse mesmo personagem — com o qual Vini é comparado pelos valacentistas — é o que chegou a ilustrar cartazes neste sábado: no entorno de Mestalla, torcedores se reuniram e fizeram um protesto contra o presidente do Valencia, Peter Lim, e circula nas redes sociais a imagem de um dos cartazes com o rosto do jogador (e um nariz crescendo). "Pinóchius (junção de Pinocho com Vinicius), eu não ligo", dizia a frase estampada na peça.




Prefeitura do Recife autoriza contratação de 22 profissionais para a Secretaria da Mulher

Salários variam de R$ 2.205 a R$ 3.500


A Prefeitura do Recife autorizou a contratação temporária de 22 profissionais para a Secretaria Municipal da Mulher. 

Os salários variam de R$ 2.205 a R$ 3.500. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (29), no Diário Oficial da cidade.

As oportunidades são para das áreas de Pedagogia, Jurídica, Assistência Social, Educadora Social e Arte Educação.

Confira detalhes das vagas:
Pedagogia - 1 vaga - 40 horas semanais - salário de R$ 3.500;
Ciências Sociais - 1 vaga - 40 horas semanais - salário de R$ 3.500;
Jurídica - 1 vaga - 40 horas semanais - salário de R$ 3.500;
Assistência Social - 4 vagas - 30 horas semanais - salário de R$ 3.000;
Educadora Social - 2 vagas - 40 horas semanais - salário de R$ 3.000;
Arte Educação - 7 vagas - 40 horas semanais - salário de R$ 3.000;
Instrutores para cursos profissionalizantes - Moda e Costura - 2 vagas - 20 horas semanais - salário de R$ 2.205;
Instrutores para cursos profissionalizantes - Gastronomia - 2 vagas - 20 horas semanais - salário de R$ 2.205;
Instrutores para cursos profissionalizantes - Laboratório Audiovisual - 2 vagas - 20 horas semanais - salário de R$ 2.205.
Os contratos terão vigência máxima de 12 meses, podendo ser prorrogados por igual período.Os profissionais atuarão no atendimento direto de mulheres em situação de violência doméstica, familiar e sexista. Por essa razão, as funções devem ser exercidas apenas por mulheres. A contratação temporária será realizada por meio de seleção pública simplificada, cujas datas de divulgação do edital e do início das inscrições ainda não foram divulgadas.


Bilhete Único de ônibus da RMR começa a valer neste domingo (3); confira como ficam as tarifas

Com a implantação da tarifa única, o Anel B, que até então custava R$ 5,60, foi extinto

Foto: Miva Coelho/Governo de Pernambuco

Começa a valer neste domingo (3) o Bilhete Único de R$ 4,10 para os ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR). A proposta, aprovada em reunião do Conselho de Transporte Metropolitano (CTM) do último dia 22 de fevereiro, beneficia quase 750 mil passageiros, o que corresponde a 90% do sistema.

Com a implantação da tarifa única, o Anel B, que até então custava R$ 5,60, foi extinto. A redução para quem usava o vale, especialmente os moradores da área norte da RMR — de cidades como Olinda, Paulista, Abreu e Lima e Igarassu —, chega a 26,79%. Cerca de 125 mil pessoas usavam o Anel B.

Este ano, inclusive, é o segundo consecutivo em que as tarifas não terão reajuste. Quem já pagava R$ 4,10 do Anel A, portanto, segue pagando o mesmo valor. Segundo o Grande Recife Consórcio de Transporte, 620 mil pessoas usam este anel.

O Anel G, que opera três linhas — 018 - Brasilia Teimosa; 155 - Jordão Baixo/Boa Viagem; e 320 - Curado I/Werneck (Via Totó) —, permanece a R$ 2,70 e as demais linhas opcionais também não terão reajuste.

A proposta do Governo de Pernambuco prevê que as empresas de ônibus terão um aporte adicional de R$ 60 milhões no que já recebem. Em 2023, segundo dados da gestão estadual, os empresários receberam um repasse de R$ 250 milhões. Ou seja, o total deste ano deve chegar aos R$ 310 milhões.