PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

04 agosto 2022

Em uma semana, número de registros suspeitos de varíola dos macacos dobra em Pernambuco


Segundo boletim divulgado pelo governo, nesta quinta (4), foram feitas 38 notificações. No dia 28 de julho, eram 19. Detentos de penitenciária do Agreste estão entre casos em apuração.

O número de registros suspeitos de varíola dos macacos (monkeypox) dobrou em uma semana, em Pernambuco. Nesta quinta (4), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que foram notificadas, até agora, 38 ocorrências. No dia 28 de julho, eram 19 casos.

Ainda segundo o balanço do governo, dos 38 registros suspeitos, 30 ainda estão em investigação, sete foram confirmados e um está descartado.

O boletim foi divulgado horas depois da divulgação do registro de quatros casos suspeitos de varíola dos macacos entre detentos da Penitenciária Dr. Ênio Pessoa Guerra, em Limoeiro, no Agreste do estado. Essas ocorrências estão contidas no boletim desta quinta 

A SES disse que esses presidiários não tiveram histórico recente de viagens para localidades com transmissão da doença e estão em áreas isoladas. A Secretaria-Executiva de Ressocialização (Seres) disse que os homens não tiveram entradas recentes na unidade.

No balanço desta quinta, a SES-PE disse que os sete casos confirmados são das seguintes localidades:

  • Recife (3)
  • Jaboatão dos Guararapes (2)
  • Rio de Janeiro (1)
  • São Paulo (1)

Todos os pacientes com confirmação laboratorial são homens. Três têm entre 20 e 29 anos. Um está na faixa entre 30 e 39 anos. Outros três têm entre 40 e 49 anos.

Dos confirmados, todos estão em isolamento domiciliar. “Até o momento, não há evidências de que Pernambuco registre a transmissão local da doença”, disse o comunicado da SES-PE.

Entre os 30 casos em investigação foram feitos registros nas seguintes localidades:

  • Recife (14)
  • Limoeiro (5)
  • Paulista (2)
  • Abreu e Lima (1)
  • Araçoiaba (1)
  • Camaragibe (1)
  • Gameleira (1)
  • Ipojuca (1)
  • Jaboatão dos Guararapes (1)
  • Petrolina (1)
  • Timbaúba (1)
  • São Paulo (1)

Entre esses pacientes, há 12 que têm entre 20 e 29 anos. Nove pessoas estão na faixa entre 30 e 39 anos. Quatro têm entre 10 e 19 anos.

Há, ainda, três casos suspeitos na faixa etária entre 40 e 49 anos. O estado informou que dois registros em investigação são de pessoas entre 50 e 59 anos.

Do total de pessoas com casos suspeitos, 25 são homens e cinco são mulheres. Os casos notificados estão sendo acompanhados pelas equipes de vigilância epidemiológica municipais.

As amostras coletadas estão sendo encaminhadas para o Laboratório de Enterovírus da Fiocruz/RJ, referência para o diagnóstico da Monkeypox, e para o Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE).

Isolamento

Nesta quinta, profissionais da área da saúde participaram de webpalestra sobre a situação epidemiológica e manejo clínico sobre a varíola dos macacos.

Durante a palestra, foi ressaltada a importância do isolamento em casos suspeitos e também a responsabilidade sanitária de cada indivíduo.

O infectologista Demétrius Montenegro disse que, nesse surto, o modo de transmissão é de pessoa para pessoa.

Ele afirmou, ainda, que o problema é o contato com as lesões contaminantes e com a exposição direta às gotículas respiratórias contendo o vírus.

Em junho, a SES-PE emitiu nota técnica para os serviços de saúde das redes públicas e também privada sobre as diretrizes a serem adotadas para vigilância, acompanhamento e manejo clínico dos casos suspeitos e confirmados.

Nos casos de maior gravidade, os pacientes devem ser encaminhados, via Central de Regulação, para as unidades de referência em doenças infectocontagiosas (Hospital Correia Picanço, Hospital Universitário Oswaldo Cruz e Hospital das Clínicas).

A doença

Varíola dos macacos é semelhante à varíola que já foi erradicada, mas menos severa e menos infecciosa  — Foto: Science Photo Library

Varíola dos macacos é semelhante à varíola que já foi erradicada, mas menos severa e menos infecciosa — Foto: Science Photo Library

A varíola dos macacos foi declarada emergência global em saúde pela Organização Mundial em Saúde (OMS) no sábado (23). Mais de 16 mil casos da doença já foram relatados em 75 países, com ao menos cinco mortes.

primeiro caso confirmado em Pernambuco foi "importado", envolvendo um morador de São Paulo. O homem saiu de Guarulhos para passar uma temporada no Grande Recife.

Bolsonaro sanciona piso salarial de R$ 4,7 mil para enfermeiros

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou, há pouco, o projeto de lei que estabelece um piso salarial para enfermeiros no valor de R$ 4.750 mensais. A Secretaria-Geral da Presidência não informou se houve vetos. A sanção será publicada no Diário Oficial da União (DOU) de amanhã.

O texto foi aprovado pelo Senado Federal em novembro do ano passado e pela Câmara dos Deputados em maio deste ano. Apesar disso, na época, o texto não chegou a ser enviado para análise da Presidência da República, que tem poder de veto sobre projetos aprovados por parlamentares.

Antes de enviar o texto para o Palácio do Planalto, deputados e senadores avaliaram que a previsão do piso salarial da categoria deveria ser incluída na Constituição. Por isso, no mês passado, o Congresso Nacional aprovou uma PEC sobre o mesmo assunto, com o objetivo de garantir segurança jurídica ao projeto de lei.

Por meio da emenda constitucional, os parlamentares asseguram que o patamar mínimo remuneratório deverá ser observado por pessoas jurídicas de direito público e de direito privado.

Bolsonaro sanciona PL que institui o piso salarial do enfermeiro

 


O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), sancionou nesta quinta-feira (4) o Projeto de Lei (PL) 2.564/2020, que institui o piso salarial nacional do enfermeiro, técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem e parteira, durante cerimônia no Palácio do Planalto. A sanção será publicada no Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira (5).

Como previsto, Bolsonaro vetou o trecho que previa o reajuste anual automático do piso salarial. O projeto prenunciava que o valor seria corrigido todos os anos pela inflação, medida pelo INPC.

De autoria do senador Fabiano Contarato (PT), a proposta foi aprovada no plenário do Senado Federal em novembro do ano passado, e em maio de 2022 na Câmara dos Deputados.

O PL fixa o piso salarial da enfermagem em R$ 4,7 mil; R$ 3,2 mil para técnicos de enfermagem; e R$ 2,7 mil para auxiliares e parteiras.

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga também participou de cerimônia no Planalto. “Hoje estamos todos aqui, não para comemorar a sanção da lei, que é o ato administrativo, mas juntos com a enfermagem brasileira, fazer com que o mandamento da Constituição Federal de 1988, no artigo 196, que consagra a saúde como um direito de todos e um dever do Estado, se concretize”, declarou.

Nos últimos dias, o presidente já havia sinalizado a apoiadores que a tendência era sancionar o projeto. A medida ocorre a menos de dois meses para a eleição presidencial.

03 agosto 2022

Tadeu Alencar se reúne com vereadores de São José do Egito e reforça parceria

 


O Deputado Federal Tadeu Alencar (PSB) esteve, nessa segunda-feira (01), em São José do Egito, onde reafirmou compromissos com o município e consolidou apoios políticos com vistas à sua reeleição. O parlamentar teve importante reunião com o prefeito Evandro Valadares, o pré-candidato a Deputado Estadual Paulo Jucá e um número expressivo de vereadores do município.

Entre os representantes da Câmara Municipal estiveram presentes Beto de Marreco, Doido de Zé Vicente, Maurício do São João, Flávio Jucá, Vicente de Vevei, Alberto de Loló, Damião de Carminha e Tadeu do Hospital, além de Henrique Marinho, Patrícia de Bacana e Gerson Souza, vereadores eleitos que estão licenciados para atuarem como Secretários Municipais."A força do grupo político liderado pelo prefeito Evandro Valadares decorre de uma gestão com muitas entregas, que melhora a vida do povo de São José do Egito que, desde 2015, conta com o nosso apoio como deputado federal", afirmou Tadeu, para quem a parceria vai continuar dando frutos que se traduzem em melhorias para a cidade e para a população egipsiense.“Agradeço demais o apoio que tenho recebido aqui em São José desde o início. Essa reunião com os vereadores foi importante para estreitar ainda mais esses laços que já temos construídos com  a cidade. No entanto, mesmo reconhecendo o que foi feito, o que mais me anima é o que podemos fazer no futuro ”.Ao lado de Paulo Jucá, pré-candidato a Deputado Estadual, Tadeu espera um movimento forte dos egipcienses, em outubro, em favor das duas candidaturas:"Tenho certeza de que esta força política será determinante para conquistar o mandato de Paulo Jucá à Assembleia Legislativa e para que sejamos eleitos pela terceira vez para representar Pernambuco no Congresso Nacional", assinalou o deputado socialista.Majoritário em São José do Egito, Tadeu Alencar já destinou R$ 12,5 milhões em recursos de emendas parlamentares para o município. Tal montante foi aplicado em diversas áreas, como Saúde, Infraestrutura, Agricultura, Desenvolvimento Social/Agricultura Familiar, Educação, Cultura.Santa Terezinha - Tadeu Alencar também cumpriu agenda na segunda-feira em Santa Terezinha ao lado de Paulo Jucá. Os dois foram recebidos pelo Vereador Neguinho de Danda para visitar a feira do município, uma das mais tradicionais do Sertão do Pajeú.“Foi um movimento muito interessante, mostrando a força do Vereador Neguinho de Danda no município. Uma boa passagem, conversando com o povo e falando sobre essa parceria que temos por lá”.

01 agosto 2022

ARARIPINA - QUEM GOSTA DE DAR BOAS RISADAS NÃO PODE PERDER O SHOW DO MATUTO MAIS AMADO DO BRASIL

 


Quem quiser sorrir e gargalhar não pode perder (03 de setembro) o mais novo show do consagrado humorista Zé Lezin. O paraibano, natural de Patos, retorna a Araripina para uma apresentação única no SESC LER com o seu mais novo show, intitulado “Em ano de copa e eleição, o muído começa cedo”.

Durante o show, com mais de uma hora de duração, o humorista faz um compilado de diversas piadas. Um dos momentos mais engraçados é no momento em que ele conta os seus tradicionais causos de matutos. Se prepare para curtir a noite mais engraçada que Araripina já viu, Em breve início das vendas.

Por Fredson Paiva

Operação Acalento contabiliza mais de 18 mil atendimentos

 

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A Operação Acalento, de combate a crimes de violência praticados contra crianças e adolescentes, contabilizou 18.542 atendimentos a vítimas no período de um mês (13 de junho e 13 de julho). Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a operação foi deflagrada pelas polícias civis de todo o país.

Foram solicitadas 2,7 mil medidas protetivas e 1.588 agressores foram presos, além disso 313 mandados de buscas e apreensão foram cumpridos. “A atuação policial teve como foco investigações de violência física, violência sexual, exploração, aliciamento, maus tratos, homicídios envolvendo crianças e adolescentes”, informou o ministério ao destacar que, entre as medidas preventivas adotadas, está a realização de 1.121 palestras e campanhas educativas.

Só na Região Sudeste foram presos 719 suspeitos e feitos 6.433 atendimentos a vítimas. “São Paulo foi destaque a nível nacional, com 347 prisões e 89 apreensões de menores”, detalha o ministério. Foram solicitadas 1.447 medidas protetivas na região; ministradas 329 palestras e campanhas; e cumpridos 174 mandados de busca e apreensão. Ao todo, 114 menores foram apreendidos.

Na Região Sul, 5.132 vítimas foram atendidas. Destas, 3.228 em Santa Catarina. A atuação integrada das polícias civis do Rio Grande do Sul e do Paraná resultou em 183 prisões e na aplicação de 636 medidas protetivas. Segundo o ministério, 67 mandados de busca foram cumpridos, e sete menores apreendidos. Ao todo, 98 palestras e campanhas foram ministradas na região.

No Nordeste, 335 suspeitos de cometer crimes contra crianças e adolescentes foram presos. Só no Maranhão houve 140 prisões e 760 atendimentos a vítimas.

“Com a atuação integrada das polícias civis da Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte, Sergipe e Ceará, o resultado foi o atendimento de 2.494 vítimas de violência, aplicação de 212 medidas protetivas solicitadas, ministração de 67 palestras e campanhas, 18 mandados de busca e apreensão e 86 menores apreendidos”, informou o Ministério da Justiça.

A atuação integrada das polícias civis de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal resultou no atendimento a 967 vítimas na Região Centro-Oeste. O levantamento contabilizou, ainda, 94 prisões e na aplicação de 75 medidas protetivas; 10 mandados de busca e apreensão; e apreensão de 86 menores.

Goiás foi, da região, o estado que mais atendeu vítimas de crimes contra crianças e adolescentes: 579. Das 599 palestras e campanhas implementadas na região, 585 foram no Mato Grosso do Sul.

Na Região Norte, foram presos 255 suspeitos de crimes contra crianças e adolescentes. “O estado que se destacou em números de prisões foi o Amapá, com 107, e em vítimas atendidas, 768. A região atendeu, no total, 2.310 vítimas de violência”, informa o ministério. A pasta acrescenta que 330 medidas protetivas foram aplicadas; 28 palestras e campanhas foram ministradas; e 50 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Ao todo, 51 menores foram apreendidos.

Fonte: AB

Começa a valer o fim do limite para sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas

 

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Começa a valer nesta segunda-feira (1) decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que acaba com o limite do número de consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas.

A medida vale para os usuários de planos de saúde com qualquer doença ou condição de saúde listada pela Organização Mundial de Saúde, como, por exemplo, paralisia cerebral, síndrome de Down e esquizofrenia.

Com a alteração, o fim do limite de consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas passa a ser válido para pacientes com qualquer diagnóstico, de acordo com a indicação do médico assistente.

De acordo com a ANS, a decisão tem o objetivo de promover a igualdade de direitos aos usuários da saúde suplementar e padronizar o formato dos procedimentos atualmente assegurados relativos a essas categorias profissionais.

Dessa forma, foram excluídas as Diretrizes de Utilização (condições exigidas para determinadas coberturas) para as consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas, e o atendimento passará a considerar a prescrição do médico assistente.

No último dia 1º de julho, a ANS já havia tornado obrigatória a cobertura para qualquer método ou técnica indicada pelo profissional de saúde responsável para o tratamento de Transtornos Globais do Desenvolvimento, entre os quais o transtorno do espectro autista, Síndrome de Asperger e a Síndrome de Rett.

Para explicar o que muda após a decisão e quem tem direito às novas regras, o g1 preparou um guia com perguntas e respostas.

1. Como era o limite antes da mudança?

Cada uma dessas especialidades tinha regras específicas que delimitavam o número de consultas e sessões que o paciente tinha direito pelos planos de saúde.

Por exemplo, a ANS previa a cobertura obrigatória de apenas duas consultas de fisioterapia por ano para cada doença apresentado pelo paciente. As consultas com terapia ocupacional também eram limitadas a duas por ano, mas só valiam para condições específicas.

Já o acompanhamento com fonoaudiólogo tinha uma cobertura de 24 sessões por ano para pacientes que se enquadrassem em uma das 11 condições listadas pela entidade, entre elas linguagem precipitada, pacientes com fenda labial, dislexia, apneia de sono ou com queimadura e corrosão da cabeça e pescoço, por exemplo.

E as sessões com psicólogo podiam ser 12 por ano (para pacientes candidatos a cirurgias, implante coclear e ostomizados), 18 por ano (pacientes com transtornos neuróticos, estresse e síndromes comportamentais) ou 40 por ano (para pacientes com esquizofrenia, transtornos delirantes, globais do desenvolvimento, da alimentação e do humor).

2. E como fica?

Foram excluídas as limitações para as consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas.

A partir da mudança, o atendimento passará a considerar a prescrição do médico assistente – e não é mais preciso que a doença ou condição do paciente atenda a uma lista restrita de diagnósticos específicos.

3. Quando a mudança passa a valer?

A nova resolução normativa será publicada Diário Oficial da União e passará a valer a partir de 1º de agosto de 2022.

Quem vinha fazendo as terapias e pagando o limite ultrapassado não tem direito a reembolso para consultas realizadas anteriormente.

4. Quem tem direito?

A medida vale para os usuários de planos de saúde com qualquer doença ou condição de saúde listada pela Organização Mundial de Saúde. Essa lista é a Classificação Internacional de Doenças (CID) e tem cerca de 55 mil classificações, como, por exemplo, depressão, ansiedade, paralisia cerebral, síndrome de Down e esquizofrenia.

Com a alteração, o fim do limite passa a ser válido para pacientes com qualquer diagnóstico, de acordo com a indicação do médico assistente.

5. Precisa ter encaminhamento médico?

Sim. A cobertura do plano de saúde depende de haver uma indicação do médico.

6. Qualquer médico pode encaminhar?

Sim, precisa haver prescrição feita pelo médico assistente. A medida é válida para todos os usuários de planos regulamentados (contratados após a Lei 9656/98 ou adaptados à lei).

7. Onde eu vejo se minha doença ou condição está coberta?

Estão cobertas todas as doenças que fazem parte da Classificação Internacional de Doenças (CID). A lista atualizada publicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) pode ser consultada aqui ou aqui (em inglês).

8. Qual foi a mudança no tratamento para transtornos de desenvolvimento?

A partir de 1º de julho, a ANS ampliou as regras de cobertura para usuários de planos de saúde com transtornos globais do desenvolvimento. “Passou a ser obrigatória a cobertura para qualquer método ou técnica indicado pelo médico assistente para o tratamento do paciente que tenha um dos transtornos enquadrados na CID F84, conforme a Classificação Internacional de Doenças.

Agora o convênio é obrigado a cobrir qualquer forma de tratamento prescrita pelo médico, e escolhida em acordo com a família. Entre as alternativas possíveis, estão: Modelo Applied Behavior Analysis (ABA), Modelo Denver de Intervenção Precoce (DENVER ou ESDM), Integração Sensorial, Comunicação Alternativa e Suplementar ou Picture Exchange Communication System (PECS), dentre outros.

Essa decisão já tinha antecipado o número ilimitado de sessões com fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas para este grupo de pacientes.

9. Que condições são consideradas um transtorno de desenvolvimento?

  • Autismo infantil;
  • Autismo atípico;
  • Síndrome de Rett;
  • Outro transtorno desintegrativo da infância;
  • Transtorno com hipercinesia associada a retardo mental e a movimentos estereotipados;
  • Síndrome de Asperger;
  • Outros transtornos globais do desenvolvimento;
  • Transtornos globais não especificados do desenvolvimento.

Fonte: G1

‘Não podemos considerar a pandemia superada’, diz pesquisadora da Fiocruz

 

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Vários estados brasileiros flexibilizaram, nos últimos meses, as medidas de prevenção contra a covid-19. Como consequência, leva-se hoje no Brasil uma vida semelhante à observada em tempos pré-covid, sem uso de máscaras, com grandes aglomerações normalizadas — cenas que, há um ano, seriam inimagináveis. Na contramão dessas decisões está parte significativa dos cientistas brasileiros, como a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcolmo.

“Nunca foi tão importante manter hábitos não-farmacológicos. O uso de máscaras em locais fechados ainda é muito relevante, porque as cepas hoje circulantes com predomínio têm escape vacinal”, salienta a médica. Dalcolmo é uma das mais respeitadas lideranças da ciência atuantes no combate à pandemia. Envolveu-se diuturnamente na missão de conscientizar a população brasileira sobre a prevenção à covid-19 desde os primeiros dias, quando chegou, inclusive, a prestar consultoria técnica ao então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.


A pesquisadora destaca que, apesar de a maior parte da população agir de maneira despreocupada, o Brasil ainda não superou a pandemia e deve preocupar-se, principalmente, com a população infantil. “Os estudos nessa população realmente demoram. Eles são mais complexos de serem feitos, do ponto de vista ético. Mas hoje nós já temos vacinas aprovadas no Brasil”, ressalta. “É muito estranho que as famílias tenham sido inoculadas com esse vírus do medo”, provoca a médica.

O Brasil superou a pandemia, ou a gente ainda tem um caminho pela frente? Nós ainda não podemos considerar a pandemia da covid-19 superada no Brasil por várias razões. Primeiro, estamos diante de uma doença nova, com aparecimento de novas variantes. Hoje, praticamente há uma variante ou uma subvariante que aparece a cada duas semanas. Algumas dessas, comoa cepa BA5, que predomina no Brasil, de alta transmissão e com o que chamamos de escape vacinal. Então, o uso de máscaras em locais fechados ainda é muito relevante. A segunda razão é que, a despeito de uma boa taxa de vacinação, não alcançamos com as doses de reforço, que são as terceira e quarta doses, um percentual realmente importante na população brasileira. Em terceiro lugar, precisamos urgentemente vacinar a população pediátrica. A despeito de as vacinas terem se mostrado extremamente protetoras nas crianças, essa hesitação vacinal por parte de muitas famílias é muito grave e contraria uma tradição muito arraigada na nossa população, que é gostar e confiar nas vacinas.


Por que isso ocorre? A população brasileira sempre aderiu de maneira muito saudável às vacinas oferecidas pelo SUS às nossas crianças, de modo que considero muito importante que a imprensa e todos nós, médicos, nos manifestemos com veemência, instando as famílias a levarem as suas crianças para serem vacinadas e que não deem ouvidos a essa quantidade de notícias falaciosas que têm sido disseminadas contra as vacinas nas crianças, inclusive por alguns médicos, o que eu considero um desserviço enorme à nossa população já tão sofrida e amedrontada.

Existe a chance de a gente ter alguma variante mais forte ainda das já conhecidas?
 A probabilidade é pequena, porque as variantes e subvariantes não têm, até o momento, demonstrado uma mortalidade maior. E, se alguém duvidava do efeito protetor contra formas graves, hospitalizações e mortes pela covid-19 por força da aplicação das vacinas, essa dúvida caiu por terra. Os dados falam por si. A curva de diminuição é tão dramática, os hospitais se esvaziaram, o número de mortes que já chegou a mais de 3 mil pessoas por dia, diminuiu muito, embora ainda seja um número relevante, porque cada vida humana conta. Quem está internado hoje ou, eventualmente, morrendo ou são pessoas não vacinadas, ou portadoras de uma condição clínica muito desfavorável do ponto de vista imunológico.

O Brasil teve um dos piores desempenhos e uma das mais altas letalidades pela covid-19 em população pediátrica. Nós tivemos quase 3 mil óbitos em crianças abaixo de cinco anos de idade, o que é absolutamente impressionante. As crianças precisam ser protegidas pelas vacinas. Os estudos nessa população realmente demoram. Eles são mais complexos de serem feitos, do ponto de vista ético, mas já temos vacinas aprovadas no Brasil, tanto a da Pfizer quanto recentemente a Corona Vac para a população entre 3 e 5 anos de idade. É muito estranho que essas famílias tenham sido inoculadas com esse vírus do medo, diante de uma um programa de vacinação tão incorporado à nossa cultura.

Eu nunca vi pais e mães se perguntarem o que tinha numa vacina chamada pentavalente, que a gente aplica nos bebês abaixo de um ano de idade. Então, é um desserviço atribuir às vacinas efeitos nocivos que absolutamente elas não têm. O que não sabemos até agora, isso sim, é quais serão os efeitos a médio e longo prazos que a covid-19 poderá causar nessa população pediátrica, como já sabemos que ela causa na população adulta, por exemplo, com a chamada síndrome da covid longa. Hoje, o maior desafio da medicina é lidar com essas pessoas que precisam de reabilitação, muitas vezes complexa, para ganharem de volta o mínimo de normalidade em suas vidas.


Os efeitos neurológicos ainda estão sendo estudados.
 

Neurológicos, respiratórios, cardiovasculares e, inclusive, psiquiátricos. O número de pessoas que precisam de assistência psicológica e psiquiátrica pelo trauma de terem ficado internados por um longo tempo, em confinamento, é grande. O vírus afeta o sistema nervoso central, o que pode ocasionar mudança de comportamento, um quadro neurológico prolongado, neuropatias periféricas prolongadas. Tudo isso são efeitos que hoje nós estamos lidando nos serviços de reabilitação pós-covid.


Esses efeitos ainda serão sentidos por décadas? Não podemos dizer por quanto tempo, nem se eles serão indeléveis. Não sabemos, porque ainda não temos o necessário recuo histórico para essa análise. Então, só o tempo dirá se eles são indeléveis ou temporários.

Apesar dos constantes cortes na saúde pública, o SUS foi essencial para o combate da pandemia. Como a senhora vê a falta de valorização da saúde no país? Em 13 de março de 2020, dei minha primeira entrevista pública e, naquele momento, disse, convicta, que nós tínhamos duas armas para enfrentar a tsunami que estava chegando ao Brasil. A primeira e mais nobre delas era o SUS. Sem o SUS, a tragédia teria sido muito maior. A segunda seria o distanciamento físico e social, que era uma arma absolutamente fundamental em se tratando de uma virose aguda de transmissão respiratória. Por conta de todas as fragilidades, subfinanciamento, carência de recursos humanos, enfim, tivemos uma operacionalização que muitas vezes deixou a desejar. Mas, sem o SUS, a tragédia teria sido muito pior.


Houve falta de sincronia entre o poder público e as demandas de saúde? Porque a gente viu atraso na vacinação, diversos percalços que parecem uma certa negligência…
 Desde o início, ficou claro que, contra esse tipo de doença, com alta capacidade de transmissão, a arma seriam as vacinas, porque virose aguda se resolve com vacina, tradicionalmente. E o Brasil viveu um paradoxo. Foi o país que desenvolveu estudos de fase três para vacinas de grande qualidade, como foi com a CoronaVac, com a Pfizer, com a Janssen e com a AstraZeneca. Foi o país que mais colocou voluntários nos estudos de fase três, e viveu a contradição de ter um embate entre uma retórica paradoxal de algumas autoridades e a necessidade óbvia de vacinar a população. Nós poderíamos ter começado a vacinar antes do que efetivamente começamos. Esse embate retórico entre a ciência brasileira e o discurso oficial, sem dúvida, não foi positivo no resultado.


A Procuradoria Geral da República desqualificou as investigações da CPI da covid. Não houve responsabilização. Por que a saúde segue sendo negligenciada, mesmo com todas as evidências?Eu não sei se não haverá responsabilização. Sem dúvida nenhuma, caberá à sociedade brasileira ter a consciência cívica do que é necessário e reivindicar da maneira adequada. Politicamente, eu não saberia dizer em que isso vai resultar. Agora, sem dúvida nenhuma, mais do que a responsabilização retrógrada daquilo que não aconteceu, temos que ter um olhar pra frente. É como conduzir o problema daqui pra frente num momento difícil, num ano eleitoral. Onde as tensões obviamente tendem a se acirrar, e nós precisamos ter a serenidade, a eficiência que os serviços de saúde naturalmente exigem nesse momento.


O debate eleitoral tem se concentrado na economia. Aparentemente, a saúde pública está relegada a segundo plano.
 O que é um equívoco, porque saúde pública e economia são basicamente a mesma coisa. Quando você investe em saúde você está fazendo um investimento nobre em economia, porque as pessoas adoecerem menos nas fases mais produtivas de suas vidas, trabalharem, produzirem, estudarem, produzirem conhecimento técnico e científico, é absolutamente fundamental. O equívoco está na maneira de olhar. Investir em saúde e educação não é gastar. É olhar o dia de amanhã, o futuro do país, as novas gerações.
Eu acho que o Brasil está vivendo um momento extremamente dramático, com várias contradições. Uma população que envelhece. Nós hoje temos uma população acima de 60 anos no Brasil que já representa um número muito importante. Nós precisamos cuidar dessas pessoas, ter uma visão para as doenças crônicas que comprometem as pessoas de mais idade. Inseri-las socialmente de uma maneira adequada. Isso exige uma saúde pública muito bem conduzida e com muita eficiência. Outras questões fundamentais, como saneamento básico, estão diretamente relacionadas à economia. Então, olhar isso de maneira dicotomizada não me parece correto.
Por quanto tempo o Brasil precisará de reforço na vacinação contra a covid-19? E por quanto tempo a doença permanecerá nas nossas vidas? São duas questões aí. Primeiro, haverá, sem dúvida, uma nova leva de vacinas de segunda geração. Algumas já estão sendo fabricadas com a proteína spike, da cepa Omicron, e não mais com as cepas originais, com a qual foram formuladas todas as vacinas que nós usamos até o momento. Acho que nós ainda precisaremos receber uma dose, pelo menos, de vacina, com as vacinas de segunda geração quando forem liberadas. O vírus SARS-CoV-2 não deve desaparecer das nossas vidas, ele deverá permanecer num comportamento epidemiológico endêmico. Ou seja, vamos ter casos de vez em quando. O vírus já faz parte do diagnóstico diferencial das viroses respiratórias.
A senhora participou, na semana passada, do encontro da SBPC na UnB. Como está a situação da ciência no Brasil? Nunca foi tão necessário que governantes e autoridades se sensibilizassem para o fato de que investimento em ciência, tecnologia e inovação é um investimento mais nobre. Enquanto isso for equivocadamente olhado como gasto, e não como um olhar para o nosso amanhã, estaremos perdurando no que eu chamaria de um erro de visão de país. Foi muito simbólica essa SBPC presencial realizada nas dependências da UnB nesse momento. Acho que, para a universidade, que já sofreu tanto nas últimas décadas, no Brasil, isso representa muito. Espero que essas discussões possam aumentar o nível de consciência dos jovens ali presentes.
A OMS definiu como preocupante o avanço da varíola dos macacos no Brasil. Como está a doença no mundo? É um outro nível, outra doença. Mas de qualquer maneira, acho que a OMS fez um alerta correto e oportuno. Hoje, alguns países se ressentem de não ter mantido estoques adequados de vacinas, como não temos quantidades suficiente se precisarmos de uma vacinação em maior âmbito, de algumas populações ou grupos de risco. Acho que nós precisaremos, sim, vacinar alguns grupos de população com a vacina da varíola, e o Brasil seguramente é um país que tem condições pra fabricas a vacina. Isso depende de vencer alguns entraves técnicos, como, por exemplo, ter o vírus original para que a vacina seja produzida. O Butantan e a Fiocruz são instituições públicas perfeitamente qualificadas para fabricar a vacina da varíola.
Quais são os principais sintomas dessa doença pouco conhecida no Brasil? Que cuidados devem ser adotados? São sintomas de uma de uma doença geral. Ela chama a atenção quando existe a suspeita epidemiológica de que tenha havido contato com alguém sabidamente doente. Quem teve contato deve ser observado, antes mesmo do aparecimento das lesões cutâneas. Como o período de incubação é relativamente longo, de três a quatro semanas, a pessoa tem que saber se teve contato com alguém doente ou esteve num ambiente onde houve outros casos. O diagnóstico precoce vai levar ao isolamento. O isolamento deve ser de quatro semanas, que é o período em que podem aparecer lesões cutâneas, que são altamente contagiosas. A maior parte dos casos não tem sido grave, são muito poucas mortes até o momento. É uma doença que, eventualmente, pode ser controlada por vacina, se aumentar o número de casos ou declarada essa necessidade.