PREFEITURA DE TRINDADE

SARGENTO EDYMAR

01 agosto 2022

Operação Acalento contabiliza mais de 18 mil atendimentos

 

Clipping

A Operação Acalento, de combate a crimes de violência praticados contra crianças e adolescentes, contabilizou 18.542 atendimentos a vítimas no período de um mês (13 de junho e 13 de julho). Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a operação foi deflagrada pelas polícias civis de todo o país.

Foram solicitadas 2,7 mil medidas protetivas e 1.588 agressores foram presos, além disso 313 mandados de buscas e apreensão foram cumpridos. “A atuação policial teve como foco investigações de violência física, violência sexual, exploração, aliciamento, maus tratos, homicídios envolvendo crianças e adolescentes”, informou o ministério ao destacar que, entre as medidas preventivas adotadas, está a realização de 1.121 palestras e campanhas educativas.

Só na Região Sudeste foram presos 719 suspeitos e feitos 6.433 atendimentos a vítimas. “São Paulo foi destaque a nível nacional, com 347 prisões e 89 apreensões de menores”, detalha o ministério. Foram solicitadas 1.447 medidas protetivas na região; ministradas 329 palestras e campanhas; e cumpridos 174 mandados de busca e apreensão. Ao todo, 114 menores foram apreendidos.

Na Região Sul, 5.132 vítimas foram atendidas. Destas, 3.228 em Santa Catarina. A atuação integrada das polícias civis do Rio Grande do Sul e do Paraná resultou em 183 prisões e na aplicação de 636 medidas protetivas. Segundo o ministério, 67 mandados de busca foram cumpridos, e sete menores apreendidos. Ao todo, 98 palestras e campanhas foram ministradas na região.

No Nordeste, 335 suspeitos de cometer crimes contra crianças e adolescentes foram presos. Só no Maranhão houve 140 prisões e 760 atendimentos a vítimas.

“Com a atuação integrada das polícias civis da Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte, Sergipe e Ceará, o resultado foi o atendimento de 2.494 vítimas de violência, aplicação de 212 medidas protetivas solicitadas, ministração de 67 palestras e campanhas, 18 mandados de busca e apreensão e 86 menores apreendidos”, informou o Ministério da Justiça.

A atuação integrada das polícias civis de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal resultou no atendimento a 967 vítimas na Região Centro-Oeste. O levantamento contabilizou, ainda, 94 prisões e na aplicação de 75 medidas protetivas; 10 mandados de busca e apreensão; e apreensão de 86 menores.

Goiás foi, da região, o estado que mais atendeu vítimas de crimes contra crianças e adolescentes: 579. Das 599 palestras e campanhas implementadas na região, 585 foram no Mato Grosso do Sul.

Na Região Norte, foram presos 255 suspeitos de crimes contra crianças e adolescentes. “O estado que se destacou em números de prisões foi o Amapá, com 107, e em vítimas atendidas, 768. A região atendeu, no total, 2.310 vítimas de violência”, informa o ministério. A pasta acrescenta que 330 medidas protetivas foram aplicadas; 28 palestras e campanhas foram ministradas; e 50 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Ao todo, 51 menores foram apreendidos.

Fonte: AB

Começa a valer o fim do limite para sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas

 

Clipping

Começa a valer nesta segunda-feira (1) decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que acaba com o limite do número de consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas.

A medida vale para os usuários de planos de saúde com qualquer doença ou condição de saúde listada pela Organização Mundial de Saúde, como, por exemplo, paralisia cerebral, síndrome de Down e esquizofrenia.

Com a alteração, o fim do limite de consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas passa a ser válido para pacientes com qualquer diagnóstico, de acordo com a indicação do médico assistente.

De acordo com a ANS, a decisão tem o objetivo de promover a igualdade de direitos aos usuários da saúde suplementar e padronizar o formato dos procedimentos atualmente assegurados relativos a essas categorias profissionais.

Dessa forma, foram excluídas as Diretrizes de Utilização (condições exigidas para determinadas coberturas) para as consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas, e o atendimento passará a considerar a prescrição do médico assistente.

No último dia 1º de julho, a ANS já havia tornado obrigatória a cobertura para qualquer método ou técnica indicada pelo profissional de saúde responsável para o tratamento de Transtornos Globais do Desenvolvimento, entre os quais o transtorno do espectro autista, Síndrome de Asperger e a Síndrome de Rett.

Para explicar o que muda após a decisão e quem tem direito às novas regras, o g1 preparou um guia com perguntas e respostas.

1. Como era o limite antes da mudança?

Cada uma dessas especialidades tinha regras específicas que delimitavam o número de consultas e sessões que o paciente tinha direito pelos planos de saúde.

Por exemplo, a ANS previa a cobertura obrigatória de apenas duas consultas de fisioterapia por ano para cada doença apresentado pelo paciente. As consultas com terapia ocupacional também eram limitadas a duas por ano, mas só valiam para condições específicas.

Já o acompanhamento com fonoaudiólogo tinha uma cobertura de 24 sessões por ano para pacientes que se enquadrassem em uma das 11 condições listadas pela entidade, entre elas linguagem precipitada, pacientes com fenda labial, dislexia, apneia de sono ou com queimadura e corrosão da cabeça e pescoço, por exemplo.

E as sessões com psicólogo podiam ser 12 por ano (para pacientes candidatos a cirurgias, implante coclear e ostomizados), 18 por ano (pacientes com transtornos neuróticos, estresse e síndromes comportamentais) ou 40 por ano (para pacientes com esquizofrenia, transtornos delirantes, globais do desenvolvimento, da alimentação e do humor).

2. E como fica?

Foram excluídas as limitações para as consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas.

A partir da mudança, o atendimento passará a considerar a prescrição do médico assistente – e não é mais preciso que a doença ou condição do paciente atenda a uma lista restrita de diagnósticos específicos.

3. Quando a mudança passa a valer?

A nova resolução normativa será publicada Diário Oficial da União e passará a valer a partir de 1º de agosto de 2022.

Quem vinha fazendo as terapias e pagando o limite ultrapassado não tem direito a reembolso para consultas realizadas anteriormente.

4. Quem tem direito?

A medida vale para os usuários de planos de saúde com qualquer doença ou condição de saúde listada pela Organização Mundial de Saúde. Essa lista é a Classificação Internacional de Doenças (CID) e tem cerca de 55 mil classificações, como, por exemplo, depressão, ansiedade, paralisia cerebral, síndrome de Down e esquizofrenia.

Com a alteração, o fim do limite passa a ser válido para pacientes com qualquer diagnóstico, de acordo com a indicação do médico assistente.

5. Precisa ter encaminhamento médico?

Sim. A cobertura do plano de saúde depende de haver uma indicação do médico.

6. Qualquer médico pode encaminhar?

Sim, precisa haver prescrição feita pelo médico assistente. A medida é válida para todos os usuários de planos regulamentados (contratados após a Lei 9656/98 ou adaptados à lei).

7. Onde eu vejo se minha doença ou condição está coberta?

Estão cobertas todas as doenças que fazem parte da Classificação Internacional de Doenças (CID). A lista atualizada publicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) pode ser consultada aqui ou aqui (em inglês).

8. Qual foi a mudança no tratamento para transtornos de desenvolvimento?

A partir de 1º de julho, a ANS ampliou as regras de cobertura para usuários de planos de saúde com transtornos globais do desenvolvimento. “Passou a ser obrigatória a cobertura para qualquer método ou técnica indicado pelo médico assistente para o tratamento do paciente que tenha um dos transtornos enquadrados na CID F84, conforme a Classificação Internacional de Doenças.

Agora o convênio é obrigado a cobrir qualquer forma de tratamento prescrita pelo médico, e escolhida em acordo com a família. Entre as alternativas possíveis, estão: Modelo Applied Behavior Analysis (ABA), Modelo Denver de Intervenção Precoce (DENVER ou ESDM), Integração Sensorial, Comunicação Alternativa e Suplementar ou Picture Exchange Communication System (PECS), dentre outros.

Essa decisão já tinha antecipado o número ilimitado de sessões com fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas para este grupo de pacientes.

9. Que condições são consideradas um transtorno de desenvolvimento?

  • Autismo infantil;
  • Autismo atípico;
  • Síndrome de Rett;
  • Outro transtorno desintegrativo da infância;
  • Transtorno com hipercinesia associada a retardo mental e a movimentos estereotipados;
  • Síndrome de Asperger;
  • Outros transtornos globais do desenvolvimento;
  • Transtornos globais não especificados do desenvolvimento.

Fonte: G1

‘Não podemos considerar a pandemia superada’, diz pesquisadora da Fiocruz

 

Clipping

Vários estados brasileiros flexibilizaram, nos últimos meses, as medidas de prevenção contra a covid-19. Como consequência, leva-se hoje no Brasil uma vida semelhante à observada em tempos pré-covid, sem uso de máscaras, com grandes aglomerações normalizadas — cenas que, há um ano, seriam inimagináveis. Na contramão dessas decisões está parte significativa dos cientistas brasileiros, como a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcolmo.

“Nunca foi tão importante manter hábitos não-farmacológicos. O uso de máscaras em locais fechados ainda é muito relevante, porque as cepas hoje circulantes com predomínio têm escape vacinal”, salienta a médica. Dalcolmo é uma das mais respeitadas lideranças da ciência atuantes no combate à pandemia. Envolveu-se diuturnamente na missão de conscientizar a população brasileira sobre a prevenção à covid-19 desde os primeiros dias, quando chegou, inclusive, a prestar consultoria técnica ao então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.


A pesquisadora destaca que, apesar de a maior parte da população agir de maneira despreocupada, o Brasil ainda não superou a pandemia e deve preocupar-se, principalmente, com a população infantil. “Os estudos nessa população realmente demoram. Eles são mais complexos de serem feitos, do ponto de vista ético. Mas hoje nós já temos vacinas aprovadas no Brasil”, ressalta. “É muito estranho que as famílias tenham sido inoculadas com esse vírus do medo”, provoca a médica.

O Brasil superou a pandemia, ou a gente ainda tem um caminho pela frente? Nós ainda não podemos considerar a pandemia da covid-19 superada no Brasil por várias razões. Primeiro, estamos diante de uma doença nova, com aparecimento de novas variantes. Hoje, praticamente há uma variante ou uma subvariante que aparece a cada duas semanas. Algumas dessas, comoa cepa BA5, que predomina no Brasil, de alta transmissão e com o que chamamos de escape vacinal. Então, o uso de máscaras em locais fechados ainda é muito relevante. A segunda razão é que, a despeito de uma boa taxa de vacinação, não alcançamos com as doses de reforço, que são as terceira e quarta doses, um percentual realmente importante na população brasileira. Em terceiro lugar, precisamos urgentemente vacinar a população pediátrica. A despeito de as vacinas terem se mostrado extremamente protetoras nas crianças, essa hesitação vacinal por parte de muitas famílias é muito grave e contraria uma tradição muito arraigada na nossa população, que é gostar e confiar nas vacinas.


Por que isso ocorre? A população brasileira sempre aderiu de maneira muito saudável às vacinas oferecidas pelo SUS às nossas crianças, de modo que considero muito importante que a imprensa e todos nós, médicos, nos manifestemos com veemência, instando as famílias a levarem as suas crianças para serem vacinadas e que não deem ouvidos a essa quantidade de notícias falaciosas que têm sido disseminadas contra as vacinas nas crianças, inclusive por alguns médicos, o que eu considero um desserviço enorme à nossa população já tão sofrida e amedrontada.

Existe a chance de a gente ter alguma variante mais forte ainda das já conhecidas?
 A probabilidade é pequena, porque as variantes e subvariantes não têm, até o momento, demonstrado uma mortalidade maior. E, se alguém duvidava do efeito protetor contra formas graves, hospitalizações e mortes pela covid-19 por força da aplicação das vacinas, essa dúvida caiu por terra. Os dados falam por si. A curva de diminuição é tão dramática, os hospitais se esvaziaram, o número de mortes que já chegou a mais de 3 mil pessoas por dia, diminuiu muito, embora ainda seja um número relevante, porque cada vida humana conta. Quem está internado hoje ou, eventualmente, morrendo ou são pessoas não vacinadas, ou portadoras de uma condição clínica muito desfavorável do ponto de vista imunológico.

O Brasil teve um dos piores desempenhos e uma das mais altas letalidades pela covid-19 em população pediátrica. Nós tivemos quase 3 mil óbitos em crianças abaixo de cinco anos de idade, o que é absolutamente impressionante. As crianças precisam ser protegidas pelas vacinas. Os estudos nessa população realmente demoram. Eles são mais complexos de serem feitos, do ponto de vista ético, mas já temos vacinas aprovadas no Brasil, tanto a da Pfizer quanto recentemente a Corona Vac para a população entre 3 e 5 anos de idade. É muito estranho que essas famílias tenham sido inoculadas com esse vírus do medo, diante de uma um programa de vacinação tão incorporado à nossa cultura.

Eu nunca vi pais e mães se perguntarem o que tinha numa vacina chamada pentavalente, que a gente aplica nos bebês abaixo de um ano de idade. Então, é um desserviço atribuir às vacinas efeitos nocivos que absolutamente elas não têm. O que não sabemos até agora, isso sim, é quais serão os efeitos a médio e longo prazos que a covid-19 poderá causar nessa população pediátrica, como já sabemos que ela causa na população adulta, por exemplo, com a chamada síndrome da covid longa. Hoje, o maior desafio da medicina é lidar com essas pessoas que precisam de reabilitação, muitas vezes complexa, para ganharem de volta o mínimo de normalidade em suas vidas.


Os efeitos neurológicos ainda estão sendo estudados.
 

Neurológicos, respiratórios, cardiovasculares e, inclusive, psiquiátricos. O número de pessoas que precisam de assistência psicológica e psiquiátrica pelo trauma de terem ficado internados por um longo tempo, em confinamento, é grande. O vírus afeta o sistema nervoso central, o que pode ocasionar mudança de comportamento, um quadro neurológico prolongado, neuropatias periféricas prolongadas. Tudo isso são efeitos que hoje nós estamos lidando nos serviços de reabilitação pós-covid.


Esses efeitos ainda serão sentidos por décadas? Não podemos dizer por quanto tempo, nem se eles serão indeléveis. Não sabemos, porque ainda não temos o necessário recuo histórico para essa análise. Então, só o tempo dirá se eles são indeléveis ou temporários.

Apesar dos constantes cortes na saúde pública, o SUS foi essencial para o combate da pandemia. Como a senhora vê a falta de valorização da saúde no país? Em 13 de março de 2020, dei minha primeira entrevista pública e, naquele momento, disse, convicta, que nós tínhamos duas armas para enfrentar a tsunami que estava chegando ao Brasil. A primeira e mais nobre delas era o SUS. Sem o SUS, a tragédia teria sido muito maior. A segunda seria o distanciamento físico e social, que era uma arma absolutamente fundamental em se tratando de uma virose aguda de transmissão respiratória. Por conta de todas as fragilidades, subfinanciamento, carência de recursos humanos, enfim, tivemos uma operacionalização que muitas vezes deixou a desejar. Mas, sem o SUS, a tragédia teria sido muito pior.


Houve falta de sincronia entre o poder público e as demandas de saúde? Porque a gente viu atraso na vacinação, diversos percalços que parecem uma certa negligência…
 Desde o início, ficou claro que, contra esse tipo de doença, com alta capacidade de transmissão, a arma seriam as vacinas, porque virose aguda se resolve com vacina, tradicionalmente. E o Brasil viveu um paradoxo. Foi o país que desenvolveu estudos de fase três para vacinas de grande qualidade, como foi com a CoronaVac, com a Pfizer, com a Janssen e com a AstraZeneca. Foi o país que mais colocou voluntários nos estudos de fase três, e viveu a contradição de ter um embate entre uma retórica paradoxal de algumas autoridades e a necessidade óbvia de vacinar a população. Nós poderíamos ter começado a vacinar antes do que efetivamente começamos. Esse embate retórico entre a ciência brasileira e o discurso oficial, sem dúvida, não foi positivo no resultado.


A Procuradoria Geral da República desqualificou as investigações da CPI da covid. Não houve responsabilização. Por que a saúde segue sendo negligenciada, mesmo com todas as evidências?Eu não sei se não haverá responsabilização. Sem dúvida nenhuma, caberá à sociedade brasileira ter a consciência cívica do que é necessário e reivindicar da maneira adequada. Politicamente, eu não saberia dizer em que isso vai resultar. Agora, sem dúvida nenhuma, mais do que a responsabilização retrógrada daquilo que não aconteceu, temos que ter um olhar pra frente. É como conduzir o problema daqui pra frente num momento difícil, num ano eleitoral. Onde as tensões obviamente tendem a se acirrar, e nós precisamos ter a serenidade, a eficiência que os serviços de saúde naturalmente exigem nesse momento.


O debate eleitoral tem se concentrado na economia. Aparentemente, a saúde pública está relegada a segundo plano.
 O que é um equívoco, porque saúde pública e economia são basicamente a mesma coisa. Quando você investe em saúde você está fazendo um investimento nobre em economia, porque as pessoas adoecerem menos nas fases mais produtivas de suas vidas, trabalharem, produzirem, estudarem, produzirem conhecimento técnico e científico, é absolutamente fundamental. O equívoco está na maneira de olhar. Investir em saúde e educação não é gastar. É olhar o dia de amanhã, o futuro do país, as novas gerações.
Eu acho que o Brasil está vivendo um momento extremamente dramático, com várias contradições. Uma população que envelhece. Nós hoje temos uma população acima de 60 anos no Brasil que já representa um número muito importante. Nós precisamos cuidar dessas pessoas, ter uma visão para as doenças crônicas que comprometem as pessoas de mais idade. Inseri-las socialmente de uma maneira adequada. Isso exige uma saúde pública muito bem conduzida e com muita eficiência. Outras questões fundamentais, como saneamento básico, estão diretamente relacionadas à economia. Então, olhar isso de maneira dicotomizada não me parece correto.
Por quanto tempo o Brasil precisará de reforço na vacinação contra a covid-19? E por quanto tempo a doença permanecerá nas nossas vidas? São duas questões aí. Primeiro, haverá, sem dúvida, uma nova leva de vacinas de segunda geração. Algumas já estão sendo fabricadas com a proteína spike, da cepa Omicron, e não mais com as cepas originais, com a qual foram formuladas todas as vacinas que nós usamos até o momento. Acho que nós ainda precisaremos receber uma dose, pelo menos, de vacina, com as vacinas de segunda geração quando forem liberadas. O vírus SARS-CoV-2 não deve desaparecer das nossas vidas, ele deverá permanecer num comportamento epidemiológico endêmico. Ou seja, vamos ter casos de vez em quando. O vírus já faz parte do diagnóstico diferencial das viroses respiratórias.
A senhora participou, na semana passada, do encontro da SBPC na UnB. Como está a situação da ciência no Brasil? Nunca foi tão necessário que governantes e autoridades se sensibilizassem para o fato de que investimento em ciência, tecnologia e inovação é um investimento mais nobre. Enquanto isso for equivocadamente olhado como gasto, e não como um olhar para o nosso amanhã, estaremos perdurando no que eu chamaria de um erro de visão de país. Foi muito simbólica essa SBPC presencial realizada nas dependências da UnB nesse momento. Acho que, para a universidade, que já sofreu tanto nas últimas décadas, no Brasil, isso representa muito. Espero que essas discussões possam aumentar o nível de consciência dos jovens ali presentes.
A OMS definiu como preocupante o avanço da varíola dos macacos no Brasil. Como está a doença no mundo? É um outro nível, outra doença. Mas de qualquer maneira, acho que a OMS fez um alerta correto e oportuno. Hoje, alguns países se ressentem de não ter mantido estoques adequados de vacinas, como não temos quantidades suficiente se precisarmos de uma vacinação em maior âmbito, de algumas populações ou grupos de risco. Acho que nós precisaremos, sim, vacinar alguns grupos de população com a vacina da varíola, e o Brasil seguramente é um país que tem condições pra fabricas a vacina. Isso depende de vencer alguns entraves técnicos, como, por exemplo, ter o vírus original para que a vacina seja produzida. O Butantan e a Fiocruz são instituições públicas perfeitamente qualificadas para fabricar a vacina da varíola.
Quais são os principais sintomas dessa doença pouco conhecida no Brasil? Que cuidados devem ser adotados? São sintomas de uma de uma doença geral. Ela chama a atenção quando existe a suspeita epidemiológica de que tenha havido contato com alguém sabidamente doente. Quem teve contato deve ser observado, antes mesmo do aparecimento das lesões cutâneas. Como o período de incubação é relativamente longo, de três a quatro semanas, a pessoa tem que saber se teve contato com alguém doente ou esteve num ambiente onde houve outros casos. O diagnóstico precoce vai levar ao isolamento. O isolamento deve ser de quatro semanas, que é o período em que podem aparecer lesões cutâneas, que são altamente contagiosas. A maior parte dos casos não tem sido grave, são muito poucas mortes até o momento. É uma doença que, eventualmente, pode ser controlada por vacina, se aumentar o número de casos ou declarada essa necessidade.

AFOGADOS | Prefeitura inaugura Ponto de Apoio da Saúde em Nova Brasília

 

Clipping

A Prefeitura de Afogados inaugurou neste final de semana um Ponto de Apoio da Saúde na comunidade de Nova Brasília, às margens da PE-320.

O ponto conta com consultório médico, consultório odontológico, sala de enfermagem, sala de curativo, copa, recepção e banheiros. Foram investidos R$ 160 mil pelo município. A obra foi executada pela construtora Aurélio.

Além da comunidade de Nova Brasília, também serão beneficiados os moradores das comunidades rurais de Oitis, Curralinho e Várzea Cumprida. São cento e vinte famílias contempladas.

Além do atendimento de médico, enfermeiros e dentista, a população também vai contar com acompanhamento de pré-natal para as gestantes, puericultura, citologia, vacinação e curativos.  “Estamos hoje entregando mais um Ponto de Apoio da saúde em nossa zona rural, tão desejado pelos moradores de Nova Brasília e demais comunidades próximas”, destacou o Secretário de Saúde, Artur Amorim.

Participaram da inauguração, o Prefeito Alessandro Palmeira, o vice, Daniel Valadares, o secretário de saúde, Artur Amorim, os vereadores Gal Mariano, Rubinho do São João, César Tenório, Toinho da Ponte, Erickson Torres, Douglas Eletricista, Reinaldo Lima e Cícero Miguel.

“Estamos reafirmando o nosso compromisso de levar obras e ações para a nossa zona rural. Esse ponto de apoio trará mais dignidade à população, que terá um atendimento de qualidade em saúde, sem precisar se deslocar para o centro de Afogados. E damos mais um passo importante para universalizar o atendimento odontológico em Afogados”, afirmou o prefeito Alessandro Palmeira.

Fonte: Marcello Patriota

Quase 300 taxistas de Petrolina (PE) receberão auxílio do Governo Federal

 

Clipping

Uma lista com os dados de 294 profissionais aptos para receber o auxílio taxistas foi enviada ao governo federal pela prefeitura, através da Autarquia Municipal de Mobilidade de Petrolina – Ammpla. De acordo com o prefeito Simão Durando, os dados foram enviados na última sexta-feira (29).

O pagamento está previsto para ser feito em seis parcelas de até R$ 1.000, entre agosto e dezembro deste ano. As duas primeiras parcelas devem ser pagas até o dia 16 de agosto.

“Com muito planejamento, finalizamos o levantamento destas informações e enviamos antes da data final do primeiro prazo, para que os taxistas regularizados tenham a oportunidade de receber o pagamento do benefício desde as primeiras datas previstas pelo governo federal”, destacou o prefeito.

O gestor ainda explicou que o Ministério do Trabalho tem critérios próprios para definição de quem poderá receber e o valor que será pago a cada um destes taxistas. “É importante lembrar que o site do Ministério do Trabalho vai disponibilizar a lista dos aprovados na próxima semana. A partir daí, os selecionados poderão fazer a retirada do benefício na Caixa Econômica Federal, no prazo estabelecido pelo órgão”, concluiu.

Fonte: Edenevaldo Alves

Vale-gás começa a ser pago no dia 9 de agosto com valor médio do botijão inteiro

 

Clipping

Em julho, os beneficiários do Auxílio Gás não receberam parcelas com os valores. Porém, como o benefício é bimestral, o pagamento será retomado no dia 9 de agosto com uma novidade: as famílias que recebiam o vale-gás no valor médio de 50% do botijão de 13 kg passarão a receber o pagamento integral da unidade.

O valor médio integral da unidade será pago nos meses de agosto, outubro e dezembro. Em janeiro de 2023, as famílias voltarão a receber o valor médio de 50% do botijão de gás de 13 kg.

O acréscimo no valor do benefício faz parte do pacote social pré-eleitoral criado pela chamada PEC Kamikaze, promulgada pelo Congresso no dia 14 de julho. Entre outros pontos, a emenda constitucional aumentou o valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, ampliou o vale-gás e criou um “voucher” para caminhoneiros e um auxílio para taxistas. O custo total do pacote pré-eleitoral chega a R$ 41,2 bilhões. No caso do vale-gás, o total liberado é de R$ 1,05 bilhão. (G1)

Após quatro altas consecutivas, Confiança Empresarial cai 0,3 ponto

 

Clipping

O Índice de Confiança Empresarial (ICE), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), caiu 0,3 ponto em julho, indo para 98,5 pontos, após quatro altas consecutivas. Em médias móveis trimestrais, o indicador mantém a tendência ascendente.

Na avaliação do superintendente de Estatísticas do Ibre/FGV, Aloisio Campelo Jr., a queda do ICE em julho é “suave demais” para sinalizar uma mudança na tendência de alta iniciada em março. Segundo ele, enquanto o ritmo de atividade corrente parece inalterado no mês, a piora das expectativas nos quesitos que miram os seis meses seguintes sugere preocupação das empresas com uma possível desaceleração no último trimestre do ano.

Entre os fatores que podem estar influenciando esta cautela estão o aperto monetário interno, as perspectivas de desaceleração da economia mundial e a baixa confiança do consumidor. No sentido contrário à média, o setor de serviços continua mostrando pujança e atinge o maior nível de confiança dos quatro grandes segmentos pesquisados, algo que não ocorria desde maio de 2012”, disse, em nota.

Causas

Segundo a pesquisa, a ligeira queda da confiança empresarial foi determinada pela piora das expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 0,3 ponto, para 100,3 pontos, maior nível desde agosto de 2021 (100,5 pontos). O Índice de Expectativas (IE-E) recuou 2,1 pontos, para 97,6 pontos, menor nível desde abril deste ano (94,4 pontos).

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pelo Ibre/FGV: indústria, serviços, comércio e construção.

De acordo com o levantamento, em julho a confiança recuou em todos os setores que integram o ICE, exceto no segmento de serviços que manteve a boa fase com alta de 2 pontos da confiança.

“Na Indústria de Transformação e na Construção, a queda da confiança foi influenciada por uma piora significativa das expectativas, enquanto no comércio as avaliações foram menos favoráveis nas duas dimensões temporais da pesquisa. Com os resultados setoriais de julho, esta é a primeira vez que [o setor de] serviços registra o maior nível de confiança entre os setores, desde maio de 2012”, diz o Ibre/FGV.

Desempenho da pequena indústria melhora, mas matéria-prima preocupa

 

Clipping

As micro e pequenas empresas brasileiras apresentaram bom desempenho no segundo trimestre de 2022, mas estão preocupadas com a falta ou com o alto custo dos insumos usados como matéria-prima, segundo levantamento divulgado hoje (1º) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo o Panorama da Pequena Indústria, há nas empresas de menor porte uma percepção de melhora da situação financeira, na comparação com o mesmo trimestre de anos anteriores. 

“Os empresários seguem otimistas e as perspectivas para a pequena indústria seguem em patamar positivo”, indica o documento da CNI ao informar que o “desempenho médio do trimestre” em 2022, para a pequena indústria, ficou em 47,4 pontos.

O resultado do segundo trimestre está acima do anotado no primeiro trimestre de 2022 (45,5 pontos), bem como da média do segundo trimestre de 2021 (46,5 pontos).

Em junho, o índice de desempenho registrou 47,5 pontos, uma alta de 4,8 pontos na comparação com a média dos meses de junho para anos anteriores. O Panorama da Pequena Indústria é um levantamento trimestral que elenca quatro indicadores: desempenho, situação financeira, perspectivas e índice de confiança. Todos os índices variam de zero a 100 pontos. Quanto maior for, melhor é a performance do setor.

Matérias-primas

A indicação de otimismo, no entanto, vem acompanhada de “preocupação com a falta ou o alto custo das matérias-primas que continua em alta para a pequena indústria”, que aponta esse problema como “desafio para as micro e pequenas indústrias brasileiras”.

No segundo trimestre deste ano, a falta ou o alto custo da matéria-prima foi o “problema mais assinalado” com 51,8% das citações no ranking que abrange pequenas empresas dos setores extrativo, de transformação e de construção, seguido de elevada carga tributária (35,8%). Em terceiro lugar, entre os principais problemas enfrentados pela pequena indústria, está a preocupação com “demanda interna insuficiente”.

“O problema [de falta ou alto custo da matéria-prima] continua em primeiro lugar para todos os segmentos industriais e, apesar de ter sofrido redução nas assinalações para a transformação (-6,9 pontos percentuais (pp) e para a extrativa e (-6,8 pp), o percentual aumentou para a indústria da construção (+5,4 pp) no segundo trimestre de 2022”, informa a pesquisa.

Finanças e perspectivas

Para a CNI, o Índice de Situação Financeira das pequenas indústrias teve “ligeira melhora”, marcando 41,2 pontos no segundo trimestre de 2022, índice que apresenta acréscimo de 0,2 ponto na comparação com o primeiro trimestre.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) para a pequena indústria mostrou “confiança relativamente elevada e disseminada”, uma vez que, desde o início do ano, a confiança “segue oscilando acima da média histórica de 52,8 pontos em torno dos 57,0 pontos”, informou a CNI.

Já o Índice de Perspectivas da pequena indústria apontou queda de 0,9 ponto em julho de 2022, passando para 51,3 pontos. Este índice avalia as percepções dos empresários para os próximos meses.

O levantamento da CNI é trimestral e tem como base a análise dos dados da pequena indústria levantados na Sondagem Industrial, na Sondagem Indústria da Construção e no Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei). As pesquisas ouvem, todos os meses, cerca de 900 empresários de empresas de pequeno porte.

Fonte: AB

População e lideranças políticas prestigiam Augusto Coutinho no Sertão

 


O deputado federal Augusto Coutinho (Republicanos) concluiu no domingo, em Salgueiro, um roteiro por sete municípios sertanejos. Durante o giro, o parlamentar teve oportunidade de conversar com a população e lideranças sobre as prioridades e os anseios das comunidades. Além de Salgueiro, a viagem incluiu visitas a Cedro, Trindade, Verdejante, Ouricuri, Serra Talhada e Araripina.

"Tivemos quatro dias de uma agenda bastante produtiva ouvindo moradores, gestores e parlamentares do Sertão de Pernambuco, uma região que necessita de bastante atenção do poder público para acelerar seu desenvolvimento", ressaltou Augusto.

O roteiro de compromissos foi concluído em uma reunião com lideranças na Câmara Municipal de Salgueiro, no domingo. No sábado, Augusto esteve em Ouricuri para se encontrar com o deputado estadual Antonio Fernando e a vereadora Luciene Matos, entre outros nomes da política local.

Durante o giro sertanejo, o parlamentar também prestigiou a Expo Gesso, em Trindade - juntamente com lideranças como o vereador Jaécio Sá e Victor Coelho - e foi agraciado com o Selo Grande Serra 40 anos, oferecido pela Rádio Grande Serra em Araripina. Ele também visitou Cedro, a Capital do Milho, para um encontro com lideranças ao lado de Riva Bezerra.

O deputado federal também visitou a abertura dos festejos do principal período da Festa de Sant'Ana, padroeira de Parnamirim, ao lado do prefeito Nininho, do deputado Antonio Fernando, do vice-prefeito Rennê Alencar e dos vereadores Didi dos Correios e Edivan Falcão.

Em Verdejante, Augusto cumpriu agenda com o prefeito Haroldo Tavares e o vice Dorinho na Escola Municipal Joaquim Tavares de Sá, construída com recursos viabilizados por seu mandato. O roteiro foi aberto, na quinta-feira, com uma visita a Serra Talhada, onde o federal se encontrou com o ex-prefeito e pré-candidato a deputado estadual Luciano Duque e com a liderança Danilo de Lima Silva, da Associação Maria José do Nascimento.

Nesta terça-feira, o deputado federal Augusto Coutinho viaja para Brasília, onde serão retomados os trabalhos legislativos após o fim do recesso do meio do ano.

Cabrobó recebe projeto Orelhão Digital do Ministério Público de Pernambuco

 

Clipping

O município de Cabrobó recebe a partir desta segunda-feira, 1, uma extensão do Orelhão Digital, projeto do Ministério Público de Pernambuco que objetiva promover a inclusão digital. Realizada em parceria com os municípios, a iniciativa possibilita acesso aos serviços digitais disponibilizados pelos órgãos públicos.

Em Cabrobó, a ação funcionará na Câmara de Vereadores, a pedido do presidente da casa, Ronny Russo. Ele fez a solicitação à promotora de Justiça Jamile Figueirôa Silveira Paes. A casa legislativa disponibilizou um servidor, que já foi treinado, para auxiliar o público.

O Orelhão Digital foi concebido com a principal finalidade de facilitar o acesso dos cidadãos a serviços de interesse público disponíveis na internet. As portas do mundo digital são abertas a qualquer pessoa, de forma gratuita, com suporte de um servidor treinado. Algo muito importante para quem não tem internet em casa.

 “O direito ao acesso à internet foi reconhecido pela OEA em 2020 como direito humano fundamental. Nessa seara e atenta às necessidades da população, a Câmara Municipal de Cabrobó aderiu ao projeto Orelhão Digital do Ministério Público de Pernambuco, sempre no compasso da inclusão e acesso à cidadania”, salienta a coordenadora do projeto no município, Fernanda Henriques da Nóbrega.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

49% deixaram de falar sobre política para evitar discussões

 

Clipping

Metade da população altera comportamento com o acirramento da tensão eleitoral

Metade do eleitorado brasileiro (49%) diz ter deixado de conversar sobre política com amigos e familiares nos últimos meses para evitar discussões, diante do acirramento eleitoral, mostra pesquisa Datafolha realizada na semana passada. A reportagem é de Paula Soprana/Folha de S. Paulo.

A pesquisa indica que o índice é maior entre os eleitores de Lula (54%), candidato do PT, frente aos 40% dos apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).

A dois meses do primeiro turno, o Datafolha apresentou três situações de constrangimento ou coação e pediu aos entrevistados que respondessem se já passaram ou não´por casos do tipo.

Além de deixarem de falar do assunto com pessoas próximas, que são 49%, 15% disseram já ter recebido ameaça verbal e 7%, física.

Dos entrevistados, 54% afirmaram ter vivido alguma situação de constrangimento, ameaça física ou verbal em razão de suas posições políticas nos últimos meses.

O contingente é mais alto entre simpatizantes do PT (63%), eleitores de Lula (58%), mais instruídos (62%), que reprovam o governo Bolsonaro (62%), autodeclarados pretos (60%) e homossexuais e bissexuais (65%).

Entre os que afirmam ter sofrido ameaça verbal por motivação política, o indíce passa a 19% entre os que têm intenção de votar em Lula. No lado de Bolsonaro, o índice é de 12%. Em relação a ameaças físicas, o índice é de 9% entre os eleitores de Lula e de 5% entre os de Bolsonaro.

A pré-campanha deste ano vem sendo marcada por uma escalada de violência nos dois últimos meses, sendo o assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT, o episódio mais drástico.

Ele foi morto a tiros em Foz do Iguaçu (PR) por um apoiador de Bolsonaro durante a comemoração de seu aniversário de 50 anos, em 9 de julho. O tema da festa era o PT, com bandeiras do partido e de Lula.

Dois dias antes, um ato com a presença do ex-presidente Lula na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, foi alvo de um artefato explosivo. A militância do PT já havia sido atingida por fezes lançadas por um drone que sobrevoou um evento político em Uberlândia (MG).

Também em julho o carro do juiz federal Renato Borelli, que decretou a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, foi alvejado com fezes de animais, ovos e terra enquanto ele dirigia em Brasília.

Em São Paulo, um protesto de militantes da esquerda impediu o vereador Fernando Holiday e outros pré-candidatos do partido Novo de falar em evento na Unicamp, em Campinas.

​Um comportamento semelhante é percebido na internet. A pesquisa aponta que 53% dos eleitores mudaram a postura nas redes sociais para evitar atritos com amigos e familiares.

No WhatsApp, aplicativo de conversa mais popular entre os brasileiros e central na comunicação política de 2018, 43% pararam de falar sobre política e 19% saíram de algum grupo. Considerando outras redes sociais, 41% das pessoas deixaram de comentar e publicar conteúdo eleitoral.

De maneira geral, as taxas são mais altas entre os eleitores de Lula do que entre os de Bolsonaro. Na primeira situação, entre os eleitores do petista o índice é de 46%, ante 38% entre os eleitores do presidente, na segunda situação, 44% ante 35%, e na terceira, 23% ante 13%.

Embora 78% dos entrevistados tenham algum aplicativo de mensagens, só 8% participam de grupos de apoio aos dois presidenciáveis que lideram a pesquisa, sendo 4% para Lula e 4% para Bolsonaro.

A maioria (70%) não participa de grupo de apoio político. Entre eleitores do presidente, 12% estão em algum grupo. Já entre os eleitores de Lula, 9%.

Nos dois lados, 13% responderam seguir o perfil de seu candidato em outras redes sociais.

O Telegram, reconhecido como um aplicativo bastante utilizado por bolsonaristas, está instalado em 21% dos celulares da população entrevistada.

Embora a presença do aplicativo seja bem inferior à do WhatsApp (78%), grupos de Telegram concentram parte importante da comunicação política por terem até 200 mil integrantes por grupo (no WhatsApp só são permitidos 256) e uma militância superativa.

O aplicativo russo é mais usado entre empresários (37%) e estagiários (41%), pessoas de 16 a 24 anos (36%) e apoiadores do PL (37%).

Considerando os que utilizam o meio, 32% são eleitores de Ciro Gomes (PDT), 26% de Jair Bolsonaro, 17% de Lula, 15% de Simone Tebet (MDB) e 12% de André Janones (Avante).

O WhatsApp permanece como o principal aplicativo de conversa. O serviço é usado por 84% dos eleitores de Bolsonaro e por 74% dos apoiadores de Lula.

O índice de usuários desses aplicativos é majoritário em todos os segmentos, com exceção dos mais velhos (48%).

Tanto WhatsApp como Telegram têm taxas de usuários mais altas entre os mais jovens (97% e 36%, respectivamente), entre os mais instruídos (96% e 41%) e entre os mais ricos (93% e 39%).

Considerando as redes sociais (Facebook, Instagram, Tik Tok e Twitter), sete em cada dez pessoas possuem uma conta. O índice é majoritário em todas as variáveis sociodemográficas, com exceção dos que têm 60 anos ou mais (36%) e entre os menos instruídos (43%).

Das quatro redes pesquisadas, o Facebook tem o maior número de usuários, 62%. Na sequência, aparecem Instagram (56%), Tik Tok (26%) e Twitter (15%). Essas taxas são mais altas entre os que têm 16 a 24 anos, entre os mais instruídos e entre os mais ricos.

A parcela de usuários de alguma dessas quatro redes sociais é mais alta entre eleitores de Bolsonaro do que entre eleitores de Lula: 76% frente 64%.

Bolsonaro alcança índice de seguidores mais altos entre os que possuem renda familiar mensal de mais de cinco salários mínimos (23%), entre empresários (32%), seus eleitores (38%) e entre os que aprovam o seu governo (35%).

Já Lula alcança patamares mais altos de seguidores entre jovens de 16 a 24 anos (26%), simpatizantes do PT (31%), seus eleitores (25%) e os que reprovam o atual governo (24%).

A pesquisa Datafolha, contratada pela Folha, ouviu 2.556 pessoas em 183 cidades do país entre quarta (27) e quinta (28). A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-01192/2022.

Fonte: Carlos Britto

Pernambuco registra mais 204 casos e 4 óbitos

 

Clipping

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) registrou, neste domingo (31), em Pernambuco, 204 casos da Covid-19. Entre os confirmados hoje, 7 (0,3%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 197 (99,7%) leves.

Agora, o Estado totaliza 1.029.192 infectados pela doença, sendo 59.501 graves e 969.691 leves. Também foram contabilizados quatro óbitos, ocorridos entre 14 de maio de 2021 e  7 de fevereiro deste ano. Com isso, Pernambuco chega a 22.046 mortes pela Covid-19.