Finlândia e Suécia poderão entrar em breve na Aliança Atlântica, graças ao voto favorável da Turquia e dos outros 29 membros
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, iniciou neste sábado (2) o processo para que o Congresso do país endosse a adesão à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) da Finlândia e da Suécia.
Em comunicado, a Casa Branca anunciou que o presidente já enviou um relatório sobre a Finlândia e outro sobre a Suécia a várias comissões legislativas, em que analisa sua incorporação na Aliança Atlântica.
Esse é apenas o primeiro passo e ainda não há data definida para o Congresso ratificar o protocolo de adesão à Otan que Finlândia e Suécia planejam assinar na próxima terça-feira (5). A maioria dos democratas e republicanos no Congresso dos EUA apoia a incorporação dos países à organização, portanto, espera-se que o processo ocorra sem problemas.
De fato, a ratificação final pode ocorrer antes do recesso de agosto, disse o líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, em maio, durante uma visita a Helsinque.
Durante a cúpula da Otan, em Madri, os líderes aliados concordaram em convidar a Finlândia e a Suécia a se tornarem membros da Aliança, de modo que a assinatura do protocolo em 5 de julho servirá apenas para oficializar o acordo.
A guerra na Ucrânia levou a Finlândia e a Suécia, países de tradição neutra, a solicitar a entrada na Otan, processo que se revelou mais complexo do que o esperado depois que a Turquia bloqueou o acesso, por considerar os dois países negligentes no tratamento de organizações que Ancara classifica de terroristas.
Assim que a Finlândia e a Suécia assinarem o protocolo de adesão, ele precisará ser ratificado nos parlamentos dos 30 membros da Otan.
A cláusula de defesa coletiva da Aliança, consagrada no artigo 5º do Tratado do Atlântico Norte, só se aplicará à Finlândia e Suécia quando a ratificação dos países estiver concluída.