A escassez de insumos e matérias-primas nacionais para a produção atingiu 73% das empresas da indústria geral (extrativa e de transformação) e 72% da indústria da construção em fevereiro. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (9) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) dentro de uma pesquisa feita com 1.782 empresas.
Os percentuais são próximos aos da sondagem anterior, realizada em novembro de 2020, de 75% e 72%, respectivamente, fazendo com que as expectativas anteriores dos empresários, de que a normalização das cadeias produtivas nacionais se desse no primeiro semestre de 2021, fossem postergadas. Enquanto 37% acreditam que a situação se normalize até o fim de junho, 42% creem que isto acontecerá no segundo semestre e 14%, somente em 2022. Cerca de 6% esperavam que a normalização ocorresse ainda em março.
Além da escassez de insumos nacionais, as empresas também estão enfrentando dificuldades em conseguir matérias-primas importadas, independente de pagarem mais caro pelos produtos. Nas empresas da indústria geral que precisam importar, em fevereiro 65% estavam com essa barreira, patamar que chegou a 79% na indústria da construção.
Segundo a CNI, as dificuldades atuais ainda são resultado das incertezas que a economia atravessou durante a primeira onda da pandemia de covid-19 em 2020, quando muitas empresas cancelaram a compra de insumos. “A rápida retomada da economia no segundo semestre de 2020 não pode ser acompanhada no mesmo ritmo por todas as empresas, o que gerou dificuldades nos diversos elos da cadeia”, explicou a entidade.
Dólar alto prejudica importações
A desvalorização do real frente ao dólar, de acordo com a CNI, além de elevar o custo das importações, também fez com que as exportações de insumos brasileiros se tornassem mais atrativas, levando fornecedores nacionais a redirecionar para o mercado internacional parte do que era comercializado aqui.
Com a escassez de insumos, várias empresas também declararam na pesquisa dificuldade para atender clientes. Na indústria da construção, o problema atinge 30% delas, enquanto na indústria geral aumenta para 45%. No setor de informática, eletrônicos e ópticos, a falta de insumos alcançou 69% das empresas em fevereiro.
Ainda segundo a pesquisa da CNI, entre os setores com maior dificuldade para atender às demandas dos clientes estão: metalurgia, veículos automotores, máquinas e equipamentos, móveis, têxteis, celulose e papel, madeira, máquinas e materiais elétricos, produtos de metal e material plástico.
A concessão de crédito imobiliário pela Caixa Econômica Federal cresceu 35,5% no primeiro trimestre de 2020 na comparação com o mesmo período do ano passado, divulgou a instituição financeira. Nos três primeiros meses do ano, o banco concedeu R$ 28,9 bilhões em empréstimos imobiliários, assinando 134,8 mil novos contratos.
Entre os segmentos do crédito imobiliário, os empréstimos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que financia a compra da casa própria com recursos da poupança, somaram R$ 16,1 bilhões, com alta de 103,1% em relação ao primeiro trimestre de 2020. Apenas em março, R$ 7,2 bilhões foram emprestados, volume 146,5% superior ao de março de 2020.
Com o resultado do primeiro trimestre, a carteira de crédito habitacional da Caixa, que mede o estoque de empréstimos, atingiu R$ 514,1 bilhões e alcançou 5,6 milhões de contratos. O banco continua como o maior financiador da casa própria no Brasil, concentrando 68,5% do mercado.
No segmento pessoa jurídica, o banco financiou a construção de 562 empreendimentos de janeiro a março, volume 48% superior ao mesmo trimestre de 2020. São 68,9 mil novas unidades em produção, criando 212,6 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Atualmente, a Caixa financia 7,3 mil empreendimentos e 940 mil unidades em obra.
Desde 1º de março, a Caixa oferece quatro modalidades de financiamento imobiliário com recursos da poupança. No mês passado, a instituição lançou uma linha de crédito imobiliário com juros variáveis conforme o rendimento da Poupança e de acordo com o perfil do cliente.
As taxas efetivas partem de 3,35% ao ano, somados à remuneração adicional da poupança: 70% da taxa Selic (juros básicos da economia), quando esta for igual ou menor a 8,5% ao ano, ou 6,17% ao ano, quando a Selic superar 8,5% ao ano. O saldo devedor do financiamento é atualizado mensalmente pela Taxa Referencial (TR).
Novos dados confirmam a importância de ampliar cada vez mais a vacinação como estratégia para garantir o controle da doença
Os esforços para vacinar os trabalhadores da saúde contra a Covid-19 em Pernambuco já começaram a surtir efeito. Enquanto o número de casos graves na população em geral ainda se mantém elevado nesta fase mais crítica da pandemia em 2021, a evolução da doença entre os profissionais que atuam nos hospitais e demais postos da linha de frente ao longo das últimas semanas se mostrou estável após o início da imunização no Estado.
Os índices foram confirmados pelo secretário estadual de Saúde, André Longo, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (08.04). “Esses dados revelam que precisamos de mais vacinas, porque além de seguras, elas trazem impactos importantes no controle da doença. Os indicadores nos dão esperança em superarmos a pandemia e reforçam, ainda mais, a necessidade de acelerar e avançar no processo de imunização”, ressaltou Longo. No universo dos trabalhadores da saúde no Estado o cenário, que deveria ser de aumento de casos, registrou o oposto. Entre a Semana Epidemiológica (SE) 40 e a SE 53 de 2020, a média de casos graves em profissionais da categoria foi de quatro registros – com variação entre uma e sete ocorrências. Com o início da vacinação este ano, a média de casos se manteve estável, com três registros semanais – variando entre zero e seis casos.
INFLUENZA – Em paralelo à campanha de vacinação contra a Covid-19, Pernambuco inicia, na próxima segunda-feira (12.04), a imunização contra a Influenza. A iniciativa contemplará mais de 3,5 milhões de pessoas, e será dividida em três etapas, estendendo-se até o mês de julho. A primeira fase segue até 10 de maio e, inicialmente, devem ser priorizadas crianças de seis meses a cinco anos de idade, gestantes, puérperas e população indígena de seis meses a oito anos de idade.
Para dar início à campanha, o Ministério da Saúde encaminhou 338.400 doses do imunizante contra a Influenza, que já foi distribuído a todas as 12 Gerências Regionais de Saúde. A Secretaria de Saúde, por meio do Programa Estadual de Imunização (PNI-PE), já encaminhou mais de quatro milhões de seringas e agulhas para a operacionalização da campanha. A vacina protege contra três cepas do vírus: A (H1N1), A (H3N2) e B. A expectativa é imunizar, no mínimo, 90% do público prioritário.
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS – Ainda durante a coletiva de imprensa, o secretário André Longo analisou os indicadores da SE 13, que corresponde ao período de 28.03 a 03.04, e revelou que o Estado continua observando uma desaceleração da doença. Entretanto, alertou que o cenário ainda é preocupante e que os dados continuam em patamares elevados.
Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), pela primeira vez desde o final de janeiro, se mostraram em queda, com 1.681 notificações na semana passada. O número corresponde a uma redução de 2,2% em comparação com a semana anterior, que registrou 1.719 casos – o que aponta para um quadro de estabilidade. Já em relação às solicitações na Central de Regulação, pela primeira vez no ano Pernambuco registra, por duas semanas seguidas, redução nos pedidos de internação em UTI. Houve uma queda de 11% na comparação entre a semana passada (SE 13), e a anterior (SE 12) que, por sua vez, já tinha registrado uma redução de 4% em comparação a Semana Epidemiológica 11 (14 a 20.03). Em relação à taxa de mortalidade, levantada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAs/OMS), Pernambuco registrou os menores índices do País nos últimos 30 dias. Em 2020, o Estado teve a 12ª maior taxa e, no acumulado de 2021, registra a segunda menor taxa.
PLANO DE CONVIVÊNCIA – Ainda durante a coletiva, a secretária executiva de Desenvolvimento Econômico do Estado, Ana Paula Vilaça, reforçou a importância do diálogo com os setores produtivos para seguir com o novo Plano de Convivência da Economia com a Covid-19. Segundo ela, a avaliação do comitê de acompanhamento é contínua e se baseia nos dados da saúde. “Esse relaxamento não pode fazer com que a gente abaixe a guarda. Temos que continuar com os cuidados, como o uso correto das máscaras de proteção, o distanciamento social e a higienização das mãos, entre outros. Dessa forma, poderemos diminuir a probabilidade de novas restrições na economia. Os protocolos estão aí para serem seguidos”, enfatizou.
Ana Paula reforçou as medidas tomadas pelo Governo do Estado para mitigar os efeitos da pandemia. “Através da Agência de Empreendedorismo de Pernambuco (AGE), disponibilizamos linhas de crédito emergencial para micro e pequenas empresas, já liberadas desde o dia 15 de março. Lançamos também um pacote de medidas fiscais que reduzem a carga tributária de bares e restaurantes, garantindo um fôlego para atravessar a fase mais crítica da pandemia. As ações contemplam a redução de alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), prorrogação de incentivos vigentes, adiamento para o pagamento de tributos, além de condições diferenciadas para regularização de recolhimentos atrasados”, afirmou.
O Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais de saúde começam na segunda-feira (12) a campanha de vacinação contra a gripe. Além de evitar complicações decorrentes da gripe causada pelo vírus, a vacinação ganha uma outra importância no momento.
Com diversos estados com leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) lotados e filas de espera em função da pandemia do novo coronavírus, a iniciativa também é importante para evitar uma sobrecarga nos sistemas de saúde.
O público estimado pelo ministério é de 79,7 milhões de pessoas e o objetivo é vacinar pelo menos nove em cada dez pessoas dos grupos prioritários.
Os grupos serão organizados para vacinação em três etapas. Os dias de mobilização, chamados de dias D, serão definidos em cada município pela Secretaria de Saúde local.
Os grupos prioritários são:
– Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
– Gestantes;
– Puérperas;
– Povos indígenas;
– Trabalhadores de saúde;
– Pessoas com 60 anos ou mais;
– Professores;
– Portadores de doenças crônicas não transmissíveis;
– Pessoas com deficiência permanente;
– Forças de segurança, de salvamento e armadas;
– Caminhoneiros;
– Trabalhadores do transporte coletivo de passageiros;
– Funcionários trabalhando em prisões e unidades de internação;
– Adolescentes cumprindo medidas socioeducativas em unidades de internação;
– População privada de liberdade.
Covid-19
O Ministério da Saúde não recomenda que seja feita a aplicação das vacinas contra a covid-19 e contra a influenza conjuntamente. A pasta recomenda que as pessoas que estiverem nos grupos prioritários procurem se vacinar antes contra a covid-19. Especialistas recomendam pelo menos uma diferença de 14 dias entre uma e outra.
Primeiros três meses do ano em Pernambuco registraram o menor número de homicídios desde 2014
O governador Paulo Câmara comandou, nesta quinta-feira (08.04), mais uma reunião do Programa Pacto Pela Vida (PPV), na sede da Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado (Seplag). No encontro, foram analisados os dados referentes ao 1º trimestre de 2021, que indicaram uma redução de aproximadamente 16% no número de vítimas de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), em relação ao período correspondente de 2020. Estatísticas de março também indicam o 43º mês consecutivo de redução nos roubos e furtos no Estado.
“Tivemos uma redução expressiva no mês de março. Isso mostra que o caminho planejado está dando resultados. São famílias, comunidades, bairros e municípios que estão sendo protegidos da ação criminosa, da dolorosa perda de entes queridos. Temos de perseguir obstinadamente a segurança e a tranquilidade das pessoas”, destacou Paulo Câmara. Considerando toda a série histórica do Pacto Pela Vida, os primeiros três meses deste ano registraram o menor número de homicídios desde 2014, quando ocorreram 828 CVLIs. Estatísticas ainda preliminares apontam para 833 CVLIs este ano – a divulgação completa será feita no dia 15 de abril.
Em relação aos Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs), Pernambuco chegou, em março, ao 43º mês consecutivo de redução. No 1º trimestre, a retração de roubos e furtos foi de aproximadamente 25% em comparação ao mesmo período de 2020. Na análise do mês de março, o recuo foi de cerca de 20%.
De acordo com o secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua, mesmo diante de um cenário econômico bastante desfavorável o Estado continua fazendo a criminalidade recuar, obtendo indicadores importantes na garantia da normalidade no dia a dia das cidades. “Casos de roubos e homicídios são investigados com rigor e os responsáveis são levados ao sistema de justiça criminal. Nosso objetivo é sempre ampliar o raio da prevenção e fortalecer a contra resposta àqueles que insistem em afrontar a lei e a paz social”, ressaltou Pádua. Participaram também da reunião do PPV os secretários estaduais Alexandre Rebelo (Planejamento e Gestão) e Cloves Benevides (Política de Prevenção à Violência e às Drogas).
Nova remessa de imunizantes permitirá maior avanço na aplicação da primeira dose em idosos entre 65 e 69 anos de idade e trabalhadores das forças de segurança e salvamento
Pernambuco recebeu, na tarde desta quinta-feira (08.04), mais 187.400 doses de vacinas contra a Covid-19. As 102.000 doses da Astrazeneca/Fiocruz e 85.400 da Coronavac/Butantan, que chegaram ao Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre às 15h55, possibilitarão avançar na aplicação da primeira dose nos idosos entre 65 e 69 anos de idade e nos trabalhadores das forças de segurança e salvamento, além da segunda dose para idosos de 70 a 74 anos e a partir dos 85 anos de idade.
O secretário estadual de Saúde, André Longo, afirmou que os municípios pernambucanos já conseguiram aplicar mais de 85% das vacinas destinadas à primeira dose, e estão mobilizados para ofertar a segunda em tempo oportuno, de acordo com o tipo do imunizante aplicado. “Tivemos um aumento das entregas do insumo desde a segunda quinzena de março e esperamos que as remessas continuem chegando em boa quantidade, semanalmente, para que possamos finalizar os grupos que já estão sendo atendidos e, com isso, avançar nas outras populações prioritárias”, reforçou Longo.
Até o momento, estão sendo vacinados idosos a partir dos 65 anos de idade, pessoas com deficiência abrigadas em instituições, trabalhadores de saúde, povos indígenas aldeados, povos e comunidades quilombolas tradicionais e trabalhadores das forças de segurança e salvamento. Com a nova remessa, sobe para 1.639.960 o número de doses da Coronavac/Butantan e para 380.970 as da Astrazeneca/Fiocruz recebidas por Pernambuco, totalizando 2.020.930 de unidades dos imunizantes.
O Ministério Público Eleitoral de Pernambuco solicitou a cassação de João Bosco Lacerda, prefeito do município de Granito, no Sertão do Araripe.
O motivo se deve pela contratação exagerada de pessoas físicas entre os meses de agosto e outubro de 2020, realizada por ele e pelo vice Thaylan Bezerra.
Responsável pela eleição de Granito, a Zona Eleitoral de Bodocó dará a sentença após receber o parecer favorável apresentado pelo Ministério Público Eleitoral do Estado.
Se condenados, João Bosco e Thaylan podem, além da cassação, sofrerem multa individual de até R$ 106.410,00 (cento e seis mil quatrocentos e dez reais).
Confira trecho do parecer favorável concedido pelo Ministério Público Eleitoral:
“Nos termos da inicial, o certame eleitoral estaria desequilibrado, pois os requeridos, por meio da Prefeitura Municipal, teriam contratados excessivos números de servidores em período vedado para prestação de serviços ao ente público, sem concurso público e mediante dispensa de licitação pelo gestor público, candidato à reeleição.
De acordo com o autor, as contratações seriam de pessoas físicas para o desempenho das mais variadas funções na administração pública, como por exemplo, pintores, digitadores, vigilantes, pedreiros, entre outros. Os atos administrativos que efetuaram as contratações se deram em período proibido pela legislação eleitoral, ou seja, nos três meses que antecederam as eleições”
Profissionais que atuam na segurança pública do estado e de órgãos federais vão começar a ser vacinados nesta terça-feira (6). No anúncio, feito pela Secretaria de Defesa Social (SDS), consta que, nesta fase, vão receber a primeira dose do imunizante os trabalhadores que atuam diretamente nas operações de fiscalização das medidas sanitárias contra a Covid-19. Ao todo, 2.500 doses serão inicialmente aplicadas nesse grupo.
No primeiro lote, serão imunizados somente os profissionais que exercem atividades de atendimento direto ao público, resgate e salvamento, plantões em delegacias e serviços da ponta da segurança pública. Nessa fase, estão reservadas a aplicação de 1.692 doses nos servidores vinculados à SDS, sendo 1.221 doses a serem aplicadas em policiais militares, 316 em policiais civis e 155 em bombeiros militares. Além disso, outros 808 trabalhadores de órgãos federais serão vacinados, como agentes das polícias Federal e Rodoviária Federal, além dos que atuam nas Forças Armadas.
“Esse primeiro lote está longe de contemplar todos os trabalhadores da segurança, mesmo se considerarmos apenas os que estão na linha de frente. Mas é um passo importante que damos, uma vez que significa uma vitória da mobilização de secretários estaduais de segurança, comandantes e chefes de polícia de todo o Brasil para a inclusão dessa categoria estratégica entre as prioritárias no plano nacional de imunização”, disse o secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua.
“Vamos continuar batalhando para ampliar a inclusão. São servidores que estão nas ruas, prestando serviços essenciais, fiscalizando aglomerações e estabelecimentos, socorrendo acidentados e vítimas de violência, conduzindo para delegacias, fazendo abordagens de rotina, custodiando presos, realizando perícias em vivos e mortos. Que arriscaram, desde o início da pandemia, as suas vidas e a de seus entes queridos para garantir a ordem e a tranquilidade social. Agora, eles receberão proteção, só que da ciência”, completou.
O ato de abertura da campanha nesse público-alvo vai ocorrer a partir das 12h desta terça, no auditório da SDS, no bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife. A expectativa é que o governador do estado Paulo Câmara esteja presente na cerimônia. De acordo com a SDS, um servidor de cada operativa será imunizado na ocasião.
A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (6) a Operação Checker, que visa desmantelar uma organização criminosa que fraudava o auxílio emergencial concedido pelo governo federal. Policiais federais estão cumprindo dois mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão no município paranaense de Umuarama.
De acordo com a PF, os suspeitos teriam usado programas de computador que, por meio de algoritmos, geram números do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e softwares chamados checkers, que indicavam titulares aptos a receber o Auxílio Emergencial.
“Os saques eram realizados diretamente no caixa eletrônico, na agência bancária, ou então, quando em valores maiores, por meio de transferência através do sistema PIX”, informa a PF.
Levantamentos iniciais apontam que o prejuízo estimado, tanto a cofres públicos como às vítimas donas de CPFs usados, esteja na faixa de R$ 1 milhão – valor que não considera outros potenciais envolvidos que só poderão ser contabilizados após a análise dos materiais apreendidos.
“Com a atuação dos investigados, além do enorme prejuízo ao erário, centenas de pessoas foram privadas do recebimento do benefício, justamente no momento mais agudo da pandemia”, informou a Polícia Federal.
Acrescentou que o líder do esquema já foi investigado por crimes similares, coordenando golpes anteriores na região de Umuarama. Entre os crimes praticados por ele está o de falsificação de documentos usados para saques fraudulentos do Auxílio Emergencial, com a utilização de softwares desenvolvidos por hackers.
Os preços mais elevados da gasolina, do etanole do gás de cozinha guiaram a alta de 0,82% do IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1), a chamada inflação das famílias de baixa renda no mês de março. No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador da FGV (Fundação Getulio Vargas) apresenta alta de 6,63%.
Apesar da variação de preços para os consumidores mais pobres ser inferior em relação ao índice nacional (1%), no acumulado do ano o IPC-C1 segue 0,53 ponto percentual acima do índice geral.
Na apuração de março divulgada nesta terça-feira (6), cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. Foram elas: transportes (de 2,18% para 3,52%), habitação (de 0,17% para 0,8%), saúde e cuidados pessoais (de 0,09% para 0,52%), comunicação (de -0,12% para -0,01%) e despesas diversas (de 0,26% para 0,3%).
Entre os itens, vale destacar o comportamento da gasolina (+10,9%), etanol (+17,11%) botijão de gás (+4,07%), aluguel residencial (+1,04%), cigarros (+1,06%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (+0,88%) e tarifa de eletricidade residencial (+0,61%).
Por outro lado, ficaram mais baratos na passagem de fevereiro para março a batata-inglesa (-12,61%), o tomate (-11,14%), a maçã (-9,96%), o leite longa vida (-2,49%) e o arroz (-1,41%).
Enquanto o ritmo de vacinação contra a Covid-19 começa a ser intensificado no Brasil, apesar das dificuldades, o Ministério da Saúde inicia, no próximo dia 12, a campanha anual de imunização contra a gripe. Especialistas ouvidos pelo Correio acreditam que a imunização contra o vírus H1N1 pode reduzir a sobrecarga do sistema de saúde — já que a gripe tem sintomas semelhantes aos da Covid-19, que muitas vezes confundem pacientes e médicos —, mas preocupam-se com os desafios que podem surgir com a realização de duas grandes campanhas simultâneas.
A infectologista do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto Anna Christina Tojal acredita que a maior dificuldade que o país encontrará será organizar as pessoas para não causar aglomerações nos postos de saúde e nas salas de vacinação. “A grande dificuldade será organizar esse fluxo de gente. Nesse sentido, acho que seriam importantes as campanhas de esclarecimento, tentando organizar ou sugerir horários para as pessoas irem se vacinar, e disponibilizar postos externos para dar as injeções”, sugeriu.
Mesmo diante do cenário de caos por causa da alta transmissão do novo coronavírus, ela reforça a importância da realização da imunização contra a gripe, que é feita em dose única, em um momento de pandemia. “O que não pode é arriscar termos duas epidemias de vírus respiratórios. Cada município vai precisar pensar no seu jeito para otimizar e evitar as aglomerações”, explicou.
O infectologista da Dasa, Alberto Chebabo, assegura que o Brasil tem a expertise necessária para realizar as duas campanhas. “O desafio maior é ter a estrutura necessária de postos e pessoal para duas campanhas grandes, em um momento em que a imunização contra a Covid-19 está sendo intensificada”, observou. A intensificação da distribuição de doses contra a Covid-19 é natural, pois a oferta de fármacos contra o novo coronavírus está sendo ampliada no país.
Escalonamento
Como os grupos prioritários da vacinação da gripe e da Covid-19 são similares, para evitar choques entre as campanhas, uma das ideias do Ministério da Saúde é não vacinar contra a gripe os idosos nesse primeiro momento, uma vez que quem tem mais de 60 anos está sendo imunizado contra o novo coronavírus. A vacinação contra o H1N1 será feita de forma escalonada e os grupos prioritários serão divididos em três etapas. Assim, aqueles com 60 anos ou mais só receberão a dose da gripe na segunda etapa, junto com os professores, entre 11 de maio e 8 de junho. Na primeira fase, que ocorre entre 12 de abril e 10 de maio, crianças de seis meses a menores de seis anos de idade, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores da saúde serão vacinados. Já na última etapa, que vai de 9 de junho até 9 de julho, o restante da população incluída no grupo prioritário é que será imunizado. Dessa forma, o Ministério da Saúde pretende distribuir as doses de pelo menos 90% do público-alvo da vacinação contra a gripe, estimado em 79,7 milhões de brasileiros, até 9 de julho.
“Seria muito complicado, neste momento, pegar os idosos, que estão se vacinando contra a Covid, e colocar eles na campanha contra a influenza. Até porque você precisa ter um intervalo de pelo menos 14 dias entre as doses dos imunizantes da gripe e da Covid-19”, ressalta Chebabo. O ministério não recomenda a aplicação dos dois medicamentos simultaneamente, pois não existem estudos sobre a coadministração dos imunizantes. A orientação da pasta é priorizar a imunização contra o Covid-19, caso a pessoa esteja incluída nos dois grupos prioritários e possa receber ambas as doses. Nota do ministério salienta que quem faz parte do grupo prioritário para a vacinação contra influenza, e que ainda não foi vacinada contra o novo coronavírus, “deve ser priorizada a dose contra a Covid-19 e agendada a contra a Influenza, respeitando um intervalo mínimo de 14 dias entre elas”.
Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, 25,5 milhões de imunizantes contra a Covid-19 estarão disponíveis para a população este mês. Ontem, o Instituto Butantan liberou mais um milhão de doses da CoronaVac e, até o final de abril, entregará mais 8,8 milhões de doses ao Programa Nacional de Imunização (PNI), totalizando 46 milhões de injeções. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também entregará 18,4 milhões de doses da vacina da Covishield.
Impulsionados pela pandemia de covid-19, os custos totais do governo federal totalizaram R$ 2,64 trilhões e aumentaram 16% em 2020 em relação a 2019, divulgou hoje (6) o Tesouro Nacional. O indicador mede os gastos dos Três Poderes da União e do Ministério Público Federal com mão de obra, funcionamento, insumos, gastos financeiros, desvalorização de patrimônio e repartição de receitas com estados, municípios e organizações da sociedade.
Os principais componentes que elevaram os custos foram o auxílio emergencial e o programa de proteção ao emprego, que fizeram o item insumos financeiros (gastos financeiros) crescer 19% em 2020, e as compras de equipamentos para enfrentar a pandemia, que elevaram os custos de funcionamento do Ministério da Saúde em 17%, de R$ 21,69 bilhões para R$ 25,33 bilhões.
Segundo o Tesouro Nacional, os itens que contribuíram para o aumento dos gastos do Ministério da Saúde foram materiais farmacológicos (medicamentos ou componentes destinados à manipulação de drogas medicinais), materiais reagentes para diagnóstico clínico e materiais de assepsia e equipamentos de proteção individual para ação preventiva contra o novo coronavírus.
Teletrabalho
Sem o Ministério da Saúde, os custos de funcionamento (um dos itens dos custos totais do governo federal) teriam caído 10% em 2020 para o Poder Executivo. A maior parte da redução deve-se ao trabalho remoto de servidores públicos durante a pandemia. O teletrabalho reduziu em 31% os gastos com diárias e passagens, em 40% as despesas de copa e cozinha, em 18% as de telefonia e em 19% as de água, esgoto, energia elétrica e gás na conta que exclui as despesas do Ministério da Saúde.
Os demais poderes também registraram redução de custos por causa do trabalho remoto. O custo de funcionamento do Poder Legislativo caiu 8% no ano passado. No Poder Judiciário, a queda chegou a 11% e, no Ministério Público Federal, a 7%.
Ao contabilizar apenas os salários e as demais remunerações, os gastos com mão de obra nos Três Poderes e no Ministério Público subiram apenas 3% em 2020. Segundo o relatório, essa alta deveu-se principalmente ao pagamento de sentenças judiciais e do aumento do adicional para as Forças Armadas, que entrou em vigor após a reforma das carreiras militares.
Gastos financeiros
Os insumos (gastos) financeiros subiram 19% no ano passado, impulsionados principalmente pelo auxílio emergencial e pelo Benefício Emergencial (BEm), que consumiram R$ 326 bilhões. Outros itens que puxaram o crescimento foram o incremento de R$ 45,9 bilhões com a atualização das projeções de gastos para a Previdência dos servidores da União e a alta de R$ 36,2 bilhões com o reajuste dos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), vinculados ao aumento do salário mínimo. Puxada pela ajuda aos governos locais em decorrência da pandemia, as transferências para estados e municípios subiram R$ 28,7 bilhões.
EsTa foi a segunda vez que o Tesouro divulgou o Boletim Foco em Custos. A primeira versão, lançada em novembro, trazia o balanço de custos em 2019 e no primeiro semestre de 2020. Segundo o Tesouro Nacional, o documento tem o objetivo de medir tanto o consumo de recursos pelo setor público quanto a prestação de bens e de serviços à sociedade. Os valores são apurados por meio da comparação do valor do patrimônio em relação ao período anterior.