Marcada por graves reviravoltas, a Eleição 2014 no Brasil para a Presidência será decidida apenas no segundo turno entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB). Após a confirmação, os candidatos trocaram farpas durante discurso para militantes. O segundo turno será realizado no dia 26 de outubro.
Com cerca de 43 milhões de votos (42% do total), Dilma iniciou o discurso agradecendo aos aliados, ao vice Michel Temer - "incansável e fervoroso militante" - e ao ex-presidente Lula. Já Aécio, que recebeu 34 milhões de votos (33%), lembrou o ex-governador Eduardo Campos, a quem disse ser "um homem honrado, amigo".
Em Brasília, a presidente lembrou que a vitória no primeiro turno da sucessão presidencial é a sétima na história do PT, contando as vitórias de Lula e a sua nas eleições passadas. "A luta continua e será mais uma vez vitoriosa porque é luta da maioria do povo", disse.
Ela afirmou que o povo não quer a volta de um "fantasma do passado", ao se referir ao PSDB. Já em Belo Horizonte, Aécio afirmou que sua passagem para o segundo turno foi "uma vitória da oposição". O tucano acrescentou que "esse ciclo de governo tem que se encerrar em beneficio do Brasil".
Em uma crítica clara ao PT, Aécio afirmou que sua candidatura representa uma defesa da eficiência na gestão pública. Ele também defendeu uma política feita com espírito público e correção.
Marina Silva sinalizou que deve apoiar Aécio Neves Foto: divulgação
Já Dilma declarou que os tucanos impuseram ao País "desemprego massivo, arroxo salarial e jamais promoveram quando tiveram oportunudiade políticas de inclusão social o povo brasileiro".
Ambos políticos colocaram-se à disposição para receber apoios políticos no segundo turno, visando os eleitores da derrotada Marina Silva (PSB), que obteve 21,3% dos votos válidos.
Marina Silva (PSB), entretanto, sinalizou que deve apoiar a candidatura de Aécio Neves. Em entrevista coletiva, ela afirmou que os brasileiros mostraram nas urnas discordarem dos rumos tomados pelo atual governo. "Estaremos dialogando entre nós, da coligação, sobre o segundo turno. Mas sabemos que o Brasil sinalizou, desde 2010, que claramente não concorda com o que aí está", disse a ex-senadora.
Do NE10