Em meio a uma crise internacional devido às queimadas na Amazônia, o chanceler Ernesto Araújo realizou uma reunião de emergência por videoconferência neste domingo (25) e anunciou a suspensão de férias de embaixadores do Brasil na Europa pelos próximos 15 dias.
A conversa, segundo diplomatas relataram à reportagem sob condição de anonimato, teve como objetivo coordenar a resposta do corpo diplomático brasileiro à pressão internacional gerada pela onda de incêndios.
Além dos danos à imagem externa do país, algo considerado irreversível a essa altura, o Itamaraty quer evitar que o Brasil se torne alvo de punições econômicas caso o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não tome medidas efetivas para conter o avanço do desmatamento e do fogo na Amazônia.
A conversa, segundo diplomatas relataram à reportagem sob condição de anonimato, teve como objetivo coordenar a resposta do corpo diplomático brasileiro à pressão internacional gerada pela onda de incêndios.
Além dos danos à imagem externa do país, algo considerado irreversível a essa altura, o Itamaraty quer evitar que o Brasil se torne alvo de punições econômicas caso o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não tome medidas efetivas para conter o avanço do desmatamento e do fogo na Amazônia.
Ernesto Araújo diz não ter ilusões de que kirchnerismo 2.0 seja diferente do 1.0
ONGs europeias organizam protestos pela Amazônia em frente a embaixadas brasileiras
O Secretário-Geral do Itamaraty, Otávio Brandelli, também participou da reunião.
Foram estabelecidas diretrizes para que as embaixadas do Brasil na Europa usem redes sociais para rebater as acusações de que as políticas do governo brasileiro representam um risco para a preservação do meio ambiente.
Na reunião, também foram tratadas questões comerciais. Os diplomatas avaliaram, por exemplo, como o Ministério das Relações Exteriores deve agir caso algum país atue para barrar produtos brasileiros recorrendo a justificativas ambientais.
Agosto é um mês tradicionalmente de férias no hemisfério norte. Por isso, Ernesto determinou ainda que os chefes de missão na Europa que estavam de folga retornem ao trabalho.
A onda de queimadas na Amazônia se converteu na principal crise diplomática do governo Bolsonaro desde o início do seu mandato.
Os embates têm sido protagonizados por Bolsonaro e pelo presidente da França, Emmanuel Macron.
Na quinta-feira (22), o mandatário francês classificou como "crise internacional" a situação amazônica e instou os líderes do G7, grupo de países ricos, a discutir "a emergência" na cúpula que ocorreu durante o final de semana num balneário localizado no sul da França.
Bolsonaro acusou Macron de disparar "ataques descabidos e gratuitos à Amazônia" e zombou da mulher do francês, Brigitte Macron, em comentário na internet.
Já o presidente da França disse nesta segunda-feira (26) esperar que "os brasileiros tenham logo um presidente que se comporte à altura" do cargo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário