O início do ano letivo traz grandes expectativas para as escolas públicas e particulares em relação ao novo Ensino Médio. As unidades deverão estabelecer um cronograma de adaptação para que, tanto a reforma, aprovada em 2017, quanto a Base Nacional Curricular Comum (BNCC), homologada no fim do ano passado pelo Ministério da Educação (MEC), sejam implementadas até 2020.
O currículo obrigatório, que instrumentaliza as mudanças, determina que as disciplinas de português e matemática tenham carga horária obrigatória, e os demais conhecimentos possam ser selecionados pelo aluno no decorrer dos três últimos anos do ensino. Os itinerários formativos, também são outra novidade para esse novo Ensino Médio. Eles são divididos em cinco áreas: linguagens, ciências da natureza, ciências humanas e sociais aplicadas, matemática, e formação técnica e profissional. A carga horária será 60% destinada aos conteúdos definidos pela BNCC e 40% correspondentes às disciplinas optativas.
Além das modificações prevista em lei, professores e especialistas em educação chamam atenção para possíveis mudanças no formato do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o que tem gerado certa preocupação, já que um novo modelo está previsto apenas para 2021.
O currículo obrigatório, que instrumentaliza as mudanças, determina que as disciplinas de português e matemática tenham carga horária obrigatória, e os demais conhecimentos possam ser selecionados pelo aluno no decorrer dos três últimos anos do ensino. Os itinerários formativos, também são outra novidade para esse novo Ensino Médio. Eles são divididos em cinco áreas: linguagens, ciências da natureza, ciências humanas e sociais aplicadas, matemática, e formação técnica e profissional. A carga horária será 60% destinada aos conteúdos definidos pela BNCC e 40% correspondentes às disciplinas optativas.
Além das modificações prevista em lei, professores e especialistas em educação chamam atenção para possíveis mudanças no formato do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o que tem gerado certa preocupação, já que um novo modelo está previsto apenas para 2021.
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Isto porque o presidente Jair Bolsonaro poderá ter acesso às questões do exame, segundo confirmou o novo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Marcus Vinícius. Durante sua campanha eleitoral, Bolsonaro fez duras críticas ao exame, que tem sido a principal porta de entrada para as principais universidades do Brasil.
“Existe uma expectativa e uma apreensão entre os professores do que poderá vir na prova e que haja um retrocesso em um processo em que houve muitos ganhos. Mas temos que aguardar o lançamento do edital deste ano para saber se haverá alguma mudança. Vamos continuar inicialmente com o cronograma previsto”, afirmou o professor Luciano Barbosa, coordenador do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Marista São Luiz.
A professora de português e redação Fernanda Bérgamo, que tem um trabalho direcionado a cursinhos de pré-vestibular, espera bom senso dos órgãos federais e diz que, nesse momento, é necessário aguardar definições mais concretas. “Sempre atualizo minhas aulas para questões sociais e atemporais, acredito que as possíveis alterações não devam atingir a forma como as redações são corrigidas”, explica.
No tocante à área de linguagens, ela ressalta que é preciso entender que não se trata apenas de meras questões interpretativas. “Precisamos nos atualizar, o conteúdo que foi criticado na prova poderia ter sido abordado de outra forma, mas não acho que tenha sido nenhum absurdo”, conclui.
Para o doutor em Educação e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ramón de Oliveira, no caso específico do Enem as mudanças naturalmente já ocorreriam devido à adequação ao novo ensino médio. “Ele teria que mudar para se adequar à nova estrutura curricular, mas haverá um tempo e o governo federal precisa estar em sintonia com os estaduais para ver até que ponto eles vão conseguir implementar essa nova estrutura e partir disso teria uma modificação”, afirmou.
O presidente do Conselho Estadual de Educação, Ricardo Chaves, também não acredita que em relação ao Enem haverá mudanças significativas e que a grande expectativa é para as mudanças já previstas para ocorrer no ensino médio. “O que existe na prática são as mudanças de carga horária, dos itinerários formativos. Sobre isso temos algumas preocupações que precisam ser ajustadas”, aponta Chaves. “Vamos dizer que 90% dos alunos escolham um itinerário e 10% outro itinerário, mas não tenha sala de aula e professores suficientes para atendê-los, todas essas questões vão ser adaptadas nesse período”
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