Folha de S. Paulo - Painel
O discurso do Planalto de que houve ofensiva para criar fatos novos e inflar a pressão sobre o TSE às vésperas do julgamento que pode cassar Michel Temer reverberou entre integrantes da corte. Essa ala diz ver uma tentativa de carimbar no desfecho do processo no tribunal o rótulo de “antecipação do juízo da Lava Jato” e diz que não vai entrar nesse jogo. Afirma que o objeto da ação está posto e que fatos externos, como a prisão de Rodrigo Rocha Loures, não vão interferir nos votos.
As especulações em torno dos votos no julgamento da ação no TSE têm irritado ministros da corte. “Está parecendo uma republiqueta. Isso não se faz”, disse um magistrado. O ministro vê um movimento para constranger o tribunal.
As especulações em torno dos votos no julgamento da ação no TSE têm irritado ministros da corte. “Está parecendo uma republiqueta. Isso não se faz”, disse um magistrado. O ministro vê um movimento para constranger o tribunal.
Integrantes do TSE afirmam que o roteiro na televisão se resume a séries e filmes da Netflix. Eles dizem que têm evitado ler notícias e assistir a telejornais.
Agora, a aposta na corte é que nenhum ministro deverá pedir vista. Mas defensores da cassação e também da absolvição admitem que, no momento em que se cristalizar uma tendência de resultado, o lado perdedor pode atuar para suspender o julgamento.
O ministro que mais pede vistas é o relator do caso, Herman Benjamin. Ele passou esta segunda-feira (5) em casa, revisando seu voto.
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