Um grande empresário, inteligente e culto, com meio século de atividade, explica por que acusações de corrupção não decidem eleições. Para o eleitor, em geral o político é ladrão. Se todos são ladrões, que se escolha o mais eficiente. Ou leva-se em conta o magnetismo pessoal.
O PT ameaçou mudar essa fórmula, com líderes vindos dos sindicatos e proclamações de honestidade - diferente de tudo que estava aqui. Mas as coisas mudaram (e isso explica algumas das dificuldades que Dilma enfrenta nas pesquisas): empresários juntaram-se ao PT, o próprio Lula diz que jamais os banqueiros ganharam tanto quanto nos Governos petistas, e hoje políticos do PT, sob o peso de acusações graves, tentam provar que são como os adversários, aos quais acusam de também roubar.
É a volta ao habitual: se são todos iguais, o critério de escolha do eleitor tem de ser outro.
Efeito Bonner
Excelente a iniciativa da Rede Globo de entrevistar, no Jornal Nacional, os principais candidatos. Quanto mais informação de qualidade sobre os candidatos, melhor (e os entrevistadores são ótimos). Mas dificilmente isso terá influência sobre o resultado da eleição.
Entrevistas e debates derrubam candidatos que escorregarem. Mas, se o candidato for bem, seus índices não se mexem.
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